O ‘CASO’ DO BOLO ENVENEADO

Caso do Bolo Envenenado no RS sob a ótica da Psicanálise

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Neste artigo de opinião, vamos abordar, sob o ângulo da Psicopatologia e no prisma da Psicanálise Clínica um crime de grande repercussão e envergadura ocorridas no RS, constatado no litoral Norte, município de Torres, que ficou conhecido como ‘o caso do bolo envenenado’.

O delito fulminou a vida de três pessoas da mesma família. A autoria e materialidade foi revelada pela Polícia Judiciária, eis que a principal implicada e acusada, em tese, e a priori, idealizou durante uma confraternização familiar na véspera de Natal, um bolo caseiro utilizando de forma oculta e sagaz arsênio.

Vamos tentar entender a dinâmica do fato criminal sob a ótica psicanalítica, e ao final, no fecho, responder a indagação formulada e apresentada para análise, entender a motivação.

Introdução: entendendo o caso do bolo envenenado no RS

O escopo deste artigo de opinião tem como foco examinar, sob a ótica da Psicanálise Clinica, no ângulo da psicopatologia psicanalítica, o crime denominado de ‘caso do bolo envenenado em Torres, RS’.

As investigações revelaram que a Perícia Judicial identificou presença do arsênio no sangue das vítimas em óbito e das em pré-óbito e sob risco do efeito pleno do arsênio no sangue da família bem como em cadáveres exumados.

O fato gerou polêmica, ascos e repúdios sociais além de preocupação com o consumo em geral, pois pessoas passaram mal após ingerir o bolo, onde a substância estava misturada na massa do bolo.

Vamos examinar, tendo como pauta tão- somente, por hora, as questões problemas selecionadas, a saber: a dinâmica do ‘modus operandi’ do crime; o caminho das fases dos atos realizados; o processo psíquico de negação, o possível transtorno da autora; motivação do delito; saída pela opção do suicídios, um suicídio corajoso; a posição consagrada nos dois manuais referenciais das e ‘ciências psi’ no planeta, (DSM-5 TR e CID-11)

A questão dentro da psicopatologia psicanalítica e na conclusão vamos ofertar resposta ao questionamento: “Afinal, por que a autora praticou o delito e qual era sua intensão?” Nosso primeiro passo será no sentido de tentar entender a dinâmica do crime.

A dinâmica do ‘modus operandi’ do crime

No dia 23 de dezembro de 2024, a sra Zeli dos Anjos diante de uma ideia ventilada e idealizada como sugestão de um bolo, passou a preparar o doce para servir em fatias, numa confraternização familiar, final de transição de ano, natal/ano novo. Na massa do preparo foi adicionado arsênio.

No dia 24 de dezembro, das seis pessoas que ingeriram fatias, três faleceram e três ficaram em situação crítica iminente de morte súbita e baixaram hospital para fins e providência, onde sobreviveram.

No dia 25 de dezembro, uma testemunha foi decisiva para revelar que o bolo teria sido envenenado por Deise Moura dos Anjos. Finalmente, no dia 27 de dezembro a autora é detida e conduzida a sede do distrito de culpa, (DP) com apreensão do seu celular.

Durante as diligências, fato intrigante revelado de possível crime premeditado contra o sogro, que é exumado para exame pericial oficial. O caso gera uma reviravolta e em 4 de janeiro de 2025 deflagra prisão executada no dia 5 de janeiro, a prisão preventiva da autora e novo pedido desta vez exumação da sogra da já apontada autora, para exame pericial.

O laudo, em tese, divulga presença da substância e revela um crime em série usando o mesmo ‘modus operandi’. Emprego de forma sagaz ludibriando percepções e atenções além de sentimentos, de arsênio.

O crime ganha uma grande repercussão na ‘mass media’ falada e escrita e dimensão internacional entrando na literatura policial do Estado do RS como um crime de grande gravidade.

A autora do delito surpreende o país todo dias depois, ao se suicidar na cela usando uma peça do uniforme deixando escritos em príncípi9o confusos. A Polícia Judiciária firmou sua plena convicção de que a autoria foi da falecida face dados e informações levantadas, como a compra do arsênio por rede social.

Foi estabelecido o liame e nexo causal, que ligou a autora a prática delituosa. O rastro do caminho da trajetória do veneno mortal foi bem estabelecido com prova inclusive documental, assinatura de próprio punho da autora, que firmou rubrica de recebimento do arsênio na sua gramatura para aplicação.

