Entenda mais sobre o tema: transtorno dismórfico corporal. Em um mundo onde o reflexo no espelho muitas vezes se transforma em um inimigo cruel, o – Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) – surge como uma sombra que distorce a percepção da própria imagem.
Trata-se de uma condição mental em que uma pessoa se preocupa de maneira obsessiva com defeitos imaginários ou exagerados em sua aparência.
Para muitas mulheres que enfrentam as pressões da vida moderna, especialmente aquelas que são mães e enfrentam a baixa autoestima, esse transtorno pode se manifestar de maneira intensa, minando a autoestima e o bem-estar emocional.
O impacto das mídias sociais e o transtorno dismórfico corporal
Hoje, vivemos em um mundo onde as redes sociais funcionam como vitrines de vidas perfeitas. O feed do Instagram, TikTok ou Facebook se tornou uma galeria de corpos esculturais, sorrisos impecáveis e estilos de vida aparentemente sem falhas.
Para muitas mães que se veem diante de suas múltiplas responsabilidades — criar filhos, equilibrar trabalho e vida pessoal —, a pressão para se encaixar nesses padrões inalcançáveis pode ser devastadora. E o que muitas não percebem é que, por trás dessas imagens, há filtros, ângulos cuidadosamente calculados e até mesmo edições profissionais.
No entanto, quando passamos tempo demais comparando nossa realidade com essa ficção virtual, nos esquecemos de algo fundamental: ninguém posta seus momentos de vulnerabilidade, suas lutas diárias ou suas imperfeições.
Exemplos atuais de como as redes sociais amplificam o transtorno dismórfico corporal
Veja o exemplo de aplicativos como o “FaceTune” ou filtros do Instagram, que se tornaram tão comuns que muitas mulheres se sentem insatisfeitas com suas aparências naturais ao se verem no espelho. Celebridades e influenciadores reforçam essa cultura ao utilizarem ferramentas de edição para melhorar a própria imagem, promovendo padrões irreais de beleza.
Isso acaba amplificando o sentimento de inadequação nas mulheres, especialmente naquelas que já possuem uma autoestima fragilizada após a maternidade. O problema se agrava quando surgem termos como “corpo pós-parto perfeito”, frequentemente utilizados nas redes sociais para enaltecer celebridades que, supostamente, recuperaram sua "forma ideal" em semanas após darem à luz.
Isso faz com que mulheres comuns, que lidam com os desafios reais da maternidade, sintam que estão falhando por não conseguirem o mesmo.
Como se fortalecer mentalmente contra os padrões impostos
A chave para vencer essa batalha está no **autocuidado emocional**. Aqui vão algumas dicas para mães que desejam fortalecer sua saúde mental e não sucumbir à pressão dos padrões irreais de beleza:
Reavalie seu consumo de redes sociais: Escolha com cuidado quem você segue. Siga perfis que promovem mensagens positivas, de aceitação corporal, e que falam sobre as dificuldades reais da maternidade.
Ao substituir perfis que geram comparação e inadequação por conteúdos mais realistas, você começa a criar um ambiente virtual que trabalha a seu favor, não contra você.
Pratique a gratidão pelo seu corpo
A maternidade é uma das maiores transformações que o corpo de uma mulher pode passar. Ao invés de focar nas supostas imperfeições, cultive o hábito de se sentir grata por tudo o que seu corpo fez e continua fazendo.
A sua pele que esticou para abrigar uma nova vida, as mudanças hormonais que sustentaram seu filho — isso tudo é incrível, e merece ser celebrado.
Fortaleça seu diálogo interno: A maneira como você conversa consigo mesma faz toda a diferença. Quando pensamentos autocríticos surgirem, questione-os. Pergunte-se: “Essa voz é realmente minha, ou é o reflexo de uma sociedade que dita padrões inalcançáveis?”. Se permita desconstruir essas crenças, substituindo-as por afirmações positivas e realistas.
Desenvolva hobbies e interesses além da aparência
Muitas vezes, as redes sociais nos levam a acreditar que a aparência é o centro de quem somos. Explore hobbies, atividades e interesses que não estejam relacionados à estética.
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O simples ato de se concentrar em algo que você ama — seja a leitura, jardinagem, arte ou qualquer outra coisa — pode ajudar a mudar o foco para o que realmente nutre a sua alma.
Busque apoio psicológico: Se você sente que está lutando para se sentir bem consigo mesma, especialmente após a maternidade, não hesite em buscar ajuda de um profissional. A psicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa para entender as raízes da baixa autoestima e do TDC, oferecendo caminhos para uma relação mais saudável com o próprio corpo.
“O inferno são os outros” – Jean-Paul Sartre
A beleza real está na autenticidade: transtorno dismórfico corporal
É crucial lembrar que a beleza real não está nas imagens editadas e nos padrões estéticos efêmeros que a sociedade impõe. A beleza está na autenticidade, nas marcas que contam a história de cada mulher, na força que ela mostra ao lidar com os desafios da maternidade e da vida.
Você não é apenas um corpo para ser julgado. Você é uma mulher, uma mãe, um ser humano repleto de qualidades, talentos e emoções que vão muito além da aparência.
Fortaleça-se mentalmente ao lembrar-se disso, e não permita que as redes sociais ditem o valor que você tem.
Artigo escrito por Evelin Sales, formanda em psicanálise, com uma sólida formação em Recursos Humanos e Administração. Missão de promover o bem-estar emocional e auxiliar pessoas a desbloquearem seu verdadeiro potencial, fornecendo suporte para que alcancem seus objetivos. Com uma abordagem empática e focada no desenvolvimento pessoal, combina seus conhecimentos em gestão de pessoas com as ferramentas da psicanálise, oferecendo um espaço seguro para aqueles que desejam superar desafios emocionais e encontrar motivação para construir uma vida mais equilibrada e realizada.
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