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Breve análise (à distância) de um (renomado) analista

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Hoje faremos uma breve análise de um analista. Acordei às 5:30 para atender uma paciente (online). Enquanto estava tomando café, entrei no Instagram e, ao acessar o Direct, vi que havia mensagens da minha (ex?) namorada (?). Ela compartilhou um vídeo e pediu que eu prestasse atenção, particularmente no final.

Assisti. Trata-se de um vídeo breve do Dr. Augusto Cury, colega psicanalista (e digo colega com certo receio, já que ele é bem mais experiente do que eu), médico psiquiatra e, como se não bastasse, autor best seller. Por sinal, uma das minhas referências, entre outras razões, por ser psicanalista e cristão, cristão e psicanalista. Enfim, me identifico e aprendo com ele.

Uma breve análise

Cheguemos, então, ao ponto! Os fatos: No vídeo o Dr. Cury, com certa veemência, enfatiza:

“Se alguém me ofendeu, e daí?”.

“Minha paz vale ouro!”.

“Se alguém me rejeitou, e daí?”.

“Eu vou ter um caso de amor comigo”.

“Eu não me rejeito, eu não me abandono”.

“Se alguém me criticou injustamente, eu não compro aquilo que não me pertence”.

“Isso é autocontrole”.

“Você vai relacionar com pessoas, você vai ter que saber que você é imperfeito, vivendo com pessoas imperfeitas”.

“Se você quer…quiser…que as pessoas correspondam sempre às suas expectativas, é melhor você mudar de planeta”.

“Porque neste planeta não é possível”.

Uma Breve análise da Premissa

Tenho ciência do risco ao estar “analisando” uma pessoa conhecida, famosa. Alguns poderão dizer: “pronto, ele está atrás de notoriedade!”. Ou a variante: “Pega a carona com Cury, que é famoso, para ganhar visibilidade!”. Respondo convidando a leitora e o leitor a visualizar meus artigos anteriores neste que costumo chamar de Maior Portal de Psicanálise do Brasil, a saber: o blog do Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, entidade que me formou, junto a qual completei um curso avançado e junto a qual estou orgulhosamente filiado.

Enfim, é o primeiro artigo, entre os vários que foram publicados, no qual estou escrevendo sobre uma pessoa famosa. Apenas, percebi a oportunidade de se refletir acerca do aparelho psíquico e seu funcionamento, inclusive aquele de quem, normalmente, está no lugar do analista, dentro do setting analítico. E vale frisar que a minha modesta análise, a seguir, está pautada no maior respeito para o profissional, o autor (lido e apreciado por mim, por sinal), e o ser humano.

É útil ressaltar, também, que aquilo que vemos nos outros diz respeito a nós mesmos, assim como aquilo que o Dr. Cury vislumbra nos apóstolos do Mestre dos Mestres, em um dos capítulos do livro “Nunca desista dos seus sonhos”, que, para fechar o círculo, me fora presenteado pela senhorita minha (ex?) namorada (?). Cury vê certas coisas nos apóstolos, eu as vejo em Cury. Isso explica a minha identificação (apesar da subjetividade que nos distingue)?

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    Dr. Cury e a Breve análise

    Não sei, e sigamos em frente… Nunca tive o prazer de conhecer pessoalmente o Dr. Cury, evidentemente não se trata de um meu paciente e, sendo assim, o analista (ou a analista) dele poderá discordar da minha “análise”, assim como qualquer leitora ou leitor deste meu artigo. Feitas as devidas ressalvas, vamos ao que mais nos interessa.

    Aproveito para propor uma abordagem (meio que) intertextual e dialógica (Bakhtin explica!), portanto, para piorar a situação (além de me atrever em analisar à distância um renomado conhecedor da Psique humana), estarei misturando o particular-particular (lamento a expressão, em breve irão entender…) com o particular-alheio e, ainda, a abstração e generalização peculiar do âmbito teórico.

    Vou colar aqui a mensagem que enviei para a minha (ex?) namorada (?) e aproveito para expressar meu alívio, já que sexta-feira haverá a minha sessão de análise pessoal (parte do tripé psicanalítico, como bem sabemos). Preciso! Terra de emoções é melhor conhecida graças à lucidez de terceiros, devidamente capacitados, e que nos conduzem pela “selva obscura” assim como o Caronte dantesco, lá nos abismos, ou cafundós do nosso Ser Psíquico.

    No caminho da vida

    De fato, estou (se Deus quiser), no meio do caminho de minha vida. E fecho aqui o parêntese e a analogia com o famoso texto do poeta italiano. Segue a mensagem: “Mais uma vez, projeção!”. Parêntese: Sei, não devemos dar uma de psicanalistas dentro do relacionamento, ou em casa. E de fato, não tento analisar minha (ex?) namorada (?). Apenas, tento ensinar o que é projeção, porque é algo tão comum, mas também, tão chato.

