vida mental saudável

Vida mental saudável: é possível ter?

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Como ter uma vida mental saudável? Ao longo dos estudos da Psicanálise, através das experiências e análises (incluindo em seu período de autoanálise) de sessões com seus pacientes, Freud conseguiu mapear, e aprimorar, ao longo do tempo estruturas que “nos explicam emocionalmente”.

O quanto, com análises próprias e com ajuda profissional, para materializar nossa busca constante por nossa cura, é possível ter uma vida mentalmente saudável?

Como ter uma vida mental saudável?

Os estudos do Pai da Psicanálise, foram de uma contribuição única e tão grandiosa (e não apenas) para a psicanálise, que nos permitem até hoje, percorrer e analisar os caminhos e motivos comportamentais de cada um de nós. Suas descobertas sobre Consciente, Pré Consciente e Inconsciente (sendo este seu grande feito) – Cs, Pcs e Ics, aliadas ao ID, EGO e SUPEREGO, complementam, de forma única, nossos comportamentos e motivações, completando assim o nosso aparelho psíquico.

Imaginemos, o quanto essas valiosas informações sobre nossas estruturas tópicas psíquicas, podem nos engrandecer e nos proporcionar, de uma forma consciente, a possibilidade de nos transformar e impactar, diretamente, nossa evolução como seres individuais e seus reflexos em nossa vida emocional/social.

Tantas maravilhas assim, nos dá a grande possibilidade de sermos a “pessoa de transição”, após tantos anos vivendo com nossas lembranças e repetições, incutidas em nosso inconsciente, com nossa convivência e aprendizado com nossos “pais”.

Autoconhecimento para uma vida mentalmente saudável

Na verdade, poucos conseguem, ou se dedicam, a se conhecer. O medo de descobertas, os recalques, as negações, ou qualquer outro mecanismo de defesa que nosso sistema psíquico “pratique”, pode chegar até a nos paralisar a desvendar o que está por trás de cada ação (e reação) diante das situações que passamos.

Supondo que as informações, ou o conhecimento compartilhado por Freud em sua jornada, dentro psicanálise, fosse do conhecimento coletivo (apesar de hoje existirem meios, como a internet) vale o questionamento sobre quantos de nós teríamos a verdadeira coragem de se aprofundar em nossas próprias mentes.

Não basta apenas conhecer a primeira e segunda tópica. O que realmente seria de relevante importância é saber como funcionamos, quem somos, o que nos impede de fazer certas coisas, mesmo que nosso EGO, entenda o quanto seria importante para nossas vidas.

A contribuição da terapia psicanalítica para a vida mental saudável

Uma de nossas formas, de conhecer a si mesmo, está no processo terapêutico/analítico. Tudo se inicia com o querer. A partir dele podemos dar início a essa fantástica jornada sobre o autoconhecimento. Importante aqui, entender que, mesmo de forma consciente, nosso inconsciente, “sofrerá” acessos, pois seremos continuamente desafiados a nos expressar.

Esse é o principal motivo da psicanálise ser conhecido como “a cura pela fala”. Adicionalmente, como meio de atingirmos uma comunicação, no processo analítico o analista observará nossas palavras, atos falhos, chistes e sonhos.

Este último é um forte candidato a desvendar muitas coisas “adormecidas”, já que ele é uma grande mistura e armazenamento de conteúdos inconscientes reprimidos. Quando nós decidimos entrar no processo terapêutico/analítico, uma das coisas que nos espantamos, ao longo das descobertas é: como uma coisa tão antiga, pode me impactar tanto atualmente?

Ou ainda: Como eu não percebi isso antes?

Um dos principais motivos se dá ao fato de que, como já mencionado, estamos “pisando“ no campo do inconsciente (Ics). Uma de suas características é a atemporalidade. Ou seja, ele não segue a ordem cronologia de nossas vidas.

Nossa vida psíquica não é toda consciente

Outro motivo de não “percebermos isso antes”, se dá devido a uma barreira de contato (entre o Cs e o ICs) chamado Pré-consciente (Pcs). Ele funciona como uma espécie de crivo, para que determinados conteúdos, possam vir à tona, ou não. O que está “guardado” (reprimido/recalcado), ao longo de nossas construções, podem ser insuportáveis, dolorosas, e isso faz com que sejamos capazes de seguir adiante.

