psicose o que é

Psicose: significado, causas e tratamentos

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Cada um de nós vê o mundo de um jeito único, e é claro, baseado nas experiências que tivemos. Só que às vezes essa nossa lente distorce um pouco as coisas, nos fazendo ter uma visão deturpada da realidade e de nós mesmos.

Quando isso acontece, a pessoa pode desenvolver uma psicose – um problema sério na maneira como o cérebro processa as informações. É como se de repente a pessoa ficasse desconectada do mundo real.

Dá uma angústia enorme ver alguém querido num estado psicótico. A pessoa parece outra, fala e se comporta de um jeito muito estranho, que não condiz com a pessoa que conhecemos.

Para tentar ajudar quem passa por isso, é preciso primeiramente entender o que define uma psicose. O que faz com que alguns cérebros entrem nesse estado de desconexão? Existem tratamentos e esperança de melhora? Continue lendo para descobrir.

O mais importante é ter empatia pela dor do outro. Mesmo nas piores crises, existe um ser humano gritando por socorro lá no fundo! 

O que é psicose?

A psicose pode ser compreendida como uma espécie de “desconexão da realidade”. A pessoa psicótica passa a enxergar a si mesma e ao mundo ao redor de um jeito muito diferente do que as outras pessoas. É como se a lente através da qual ela interpreta as coisas se distorce completamente.

Isso acontece porque alguma coisa interfere no funcionamento normal do cérebro, bagunçando o processo de pensamento. Então a pessoa pode ter visões e ouvir sons que existem apenas na sua imaginação – as chamadas alucinações. Ou então criar explicações muito esquisitas e fantasiosas para o que acontece com ela e ao redor.

Dá para perceber quando alguém entra num estado psicótico. A pessoa para de fazer sentido quando fala, parece desorientada. Também pode mudar de humor e comportamento repentinamente, às vezes fazendo coisas bem estranhas ou perigosas.

É uma experiência bem angustiante e assustadora. A pessoa se sente impotente, sem conseguir distinguir mais o que é real do que só existe na sua cabeça. Felizmente, hoje existem tratamentos que ajudam a restabelecer o contato com a realidade.

Causas da psicose

As causas da psicose ainda estão sendo estudadas, mas já se sabe sobre alguns possíveis fatores que a desencadeiam, como:

  • Predisposição genética: Distúrbios mentais como esquizofrenia e transtorno bipolar têm um componente hereditário que pode influenciar.
  • Alterações cerebrais: Mudanças na estrutura ou funcionamento do cérebro também foram relacionadas ao surgimento de psicoses. Algumas dessas alterações estão ligadas ao uso de drogas.
  • Traumas ou estresse extremo: Experiências muito traumáticas ou situações de pressão prolongada parecem poder desencadear quadros psicóticos em algumas pessoas.
  • Problemas hormonais e no sono: Alterações nos hormônios e padrão de sono também são suspeitos de influenciar no desenvolvimento de psicoses.
  • Comorbidade com outros transtornos mentais: A psicose pode surgir junto com depressão grave ou como efeito colateral de alguns remédios.
  • Fatores ambientais: Cada pessoa responde de um modo às pressões da vida. Mas para algumas, esse fardo pode se tornar insuportável e levar a um desligamento da realidade.

Portanto, não há como dizer exatamente qual é a causa, pois normalmente é uma interação bem complexa de fatores biológicos, psicológicos e ambientais que estão por trás do surgimento das psicoses.

Sintomas da psicose

Quando alguém entra num estado psicótico, algumas mudanças drásticas de comportamento costumam aparecer. Então, é possível perceber alguns sinais típicos:

  • Delírios: A pessoa cria explicações delirantes para as coisas, acreditando firmemente em ideias que não fazem sentido. Por exemplo, pode ter certeza de que está sendo perseguida ou controlada.
  • Pensamentos confusos: Além disso, a pessoa costuma falar e pensar de um jeito desconexo, que não faz muito sentido. E também tem dificuldade de se concentrar ou se lembrar das coisas.
  • Alucinações: Vê, ouve ou sente coisas que não existem de verdade. Por exemplo, pode ouvir vozes imaginárias.
  • Instabilidade emocional: O humor e os sentimentos fazem altos e baixos frequentes. Às vezes fica muito exaltada, depois cai em profunda tristeza.
  • Comportamentos anormais: Age de forma muito diferente do habitual, às vezes parecendo outra pessoa. Pode ficar apática, agressiva ou extremamente agitada.

