Teoria central
Basicamente, os fundamentos da Psicanálise servem de pilares para a teoria geral da personalidade.
Esta designa um método psicoterápico para que os processos mentais fiquem mais esclarecidos sob a ótica da psicoterapia.
A partir disso se consegue distinguir três níveis de consciência, sendo eles:
- Consciente: Se trata de um estado no qual temos consciência daquilo que produzimos. Ou seja, os pensamentos, ações, fala e sentimentos são de natureza clara e perceptível para nós mesmos. É a instância em que as nossas ideias pertencem ao campo do pensar ou existir de forma quase ou totalmente controlada.
- Pré-consciente: É o lugar em que as ideias estão inconscientes, porém podem transitar ao campo da consciência. Isso é possível se houver um direcionamento adequado da atenção de cada pessoa sobre elas. Por exemplo, os sonhos são produtos do nosso inconsciente, mas podem vir à consciência quando lembramos deles.
- Inconsciente: Diz respeito ao local em que nossas ideias reprimidas e desejos ficam guardados. Essa inacessibilidade acontece porque há uma censura gigantesca que vem do meio externo, forçando a todos esconderem tudo o que não é aceito. Nisso, a repressão acaba dando origem a comportamentos destrutivos, falhos e que nos afetam.
Mergulho da clareza
Imagine que a Psicanálise é como um mergulho profundo em nossas ideias e sentimentos.
É uma forma de terapia que tenta descobrir o que está acontecendo dentro da nossa cabeça, mesmo as coisas que não percebemos no dia a dia.
Durante as sessões com o psicanalista, a pessoa vai aos poucos revelando coisas sobre si mesma.
É como se estivesse abrindo gavetas escondidas da mente, onde guardamos memórias e sentimentos que às vezes nem lembramos que existem.
O terapeuta presta muita atenção em tudo o que a pessoa diz e faz.
Ele procura pistas sobre experiências difíceis que a pessoa possa ter vivido.
Essas experiências podem ter deixado marcas que afetam como a pessoa age e se sente hoje em dia.
Por exemplo, o terapeuta pode perceber que algo que aconteceu no passado está fazendo a pessoa ter medo ou se sentir triste agora.
Ou que desejos e ideias que a pessoa teve que esconder estão causando problemas.
O objetivo é entender por que a pessoa às vezes age de formas que prejudicam a si mesma ou tem pensamentos que a incomodam.
A Psicanálise acredita que entender essas razões pode ajudar a pessoa a se sentir melhor e mais feliz.
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A Psicanálise de Lacan
Jacques Lacan foi um dos maiores seguidores dos fundamentos da Psicanálise de Freud.
O psicanalista francês gostava de chamar a sua abordagem de “escola”, já que ensinava o indivíduo a identificar seu ser.
A Psicanálise de Lacan é muitas vezes citada como um aperfeiçoamento do trabalho de Freud.
Isso porque, ao contrário dos psicanalistas que se afastaram do criador, Lacan propusera um retorno às origens.
Nisso, recorria constantemente ao trabalho de Freud para revitalizar a abordagem e entregar conceitos mais completos.
Ainda assim, Lacan mantinha sua originalidade em relação à sua proposta de trabalho.
Ele também contrariava Freud em alguns aspectos, principalmente em algumas bases.
Enquanto Freud utilizava conhecimentos de Biologia e Física, Lacan foca principalmente na lógica e na estrutura da linguagem.
Sobre o desenvolvimento psico-sexual
Um dos pontos mais sensíveis dos fundamentos da Psicanálise se encontra no desenvolvimento da personalidade do indivíduo.
De acordo com Freud, isso está ligado diretamente com o seu desenvolvimento sexual.
Assim, se originaram as cinco fases do processo psico-sexual, sendo elas:
- Fase oral: Fase caracterizada pelo prazer em estimular a boca por meio da chupeta ou qualquer outro objeto, incluindo os dedos. O problema é que se essa fase for mal trabalhada, isso pode levar o indivíduo a desenvolver distúrbios. Por exemplo, falar bastante, ter gula ou qualquer outro tipo de obsessão oral.
