Sociedade dos Poetas Mortos: psicanálise por trás do filme

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Comumente, somos obrigados a obedecer um sistema de ensino, segundo o qual dizem, “para nos moldar”. Mas afinal, de que vale se encaixar em um padrão, se cada um de nós carrega diferenças? É isto o que o filme Sociedade dos poetas mortos, fazendo com que nós mesmos reflitamos.

Enredo

Sociedade dos poetas mortos mostra a jornada do pouco ortodoxo professor de poesia John Keating em uma escola preparatória. O local mantém uma postura rígida em relação à educação dos rapazes, de modo a suprimir qualquer manifestação espontânea. Contudo, Keating usa a sua sabedoria para inspirá-los a ser individualistas.

Com isso, os jovens passam a entrar em contato consigo e a encontrar as ferramentas de uma vida extraordinária. Óbvio que tal comportamento não passa despercebido, recebendo a reprovação de todos. Entretanto, o grupo não recua, lutando de forma poética pelo seu desejo de liberdade. Eles querem autonomia para serem e agirem como são.

Cabe ressaltar que Keating não é um louco por completo como os outros imaginam. Ele induz os jovens a pensarem por si só, mas sem serem inconsequentes. O bom-senso também permeia a luta pela independência, filtrando os limites do seu livre-arbítrio. Ao fim, a lição que fica é a valorização da vida em seu aproveitamento máximo e contínuo.

A rebeldia

O professor Keating parece aquele professor dos sonhos: louco, rebelde e amigo dos alunos. Entretanto, a figura do mesmo não foi construída de forma avulsa a cativar o telespectador. John representa o nosso desejo por quebrar as regras duras que nos impõem. Materializa-se como nossa vontade em nos libertar de imposições.

O mesmo tem consciência do quanto a disciplina é necessária para moldar o caráter dos jovens. Contudo, ele discorda dos métodos como isto é feito. Ele mesmo se mostra como um produto da educação tradicionalista que a instituição e outros lugares preservam. Sabendo o quanto perdeu com isso, o mesmo induz os jovens a questionar.

Isso fica evidente logo nos primeiros momentos onde o educador se encontra com seus pupilos. A todo momento, John Keating tenta fazê-los sair da carapaça passiva que a escola colocou neles. Entre voltas no passado e perspectivas ao futuro, os jovens começam a pensar da forma que são, sem normalizações. A derrubada de muros muda a todos.

A validação de nossas existências

O filme Sociedade dos poetas mortos é uma proposta para que nós reformulemos nossa conduta. Se nos atentarmos, perceberemos que em algum nível somos condicionados por algo e alguém. Isso vem em forma de opressão pura ou cuidado, já que muitos abdicam da liberdade para assistir alguém.

Olhando isso, o longa nos motiva a validar:

O prazer

Para tudo o que nós nos envolvamos nessa vida, devemos sentir prazer no que fazemos. Este deve ser o principal gatilho de nossas ações, já que nos motiva e dá razão para sermos felizes. Ainda que algo nos motive a uma direção contrária, seja a necessidade em se prover, devemos mirar a satisfação pessoal.

Espírito

O espírito aqui se configura como a nossa essência existencial. Esta é a nossa “impressão digital universal”, sendo única e insubstituível, bem como não transferível. O filme Sociedade dos poetas mortos nos incentiva a marcar o mundo com ela. Com isso, viver de acordo com o que somos, evitando ceder para a pressão social.

Expressão de nossas vidas no amor

Por meio da literatura, Keating ensina aos jovens a se despertarem ao amor em suas infinitas formas. Dessa forma, cultivariam a vontade de se apaixonar, fortalecer a amizade, mas sem perder o contato com a dor e desilusões. Embora desagradáveis, são peças importantes ao nosso crescimento. Assim, encontrariam também o valor da paz.

O reflexo da adolescência

Um dos aspectos que mais agitam o telespectador em Sociedade dos poetas mortos é a repressão que estes sofrem. Os personagens que tentam inibir o comportamento dos estudantes são frutos do que esta academia produz. Entretanto, as reações adversas a esse comportamento são de cunho pessoal, apontando a:

Normalidade

A academia é o exemplo de como e onde a normalização social é construída. Por meio da instituição, os alunos são induzidos a pensar de forma semelhante, a fim de preservar um padrão social. Quando isto é quebrado, o grupo anterior passa a se sentir ameaçado pelo outros. Assim, o inesperado e original se contrapõe ao normativo e igualitário.

Substituição

Naturalmente, temos medo de nossos filhos porque eles nos substituirão de alguma forma. Do mesmo modo é o que acontece na academia, já que a repressão, em suma, parte dos mais velhos. O novo sistema vivenciado pelos alunos de Keating carrega ideias ou soluções inovadoras e eficazes, inexistentes no outro sistema.

Carpe Diem

O longa Sociedade dos poetas mortos consegue imprimir em nossas mentes a mensagem Carpe Diem. A expressão latina significa literalmente “aproveite o dia” e é um dos catalisadores da renovação local. Keating promove uma revisitação pessoal de cada jovem, a fim de que se conheçam e afastem pressupostos forçados.

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    Ao olharem as fotos de antigos alunos, os jovens passam a se questionar o que realmente querem da vida. Perguntam se aqueles antigos estudantes puderam ser quem eram seguindo as normas impostas pela academia. Com isso, tais questionamentos o induzem a enxergar possibilidades pouco ortodoxas.

    Assim, ao invés de pensar no futuro, eles passam a pensar no hoje, bem como a aproveitá-lo. São jovens, cheios de energia e vontade de mudar o mundo, então por que não fazê-lo? A felicidade só vale a pena quando pudermos usufruir dela o quanto antes.

    Considerações finais sobre Sociedade dos Poetas Mortos

    O filme Sociedade dos poetas mortos nos convida a quebrar paradigmas pessoais e coletivos. Por meio dele, identificamos sinais opressivos que nós mesmos vivenciamos em nossa juventude. Contudo, também revivemos o tempo de buscas e liberdades que também regeram nossas vidas. Uma revisitação ao passado e à própria sociedade.

    A partir disso, precisamos trabalhar a forma como lidamos com idealismos e princípios. Com isso, possível crer que no momento em que se repreende uma forma de revitalização, já falhamos em nossa conduta. Quando nos desgarramos de uma visão mais conservadora, entendemos que o novo é um movimento natural. O novo substitui o antiquado.

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