Enfim, é uma experiência muito angustiante, na qual a pessoa se sente prisioneira de um mundo irreal que não consegue controlar. Mas felizmente, existem vários tratamentos disponíveis hoje em dia.  

Tipos de psicoses

A psicose pode se apresentar nos mais variados tipos, sendo eles:

  • Esquizofrenia: distúrbio de natureza mental que altera profundamente o modo como alguém enxerga e entende a realidade. Dessa forma os esquizofrênicos mostram uma capacidade limitada de entender o que é real ou não.
  • Transtorno esquizoafetivo: age da mesma forma que a esquizofrenia, mas inclui períodos de humor instáveis.
  • Transtorno psicótico breve: embora os sintomas psicóticos possam durar um dia, eles não ultrapassam um mês de duração. Costumam ocorrer por causa de eventos estressantes na vida do portador, mas podem nunca acontecer novamente.
  • Transtorno delirante: Nesse caso, há a existência de uma crença irracional, de modo que o paciente acredita em coisas bizarras e sem sentido. Os sintomas duram mais de 1 mês.
  • Psicose bipolar: a pessoa afetada demonstra sinais da bipolaridade. Além disso, episódios psicóticos acontecem simultaneamente às fases de humor.
  • Uso de drogas lícitas ou não, o que inclui esteroides e estimulantes.

A psicose e a psicopatia

Por conta da forma semelhante em que são escritas, psicose e psicopatia acabam sendo confundidas pelas pessoas. 

Contudo, lembre que a psicose é um estado patológico que afasta o indivíduo da realidade, fazendo com que ele possa ser antissocial.

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    A psicopatia, por sua vez, diz respeito a uma condição grave do indivíduo na qual a sua personalidade está bastante deteriorada

    Assim, já que não afeta a personalidade, o quadro psicótico em nada tem a ver com a psicopatia.

    Diagnóstico

    Para que um diagnóstico da psicose seja bem feito é preciso buscar uma avaliação psiquiátrica. 

    Alguns exames laboratoriais, como a ressonância magnética, vão estudar todo o espectro dos sintomas descritos anteriormente numa entrevista.

    Dessa forma, será necessário fazer exames de sangue para investigar mudanças nos hormônios e outros componentes no sangue, bem como investigar resíduos de drogas.

    Tratamentos da psicose

    O tratamento envolve vários cuidados, feitos sob orientação médica. O mais importante é identificar os gatilhos específicos da psicose de cada pessoa e trabalhar a partir daí.

    Geralmente medicamentos são receitados para ajudar a controlar sintomas como delírios e alucinações. Eles equilibram o funcionamento cerebral, permitindo que a pessoa organize melhor seus pensamentos. Mas os remédios precisam ser tomados rigorosamente como indicado, respeitando doses e horários.

    Além da parte medicamentosa, é essencial o acompanhamento psicoterapêutico. Conversar com um profissional treinado ajuda o paciente a entender o que se passa em sua mente durante as crises, encontrar padrões desencadeantes e desenvolver estratégias saudáveis de lidar com os sintomas.

    Em casos de risco mais agudo, pode ser necessária internação hospitalar para proteger a segurança da própria pessoa ou de outros. Mas o ideal é que isso aconteça apenas quando extremamente necessário e por períodos breves.

    Ter uma rede de apoio, com pessoas dispostas a ajudar com empatia e sem julgamentos, também faz toda diferença na jornada de tratamento. 

    Vencer o estigma em torno das doenças mentais é parte fundamental para acolher aqueles que precisam de auxílio nesta batalha.

    Considerações finais sobre a psicose

    Nunca é fácil lidar com os quadros de psicose, mas também não é difícil ter a qualidade de vida que o psicótico merece. Tanto ele, como a família e o profissional de saúde devem se unir para estabelecer as ferramentas necessárias para alcançar essa meta.

    O trabalho em conjunto, principalmente com a participação do paciente, faz uma diferença grandiosa.

    Uma vez começado, o tratamento deve continuar, de modo que as medidas estabelecidas pelo médico sejam mantidas. Através delas o paciente manterá o seu progresso, conquistando autonomia e a percepção sadia de como interagir com o ambiente. 

    Sem mais enganações ou falsas imagens, a partir daqui o paciente poderá encarar a vida com lucidez.

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