Neste artigo vamos entender a teoria do aparelho psíquico e o primeiro modelo topográfico de Freud.
Entendendo a teoria do aparelho psíquico
O aparelho psíquico é o nome dado ao método da estrutural proposto por Freud, Freud empregou essa palavra “aparelho” para definir uma organização psíquica dividida em sistemas ou instâncias psíquicas, com a funções especificas, que interligadas entre si, ocupando certo lugar na sua mente. Como ele queria entender a formação dessa tópica, ele começou a desenvolver com base em seus conhecimentos.
Em síntese, para Freud, os sonhos seriam um caminho para acessar o inconsciente. Freud formulou a primeira tópica, conhecida como teoria da Topográfica, primeiramente foi divido em inconsciente, pré-consciente e consciente, assim se caracterizou a modelo topográfico Inconsciente, grande elemento da teoria de Freud, pois ele trouxe um conceito que ninguém conseguia intender, designa a parte mais arcaica do aparelho psíquico, segundo Freud por ter a herança genética, memorias primitivas, experiências da infância, as representações das coisas, nossas experiências que foram armazenados ,segundo Freud: tudo que fica reprimido no inconsciente na fase da infância pode retornar na vida adulta na forma de sintoma, ou seja, abusos, medos, entre outros acontecimentos.
No inconsciente estariam os elementos instintivos não acessíveis ao consciente, além dos materiais excluídos da consciência pelos processos psíquicos de censura e repressão. Esse conteúdo censurado não pode ser lembrado, mas não é perdido, essa energia permanece no inconsciente, em forma de pulsões ou instintos, representantes pulsionais as ideias e os afetos, ou seja, os investimentos de energias em determinadas situações a Cartexia.
Pulsões e a teoria do aparelho psíquico
As pulsões consistem em uma concentração de energia que leva o indivíduo a uma ação, devido a tensão resultante de acúmulo de energia, agressiva ou destrutiva, são forças mantenedoras da vida ou como incitadoras da morte. Ele é regido pelo princípio do prazer, ele que ter satisfação e sua realização, uma dinâmica por conta de tensão pulsional que causa desprazer, nossa mente não trabalha para isso, por uma questão somaticapsiquica, sempre trabalham para diminuir a tensão através de uma descarga energética.
O inconsciente tem três características, afirmações não há incerteza ou dúvidas em nosso inconsciente, ambivalência representação de amor e ódio é tudo junto, simultâneo tudo misturado tudo acontece ao mesmo tempo, atemporalidade nosso inconsciente não segue o tempo em si, ele age diferente da cronologia da vida, em questão do inconsciente não existe incerteza, tudo é certo, mas não exato, nada é impossível no inconsciente, devido ao princípio do prazer.
O inconsciente opera nas forças primarias da mente, transita livremente entre os sistemas, passando de uma representação para outra, algo caótico sem organização, é nesse ponto que a interpretação dos sonhos tem o papel fundamental no entendimento do aparelho psíquico freudiano, pois a “comunicação” nos sonhos se daria graças ao processo primário, e seus mecanismos (condensação, deslocamento e representação) constituíram a elaboração onírica presente nos conteúdos latentes.
Pré-consciente
De extrema importância em nossa estrutura. Ele funciona como uma barreira selecionando o que pode e o que não pode passar para o consciente, tudo que vem do inconsciente precisa passar pelo pré-consciente para ser filtrado e ir então para o consciente ,o inconsciente é inacessível as informações que consiste nele estão bem guardadas, só serão passadas com o processo de filtragem do pré- consciente, ele é todo articulado, ele que permite que alguns elementos que estão no inconsciente possam vir para o consciente, seria ele uma parte de inconsciente que pode se tornar consciente, com uma certa facilidade.
As informações que estão no pré-consciente estão disponíveis para nosso consciente, elas ficam guardadas na acamada do pré-consciente, não são usadas constantemente e precisam ser usadas. A questão dinâmica vem através de duas representações importantes, são elas a questão da coisa e a questão da palavra. A questão da coisa, é algo que vem do inconsciente é uma condição onírica, é algo sem estrutura, a questão da palavra é quando damos a palavra a significação que damos aquela coisa, damos a palavra aquilo que tempos na mente, com uma representação da palavra, forma de dar um contexto, entender o aspecto.
A coisa está dentro do inconsciente e através da palavra trazemos isso para pré-consciente que filtra e passa para o consciente. Segundo ZIMERMAN, 1999:” É nessa instância que a linguagem se estrutura e, dessa forma, é capaz de conter a representação da palavra”, “que consiste num conjunto de inscrições mnêmicas de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança”
Consciente e a teoria do aparelho psíquico
É a instância que normalmente associamos à razão e ao racional, à percepção de espaço e tempo, a forma imediata, o direcionamento que daremos mais atenção. O consciente é uma pequena parte da mente que inclui tudo aquilo que estamos cientes num determinado momento, a percepção esta situada na periferia do aparelho psíquico, recebendo informações do mundo exterior e as provenientes do interior, é a camada entre o mundo externo e o interno e a sua interação em si.
É nele que está a questão da razão, espaço e tempo, e tudo que olhamos e percebemos em nós são construção que vieram do inconsciente, a influenza família, o ambiente que viemos. As questões que vivemos em nosso consciente, vem do nosso inconsciente, muitas das questões são influências da nossa inconsciência.
O inconsciente é todo caótico e desorganizado, o consciente nos deixa entender o que está ali em nossa frente, nos conseguimos dar um significado para aquela coisa, o consciente com o pré-consciente trabalha com o processo secundário, ou seja, traz a questão da palavra, pegando a coisa e trazendo a palavra, deixando isso consciente a palavra.
Considerações finais
O consciente lida com o princípio da realidade, recalcar alguma informação que não pode acontecer, avaliar a satisfação, retardar ou inibir uma descarga emocional ou pulsional. Freud afirmou que a consciência é um ”fato sem igual, que resiste a toda explicação ou descrição” (1938, p. 79)3. Isto pode nos fazer pensar que sua concepção da consciência se aproxima do que certos autores atuais chamam de ”misterismo” (em inglês, ”mysterianism”) (Flanagan, 1992; Chalmers, 1996, p. 379).
Segundo esta posição, a consciência é essencialmente um mistério que não pode ter explicação científica. Porém não é imune aos erros devidos que ele está nas informações de desenvolvimento do indivíduo onde o que aprendemos e achamos que somos são enviados para ela inconscientemente.
Freud pai da psicanalise, através do seu exemplo de como se é formada a psique humana, pode nos esclarecer de forma educativa de como é a nossa mente.
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O presente artigo foi escrito por Nici Costa ([email protected]).