Hodiernamente, não existe a possibilidade de desconsiderar uma separação ou a inexistência da simbiose dos efeitos mútuos do campo físico e psíquico na pessoa humana. Sendo assim, a realização de psicoterapia deve fazer parte da rotina das pessoas.
Em tempos ulteriores, quando se falava em médico psiquiatra ou em psicólogo era um verdadeiro transtorno. Além disso, aos olhos de terceiros, configurava uma patologia mental, ou seja, a pessoa era considerada doida/demente.
Essa situação não se modificou e se transformou de modo rápido. Mesmo em pleno século XXI, ainda existe um desconforto quando se fala em terapia mental.
Repulsa à necessidade de psicoterapia
Evidentemente, devemos considerar que a repulsa ao pensamento de médicos psiquiatras e psicólogos não remontam de tempos anteriores curtos. Tal posicionamento de repulsa remonta de séculos anteriores e até mesmo ao tempo a.C (antes de Cristo).
Na própria filosofia clássica encontramos, de forma clara e evidente, uma separação entre o corpo e a alma. Como se isso fosse algo que teria distintos tratamentos e de forma isolada. A alteridade (alter), ou seja, a dualidade (dualismo) existente na pessoa pertencia a campos totalmente distintos.
Apenas como citação, podemos verificar em Platão, i.e., em IV a.C que a existência do mundo dos Deuses e o mundo dos Homens eram distâncias anímicas(alma). Elas eram separadas por algo inalcançável, ou seja, existiria um mundo de divindades perfeito e intangível ao homem.
O conceito de alma
Além disso, acreditava-se que o homem terreno era impuro e composto de uma “alma” contaminada pela própria convivência entre si. Essa concepção platônica convencia as pessoas e durou por muito tempo. Ela se eternizou durante a evolução de civilizações ocidentais.
Sendo assim, a idéia até o presente estado temporal de nosso século se faz presente de forma firme e concreta, apenas adaptada.
Outra passagem marcante foi em René Descartes (dualismo cartesiano), pois seu temor aos fenômenos desconhecidos fez consolidar o pensamento ocidental, por muito tempo, de que a alma estava localizada no coração.
O racionalismo e as escolas de pensamento na psicoterapia
Até que chegassemos aos realismos, ou melhor, ao racionalismo, passamos por diversas escolas de pensamento. Elas mantiveram essa dualidade de separação de corpo e mente.
Porém, em nossa contemporaneidade isto já não se deve admitir, pois físico e psíquico são UNOS e inseparáveis. Todo manifesto de sensação, sentimento, percepção, depressão, gozo, prazer,depressão, euforia etc., integra de forma imediata corpo-mente.
Vale aqui destacar um foco sobremaneira importante de se definir de forma radical, qual seja: a mente em verdade é virtual pois, nada mais é do que a projeção dos pensamentos originados do funcionamento do CÉREBRO!
DESTARTE, como então podemos desmembrar a mente do corpo? Somente cabe uma e somente uma resposta….NUNCA!
A educação e a psicoterapia
Então, como decorrência de tal assertiva inquestionável, é realizar, efetivamente, uma educação, reeducação e, por conseguinte, uma conscientização de que a PSICOTERAPIA se torna um instrumento imprescindível para o bem-estar plausível e com isso a consolidação de uma qualidade de vida consolidável.
Logicamente, para que essa estrutura e conjuntura de transformação aconteça se faz necessário o conhecimento. Sendo assim, pode o conhecimento de forma bem básica das estruturas, ou seja, a anatomia e a fisiologia corporal.
A integração entre os sistemas do corpo humano
O corpo humano é um conjunto de sistemas interdependentes e integrados e por isso é um sistema complexo. Todos os sistemas devem estar em sintonia e sinergia para um perfeito e harmonioso funcionamento sincrônico. Qualquer disfunção, distúrbio ou transtorno em um deles, mesmo que simples, pode alterar a conjuntura funcional do todo harmônico.
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Outra coisa importante é ter a consciência de que a ação preventiva é muito melhor do que a corretiva. Outro aspecto é que mitos não existem e que a crença e a fé somente e tão somente funcionam de modo positivo em razão da força do pensamento. Isso ocorre pois ajudam aos mecanismos sistêmicos corporais a funcionar melhor, ou seja, milagres não existem.
Assim sendo, já restou bem claro que a psicoterapia vai envolver o uso de uma dualidade do modo cognitivo (dialético) por meio das palavras e por meio da cinestesia (movimento). Isto quer dizer que não podemos, nessa simbiose mente-corpo, abandonar o movimento dos pensamentos reflexivos e corporais como instrumentos catalisadores da psicoterapia. Seria o que já se identificou e denominou de PSICODINÂMICA.
Logicamente que tal processo leva em consideração que cada pessoa é um SER com características individuais, específicas em cada caso e situação. Entretanto, necessário é o comprometimento com as ações baseadas no amor e na tolerância.
Pilares do processo de Psicodinâmica
Alguns princípios basilares que serão os pilares do processo são:
- aceitação de desequilíbrios psicossomáticos;
- abertura da livre associação entre locutor e receptor;
- existência de conflitos;
- definição e execução de objetivos e metas;
- busca do inconsciente para o consciente;
- entendimento e compreensão da sexualidade e do sexo na vida humana;
- entendimento dos estados psíquico flutuantes;
- compreensão da realidade somática;
- o efetiva comprometimento entre teoria e prática.
Dessarte, a psicoterapia será uma constante no planejamento familiar. Isso a partir do momento em que seja compreendida como forma saudável e comum de instrumento complementar de uma homeostase dual – corpo e mente. Desse modo, ela evitará as inúmeras psicopatologias criadas pelo próprio avanço tecnológico de nosso cotidiano.
Avanço tecnológico esse que trouxe avanços extremamente significativos na evolução de diversas ciências, possibilitando a melhoria de vida do ser humano. Porém, paralelamente fez com que a pessoa abandonasse costumes muito saudáveis.
Além disso, fez afastar famílias, destruir valores morais e culturais que se tornaram quase irreversíveis e com isso resultou em tragédias e trouxe um certo caos a nossas vidas. Vamos refletir muito na campanha de uma nova cultura da psicoterapia como instrumento de qualidade de vida e planejamento familiar e até como politica de saúde pública. Vamos refletir!
Qual é a sua opinião?
Queremos saber a sua opinião a respeito desse tema! Você já fez psicoterapia? Considera que ela seja importante para todas as pessoas? Comente aqui embaixo quais são as suas considerações a esse respeito.
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Este presente artigo foi produzido pelo aluno de Psicanálise Clínica Ivan Guilherme de L Rocque Pinho, exclusivamente para o nosso Blog.