Já aconteceu de você sentir uma agonia muito grande durante a noite? Ou acordar abruptamente e sentir-se desesperado? Talvez você esteja tendo crises de pânico noturnas. Considerando a complexidade e importância do tema, neste artigo iremos falar sobre isso. Além de definirmos o que é o problema, vamos falar sobre sintomas, causas e como superá-lo. Mas, antes de começarmos, achamos importante definir o que é crise de pânico.
O que é crise de pânico
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade. Especificamente neste caso, ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça. É importante falar que, mesmo que não haja motivo algum para isso, a pessoa sente-se em perigo. Ou seja, é algo para além do racional.
Além das crises serem recorrentes e inesperadas, elas são seguidas de preocupação persistente. Consequentemente, a pessoa tem medo de ter novos ataques e também das consequências desses. Dessa forma, a pessoa tem dificuldades na rotina diária, seja por medo de perder o controle ou enlouquecer.
Ataques
Em relação aos ataques, eles são conhecidos pelo intenso mal-estar, carregado de medo, que produzem. É comum que não exista uma causa direta e evidente que os provoque, como dissemos. De alguma maneira, é como se o corpo se sentisse ameaçado, mesmo que sem perigo real. Por consequência disso, o corpo reage como se o maior dos nossos medos estivesse na nossa frente.
Outro ponto importante a dizer é que nossa mente não entende o que acontece. Como dissemos, é algo não racional essa reação do nosso corpo. Por isso, nossa mente fica confusa.
O que é crise pânico noturna
Agora que já falamos sobre as crises de pânico de maneira geral, vamos falar das crises de pânico noturnas, pois os ataques também podem nos perseguir à noite. É interessante comparar esses ataques com os diurnos, pois pelo menos estes podem ser previstos de alguma maneira. Falamos isso, pois há sinais que podemos começar a observar de modo a nos tornarmos conscientes deles. Porém, os noturnos são inesperados.
Falar sobre essa diferença é importante, pois, ao percebermos o início do diurno nós podemos ir para um lugar seguro. Porém, quando falamos em crises de pânico noturnas, é necessário destacar que elas são completamente imprevisíveis e não há como se “proteger”.
Sono
Apesar de serem imprevisíveis, elas costumam ocorrer antes da fase REM do sono, sendo esse o motivo de não estamos conscientes delas até acordar. Consequentemente, acabamos por despertar de maneira muito brusca. Isso promove um acumulo de ansiedade em nosso corpo, que por sua vez explode através da crise.
Quando se acorda em meio um ataque, a pessoa se sente apavorada e sem entender o que está acontecendo. O tempo parece correr mais devagar e a sensação de angústia se mistura com a estranheza da realidade. Afinal, como dissemos, o corpo está respondendo a algo irreal. Então, a mente estranha essa realidade perigosa que está em contraste com o real que é seguro.
Possíveis causas
As causas exatas da síndrome do pânico, de um modo geral, são desconhecidas. Porém, há estudos que indicam que um conjunto de fatores possa desencadear esse transtorno. Dentre esses podemos destacar:
- Genética;
- Estresse;
- Temperamento forte e suscetível ao estresse;
- Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.
A questão etária também pode trazer pistas sobre as causas da síndrome de pânico. Pois, elas começam, geralmente, entre a fase final da adolescência e o início da idade adulta. Apesar disso, podem ocorrer depois dos 30 anos e durante a infância, embora no último caso ela possa ser diagnosticada só depois que as crianças já estejam mais velhas.
Adolescência
A razão de destacarmos a fase etária como uma pista é que na adolescência estamos em um período de mudanças. Grandes pressões são postas sobre nós, precisamos assumir responsabilidade e há mudanças. Consequentemente, há possibilidade de aqui ocorrer uma maior projeção dos conjuntos que desencadeiam as crises.
Além disso, a síndrome do pânico costuma afetar mais mulheres do que homens. E, além do conjunto apresentado acima, há outras situações que podem desencadear as crises. Por exemplo:
- Situações de estresse extremo;
- Morte ou adoecimento de uma pessoa próxima;
- Mudanças radicais ocorridas na vida;
- Histórico de abuso sexual durante a infância;
- Alguma experiência traumática, como um acidente.
Por fim, nas crises de pânico noturnas, uma das causas pode ser o estresse e tensões acumuladas. Essa tensão que estaria sendo contida durante o dia encontraria escape na noite, pois estaríamos com a guarda baixa. Ou seja, não estaríamos vigilantes e nesse momento tudo viria a tona de maneira a explodir.
Sintomas gerais das crises de pânico
A respeito dos sintomas gerais das crises de pânico que se manifestam podemos destacar:
- Sensação de perigo iminente;
- Sensação de estar fora da realidade;
- Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto;
- Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
- Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento;
- Hiperventilação;
- Calafrios;
- Sensação de estar com a garganta fechando;
- Dificuldade para engolir.
Além disso, os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. Afinal, as pessoas ficam constantemente em alerta e ansiosas para a próxima crise.
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Como superar
A crise de pânico é algo complexo e que precisa de acompanhamento profissional. Afinal, ela pode acontecer em decorrência de vários fatores, como já dissemos.
Por outro lado, as crises de pânico noturnas podem ser evitadas de maneira mais simples. Mas, claro, com a persistência dessas e dependendo da intensidade, a ajuda profissional deve ser procurada. Pois, esse tipo de crise pode resultar em uma fobia de dormir. Já em casos mais simples, nós indicamos que a pessoa faça uma boa higiene do sono, conforme indicamos abaixo.
Higiene do sono
Como dissemos, as crises de pânico noturnas, geralmente, eclodem a partir de angústia. Nesse caso, com uma boa higiene do sono conseguiremos criar e consolidar melhores hábitos noturnos. Mas como faremos isso?
Quando pensamos em higiene, pensamos em limpar algo. E é bem isso mesmo que iremos fazer: vamos eliminar tudo que esteja nos perturbando na hora de ir dormir. Desde deixar de jantar muito próximo da hora de dormir, até ver filmes pouco antes de nos deitarmos. Inclusive, há estudos sobre o uso de eletrônicos antes de dormir indicando que isso pode perturbar nosso sono.
Outro ponto importante é entender o que tem te deixado ansioso. Faça uma lista com o que te incomoda, mas também tente aliviar sua mente com coisas positivas. Dessa forma, seu corpo e mente estarão mais relaxados e as crises de pânico noturnas diminuirão ou serão eliminadas.
Considerações finais sobre as crises de pânico noturnas
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One thought on “Crises de pânico noturnas: o que é, como superar?”
Artigo muito interessante. Amo tudo que se refere à psicanálise. Em breve estarei dando inicio aos meus estudos, por aqui mesmo.