Dificilmente nós iremos viver no mundo sem criarmos expectativas. Infelizmente, muitos dos nossos desejos não irão corresponder à realidade e isso nos fará sofrer. Quem já não ouviu falar da expressão coração partido? Ela é uma metáfora que nos faz entender exatamente aquilo que nós sentimos quando passamos por uma desilusão.
Não é necessário explicar muito essa sensação. Nós ficamos entristecidos e com uma sensação de nó na garganta. Muitas vezes, ficamos até sem perspectiva para o futuro, achando que não há solução para a nossa situação. Felizmente, com tempo e paciência, nós percebemos que é possível aprender com esse sofrimento e seguir em frente com a nossa vida.
Já que muitos de nós já passaram pela desilusão em algum momento da sua vida e sabem exatamente o que ela significa, nós iremos tratar sobre essa questão a partir de uma nova perspectiva.
Você já parou para pensar o que a psicanálise tem para falar sobre esse sentimento? Há muitos estudos que buscam explicar o que é a ilusão e o que a perda dela representa para o ser humano. Neste artigo, nós iremos te apresentar o ponto de vista de Freud sobre esse assunto.
Quem foi Freud
Claro que nós precisamos, primeiramente, te explicar quem foi Sigmund Freud. Quem já conhece a área da psicanálise provavelmente irá dispensar esse esclarecimento. No entanto, se esse não for o seu caso, é bem possível que você precise de uma ajuda. Não vale a pena continuar esse texto sem saber quem foi essa personalidade.
Em linhas gerais, Freud foi o pai da Psicanálise. Obviamente, nós temos muitos estudiosos importantes nessa área, mas, se nós queremos falar de quem fundou esse ramo, somos obrigados a mencionar o médico austríaco. Ele nasceu em 1856 em Freiberg (território até então austríaco) e, ainda criança, mudou-se para Viena.
Na capital austríaca, Freud estudou medicina e passou a trabalhar na área de neurologia. Apesar disso, o médico ganhou importância no mundo ao começar os seus estudos sobre o inconsciente. A partir de então, pode-se afirmar que a área da psicanálise começou a ganhar forma.
O que Freud tem a dizer sobre a desilusão
Se nós queremos saber o que a psicanálise tem a dizer sobre corações partidos, temos que começar falando de um processo que acontece com as crianças. Sim, o assunto é mais profundo do que parece. Para Freud, quando um bebê nasce, o seu investimento libidinal é feito no seu próprio corpo. Esse estado de satisfação por si mesmo é chamado por ele de narcisismo primário.
De acordo com o psicanalista, esse estado só pode se manter com o amor dos pais. É por meio dele que o bebê passa a ter a sensação de completude e onipotência. Por exemplo, essa criança passa a acreditar que ela é tudo para a sua mãe.
No entanto, com o tempo, ela percebe que acreditou em uma ilusão, já que ela nota que a sua genitora tem outros interesses em sua vida. Agora que você entendeu esse processo de desilusão, nós poderemos te explicar o que acontece com uma pessoa que está apaixonada.
A relação entre o narcisismo primário e o coração partido
Certamente você já ouviu que o amor é cego, não é mesmo? Ainda que haja controvérsias para essa afirmação, nós podemos afirmar que ela tem uma ponta de verdade. Isso porque, quando nós nos apaixonamos, nós passamos a imaginar que a pessoa amada irá satisfazer todas as nossas expectativas.
Construímos, assim, a imagem de uma pessoa ideal que, na maioria esmagadora das vezes, não irá corresponder à pessoa real. Essa é a razão de muitas das nossas frustrações. Podemos afirmar que Freud já havia comentado essa problemática em sua época. E tudo se explica com a sua ideia de narcisismo primário.
Você se lembra que nós falamos que a criança passa por um processo de desilusão quando ela percebe que a sua onipotência era ilusória? Pois bem, de acordo com Freud, uma pessoa, no decorrer de sua vida, acabará se apaixonando por alguém e projetando no ser amado a sua necessidade de completude. O seu objetivo será recuperar a sensação que teve na sua infância.
Não precisamos dizer que essa pessoa irá se frustrar, não é mesmo? Quem projeta os sentimentos dessa maneira, uma hora ou outra, fica com o coração partido.
Muitas pessoas apaixonadas criam uma dependência pelo objeto de sua afeição e passam a acreditar que, sem ele, o mundo não faz sentido. Claro que muitas delas irão superar essa situação com o tempo e amadurecer. Ainda assim, muita gente pode ter dificuldade para perceber um problema iniciado na sua infância e resolvê-lo na vida adulta.
Considerações finais: coração partido
Esperamos ter te mostrado com este artigo o que a psicanálise tem a dizer sobre a desilusão. Não é agradável perceber que muitas das nossas expectativas com relação a outras pessoas são infundadas. Ainda assim, é importante que nós tenhamos consciência que não faz bem depositarmos a nossa necessidade de completude em alguém.
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Isso porque dificilmente um indivíduo conseguirá satisfazer tudo aquilo que a gente precisa. É importante que nós saibamos que esse é um fardo muito pesado para alguém carregar já que todas as pessoas têm limitações. Assim sendo, recomendamos que você busque resolver essas questões consigo mesmo antes de se envolver com alguém. Também busque separar as suas idealizações da realidade.
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