A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é um distúrbio que causa desconforto nas pernas, levando a uma necessidade constante de movê-las. Em alguns casos, os braços também podem ser afetados.
Atividades como trabalhar em escritório e viajar podem piorar a condição. Tentar dormir com SPI pode ser extremamente frustrante, já que os movimentos involuntários das pernas podem interromper o sono e incomodar o parceiro.
A SPI afeta cerca de 10% da população, principalmente pessoas mais velhas.
O problema começa com um leve formigamento nas pernas, mas, se não tratada, pode evoluir para dor intensa e noites sem sono, impactando significativamente a vida dos afetados e de suas famílias.
A seguir, vamos explorar as causas, os sintomas e os tratamentos para essa condição!
Causas da Síndrome das Pernas Inquietas
Embora a causa exata dessa síndrome não seja conhecida, alguns estudos e pesquisas sobre a SPI mostram que ela pode estar ligada a fatores genéticos ou à falta de ferro em áreas específicas do cérebro.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da Síndrome das Pernas Inquietas são:
- necessidade de estimular as pernas, principalmente quando se encontram paradas;
- agravamento da inquietação durante a noite e a madrugada;
- costume de acordar no meio da noite com a necessidade de movimentar as pernas, sendo gatilho de crises;
- formigamento;
- queimações;
- arrepios.
Os sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas dependem da gravidade da síndrome, pois alguns casos podem ser mais graves e outros, mais leves.
Normalmente os sintomas tendem a aparecer com alta frequência no período da noite, fazendo com que a pessoa tenha seu sono prejudicado por eles.
Como aliviar os sintomas
Medidas alternativas também são elegíveis para o tratamento. Reflexologia do pé, exercícios físicos, relaxamentos, banho frio nas pernas e natação também podem ser feitos facilmente em casa.
Vale dizer também que estudos mostram que café, chocolates, bebidas alcoólicas, energéticos e outros tipos de alimentos que contém estimulantes podem agravar o caso do paciente.
Dessa forma, é valido evitar o consumo em excesso deles.
Assim, se você possui sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas, procure imediatamente um profissional para que ele avalie o seu caso.
Após uma avaliação preliminar, ele poderá encaminhá-lo a um médico especialista em doenças que afetam o sistema nervoso (neurologista) ou a um especialista em sono.
Como enfrentar os sintomas
O enfrentamento e o suporte são importantes para um indivíduo se fortalecer diante dessa dificuldade.
Conviver com o transtorno da Síndrome das Pernas Inquietas envolve o desenvolvimento de técnicas para enfrentar a SPI, como por exemplo:
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- Não esconder o seu transtorno. Compartilhar explicações sobre a SPI ajudará seus familiares e amigos a compreender melhor o seu estado psicológico.
- Não se opor à sua necessidade de movimento. Evitar se mover pode piorar o caso. Portanto, se tiver vontade de se movimentar, movimente-se!
- Anotar em um caderno ou diário as suas noites de sono. Assim, nas próximas consultas que forem realizadas com o seu médico, você poderá mostrá-lo para ele avaliar as suas noites de sono.
- Iniciar o seu dia com exercícios físicos e terminá-lo fazendo alongamento.
Diagnóstico para a Síndrome das Pernas Inquietas
A Síndrome das Pernas Inquietas é diagnosticada pelo neurologista ou clinico geral.
Além do médico recomendar os exames de músculos e condutividade nervosa, ele indica a realização de um hemograma para excluir sintomas e outras doenças como causas de desconforto.
O médico também realiza uma série de perguntas para o paciente, como por exemplo:
- “Sente dores nas pernas?”;
- “O que você sente quando está deitado ou sentado?”;
- “Mexer as pernas a todo instante te deixa melhor?”;
- “Quais palavras você usaria para descrever essa sensação incontrolável de mexer as pernas?”.
A polissonografia também é um exame que pode ser usado para a confirmação da Síndrome das Pernas Inquietas.
Tratamentos e cura para a Síndrome das Pernas Inquietas
A cura para a Síndrome das Pernas Inquietas ainda não foi confirmada cientificamente.
No entanto, o tratamento com preparações de dopamina muitas vezes se mostra útil e eficaz.
A definição da forma de cuidar desse problema depende da gravidade do desconforto e das circunstâncias que o acompanham.
Se alguns fatores desencadeantes, como uma deficiência de ferro, estiverem presentes, trate-os primeiro.
Se os sintomas persistirem ou ocorrerem sem fatores desencadeadores, você pode considerar várias opções de tratamento medicamentoso.
Dependendo da situação, você pode usar analgésicos ou diversas drogas neurologicamente eficazes.
CID-10 da Síndrome da Perna Inquieta
CID significa Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saude e Décima. Cada estado da saúde têm uma classificação e um código.
Portanto, eles podem ter sintomas parecidos e ficar na mesmo classificação.
A Síndrome Da Perna Inquieta faz parte do CID-10 e do código 333.94, 333.99 do grupo das doenças do sistema nervoso.
Considerações finais
Como você pôde ver, a Síndrome das Pernas Inquietas é um transtorno que afeta gravemente a vida de um indivíduo.
Se você possui a SPI procure conversar com amigos, familiares ou pessoas próximas a você que saibam do seu caso.
Dialogar é uma maneira de expor seus sentimentos e fazer com que as pessoas ao seu redor entendam o que você está passando.
Manter seu médico sempre atualizado sobre como você está é muito importante. Se você começar a se sentir pior, ele poderá sugerir mudanças no seu estilo de vida ou nos seus medicamentos.
Por outro lado, se você não possui a Síndrome das Pernas Inquietas, mas conhece alguém da sua família ou do seu ciclo social que tem esse problema, busque ouvir o que essa pessoa tem a dizer.
Afinal de contas, é possível que muitas pessoas não levem a sério o que elas estão passando.
O gesto de ouvir, nesse contexto, é muito positivo porque você mostra realmente para o outro que se importa e que está ali para ampará-lo sempre que possível!
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