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    A compra do veneno teria sido em tese, dias antes da morte do sogro que foi exumado e acharam resquícios da substância.

    Esse passo foi fundamental para ligarem as evidências e indícios. O rastreamento demonstrou que 13 dias após a compra ocorreu o óbito do sogro onde foi adicionado no leite em pó.

    Detalhe muito complicado revelado foi a tentativa frustrada de cremar o corpo do sogro com atos de manipulação familiar, numa tentativa obviamente de buscar o abrigo do delito no escopo do exaurimento.

    Na análise da ‘constelação familiar’ ficou evidenciado que outras pessoas do vínculo da esfera da cadeia dos elos das relações familiares ficaram questionado se poderiam ter sido envenenadas no passado, outras pessoas, inclusive o genitor (pai) da autora poderia ter sido envenenado pela filha.

    O marido da autora, Diego dos Anjos relatou que a falecida Deise era briguenta, instável emocionalmente e irritada. Em síntese, o rol das vítimas são as irmãs Maida Berenice Flores da Silva, Neuza Denise Silva dos Anjos e Tatiana Denise Silva dos Anjos, filha de Neuza.

    Cerca de 7(sete) pessoas estavam na casa reunidas. Porém, três tiveram óbito confirmado pós ingestão do bolo, durante café da tarde, e passaram mal. bolo. A dinâmica foi, portanto, a aplicação da substância comprada pela autora em alimentos das vítimas de caso pensado visando atender seus objetivos e demandas psíquicas.

    O caminho das fases dos atos realizados

    Ficou muito claro para Polícia Judiciária que agiu em conjunto com Perícia Criminal, que a autora do delito foi quem cogitou praticar o crime, realizou atos preparatórios, programou bem o momento, acionou atos de execução, materializando a aplicação, de forma sutil e sagaz, ludibriando percepções, e atenções, onde firmou atos de consumação e que, de fato pretendia o exaurimento do delito, ou seja, que pessoas cremadas não haveriam prospecção de provas documental pericial, (laudos).

    Tal trajetória das fases demonstra que ela teria o benefício da dúvida, se corpos fossem cremados, portanto, a prova pericial foi fatal. Importante salientar que quem preparou o bolo foi Zeli dos Anjos, na cidade de Arroio do Sal e levou para Torres.

    Ela era irmã de Maida e Neuza, sogra de Deise e alvo preferencial do envenenamento. Não houve em nenhum momento por parte da autora Deise um arrependimento eficaz ou desistência voluntária, o que demonstra que ela deseja em tese, pelo que vislumbram a cadeia interligada de fatos, a a fase de consumação e tentativa de consumação.

    A consumação seria, em tese, a vitória do crime perfeito e insuspeito. O caminho das fases foi importante para se firmar tal entendimento. Inclusive essas fases servem depois de dosimetria de penas. E aqui vamos fazer o primeiro achado psicanalítico, a mentira patológica ou emprego do mito mania.

    É a ato de manipulação e sofismas (mentiras sagazes) bem encadeados bem característicos de transtornos bipolares e um dos componentes da psicopatia. A sociopatia e psicopatia tem pontos de contato, entretanto a falta de remorso, de empatia e de culpa demonstram em tese, a psicopatia.

    Implicações do ‘processo de negação’ da autora

    O que causou muita perplexidade social foi a atitude da autora demonstrar muita indiferença e insensibilidade com os vínculos familiares, os entes queridos da relação, assim como ela passou a tentar negar de forma inicial veemente, que e não seria a autora do delito e seria inocente, escrevendo tal posição.

    Causou espanto como se fosse um ato esquizoide, além evidente do ato do suicídio que é uma autolesão utilizando como apoio, uma peça de roupa do uniforme para se enforcar e de forma bem corajosa. O ato de auto enforcamento já revela a convicção plena volitiva de se matar.

    A saída pela opção da autolesão foi um suicídio corajoso. Importante frisar e destacar que a auto agressão é um distúrbio de comportamento que faz com que a pessoa agrida o próprio corpo ao sentir profunda tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma que aflora do inconsciente, o que é um transtorno psíquico que requer tratamento, terapia e medicação.

    Está associado de maneira independente com sintomas de depressão e ansiedade, comportamento antissocial, de alto risco de com possível uso de adição, um dado que ainda carecemos, se ela usava álcool, drogas e cigarro, excesso de café ou algum psicofármaco.