A grande suposição (e possibilidade) é que, ao longo de tanto tempo, sejamos capazes de resgatar esses arquivos antigos, e tentar trabalhá-los, ao longo do caminho. Dentro dessa decisão tão importante, onde podemos constatar uma das grandes contribuições de Freud, está a grande oportunidade em romper o paradigma de que somos apenas consciência.

É verdade, que ele nos guia racional, temporal e espacialmente, mas não podemos ignorar o fato que, em nossa construção inicial, éramos apenas inconsciente, e lá foram depositadas informações (constructos) advindas da família e de nosso convívio social, a que fomos expostos. Por isso, podemos compreender por que, ele não é imune a erros, afinal “é muita informação”, como se diz hoje.

Os erros e acertos de uma vida mental saudável

Tais “erros”, dão-se devido a “retornos”, quando a referida barreira de contato, por algum motivo é rompida. Como constatamos isso? Graças aos atos falhos. Quantas vezes, em nosso dia a dia, esquecemos nomes, trocamos palavras? Pense: Isso acontece com você?

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    Trata-se de uma pergunta retórica, pois sei que a resposta é sim. Isso se dá a uma intenção consciente completamente conectada (comprometida) a um desejo inconsciente. Quando o analista dá a devida atenção ao uso das palavras, nosso tom, nossas feições, ele consegue perceber, pouco a pouco, dando atenção a esses erros (que aqui, arrisco dizer “dicas”), as revelações por trás deles, e pode nos ajudar a compreendê-los e transformá-los.

    A psicanálise, ou melhor, o olhar terapêutico em geral, carrega em si, a grande oportunidade da concretização do desejo real, da busca por uma vida, contínua, e mentalmente saudável, tornando-o assim, possível. Observe o quanto é importante ser solidário, inteiro, reconhecer nossos erros e ofensas.

    O consciente nos banaliza

    Sim, o consciente nos baliza, nos apruma por assim dizer, mas nem sempre nossas palavras são conciliadoras, nem sempre nos comportamos como achávamos que seria da forma como imaginávamos, diante de alguma situação. Somos um todo, e boa parte desse todo está no que não temos acesso.

    Entenda que, nossa quantidade consciente é menor, que nossa quantidade inconsciente.

    A busca por uma mente saudável

    A neurociência, como disciplina conectora e, de certa forma endossadora, ratifica onde se encontra cada parte de nosso aparelho psíquico, defendido por Freud, que respeitando sua época de atuação, não tinha tantos meios, como temos hoje. Somos uma soma de hormônios, cérebro e sentimentos. Estes, muitas vezes controversos e até confusos, quando somos expostos a primeira vez.

    Lembre-se: Estar na vida significa se comunicar. Esse, a meu ver é um dos grandes desafios de viver. Como todo entendimento da comunicação, existem dois lados. Quando falamos de nós, me refiro a: quem somos e como nos relacionamos.

    O segundo, deve (ou deveria) ser um reflexo do outro. Todos a nossa volta nos percebem, mais que nós próprios, na maioria das vezes. Ter uma segurança pessoal, nos remete a fazer que o outro confie em nós. A segurança pessoal, está em sempre estarmos em contato com nossas ações e reflexões sobre elas. O amor é a maior dádiva e expressão possível.

    Faça por você e você fará pelo outro.

    Alimente sua mente com coisas positivas. Conheça-se! Cito aqui, como uma forma de ratificar a importância de se conhecer e vivenciar o amor por si, e pelo “outro”, Santo Agostinho: “nas coisas cruciais, unidade; nas coisas importantes, diversidade, em todas as outras coisas, generosidade”.

    ESCOLHA ser MENTALMENTE saudável!

    Este artigo sobre vida mental saudável foi escrito por Poliana B. Falcão ([email protected]), mulher feliz, assumindo que sempre quis: conhecer e evoluir sempre, para ser o melhor possível para o outro; estudante de Psicanálise (com muito amor e honra).

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