Recordando o Passado

Recordando o Passado

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Hoje entenderemos osmotivos que ficamos recordando o passado. A Memória refere-se à capacidade mental de armazenar experiências diversas que vivenciamos durante as fases de nossa vida.

Por que não lembramos de nossa infância? Essa perda de memória infantil é comum?

Ao conversar com outra pessoa o assunto é usualmente interrompido quando perguntam sobre o nosso passado, basicamente associado a uma pergunta como foi a sua infância?

Recordando o passado

Falar sobre a infância muitas vezes envolve compartilhar experiências pessoais e emocionais. Isso pode fazer as pessoas se sentirem vulneráveis e expostas. Alguns casos podem ter memórias dolorosas ou emocionalmente carregadas de sua infância, o que as torna relutantes em discuti-las.

Na verdade, a interrupção é devida não conseguir lembrar de muita coisa. Assim, em alguns momentos é necessário mudar o assunto por não possuir conteúdo de respostas. Voltamos a abrir a caixinha de pergunta sobre o nosso passado em busca de respostas que estão em nosso pré-consciente e inconsciente.

Como descreve Huyssen (2000, p. 37): a memória vivida é ativa, viva, incorporada ao social – isto é, em indivíduos, famílias, grupos, nações e regiões… A memória é sempre transitória, notoriamente não confiável e passível de esquecimentos, em suma, ela é humana e social.

Recordando o passado: desenvolvimento cognitivo

Esses assuntos levam o medo do julgamento por parte dos outros, especialmente se as experiências foram diferentes das normais. Ao passar do tempo vamos associando esse esquecimento a vários fatores que surgem mais dúvidas sobre o nosso passado. Não lembrar da infância é uma experiência comum para muitas pessoas.

Existem várias razões pelas quais as memórias da infância podem ser difíceis de acessar: desenvolvimento cognitivo, estudos relatam que nessa fase a criança não têm a capacidade cognitiva desenvolvida para reter memórias de forma tão vivida quanto os adultos.

Também encontramos memórias fragmentadas onde é explicado que a maioria se perde ao longo do tempo. Dentro dessas razões nos deparamos com Amnésia Infantil, estudos entre psicólogos, acreditam que há uma “amnésia infantil” natural, onde as memórias da infância antes dos 3 a 4 anos são geralmente esquecidas.

Freud: recordando o passado

Sabe-se que a amnésia infantil foi definida por “Sigmund Freud, no século XIX, como o fenômeno no qual as pessoas não conseguem recordar eventos da primeira infância”. Talvez seja um esquecimento causado por traumas que ocorreram no passado como: ausência de pilares afetivos, pai e mãe, bullying, dificuldade financeira e outros casos.

Considero que ao passar do tempo nossas memórias são substituídas por outros eventos que irão ocorrendo dentro dessas fases. Esse processo de recordação é uma espécie de armazenamento onde podemos recuperar ou esquecer os momentos vividos.

Cientes que, alguns estudos tratam que eventos traumáticos, em grande maioria dos casos, podem levar a repressão das memórias. “Assim parece ser porque, de acordo com André Frazão, coordenador do laboratório de cogniçãodo Instituto de Biociências da USP, existem diversas causas para o esquecimento dos primeiros anos”.

Primeiros anos de vida

O fenômeno chamado de amnésia infantil se deve, principalmente, às constantes mudanças estruturais que ocorrem no cérebro das crianças. Nos primeiros anos de vida, o sistema nervoso central ainda não está totalmente desenvolvido.

Nascemos com um encéfalo que tem cerca da metade do tamanho que terá no adulto, isso significa que a estrutura vai mudar, vão aparecer novas células e novas conexões neuronais, diz Frazão fonte, publicada em um artigo blog Educar publicado no Terra. Então, considerando novos episódios como um capítulo de novela, perderemos nosso histórico de vida?

A resposta é não. É possível acessar essas recordações em nosso ambiente mais obscuro da mente, chamado inconsciente. Isso se explica na fala do renomado psicanalista Freud.

A memória simbólica

‘’Para Freud, a memória simbólica (rememorações), aquela passível de sofrer ação do esquecimento, concernente a história de agrupamento e sucessão de acontecimentos; e da memória propriamente dita, aquela que está no campo do inconsciente”. Utilizando de fonte familiar ou amigos que integraram o seu passado, você resgatará conteúdos vividos e despertará em sua memória novas recordações.

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    Se você está interessado em recuperar memórias da infância, pode tentar algumas técnicas existem até hoje como a hipnose ou falar com um especialista em terapia de regressão para ajudar na recuperação desses momentos. Conclui-se que nem toda memória é importante lembrar, nem todos os eventos vividos são necessariamente significativos ou úteis de recordar, e a falta de lembranças e incomum.

    Então, como concluir ou saber se fui uma criança feliz? Essa pode ser uma reflexão pessoal e subjetiva, sobre o que é a felicidade para você?

    Felicidade: recordando o passado

    Concluo que o primeiro evento a considerar é tentar lembrar se as suas memórias da sua infância foram positivas. Se você tem lembranças de momentos felizes, como brincadeiras, momentos em família agradáveis e conquistas pessoais, isso pode indicar sinônimo de felicidade.

    Na busca por respostas que fundamentam tantas dúvidas sobre sua infância, ser feliz ou não é importante destacar as razões sociais e níveis de bem-estar atual. Pensando nas realizações e experiências durante a infância. Ter a oportunidade de aprender, crescer e explorar o mundo ao seu redor é importante para a felicidade.

    Assim, “Conhecer-se a si mesmo é uma grande valia para a felicidade, tanto para termos noção mais concreta de nossas potencialidades quanto para sabermos dos nossos defeitos” (DEMO, 2001).

    Conclusão

    Enfatizo para concluir o bem- estar emocional atual, refletir sobre como você se sente agora. Sua felicidade presente pode ser um indicativo de como você se sentiu na infância, embora sempre seja diretamente correlacionada. Lembrando que a felicidade é uma emoção complexa e subjetiva.

    É possível ter havido momentos de felicidade e momentos de tristeza durante a sua infância, como é comum para a maioria das pessoas. Embora o tempo tenha seguido fluxo habitual, você continua colecionando momento felizes e tristes atualmente e isso serve de aprendizado e como você vai desenvolver uma técnica capaz de manter essas memórias ativas.

    Que tal utilizar a tecnologia ao seu favor? Devido a toda essa realidade tecnológica que vivenciamos é possível facilitar o armazenamento de momentos utilizando o recurso de captação de vídeos e fotos. A famosa rede social serve como um exemplo claro que colecionar momentos e guardá-los. Cientes que esse uso deve ser monitorado para evitar o exagero e evitar perder o sentido de colecionar momentos e manter memórias.

    O artigo sobre “Recordando o Passado”, foi escrito por José Paulo Silva de Lima. [email protected]

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