amor e psicanálise

Freud, amor e Psicanálise: 7 ideias

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Embora seja uma das ideias mais simplistas da humanidade, o amor para Freud possui uma formulação diferente dependendo de onde se olha. Por isso que uma observação sobre ele através da Psicanálise tem bastante a agregar em nossas vidas. Vamos entender melhor a ligação entre Freud, amor e Psicanálise e levantar algumas ideias.

Os tipos de amores

Olhando em conjunto o amor e Psicanálise, se conclui que existem variados tipos de amor. Tudo depende da intenção, da motivação inicial sobre cada um deles para classificá-los. Assim, por exemplo, temos:

Amor próprio

É o tipo de amor direcionado ao próprio Ego e com o intuito de levantar a estima. Por incrível que pareça, muitas pessoas possuem dificuldades em construir essa paixão pessoal. Em muitos casos, algum desequilíbrio psíquico colabora com isso, como a depressão ou repressão social.

Amor fraterno

É o amor referente aos irmãos ou mesmo aos amigos mais próximos, os colocando nesta posição. Este acontece quando a construção familiar e social dos indivíduos é muito bem elaborada. Consequentemente, pessoas com laços de sangue ou amigos próximos são solidários entre si, apoiadores e prestativos.

Amor platônico

Sendo o mais “triste” por assim colocar, é o amor sem retribuição evidente. Um indivíduo demonstra sentimentos em relação a outra pessoa, mas esta sequer esboça interesse sobre isso. Geralmente, o indivíduo desejado não tem consciência do que acontece, mas quando descobre também não faz grande caso da situação.

Por exemplo, pense em um amor de adolescente para com o seu professor. Certamente, se ele tiver ética e respeito, por variados motivos, não vai permitir investidas do jovem sobre ele.

O primeiro amor da vida

O amor e Psicanálise andam de mãos dadas em diversos estudos sobre o desenvolvimento humano. Em todos eles ficam bem esclarecido que todos nós temos o nosso primeiro objeto de amor. Sendo a principal doadora de atenção e carinho, independente do sexo da criança, a mãe é o primeiro amor da vida.

Por meio da relação com ela e com o pai, a criança vai assimilar a concepção própria sobre o que é o amor. Assim, usará todas as suas experiências primárias para classificar e catalogar as demais. A exemplo, quem nunca viu a frase “amor, só de mãe”, denunciando até uma certa decepção com algo?

A partir da relação cultivada com os nossos pais estabelecemos as diretrizes da imagem do amor. Veja quem cresceu em um lugar incapaz de ser amado, protegido e cuidado. Dificilmente esse indivíduo finalizará seu processo de crescimento de forma sadia, plena e completa.

Benefícios

Tratando do amor em família, a proposta do trabalho de Freud deixa bem claro o que se alcança com ele. O amor e Psicanálise em estudo mostram que a emissão dessa forte afeição é possível construir:

Empatia

Apesar de parecer bobo, através do amor se aprende lições valiosas, como a empatia. Compreender os sentimentos e sensações do outro somente é possível quando se cresce em lar amoroso. Dar esse tipo de exercício à criança a torna alguém mais receptivo, sensível e construtivo.

Compreensão

Por incrível que pareça, compreender uma situação é uma exercício complicado a muitas pessoas. Isso acontece, em parte, por elas não entenderem a natureza e a dor do outro. A compreensão advém da empatia, aceitação e disposição, elementos que são aprendidos à medida em que desenvolvemos uma relação amorosa.

Perdão

O perdão, na sua real natureza, é a disposição em se livrar da dor causada por outra pessoa. Infelizmente, mas de forma compreensível, nem todos nós somos tão propensos a perdoar por diversas razões. Todavia, a relação de amor anteriormente aprendida ajuda a se desprender dessas mágoas.

A escolha em amar

O estudo do amor e Psicanálise revelam direcionamentos interessantes sobre a paixão. De forma não consciente fica claro que escolhemos nos apaixonar por determinadas pessoas sob algumas condições. Freud afirma que, em parte, isso vem de um desejo narcisista do indivíduo em questão.

