conceito de insônia

Conceito de Insônia: significado e atualidade

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Um dos maiores desafios dentre outros, já chamada pós-modernidade dos tempos líquidos que estamos experimentando, par-passu (passo a passo) com uma sociedade que se revela cada vez mais líquida e da disruptura social em geral é o conceito de insônia.

Muitas pessoas passaram de forma crescente a ter dificuldades para adormecer e dormir um sono sereno, duradouro, saudável, tranquilo e reparador. Cada vez mais pessoas buscam analistas para tentar uma solução.

E a queixa ou relato de muitos analisados segundo a tendência atual tem sido o fato de não conseguirem dormir. O relato predominante tem sido nos seguintes termos: “não sei por que, mas não consigo mais dormir’. A este quadro de insônia que muitos lutam para se ‘curar’ e buscam uma forma de remissão esta sendo chamada de “insônia pós-moderna”.

Conceito de insônia

É um tipo de insônia típica do contexto e do cenário pós-moderno. Muitas pessoas estão trocando o dia pela noite para tentar uma solução e se transformam em ‘notívagos’, ou seja, caminha à noite ou possui uma rotina, hábitos ou costumes noturnos, realiza tarefas noturnas, para dormir de dia. Cada vez mais é crescente na pós-modernidade e no declínio da modernidade pessoas descrever um comportamento que é até observado por terceiros de se tornarem ativos à noite.

Porém, muitos relatam que mesmo sendo notívago não consegue dormir de dia. Muitas pessoas já buscaram soluções psiquiátricas e passaram a usar medicamentos pesados e temem pelos seus fígados e rins e efeitos colaterais e pioraram. Não dormem. Já existem relatos de óbitos prematuros por overdose de soníferos.

Os notívagos condicionam um ritmo circadiano mais lento com mais de 24 horas de duração e adaptam seus neurônios e o sono que cada vez mais custa a chegar. E quando dorme é muito pouco o lapso de tempo.

Os riscos e o conceito de insônia

Pessoas que tem mais recursos mudam colchão, fazem camas tipo dossel, escurecem todo ambiente, tentam dormir, se reviram na cama e não dormem. Tomam remédios e ‘apagam artificialmente’ e quando acordam, tem um peso na cabeça. Além de dores na cabeça e pelo corpo todo, um cansaço inexplicável.

O risco de óbito prematuro assim como desenvolver uma patologia mental é muito maior nas pessoas que sofrem de insônia. Vale destacar que a insônia não é algo recente, ela sempre existiu na pré-modernidade e na modernidade propriamente dita, porém, na pós-modernidade assumiu um caráter muito mais relevante.

Porque simplesmente a pessoa não dorme, não consegue ter um sono tranquilo, reparador, não descansa mais. Geralmente, quem tem insônia sente sua mente e corpo inquietos durante horas antes de conseguir pegar no sono e minutos após despertam.

Outros sintomas e o conceito de insônia

O resultado da insônia começa a ser sentido no despertar, a pessoa sente-se cansada, com problemas de humor e falta de energia, fraco ou forçando desempenho no trabalho, nos estudos ou qualquer outro círculo que exige esforços cognitivo; se sente fadigada e sonolênta durante todo o dia, dispara ansiedade, dores em geral, como uma enxaqueca persistente, além de prejuízos na coordenação motora e um quadro maior de sintomas começa a aparecer. Tédio é um dos quadros.

As pessoas que vão ao médico clínico geral ou generalista relatam que possuem uma incapacidade de deflagrar o sono e que desconfiam que as causas sejam comportamentais. Médicos investigam possíveis distúrbios relacionados ao humor, ansiedade ou depressão, também gástricos e tentam contabilizar ou matematizar o tempo de sono e acabam descobrindo que pessoas não dormem mais que 30 minutos, despertam, tornam cochilar e muitos sequer consegue ‘pregar os olhos’ como dizem no jargão popular. E receitam uma carga de alopáticos.

Mesmo assim, não surte efeito. A pessoa retorna e relata: ‘Dr ou Dra, não deu certo, não consigo dormir’. São encaminhados para especialistas. A insônia não é transitória, mas é crônica, de longa duração. Algumas pessoas possuem uma percepção pessoal de que a insônia seja intermitente com tratamento de curta duração, mas a insônia se revela dia-a-dia persiste e crônica.

O conceito de insônia para os especialistas

Os especialistas geralmente psiquiatras focam a insônia a insônia não mais primária quando não tem doença causando, mas a secundária que seria indicativa de uma futura condição médica ligada a alguma doença orgânica não diagnosticada, como uma cardiopatia ou aviso de futuro AVC (acidente vascular cerebral) e dizem o óbvio de que a pessoa não tem qualidade de vida e nem bem-estar e paz de espírito e que são prejudicadas pela falta de sono.

