quadros de Magritte

René Magritte: vida e seus melhores quadros surrealistas

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René Magritte foi um importante pintor belga surrealista que viveu entre 1898 e 1969. Vamos compreender como esse artista foi um grande revolucionário no mundo das artes. Então, leia o nosso post.

Quem é o surrealista René Magritte?

Seu nome completo é René François Ghislain Magritte e nasceu na cidade de Lessines, Bélgica, no dia 21 de novembro de 1898. Ele era filho de uma chapeleira e um tecelão, e com apenas 12 anos de idade começou a pintar. Logo, com 18 anos, entrou na Académie Royale des Beux-Arts de Bruxelas e ficou por lá por dois anos.

Antes de ser um dos mais importantes pintores surrealistas, suas primeiras obras tinha como influência:

  • impressionismo;
  • futurismo;
  • cubismo.

A sua primeira exposição profissional ocorreu quando tinha 22 anos no Centre d’Art de Bruxelas. Aliás, trabalhou na criação de diversos anúncios e posters. No ano de 1926, foi contratado pela Galerie la Centaure e começou a se dedicar integralmente à pintura. Nesse mesmo ano, desenvolveu a sua primeira obra surrealista, “O Jóquei Perdido”, mas não teve boa recepção.

Ida a Paris

Magritte mudou-se para Paris em 1927 e teve contato com a vanguarda parisiense do momento, comandada por André Breton (escritor surrealista). Por conta disso, começou a aprimorar as suas práticas no surrealismo. Além disso, trabalhou em um estilo pessoal que traziam imagens aparentemente convencionais, contudo possuíam um caráter bizarro.

Nos anos em que viveu em Paris, Magritte produziu suas grandes obras, como:

  • “Os Amantes” (1928);
  • “O falso espelho” (1929);
  • “A Traição das Imagens” ou “Isto não é um cachimbo” (1929).

Retorno a Bruxelas

Após viver três anos em Paris, Magritte retornou para Bruxelas, em 1930. Em seguida, começou a aprofundar a sua técnica, pintando imagens bastantes desconstruídas e perturbadoras. Além disso, suas obras desafiavam a percepção comum do público e traziam mais perguntas do que respostas. Algumas dessas pinturas são:

  • “O Retrato” (1938);
  • “O Tempo Trespassado” (1939).

Magritte intitulado pela crítica como “Pintor cerebral” e seu estilo foi chamado de “Visual Thinkin”. Embora tenha produzido um grande número de pinturas, suas obras só começaram a ganhar destaque após a década de 1960. O pintor surrealista Magritte faleceu em Bruxelas, Bélgica, no dia 15 de agosto de 1967.

Os melhores quadros de Magritte

A Traição das Imagens (1929)

Não tem como falar de Magritte sem citar uma de suas maiores obras. “A Traição das Imagens” é uma pintura que nos faz refletir sobre os limites da representação de algo e do próprio objeto desenhado. Aliás, a legenda na imagem é que traz ainda mais esse questionamento.

Afinal, nem a palavra cachimbo e nem a imagem do objeto de fato designará um cachimbo real. Isso parece bastante óbvia, contudo essa ideia foi levantada com muita propriedade pelo pintor surrealista.

Vale destacar que essa foi uma obra bastante revolucionária no mundo das artes, pois foi cercada de várias polêmicas quando foi divulgada.

Os Amantes (1928)

Perturbador e intrigante são características muito comuns nessa obra de “Os Amantes”. Afinal, vemos duas pessoas, que aparentam ser um homem e uma mulher, se beijando. Contudo, elas estão com rosto coberto.

Então, uma dúvida que fica no ar é: por qual motivo eles estão com os rostos escondidos? Esse quadro é muito típico de Magritte em que há muito mais dúvidas do que respostas, mas que mesmo assim cativam o observador.

Golconda (1953)

Outra obra de René que trouxe muitos questionamentos foi “Golconda”. Nela, há homens bastante idênticos que aparentam ser como gotas de chuvas. Embora pareçam bastante semelhantes, os homens têm diferenças entre si quando olhamos com mais atenção.

Umas das questões que a pintura traz é sobre a identidade de grupo e a individualidade: será que as pessoas são autônomas ou são regidas a partir da massa? Só por motivo de curiosidade, você sabia que o nome do quadro é um nome de uma cidade na Índia? Aliás, é um lugar bastante conhecido pelo comércio de diamantes.

Agora a dúvida que fica no ar é: por que Magritte deu o nome dessa cidade à sua obra?

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    O Filho do Homem (1964)

    Uma de suas últimas obras, “O Filho do Homem” tinha como proposta inicial de ser um autorretrato de René Magritte que foi encomendado pelo seu próprio mecenas. Contudo, mais tarde, o pintor surrealista decidiu transformar o trabalho em outra coisa.

    Uma das hipóteses é que Magritte quis trazer uma discussão conceitual entre o visível, o oculto e a curiosidade humana. Além disso, a obra é tão icônica que até nos dias atuais ela está presente, em especial pela cultura pop.

    O Espelho Falso (1928)

    Na tela há somente um olho humano esquerdo extremamente grande em que é possível ver cada elemento que compõem a estrutura ocular. No entanto, Magritte desenhou os contornos do céu onde deveria estar a íris. Por conta disso, não sabemos se estamos vendo um olho refletindo o céu ou o céu que está emoldurado por um olho?

    Valores Pessoais (1952)

    Nessa tela surrealista de Magritte há objetos em tamanhos não usuais. Por exemplo, o pente é maior do que a cama, o que à primeira vista causa certo estranhamento e desconforto ao observador. Aliás, o cômodo tem as paredes pintadas como o céu, o que traz desorientação e o público não tem noção se está dentro ou fora da pintura.

    Tempo Trespassado (1938)

    Por fim, uma outra pintura que foge muito da lógica comum. Na obra temos uma sala que há uma lareira com um espelho por cima. Além disso, há um trem que chama bastante a atenção, pois ele está flutuando. Embora não tenha quase nenhum sentido a imagem, ela respeita as leis do mundo real, pois há projeções de sombra na obra.

    Perspicácia (1936)

    “Perspicácia” tem como protagonista um artista que está desenhando um pássaro e ao mesmo tempo está observando um ovo. O mais intrigante desta obra, é que o artista parece prever qual é o futuro do ovo e desenhar isso no seu quadro. Aliás, somente o artista pode ver aquilo e ninguém mais consegue vê.

    A Reprodução Interdita (1937)

    Uma pintura que foge do normal, “A Reprodução Interdita” tem um espelho que não reproduz a imagem do protagonista, mas sim a duplica. Então, ao invés de vermos aquele homem de frente, nós o vemos novamente a sua silhueta de costas.

    Aliás, vemos um fato curioso é que o espelho reflete de maneira convencional todo o restante do quarto. Contudo, apenas o homem foge dessa lógica comum e continua sem uma cara para que possamos saber quem é.

    Considerações finais sobre René Magritte

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