De todo modo, a paixão acontece por que nos atraímos por uma imagem de nós mesmos no outro. A idealização se torna um fator decisivo que nos faz nos aproximar de alguém. Aqui se repete a ideia de nos apaixonarmos por nós mesmos, mesmo que não seja uma imagem concreta e real.

Além disso, a paixão pode assumir um tom anexador, algo que como retribuição ao outro. Por exemplo, pense nos casamentos que existem apenas por gratidão de uma das partes em relação ao outro. O “amo alguém porque me protege” ou “amo ela pois cuida de mim”.

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    Idealismo

    É cabível deixar claro que a relação entre amor e Psicanálise não visa a dissolução ou demonização dessa feição. A ideia é entender os mecanismos psíquicos e sociais envolvidos nesse processo de ligamento. Com isso, o idealismo assume papel de observação quando se torna uma pauta tão recorrente nessa relação.

    A sensação de alimentar o amor com outra pessoa é se sentir unificado com ela além do corpo físico. Para muitos, as palavras podem ficar ausentes, fazendo com que a compreensão atinja outros níveis. Existe uma aceitação desejada, almejada e cuidada quando é alcançada.

    Mas é importante frisar que isso varia de acordo com a pessoa justamente por sua composição interna. Isso fica melhor explicado quando encontramos as perspectivas dos lados de um mesmo relacionamentos. Por mais que se amem, ao seu modo, os cônjuges tem uma visão pessoal do que sentem e do que praticam.

    Transferência

    No trabalho da Psicanálise existe um conceito relativo à sessão chamado “transferência“. O fenômeno descreve a emissão emocional do paciente em relação ao seu terapeuta, como sentimentos, desejos e impressões. Estudando o projeto do amor e Psicanálise, isso se configura como uma espécie de amor fictício.

    Tal proposta se mostra verdadeira quando compreendemos a natureza desse movimento durante a sessão. A transferência ocorre por que o paciente enxerga em seu terapeuta alguém que ele conhece. Em geral, a mãe ou o pai e direciona suas impressões ao outro durante a terapia como forma de se reconectar com eles.

    Esse tipo de amor é ilusório, já que não possui uma substância real quanto ao seu destinatário. Contudo, ele possui o mesmo preenchimento de um amor real, uma estrutura para se compor. O que acontece de diferente é fica na idealização, sem jamais ser concretizado, neste caso, por motivos éticos e profissionais.

    Então, o que é amor?

    Em alguns estudos do amor e Psicanálise, fica apontado que amar se trata de uma busca por si mesmo. O amar verdadeiramente alguém indica uma busca por verdade interna por meio da transformação. Em suma, esse amor por outra pessoa ajudaria a dar respostas sobre si mesmo naquele e nos próximos momentos da vida.

    Considerações finais sobre amor e Psicanálise

    O amor e Psicanálise parecem dois elementos contrários, mas se completam em algum nível. Os efeitos de um podem ser explicados, divididos e distribuídos a conversas e debates. Nesse caminho, amar algo ou alguém não é uma resposta irracional, ainda que observemos indícios de que até animais, seres irracionais, podem amar.

    Apesar das explicações técnicas, a ideia do amor não precisa encaixar em algo completamente fantasioso e desacreditado. Deixe-se sentir, experimentar e aprender com ele. É uma excelente forma de alcançar seu crescimento.

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    2 thoughts on “Freud, amor e Psicanálise: 7 ideias

    1. marcia marques bezerra disse:

      Confesso que fiquei incomodada com estas ideias de Amor e Psicanálise.
      esperava mais, não um olhar romântico como na literatura, mas algo mais
      completo, mais pleno, mais profundo, talvez não esteja sabendo expressar em palavras, talvez tenha ficado decepcionada! Não sei ao certo, preciso digerir…Mas sei bem o que eu penso a respeito do amor nas suas mais diversas nuances, profundidade, complexidade e necessidade inexorável para uma vida plena. Mas foi válida a leitura, sem dúvida. Estou engatinhando nesta ciência.

    2. Silvia Maria Alves disse:

      Gostaria de saber mais informações sobre o assunto..

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