A Arte da Guerra de Sun Tzu: 5 lições da Psicanálise

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O livro A Arte da Guerra é muito famoso. Pode ser que você ainda não tenha lido ainda, mas já começamos este post recomendando a obra. Trata-se de um trabalho do qual podemos tirar muitas lições.

Nesse post, vamos falar um pouco sobre a sinopse do livro e entender seu contexto. Além de falarmos sobre as lições, vamos trazer  também algumas frases famosas do livro. Dessa forma, você poderá apreciar as palavras de sabedoria do autor e confirmar o que já dissemos: o livro é muito bom.

A arte da Guerra: sinopse e publicações

O livro A Arte da Guerra, no chinês se chama 孫子兵法; pinyin: sūn zĭ bīng fǎ, literalmente “Estratégia Militar de Sun Tzu”. Ele é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu.

Esse tratado é composto por treze capítulos; cada um abordando um aspecto da estratégia de guerra. Desse modo, ele compõe um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional.

Muitos acreditam que o livro foi usado por diversos estrategistas militares através da história. Dentre eles estão Napoleão, Zhuge Liang, Cao Cao, Takeda Shingen, Vo Nguyen Giap e Mao Tse Tung.

A partir de 1772, foram publicadas as primeiras edições europeias do livro. A princípio eram quatro traduções russas, uma alemã e cinco em inglês. No entanto, elas são consideradas insatisfatórias no que diz respeito à fidelidade de tradução.

Diante disso, notou-se um esforço de tradutores para capturar a essência da obra a fim de traduzi-la de acordo. A primeira edição ocidental considerada uma tradução fidedigna foi publicada apenas em 1927.

Para o português, A Arte da Guerra foi traduzido por Caio Fernando Abreu e Miriam Paglia, mas apenas em 1995! Veja que impressionante o espaço de tempo até que tivéssemos a nossa versão!

Um ulhar mais profundo sobre onde aplicar o conteúdo do enredo

Com seu caráter sentencioso, Sun Tzu forja a figura de um general que possui três grandes qualidades: o segredo, a dissimulação e a surpresa.

Hoje em dia, A Arte da Guerra parece destinado a secundar outra guerra: a das empresas no mundo dos negócios. Assim, o livro migrou das estantes dos estrategistas de guerras físicas para as do economista e do administrador. Não é difícil notar encontrar inúmeros artigos que façam essa associação.

No que diz respeito a quem não é guerreiro ou empreendedor, o livro apresenta muitas lições que podemos aproveitar também. Podemos tirar ensinamentos de qualquer coisa para implementar em nossas vidas. A área econômica é apenas uma delas.

Contexto Histórico

Sun Tzu viveu em um período conturbado da história da China. Durante a Dinastia Zhou o poder central estava enfraquecido e os principados entraram em inconciliáveis conflitos. Isso gerava pequenos Estados, isto é, uniões de acordo com crenças/costumes/cultura comuns.

Por sua vez, esses Estados menores coexistiam a partir de um convívio tenso, de modo que era relativamente frequente a instauração de guerras entre eles. Por esse motivo, o tema da guerra era tão importante naquela época.

Afinal, para que os pequenos Estados fossem capazes de se manterem vivos, precisavam aprender como controlar o inimigo.

Assim, diante de tudo isso, é fácil entender a motivação para a escrita de A Arte da Guerra. O valor dessa obra é tanto que ele foi uma das seis principais obras sobreviventes antes da unificação da China.

Ensinamentos

Agora que já vimos um pouco do livro em si, vamos conversar sobre as lições que ele nos traz.

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    Afinal, não estamos vivenciando uma luta armada entre nações, mas estamos constantemente em guerra com nós mesmos. Estamos buscando nossas próprias vitorias pessoais e o tão desejado equilíbrio entre vida pessoal e profissional, não é? Ou seja, cada um vem travando sua própria luta em busca da vitória e da paz.

    O poder das avaliações

    Para Sun Tzu, é importante que se busque prever o desfecho das guerras. Para isso ele recomenda 5 coisas indispensáveis:

    O caminho

    Seja líder de si mesmo e siga o seu caminho. Você precisará enfrentar os desafios e medos, mas lembre-se de que passar por adversidades tornará você mais forte. Por outro lado, quando recuar diante delas, a força das mesmas parece crescer. É só através do sofrimento que conseguiremos crescer de maneira geral. Trata-se de ter resiliência.

    O tempo

    Um dos principais desafios dos dias atuais é a “falta de tempo”. No entanto, todos nós dispomos da mesma quantidade de horas por dia. Assim sendo, otimize seu tempo e o gaste da melhor forma possível, o que não significa engessar sua rotina.

