História de Freud: biografia da origem ao auge

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A história de Freud se confunde com a História da Psicanálise. Neste artigo, vamos fazer um resumo sobre a vida de Freud e sobre suas principais contribuições para a compreensão da mente e comportamentos humanos. Veremos a trajetória de Freud: biografia, a origem de Freud como psicanalista, até alcançar o auge.

Os primeiros passos da brilhante história de Freud: biografia

Por diversas vezes, muitos veículos de comunicação já abordaram a história de Freud. Sua vida familiar e crescimento, seus estudos, seu lado pessoal e profissional já passaram em filmes, documentários, livros e revistas. Ele também é alvo de estudos até hoje em diversas faculdades e cursos. Isto se dá pelo seu método de investigação da psique, denominado Psicanálise.

Seus estudos em medicina, em Viena, iniciaram-se numa das faculdades que era referência naquela época. Ela era responsável pela formação de habilidosos e renomados doutores em suas artes. Estes fatos são sempre relevantes ao iniciar qualquer abordagem sobre nosso autor.

Não se separa Freud de sua formação em medicina no final do século XIX. Muito pelo contrário, sempre é apresentada essa situação. Talvez para dar mais força a nossa personagem, afinal, a medicina nunca foi para todos. Ou talvez para mostrar como uma profissão tão ligada apenas aos sintomas do corpo ocorreu numa época de tão poucos estudos sobre o funcionamento da mente.

Saindo da zona de conforto

Comentar sobre suas influências é cair num lugar comum. O seu interesse pela metodologia de trabalho do neurologista francês Jean-Martin Charcot foi o despertar de sua curiosidade pelo estudo da mente. Mas não como era vista à época, e sim com os trejeitos que ele nos presenteou com sua psicanálise.

Talvez agora o que teríamos que abordar seriam as motivações para tais ações. Afinal, o que move uma pessoa, já com uma boa bagagem em sua área de trabalho a mudar de ares desta maneira? Ou seja, ele já estava exercendo a medicina com boa desenvoltura e mostrando que havia harmonia entre o que fazia e o que gostava.

Entender o que determinou essa mudança é estar por dentro do que motiva tantas pessoas a praticarem ações que não compreendemos.

A história de Freud mostra a vida de uma pessoa cuja a percepção e garra estavam acima da média

Sabemos que existe um seleto e restrito grupo de indivíduos cuja natureza se mostra além do que classificamos como mediana. E vale lembrar que este termo “mediano”, advindo da palavra raiz ‘‘média”, por consequência, é sinônimo de “medíocre”. Ou seja, aquele que se comporta num nível médio. Sendo assim, não espere por ações grandiosas!

Claro que valeria aqui uma boa avaliação do que é ser um indivíduo médio, ou classificado como mediano, em detrimento de outras possíveis classificações. Mas em linhas gerais, vamos deixar definido apenas como pessoas que fazem de sua passagem um “sobreviver”. Isto é, não buscando alternativas ou mesmo não compondo algo que os defina melhor.

Ideias muito avançadas para o contexto histórico em que o autor vivia

Há pessoas que não vão ao encontro de definições ou ambições melhores para si. São sujeitos que nadam conforme a maré. E isto, nosso autor está longe de ser. De acordo com a história de freud, como já contada anteriormente, ele abandonou por um período seus trabalhos e linhas de pensamento para se aprofundar em algo totalmente diferente.

Ou seja, através de algo novo, incipiente, adotado pelo Dr. Charcot, mas que lhe despertara um interesse que desconhecemos.

Teria ele alguma noção do que estudaria e descobriria ali? Saberia ele dizer o que lhe motivou a procurar por práticas nada ortodoxas para a sua época, ou que o motivara a trocar de país por algo tão diferente? E até mesmo a abraçar a essa filosofia de trabalho ao retornar a Viena, alguns anos depois?

Os conceitos abandonados por Freud

O que motiva pessoas a procurarem por situações diferentes? a apostarem em novas ideias? E, principalmente, a caminhar em prol de avançar e aperfeiçoar essas ideias em projetos concretos e com destaque?

Sendo assim, mesmo após seu retorno à Viena, seus estudos permaneceram nesse contexto da avaliação sobre a mente humana. Claro que muitas técnicas foram aperfeiçoadas com o passar dos anos. Outras, suprimidas, como a hipnose adotada ainda no início por influência de Charcot. Além disso, seus estudos iniciais sobre o aparelho psíquico, com elementos como o subconsciente que num segundo estágio acabou sendo rechaçado pelo autor no sistema estudado atualmente, continha:

  • Id
  • Ego
  • Superego

O tratamento em mulheres do século XIX

Que força é essa, para manter e continuar estudos como esses, e que são necessárias para manter uma pessoa nessa jornada? Qual a real motivação por trás de pessoas tão geniais assim?

Afinal, todo novo desenvolvimento teórico conta com mais barreiras que auxílio. Crenças, limites de compreensão, cultura local, a cultura da época são grandes sabotadores para pesquisas assim.