    Continuo com a mensagem que enviei para ela: “Depois de quase seis meses de namoro e a senhorita meio sumida, fiz notar que me parecia que tinha resfriado. Ao invés de sentar e conversar, se ofendeu, disse que falávamos línguas diferentes, e me rejeitou geral! Tirando esse ‘detalhe’, o Dr. Cury, Psiquiatra e colega Psicanalista, está muito certo, e como ele falou e disse: ‘somos imperfeitos’, eu, você e ele também!

    Todos nós, vez ou outra, ficamos emburrados por alguma razão, e isso faz parte da nossa imperfeição humana. Valeria perguntar para a esposa e os filhos (de Cury) se ele nunca se chateia e se, em casa, corresponde ao que escreve e fala. Ainda assim, as falas e escritos dele são muito interessantes e o cara não deixa de ser uma referência para mim. Dito isso, vou tomar café e me preparar para atender”. A esta altura, recém acordado, umas 5:45 horas, ainda não tinha tido o insight analítico a respeito da fala do Dr. Cury.

    As expressões do analista

    Estava absorvendo o conteúdo, o jeito de falar, as expressões, estava interiorizando a fala dele. Enquanto isso, acrescentei, para a minha (ex?) namorada (?): “Obs: não precisa ninguém mudar de planeta!!! É só treinar e tentar evoluir, como sempre digo. Ter a intenção de querer melhorar já nos ajuda a ser um pouco melhores. A gente aprendeu a caminhar tropeçando, a falar gaguejando…e a se relacionar falhando.

    Tendo amor, tudo pode ser resolvido sentando e conversando, sem precisar engolir o choro e fazer um drama quando alguém te faz notar que, segundo ele, tu não está mais dando aquela atenção que davas antes. Amém?”. A leitora e o leitor poderão se sentir aborrecidos e pensar: “como assim, ele disse que ia falar sobre o Dr. Cury, e lá vai o cara falando dele e da (ex?) namorada (?) dele!”.

    Verdade, mas pensem bem: todos (ou quase) gostam de filmes, séries, enfim, de suspense. Então deixem que eu também faça meu charme aqui, proporcionando o aumento do desejo de vocês quanto à descoberta do final da “história!”. Além do mais, acredito na importância de se incluir algo sobre a “voz” que está falando, e o farei ao proceder, como já acenei anteriormente, de forma intertextual. Afinal, é importante entender a voz que está falando, seu emocional, sua perspectiva.

    A Programação Neurolinguística da breve análise

    Como diz um dos pressupostos da Programação Neurolinguística: “o mapa não é o território”. E este artigo, afinal, é um mapa (o meu) falando sobre outro mapa (o de Cury). E incidentalmente, ainda estou incluindo a minha (ex?) namorada (?). Ficou claro? Espero que sim. Antes passar por maluco, me expor e estar sujeito às minhas fragilidades, do que ter a pretensão de ser o dono da verdade!

    Segue a transcrição de mais uma (minha) mensagem: “O grande problema é quando você lida com pessoas que querem estar sempre certas, não reconhecem seus erros, não sabem dialogar, não querem evoluir (porque dizem: “eu sou assim e pronto, quem quiser tem que me aceitar do jeito que eu sou”) e…coincidência ou não, acabam projetando sua SOMBRA nos outros, ao invés de tomar consciência dela e integrá-la, transmutando o que seria algo nocivo, em algo bom. É só treinar.

    Mas só quem pode evoluir é quem reconhece, assume, e não joga para o outro. Era isso que tentei resumir naquele perfil do Tinder, que a senhorita disse parecer um artigo científico! Criticou, por se sentir atingida…mas creia, não estava falando de você, que no mais, é até legalzinha (quando quer!)”. Parêntese (“Mais uma?!”, perguntará a leitora ou o leitor. “Sim!”, respondo eu!): nesse trecho não estou falando na minha (ex?) namorada (?) e nem no Dr. Cury, e sim, em outra ex que, ela sim, projetava “pra chuchu”, e com uma intensidade arcaica. Ninguém merece.

    Projetar

    E admito, fiquei um pouco traumatizado. Projetar é comum, a pessoa projetar e te alugar de modo que ela brigue com a sua própria sombra…fica bem complicado para você se relacionar. O sentido da vida é para a frente. O passado, que já não existe mais, nos ensina. Fecho o parêntese. Poderia chegar ao ponto, mas faço questão de frisar o “como” da situação, isto é, como foi que cheguei à “análise do analista”.