Muitos ficam abalados e até chocados. O indivíduo (a pessoa) na posição de paciente, ou de analisado quer saber a causa da insônia e com debelar o quadro.

E geralmente, já chega com alguns pré-conceitos previamente concebidos e formulados relatando que acha que é estresse, ou hábitos inadequados, ou um estilo e perfil de vida muito irregular; alguns já se sentem com transtornos, são hipocondríacos, desconfiam que estão com patologia mental, neurológica, hormonal, respiratória, mas tem dores quase crônicas e problemas gastro intestinais evidente pelo excesso de ingestão medicamentos (psicofármacos) alopáticos com um forte histórico pregresso desses medicamentos. São fregueses de caderninhos como dizem no jargão social, de farmácias e que temos uma farmácia por metro quadrado no país.

Sobre as entrevistas preliminares

Frequente se torna a rotina de ir apenas pegar a receita com o médico, a famosa consulta-receita. Só a receita para comprar o medicamento alopático controlado. E o quadro persiste. Alguns tem a crença de que o processo foi desencadeado por mudança no trabalho, ou que perdeu uma pessoa da família e o espírito esta na volta, tem que fazer sessão de descarrego, banho de sal, o que são espíritos desencarnados obsessivos encostados, passam a ir em casas espíritas faze passes.

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    Porém, não conseguem debelar a crise de insônia já conhecida por alguns analistas como insônia pós-moderna. Pessoas em suas entrevistas preliminares relatam que se deitam e ficam inquietas durante horas, se reviram, levantam, voltam a deitar, despertam frequentemente enquanto estão dormindo ou, mesmo dormindo por alguns minutos não sentem o sono reparador.

    Os que tem um quadro de pré-hipocondria começam a desconfiar que é a insônia é prenúncio de graves doenças como a demência, e ficam em pânico e até tentam fixar algumas metas por conta como banho morno, tomar chá, ouvir uma música, escurecer o ambiente com cortinas, evitam a cafeína, alguns conseguem eliminar nicotina (cigarro) passam a ir em academias, mas não dormem, o quadro tende a permanecer. E muitas pessoas estão dispostas a tomar uma atitude mais radical se preciso for, para dormir.

    Conceito de insônia e relatos

    Algumas tentam tirar sonecas de dia, ou fazer uso da sesta, uma breve cochilada no inicio da tarde ou realizar r tarefas bem pesadas durante o dia para se estafar e cair na cama, mas pioram. Recorrem a meditação e mudam alimentação, tornam-se ‘veganas’ (vegetarianas), porém o quadro crônico continua. Mudam os travesseiros e não funciona.

    Existe relato de que usam todos os tipos possíveis de travesseiros, até tipo NASA, usado por astronautas e não conseguem dormir. Outros relatam que já estudaram todas as causas possíveis, conhecem alguns fatores de risco, tipos de sintomas, buscaram diagnósticos diversos e exames, até conseguiram bons prognósticos ‘teóricos’ e recomendações de prevenções, mas, não conseguiram debelar a insônia.

    Outros ainda, compraram guias e manuais e até colecionaram livros de autoajuda entretanto não conseguem dormir. Porque a insônia vivenciada é a pós-moderna. Muitos profissionais não dominam o que seja a pós-modernidade e suas implicações, alguns e alguns profissionais nem sabem que ela existe e outros são negacionistas da pós-modernidade dos tempos líquidos.

    Considerações finais

    Algumas pessoas recorrem por fim polissonografia, um exame que tenta o diagnóstico usando parâmetros monitorados com aplicação de técnicas de sensores na cabeça, com averiguação de parâmetros tipo EEG, (Eletroencefalograma), de Eletro-oculograma (EOG); de Eletromiograma (EMG); com cinta de esforço respiratório; oximetria do pulso; Sensor de fluxos posicionados em pontos na cabeça e o famoso eletrocardiograma (ECG) e até registram por vídeo.

    E o quadro persiste. A polissonografia envolve diversos testes, realizados simultaneamente onde especialistas buscam uma interpretação de quais pontos não estão ativados no sono para tentar ativar, mas mesmo assim o quadro continua.

    A única possibilidade de vencer a insônia pós-moderna é entender o que é a pós-modernidade e seis reflexos no inconsciente humano, que foram responsáveis por mudanças profundas na cultura humana a afetou o sono. Fora desse eixo, à insônia pós-moderna continuará sendo um grande desafio e um impasse insuperáveis.

    O presente artigo foi escrito por Edson Fernando Lima de Oliveira ([email protected]). Licenciado em Filosofia e História. Possui PG em Ciências Políticas, acadêmico e pesquisador de Psicanálise Clinica e Filosofia Clinica.

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