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    Pela história de Freud, ele passa a ter contato com uma nova abordagem sobre um mal que atingia uma grande parcela de pessoas. Podemos destacar as mulheres do final do século XIX. Ele se utilizou de técnicas “alternativas”, numa época em que a medicina tratava isso como doença do sistema nervoso. Portanto, ao criar e desenvolver novas teorias sobre isso, podemos classificá-lo como “acima da média”.

    As principais teorias de Freud

    Outrora, podemos validar essa conclusão pelas suas seguintes teorias:

    Sendo assim, quantas destas teorias foram validadas e referendadas por outros médicos e estudiosos que vieram depois dele?

    Ao mesmo tempo, quantos outros mesmos estudiosos também dedicaram seu tempo a refutar essas teorias? Temos aqui, portanto, uma excelente validação de todo seu esforço para aprimorar sua teoria sobre o aparelho psíquico.  E, ainda, como isto tem sim influência sobre o nosso comportamento.

    A precocidade de uma técnica complexa até nos dias de hoje

    Sim, todo seu esforço, trabalho, teimosia ou o que quer que fosse, se transformou numa das teorias que revolucionou o mundo moderno. Juntamente com Copérnico, tirando a terra do centro do universo, e Darwin, tirando nosso parentesco com o Adão bíblico e nos prendendo a um mesmo antepassado símio. Assim, nada melhor que outro choque ao sabermos que, na realidade, não mandamos nem em nós mesmos!

    A psicanálise nos diz que tudo tem um significado. Tudo tem uma simbologia. Mas como nosso autor poderia, já nessa época, entender o que estava fazendo? Isto é, o que aquilo iria gerar para a humanidade?

    Pois após anos e anos de estudos, chegamos a conclusão que o homem não é dono de suas ações. Que seu inconsciente demanda por uma incessante vontade de controle. E só fazemos o que fazemos pois estamos o tempo todo tentando controlar nossos desejos (ou pulsões). Isso é uma incrível reviravolta na forma de se pensar, pois temos uma nova corrente de pensamento.

    Conclusão

    A partir da história de Freud, podemos concluir que ele foi um médico filósofo? Alguém que não se contentou com um viés apenas determinista ou mesmo existencialista, dando a crer que somos sim produtos de nossos pensamentos, mas que não entendemos nada do que realmente pensamos?

    As respostas, esperamos obtê-las nas próximas aulas ou, quem sabe, se tornarem temas de estudos mais aprofundados no futuro!

    Autoria: Rodrigo Saviski, exclusivamente para o Curso de Formação em Psicanálise (inscreva-se).

    9 thoughts on “História de Freud: biografia da origem ao auge

    1. Everson Leal disse:

      Nós não temos um antepassado símio. Nunca foi provado que uma espécie se transformou em outra. A Teoria da Evolução continua sendo apenas… Uma teoria; não virou uma lei.

        1. Perfeito, teoria é ainda sim, uma teoria

    2. Edwin Campos Junque disse:

      Parabéns pelo artigo!
      Gostei muito do seu modo de pensar e de como consegue colocar os fatos para refletirmos. Sempre acreditei que a curiosidade e a insistência naquilo em que acreditamos é o que move a evolução humana.

    3. Gabriela do Valle Leite disse:

      Maravilhoso este artigo! Parabéns por trazer essa imagem perspicaz de Freud.

    4. Lídia Silva disse:

      A inquietação de Freud trouxe os resultados que ele buscava, isso mostra que devemos nos deixar guiar também pela curiosidade na busca de nossos ideais.

    5. André Fontana disse:

      A inquietação de Freud, de maneira muito respeitosa, é a mesma inquietação que sinto, ao me jogar de cabeça no estudo da Psicanálise, tem sido transformador.

    6. Hoje ouvi um comentário muito interessante de uma fervorosa defensora da aplicação da educação sócio-emocional nas escolas ( diferente da atual educação foçada na lógica-matemática); foi muito engrandecedor.
      Em certo momento citaram Antonio Rosa Damásio ( reconhecido neurocientista ) que afirma que René Descartes errou quando disse “ penso, logo existo “ Para Damásio deveria ser “ eu sinto, logo existo”.
      E agora, considerando a terceira ferida narcísica ( uma significativa parte da psique sobre a qual o ser humano não tem domínio ); a conclusão relatada muito bem no texto acima de que “ o homem não é dono de suas ações”, “ que seu consciente demanda por uma incessante vontade de controle”; como fica essa conclusão do “sinto, logo existo”?
      Acredito que precisamos avaliar e estudar esse questionamento para colaborar com essa ideia tão brilhante de integrar às salas de aula aspectos sócio-emocionais tão importantes.

    7. Adauto de Aquino e Silva Filho disse:

      A terceira ferida Narcísica de Freud

      Antônio Rosa Damásio declarou que René Descartes estava errado quando disse “ Penso, logo existo”; segundo Damásio deveria ser “ sinto, logo existo”.
      Nesse texto Rodrigo Saviski traz a terceira ferida Narcísica criada por Freud que nos mostra que “ o inconsciente demanda por uma incessante vontade de controle”; “ o homem não é dono de suas ações”.
      Pensemos, está certa essa afirmação, “sinto, logo existo”?

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