    Segue: “Concluindo…se observar bem a postura do Dr. Cury no vídeo, ele, que tanto nos ensina sobre inteligência emocional, está falando com raiva! Ele está dizendo que quem se chateia precisa ir para outro planeta, mas ele mesmo está chateado com quem se chateia (ou com quem o chateia), está com raiva! Porque ele também é humano e imperfeito…e no próprio vídeo demonstrou que também se chateia!!! Se ao menos ele tivesse falado com amor, com compaixão, e sem sugerir que alguém mude de planeta.

    Não precisa ninguém mudar de planeta e sim, mudar por dentro! E isso está ao alcance de todos nós. Querer já é um ótimo passo para frente! Salve Cury, que continua sendo uma referência e hoje, para mim, revelou ser mais humano, e mais uma vez, um ótimo e abençoado dia para essa minha ‘amiga’ chatinha e gostosinha”. Como já admiti em outras publicações, o modus operandi da minha mente lembra um pouco uma Matrioska. E mais uma vez assumo: “Sim, minha mente é digressiva”!

    O insight da breve análise

    Logo, o leitor e, principalmente, a leitora, começarão a sentir dó da minha (ex?) namorada (?), devido ao texto não querer acabar e…uma conclusão ser sucedida por outra conclusão. Peço a empatia das e dos colegas psicanalistas: aquele foi o momento do insight. E um insight chama outro. Todas e todos vocês, com certeza, já atenderam algum paciente que, logo no final da sessão, começou a ter insights e lá vai…conclusão na conclusão, sessão que não quer acabar, e você que, cordialmente, começa a olhar a hora, querendo ou precisando encerrar.

    Isso acontece com todos nós e, naquela hora, hoje cedinho, aconteceu comigo. Vamos seguir, então, para a continuação da mensagem, e mais uma vez: “Pobre (ex?) namorada (?)!”. Pois é! Segue: “Adendo ao adendo: enquanto aguardo a paciente…estava aqui digerindo o vídeo do Dr. Cury, e refletindo. Interessante observar que, como psicanalista, ele não está falando em terceiros, porque se fosse, ele não ia usar esses tons, e não ia falar com raiva. Ao menos que alguém tenha se emburrado com ele e o tenha deixado muito aborrecido.

    Ainda assim, pela autoridade que ele tem, enquanto referência nas questões psíquicas e na inteligência emocional, ele teria pensado duas vezes antes de gravar um vídeo desse, mandando quem se chateia morar em outro planeta. E como disse, no vídeo se percebe que ele mesmo está chateado, com raiva. Segundo minha análise do analista, o Dr Cury está falando consigo mesmo, com uma parte dele. É uma parte dele falando com a outra.

    O superego

    O juizão interior, ou superego, por sinal, superego de expert em inteligência emocional, está esculachando o Eu dele por sentir raiva e, notadamente, o território da agressividade (e da sexualidade) é o ID. Olha o conflito intrapsíquico dele se manifestando com veemência. Fala em terceiros, mas está falando de si e consigo. Não admite a raiva e declara que quem a sente precisa ir para outro planeta (notadamente, a mente consciente expulsa afetos aflitivos e daí surge o recalcado, a saber, esses afetos são expulsos e exilados no inconsciente…o outro planeta).

    Todos nós funcionamos mais ou menos assim, inclusive o tal do psicanalista, como quem vos fala, minha ‘amiga’, e o Dr. Cury também. Por isso precisamos, antes dos demais, estar em análise. Por sinal, minha analista apareceu e sexta-feira voltaremos às sessões”. Pensei que ela tinha me dado alta e, como admiti no começo desse texto, fiquei aliviado em saber que a análise continua, logo agora que os pacientes estão aumentando e eu estou em crise no relacionamento! “Pia mesmo”!

    Como se diz aqui na Paraíba. Sim, quem vos fala é a voz de um italiano naturalizado brasileiro e radicado há dezessete anos nesse Estado Nordestino. “Pia” está por “espia” que, no caso, está para: “olha só”. Sou várias vezes outsider, ou outsider exponencial. Viajante no tempo e no espaço, peregrino não tanto no Brasil, e sim, neste mundo. Independente do texto, é sempre importante compreender a voz que está falando. E a voz, por sua vez – em minha modesta opinião – precisa ser sincera, cristalina, se manifestar e não se levar tão à sério.

    Um exemplo

    Criolo Doido from Grajaú (SP) canta: “tem que ser assim, verdadeiro! Limpão, eh, de coração (…)”. Avante! Sigamos com o raciocínio e a referida análise do (renomado) analista, de acordo com o vídeo: “Toma mais um texto aqui! Kkkkkkk entendeu como funciona nosso aparelho psíquico? Aqui rolou o exemplo do Dr. Cury, mas isso vale para todos nós, sujeitos ‘mais ou menos normais’, assim como o próprio Freud se definia.