    Ao contrário, esteja atento no que diz respeito às mudanças, aos imprevistos e faça as mudanças necessárias. Apenas não esqueça de estabelecer prioridades.

    O terreno

    Conheça o lugar onde você está pisando, movimente-se, abra portas. Principalmente, conheça seu próprio terreno, isto é, o corpo em que habita. Muitas vezes nos esquecemos que o lugar em que mais estamos é a nossa própria mente.

    Dessa forma, invista tempo em se conhecer. Percorra a estrada do autoconhecimento, já que só assim você vai entender seus comportamentos. Consequentemente, você entenderá melhor os outros e a maneira como os percebe.

    Liderança

    Seja líder de si mesmo. Desenvolva habilidades e qualidades de um líder. Dessa forma, as pessoas virão até você.

    Regras

    Conheça as regras e estará um passo à frente dos problemas. Afinal, estamos em um mundo regido por regras. Ao nos desviarmos delas, levaremos mais tempo para arrumar tudas as consequências problemáticas decorrentes.

    O Combate

    Sun Tzu mostra no livro o quão importante é conhecer as nossas “armas”. Ou seja, nossos pontos fortes e fracos. A partir daí, devemos sempre investir em potencializar os fortes, ao mesmo tempo que nos esforçamos por diminuir o impacto dos fracos. Além disso, devemos sempre adquirir novas habilidades e qualidades.

    Devemos compreender a guerra que estamos lutando. Só assim nós conseguiremos nos armar da melhor forma.

    Estratégia de Ataque

    A habilidade suprema não consiste em ganhar cem batalhas, mas sim em vencer o inimigo sem combater.

    Com essa frase, Sun Tzu busca enfatizar a importância de conhecer a si mesmo e ao inimigo.

    Em muitas ocasiões, é importante reconhecer que o inimigo da sua vida são os seus medos. Para muita gente forças internas ou externas atuam de forma a impedi-las de agir e viver. Para conhecer esses inimigos, faça perguntas a si mesmo. Você perceberá que as repostas a essas perguntas serão o conhecimento necessário para enfrentá-los.

    Se prepare

    Sun Tzu disse:

    Ser invencível significa conhecer a si mesmo, ser vulnerável significa conhecer ao outro

    Busque se tornar invencível primeiro para depois vencer o outro. Quando conhecemos a nós mesmos, a invencibilidade está na defesa e na vulnerabilidade no ataque. Esteja sempre preparado para se defender. No entanto, não esqueça de aprender a atacar no momento certo.

    Se adapte

    Para tomar o que se ataca, ataque onde não há defesa; para se defender, defenda-se onde o inimigo não parece atacar.

    Nem sempre as coisas saem como planejamos. Porém, é preciso estar atento e aproveitar as oportunidades. Esse é o grande ponto de virada nas nossas vidas: saber se adaptar as circunstâncias. Quando nós aprendemos isso, vemos tudo como uma oportunidade. Afinal, ficar preso a uma ideia fixamente só nos deixa para trás.

    Além disso, lembre-se: não somos matéria fixa, podemos e devemos mudar. Não é porque algo nos traumatizou que sempre acontecerá. Através do autoconhecimento nós poderemos identificar nossos traumas e transformá-los.

    Frases famosas do livro

    Nesse tópico, deixamos algumas das frases mais famosas do livro:

    • “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.”
    • “O que é de suprema importância na guerra é atacar a estratégia do inimigo.”
    • “A velocidade é a essência da guerra. Tire proveito do despreparo do inimigo; viaje por rotas inesperadas e atinja-o onde ele não tomou precauções.”
    • “Toda guerra é baseada no engano. Por isso, quando capazes de atacar, devemos parecer incapazes; ao utilizar nossas forças, devemos parecer inativos; quando estamos perto, devemos fazer o inimigo acreditar que estamos longe, quando longe, devemos fazê-lo acreditar que estamos perto.”
    • “Trate seus homens como se fossem seus próprios filhos amados. E eles irão segui-lo no mais profundo vale.”

    Comentários finais: A arte da Guerra

    A Arte da Guerra é um livro muito antigo, mas ainda tão atual! Não dizemos isso em relação ao motivo pelo qual foi escrito, mas por sua sua essência. Vivemos dias de luta sempre e precisamos aprender a lidar com eles. Uma outra maneira de aprender mais sobre isso é por meio de nosso curso de Psicanálise online. Confira! A psicanálise é um divisor de águas na vida de muitos!

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