- Fase anal: Começando entre o 2° e o 3° ano de vida, a criança sente prazer em reter ou expulsar suas fezes. Dentre as consequências do mal desenvolvimento pode haver organização impulsiva, mania de limpeza ou reprimir emoções.
- Fase fálica: No 4° ou 5° ano de vida a criança começa a compreender o sexo e o prazer sentido em sua genitália. É justamente neste período que acontece o fenômeno do Complexo de Édipo.
- Fase de latência: Neste ponto se dá a repressão de impulsos sexuais e origem à construção do pensamento lógico. Com isso, a criança passa a controlar melhor a sua vida psíquica.
- Fase genital: Por fim, dos 12 anos em diante, o jovem começa a se interessar por outras coisas e pessoas além de si. Neste caminho, se iniciam seus desejos e vínculos com atividades específicas ou pessoas.
Os fundamentos da Psicanálise sofreram com duras críticas ao longo do tempo.
Médicos da época e profissionais de outras áreas trabalharam duro para desacreditar o processo terapêutico enquanto este se desenvolvia.
Ainda que com os excelentes resultados, a Psicanálise continua a ser objeto de debate e conflito em alguns círculos.
O psicanalista clínico
Nos fundamentos da Psicanálise, o psicanalista clínico tenta compreender o diagnóstico e esclarecer a pacientes de clínicas o que acontece.
Nisso, pode tratá-lo e ajudá-lo a se livrar dos problemas causados pela mente danificada.
Tudo acontece com a permissão do indivíduo, já que isso colabora aos resultados.
Entretanto, nem sempre essa jornada é tão fácil já que muitos pacientes internados não conseguem colaborar como é devido.
Em parte, isso acontece por causa do tempo prolongado do tratamento, se assim for necessário.
Muitas pessoas não conseguem lidar com as frustrações do caminho inerentes ao longo do caminho.
Por isso que o psicanalista precisa se valer de variados recursos para colocar em prática o seu trabalho.
Além dos benefícios voltados aos pacientes, a própria clínica precisa dar a base que o psicanalista precisa.
Contato entre Psicanálise e Psicologia
Muitas pessoas associam a Psicanálise com a Psicologia, mas é importante entender que são campos distintos, embora relacionados.
Vamos esclarecer as principais diferenças e conexões entre elas.
A Psicologia é uma ciência ampla que estuda os processos mentais e o comportamento humano.
Ela abrange várias áreas e abordagens para entender como pensamos, sentimos e agimos.
Por outro lado, a Psicanálise é uma abordagem específica para entender a mente humana e tratar problemas psicológicos.
Ela se concentra principalmente no inconsciente – as partes da nossa mente que não estamos cientes no dia a dia.
A Psicanálise busca ajudar as pessoas a lidar com distúrbios psíquicos e neuroses, melhorando sua qualidade de vida.
Embora a Psicanálise tenha surgido dentro do campo da Psicologia, ela se desenvolveu como uma disciplina independente.
Isso significa que tem suas próprias teorias, métodos e formação profissional.
Para se tornar um psicanalista, é necessário receber treinamento específico em institutos especializados.
Não basta ser psicólogo para praticar Psicanálise – é preciso uma formação adicional.
Da mesma forma, um psicanalista que queira atuar como psicólogo precisa obter a formação apropriada em Psicologia.
É importante notar que a Psicologia oferece várias outras abordagens além da Psicanálise.
Por exemplo, um psicólogo pode se especializar em terapias como Gestalt ou Behaviorismo, cada uma com suas próprias técnicas e teorias.
Considerações finais sobre fundamentos da Psicanálise
Os fundamentos da psicanálise elaboram uma perspectiva rica e complexa a respeito da mente humana.
Por meio dessas diretrizes, conseguimos entender melhor a razão de ser da humanidade e esclarecer nossas falhas, virtudes e aspirações.
É preciso que se avaliem as propostas de diversos psicanalistas para que se chegue a uma conclusão mais rica.
Afinal, ser plural em relação ao saber te deixa mais perto do crescimento.
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É uma excelente oportunidade de se entender através de um autoconhecimento sadio e complementador ao seu futuro.
Por meio dos fundamentos da Psicanálise, você terá contato com o seu potencial e aprenderá a ajudar outras pessoas!