    No caso do vídeo, segundo a minha análise, o Dr. Cury, renomado psicanalista, médico psiquiatra, autor best seller e expert de inteligência emocional, está com raiva, não aceita sua raiva (‘como assim, logo eu, com raiva?’) e a expulsa da sua mente consciente (Ego e Superego, onde possivelmente oSuperego obriga o Ego a expulsar a tal emoção ‘nociva’). A raiva fica recalcada no ID, mas se manifesta, sustentada pela energia psíquica, tenta aflorar e busca gratificação/realização por meio do soma (corpo), mas o Superego manda o Ego tampar a compota!

    O Ego, angustiado (com medo do Superego) obedece e então, no meio desse conflito psíquico, o que ele faz? Encontra um atalho e ativa a defesa do Ego chamada de Projeção (muito comum, por sinal…). E o que acontece? O Dr. Cury conta para si mesmo uma historinha…é isso que nós todos fazemos. E então ele cria essa situação e, convencido de sua verdade, até grava um vídeo, falando (com raiva!) daquelas pessoas que se chateiam (têm raiva) por besteiras. E diz que esse povo deveria ir para OUTRO PLANETA.

    Micro-expressões

    Como já te disse em outro texto anterior, o Dr Cury, na realidade está dizendo: ‘sinto raiva, mas logo eu… bambambam da inteligência emocional e psicanálise etc.! Xô raiva, vai para outro planeta!’. Mas a raiva, expulsa da mente consciente, volta a aperrear inconscientemente, e então ‘vou criar uma historinha e projetar em terceiros’. Típico exemplo de projeção. Agora sim, terminei. Leia quando quiser. Hoje, entre outras coisas, é o dia que mais tenho atendimentos. Bjs e fica em paz”.

    É importante evidenciar que, neste vídeo tão curto, o Dr. Cury utiliza os seguintes termos: Ofendeu, rejeitou, rejeito, abandono, imperfeição, criticou injustamente, autocontrole, imperfeito, imperfeitas, expectativas…e, “dulcis in fundo”, mudar de planeta (fala duas vezes). Claro, palavras são palavras. Seria interessante observar as micro-expressões e a linguagem corporal, assim como o tom da voz, além da emoção do Dr. Cury, como em parte relatei (sobre a emoção dele).

    Chegamos, então, ao verdadeiro final de minha breve análise, na qual reorganizei, sintetizei, e tentei ser bem didático para a minha (ex?) namorada (?) compreender como, de fato, funciona o nosso aparelho psíquico, do qual conhecemos (e veja lá) apenas a ponta do iceberg, a saber: a esfera consciente e racional. Segue: “Resumindo (talvez não tenha ficado claro): O Ego do Dr. Cury diz: O ser humano é imperfeito e é preciso aceitar as imperfeições. O ID libera raiva (agressividade) que busca se manifestar no corpo.

    Conclusão sobre a breve análise

    O Superego diz: a raiva é inadmissível, inaceitável. Ego, expulse ela! (‘Quem se chateia precisa ir para outro planeta!’). O Ego, no meio da briga, se sente aflito e ativa suas defesas (o Ego, como o Superego, também tem um lado inconsciente, aliás, os dois perpassam as três esferas: consciente, pré-consciente e inconsciente) e escolhe a projeção: ‘logo, não sou eu que sinto raiva, são os outros!’. E estes outros, (em realidade a raiva dele) precisam ir para OUTRO PLANETA! (E o diz com raiva…ou seja, o inconsciente se manifestando).

    Ficou claro agora na breve análise? Mas não é só o Dr. Cury que funciona assim, todos nós, e é daí para pior, no caso dos borderlines e psicóticos. As defesas do ego são mais brutas, mais primitivas”. Já disse que o Dr. Cury não é um meu paciente, não pretendo ser o dono da verdade e desconheço a história e a pré-história psíquica desse célebre autor, psiquiatra e psicanalista.

    O vídeo, porém, é emblemático quanto à revelação de traços da personalidade do Dr. Cury e de seu conflito intrapsíquico, onde se percebe a angústia do Superego, tão comum, segundo Anna Freud, entre os seres humanos adultos. Espero que esta breve e modesta análise possa contribuir para com o estudo da Psicanálise e da alma humana, e suscitar uma reflexão nas demais leitoras e leitores desse texto despretensioso.

    O presente artigo sobre a breve análise foi escrito por Riccardo Migliore([email protected]). Doutor em Letras pela UFPB, Psicanalista filiado ao IBPC, Pós-graduado em Psicanálise pela Faveni, Master em Hipnose Clínica, PNL Practitioner e Prof. de Meditação. Atendo presencial na Clínica Espaço VC (Campina Grande, PB) e online. Criei a marca Instituto Portal da Alma (registrada no INPI). Maiores informações/agendamento: http://taggo.one/institutoportaldaalma

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