hematofobia medo de sangue ou fobia de sangue

Hematofobia ou fobia de sangue: causas e tratamentos

Posted on Posted in Psicanálise, Transtornos e Doenças

No dia a dia, corremos risco de sofrermos pequenos acidentes, como um corte ou uma queda, causando um sangramento. Um exame de sangue como check-up também é rotineiro.

Para algumas pessoas, lidar com sangue é normal e faz parte do cotidiano. No entanto, para outras, somente o fato de verem sangue já é motivo para pânico.

Por isso, hoje, iremos falar sobre a hematofobia ou fobia de sangue!

Significado de hematofobia

Em suma, a hematofobia, como o nome já diz, é o medo exagerado de ver sangue próprio ou dos outros. Isso acontece, pois nesses casos, o fato de enxergar o sangue vivo está ligado a algo negativo.

Assim, pode significar um trauma vivido na infância, quando a criança presencia um grave acidente. Também pode estar ligado até mesmo com a morte de alguém.

Por isso, quando alguém que sofre dessa fobia vê sangue, mesmo que em pequena quantidade, ela entende que algo está errado com seu corpo.

Outro fator interessante é o fato da pessoa evitar objetos cortantes e pontiagudos, como facas e tesouras. O motivo é o risco de sangramento que tais objetos podem causar. Dessa forma, atividades rotineiras são deixadas de lado, como cozinhar e trabalhar, para evitar o possível risco de acidentes.

De qualquer forma, não há uma causa específica ou estudo que comprove a origem dessa fobia.

Sintomas

Talvez o sintoma mais recorrente de quem sofre com a hematofobia seja o desmaio. Quem assistiu o seriado mexicano Chaves e puxar pela memória, vai se lembrar de um episódio específico.

Nele, o personagem Kiko desmaia ao ver a barriga de Chaves com uma ferida feita por um cachorro com raiva. Nesse caso, o desmaio pode ser um mecanismo de defesa do corpo, como se fosse um pedido de alerta ao ver o sangue e fugir daquela visão.

Somado a esse sintoma, temos outros, nem sempre ocorrendo em todas as pessoas como:

  • Pressão alta,
  • Taquicardia,
  • Tremores,
  • Enjoo,
  • Dores de cabeça,
  • Transpiração em excesso.

Outras causas

Já citamos que a origem da hematofobia pode acontecer na infância. Assim sendo, vamos acompanhar alguns gatilhos que podem desenvolver esse transtorno

1. Programas de TV e filmes

Quando éramos crianças, nossas mães tinham o costume de nos mandar para a cama cedo e não nos deixar assistindo TV de noite. Um dos motivos para isso é que, neste horário, costumam passar programas mais direcionados para adultos. Ou seja, aqueles que contém violência e imagens mais explícitas.

Filmes de suspense e terror – principalmente os chamados slashers – costumam caprichar bastante na exibição de pessoas sendo mortas e feridas. Portanto, como consequência, nessas cenas, o sangue é mais visível.

Sendo assim, crianças que assistem esses conteúdos podem desenvolver essa fobia. Claro que essa exposição não é algo absoluto. Nem toda criança que assistir terá medo de sangue, mas é importante frisar a possibilidade disso acontecer.

2. Traumas

Como dissemos acima, grandes traumas também colaboram para o desenvolvimento desse distúrbio. Por exemplo, uma criança que tem problemas de coagulação do sangue. A causa pode ser tanto hereditária quanto de doenças como câncer, hepatite ou trombose.

QUERO INFORMAÇÕES PARA ME INSCREVER NA FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

    NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ




    Nesse caso, após tratamento e em casos graves, cirurgias, ao crescer, a criança pode acabar adquirindo a hematofobia. Ademais, leva o problema para a vida adulta, evitando novas intervenções médicas, podendo correr risco de vida.

    3. Hipocondria

    Uma pessoa com hipocondria também fica mais propensa a desenvolver a fobia de sangue. Ao acreditar que há algo de errado com ela, mesmo que não sinta nada, o medo de ver sangue aparece como sintoma.

    Pequenos sintomas como uma dor de cabeça ou no peito já são suficientes para a pessoa acreditar que tem alguma doença. Nisso, a pessoa imagina que ingerir algum tipo de medicamento por conta própria seja bom para ela.

    Ou seja, quando a pessoa acredita ter uma doença, se automedicar é uma válvula de escape, desde que ela evite algo extremo como uma cirurgia, por exemplo.

    4. Menstruação

    Pode parecer irônico, mas é possível que mulheres tenham essa fobia. A menstruação em si não é a causa, mas o fato de falar sobre o tema já é um tabu na sociedade.

    Quando esse período se inicia na vida da criança/adolescente, ela pode sentir dificuldade em expor esse acontecimento, pois, principalmente os homens, ainda enxergam a menstruação como algo nojento.

    A falta de um acompanhamento didático dos pais ao falarem sobre a menstruação podem levar a filha a ficar reprimida e evitar o assunto. Nesse caso, esse medo acaba iniciando uma bola de neve, onde nas fases seguintes, do ingresso na escola, ela não compartilhe desse assunto com as amigas.

    A omissão da escola em não falar sobre a menstruação ajuda a aumentar o tabu. Aulas de educação sexual são fundamentais para um melhor entendimento e compreensão dos alunos de que a menstruação é algo normal e deve ser tratada como tal.

    Bom, se esse assunto for pouco discutido, dá pra criar um certo pânico em cima disso. Isso deixa as mulheres se sentindo mais inseguras e aumenta o medo, o que pode levar à hematofobia.

    Tratamentos

    Primeiro é preciso ver se o medo de sangue é recorrente ou foi só um evento isolado. Se foi pontual, uma solução pode ser encarar o problema – se expor a atividades com algum risco de se machucar.

    Esportes de contato como futebol, basquete e outros são exemplos. Assim a pessoa sabe que pode ver sangue com mais frequência.

    Mas isso serve mais pra quem não sente tantos sintomas. Se o negócio é mais sério, tem que partir pra outras técnicas.

    Terapia

    Pra quem realmente precisa de acompanhamento, terapia psicológica pode ajudar. Conversando com o profissional, o paciente pode descobrir a origem dessa fobia.

    Em casos onde transtornos como a ansiedade e depressão estão relacionados, opções como o uso de antidepressivos e ansiolíticos são importantes.

    Ademais, uma terapia cognitivo-comportamental também é essencial a longo prazo. Outras técnicas como hipnose ou mesmo a EFT (em português, técnica de liberação corporal) são válidas.

    No caso da EFT, são feitas pequenas pressões em áreas periféricas, usadas na acupuntura que ajudam a liberar sentimentos como a raiva e o medo.

    Considerações finais sobre a hematofobia

    Você acompanhou conosco o que é a hematofobia ou o medo de ver sangue, suas origens e características. Como essa fobia é algo na maioria das vezes relacionada à infância, é preciso realizar um acompanhamento em casos mais graves.

    Por isso, recomendamos a você o nosso curso online de Psicanálise Clínica. Nele, você verá os diversos tipos de fobia e qual a melhor maneira de lidar com eles, sempre à luz da ciência. Matricule-se já!

    One thought on “Hematofobia ou fobia de sangue: causas e tratamentos

    1. micaela branco disse:

      Se estamamos perante um adolecente que desmaia não só ao ver sangue, mas também perante uma descrição oral que envolve sangue, como por exemplo um acidente, será que estamos perante um caso hematofobia ou uma neurose?

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *