pré-consciente para Freud

Pré-Consciente: o que é? Significado em Freud

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O vasto trabalho de Freud permitiu a todos nós ter uma clareza a respeito das nuances da mente humana. O psicanalista não somente explicou processos mais simples, mas também se dedicou ao estudo de sutilezas e mecanismos mentais elaborados. Em vista disso, é importante que você entenda melhor o significado de pré-consciente para Freud.

O que é pré-consciente?

De acordo com Freud, a definição de pré-consciente diz respeito ao local que precede a consciência de alguém. Embora os pensamentos possam estar inconscientes em algum momento, o psicanalista afirma que eles não estão reprimidos. Portanto, os pensamentos pré-conscientes podem ser recordados, se tornando conscientes, se assim uma pessoa desejar.

Além disso, estudiosos afirmam que a pré-consciência retém informações que podem acessadas para processamento cognitivo, embora ela esteja fora da consciência. Um exemplo desse processamento da pré-consciência é a preparação e transferência de informações. Outros modos comuns desse processamento são os fenômenos da visão cega e ponta da língua.

Camadas

Freud apontava a mente humana como uma construção feita em camadas, de modo que se assemelhasse a um iceberg. Por isso que ele dividiu a mente em níveis, as nomeando como:

Consciência

Sendo a parte mais superficial da mente, é onde se localizam pensamentos, raciocínios e percepções voluntárias de alguém. Dessa forma, uma pessoa é perfeitamente capaz de controlar e selecionar o que fazer de acordo com os seus desejos e necessidades.

Pré-consciente

Freud descreveu como a ligação entre a consciência e inconsciência, tendo uma parte visível e outra não. Logo, concentra conhecimentos armazenados e memórias que uma pessoa pode acessar facilmente. Ademais, outra função desse setor é evitar que um indivíduo manifeste as suas pulsões vistas como inaceitáveis.

Inconsciente

A parte mais profunda da mente humana, sendo constituída de pulsões, instintos e desejos que frequentemente não são aceitos socialmente. Desse modo serve como um depósito dos impulsos, agindo como um contentor do lado selvagem da psique de uma pessoa.

Topografia freudiana

O livro “A interpretação dos sonhos” de Freud veio para afirmar que a mente inconsciente não é apenas o oposto da consciência. Depois disso, o psicanalista insistiu que o inconsciente se divide em dois. Assim, enquanto o inconsciente designa pensamentos inadmissíveis à consciência, a pré-consciência serve como porta entre a consciência e inconsciência.

De acordo com Freud, há “… dois tipos de inconsciente – um que é facilmente, sob circunstâncias frequentes, transformado em algo consciente, e outro com o qual essa transformação é difícil e ocorre apenas sujeito a uma considerável despesa de esforços ou possivelmente nunca. [… ] Chamamos o inconsciente que é apenas latente e, portanto, facilmente se torna consciente, o ‘pré-consciente’, e mantemos o termo ‘inconsciente’ para o outro “.

Já segundo o psiquiatra David Stafford-Clark, se: ” a consciência é a soma total de tudo o que somos cientes, a pré-consciência é o reservatório de tudo o que podemos lembrar, tudo o que é acessível ao recordar voluntariamente: o depósito da memória. Isso deixa a área inconsciente da vida mental para conter todos os impulsos e impulsos mais primitivos que influenciam nossas ações sem necessariamente nos tornarmos plenamente conscientes delas, juntamente com toda constelação importante de idéias ou memórias com uma forte carga emocional, que ao mesmo tempo estiveram presentes na consciência, mas desde então foram reprimidos para que não estejam mais disponíveis, mesmo através da introspecção ou tentativas de memória “.

Características

Na obra “O Ego e o ID”, Freud faz explicações claras a respeito das diferenças entre ideias inconscientes e pré-conscientes. Enquanto as ideias inconscientes são feitas de material desconhecido, as ideias do pré-consciente são levadas à consciência por meio de conexões com palavras. Assim sendo, as palavras são vestígios de memória que podem se tornar conscientes mais uma vez.

Dessa forma, quando uma pessoa supre o pré-consciente com elos intermediários, ela cria uma ligação do inconsciente com uma imagem ou palavra no pré-consciente. Assim fica claro que esse nível da mente se caracteriza por:

  • memórias que podem ser recuperadas;
  • testes da realidade;
  • linkagem para apresentações de palavras.

Registro de acesso

Algo bastante curioso no pré-consciente certamente é a ideia de que informações e dados não permanecem nesse lugar. Embora sejam informações importantes para nós, elas não costumam ser relembradas de maneira consciente com frequência. Por exemplo, endereço, telefone, nome dos amigos e parentes, a comida que mais gostamos, etc.

Ainda que essas informações não estejam localizadas no seu inconsciente você é perfeitamente capaz de encontrá-las. Para isso, dentre muitas opções, você pode fazer uma associação involuntária ou resgatar alguma memória para lembrar delas.

Expansão

Com o passar do tempo Freud passou a empregar o conceito de pré-consciente além da ideia de lugar ou sistema. Segundo ele, os processos pré-consciente não são parte da consciência, mas estão ligados ao inconsciente.

Para que você compreenda melhor, veja a pré-consciência como uma zona de trânsito entre a consciência e inconsciência. Desse modo os conteúdos pré-conscientes podem vir à consciência assim que um processo de mudança acontece na mente humana. Mesmo que seja uma parte acessível voluntariamente, essa zona de trânsito se liga mais ao inconsciente do que se pensa.

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    Fases

    Ao longo do texto deixamos claro o quanto a existência do pré-consciente é importante para a comunicação das consciências. Se um evento que aconteceu pela manhã desaparecer da consciência, é possível mudá-lo à pré-consciência e depois para a inconsciência. Por fim, ele vai se incorporar ao nosso sono durante o descanso à noite, sendo revisado e registrado.

    Em outras palavras, existe um filtro em nossas mentes que direciona informações para os seus níveis de consciência. Ou seja, os dados informativos viajam de um nível mental para o outro quase que automaticamente, completando funções momentâneas ali.

    Conforme Freud disse, não há interrupções na nossa continuidade mental, de modo que exista um fluxo permanente nela. Por isso que quando nós erramos o nome de alguém ou uma memória surge em momento inapropriado, isso não acontece por acidente ou coincidência. As informações continuam transitando até que fiquem onde precisamos.

    Considerações finais sobre pré-consciente

    O pré-consciente surge como uma ponte importante para direcionar as nossas interações mentais aos lugares necessários. Por meio disso que conseguimos fazer um resgate dos dados que são necessários para realizar atividades importantes. Assim, você pode ser esquecer uma senha, mas algo te faz lembrar dela graças a associações instintivas.

    Além disso, esse nível mental faz parte de uma tríade única, funcionando como uma administração da mente humana. Portanto, independente das ligações internas, esse nível ajuda no processamento adequado de informações pertinentes e necessárias ao nosso modo de viver.

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    2 thoughts on “Pré-Consciente: o que é? Significado em Freud

    1. Maria de Lourdes Oliveira Botelho disse:

      Já estou estudando psicanálise, sinceramente, não consigo entender como Freud descobriu tudo isso. Minha cabeça está toda embaralhada. Pra mim, o inconsciente casa com a ignorância e o pré-consciente é tudo que está no inconsciente, mas com possibilidade de se tornar externo pelos olhos do saber.

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