    Isso poderia ser o gatilho e desencadear a ideação além do isolamento. A autora inconscientemente sabia que se descoberta teriam consequências graves. Toda negação revela esse caráter psíquico. Um processo de negação onde tem contra si uma convicção firmada que aflora conteúdos inconscientes que são jogados no pré consciente e consciente.

    Vale relembrar que o instinto, o id, não tinha sobre si, a pressão da censura forte do superego, que é parte cultura dos ditames sociais, a parte ética e moral que habita o superego e que mantém o ego forte, inclusive em egos rígidos.

    A pressão do ‘superego’ sobre o ‘ego’ controlando o ‘id’ foi aliviada. Para que isso ocorra é preciso haver um gatilho. Pode ser vazio existencial, processo de ressentimentos, ódio, raiva, vendeta, ciúmes, invejas, traições.

    Isso é por muito nomeado de ‘pessoa má’. Vale rememorar que para formação do ‘id’, ocorre um conflito e fusão entre ‘eros’ e ‘thanatos’. Eros são os impulsos para o amor, e o Thanatos são os impulsos para destruição, morte.

    Temos por exemplo, a tentativa do bebê que não deseja nascer, sair do útero, que tenta se enforcar com o cordão umbilical. Ninguém conseguiu até dias atuais parametrizar o Eros e o Thanatos.

    Existe uma tentativa nesse sentido usando-se percentuais. Porém, as pessoas que possuem um Thanatos mais proeminente tem inclinações para práticas cruéis. O superego não alcança esse patamar para impor uma censura eis que já vem de berço. Isso é o Real para Lacan.

    Esse real carece de uma nomeação, entretanto, as pessoas em suas interações destacam expressões do tipo, ‘essa pessoa é má, ou, ‘desde pequena já era maldozinha’. Uma tentativa de nomear algo que vem do Real mas, que é a composição psíquica da pessoa que tem um ‘tanatus’ proeminente. Existem pessoas que dizem de si mesmo, ‘sempre foi ruim e má pra mim mesmo’. São pessoas que sabem que tem uma inclinação para o mal.

    O transtorno da autora

    Carecemos de dados e informações de anamnese de história pré-clínica e quiçá, clínica, da vida pregressa da autora, se tinha ou não, algum transtorno já detectado (diagnosticado).

    O manual DSM-V TR da Associação de Psiquiatria Americana fornece uma descrição sobre as condutas psicóticas (psicopatas) e transtornos antissociais, assim como, num mesmo diapasão, embora com nuances, também o CID 11 (que vem substituindo o CID 10) da OMS ligada a ONU, que idem, nos fornece dados e informações.

    Sobre a conduta psicopática e atos antissociais, com ou sem implicações de outras doenças sistêmicas como por exemplo, a demência vascular.

    O mero fato de cogitar e fazer atos preparatórios ludibriando percepções, já demonstra por si só, ou de ‘per si’ que a pessoa é portadora de um transtorno mental associado ou não a alguma patologia física, eis que está preparando um doce, no caso, o bolo, já adicionando previamente o veneno portanto, podemos inferir com segurança, que a pessoa que tem consciência que é veneno e pode desencadear óbitos.

    A autora tinha consciência tanto que acabou praticando contra si autolesão deixando escritos desconexos. Porque foi descoberta e o liame forneceu a ligação, em que pese tenha optado por negar peremptoriamente.

    Mas, a autora sabia da gravidade e consequências. Até porque tinha uma motivação oculta.

    Motivação do delito criminal

    A motivação de um ato ou fato depende de várias variáveis, algumas dependentes e outras bem independentes. O que alguns analistas compreendem é que para a motivação para prática de atos graves deve ser muito forte, ter uma força motriz volitiva firmada e convicta, uma força de vontade intrínseca do autor que firma uma posição de vencer as fases da cogitação e atos preparatórios.

    Senão, a pessoa acaba desistindo voluntariamente ou ainda, pode deflagrar um processo de arrependimento que poderá ser eficaz se a própria pessoa impedir. Muitas práticas acabam sendo travadas pelo próprio autor que revela o fato antes de seus efeitos.

    Não foi o caso. Pelo que recebemos de dados e meta dados, era de que a autora desejava muito o resultado e que ficasse oculto. Era um processo de vendeta, uma vingança sendo realizada por ter interesses e demandas contrariados, que pode ser um desejo.

    Todo desejo possui uma força motriz psíquica muito intensa que leva a práticas por pulsões e compulsões. A Psiquiatria e Psicologia vão se socorrer no DSM-V-TR da APA, EUA e no CID-11 da OMS, para ter ponto de partida para interpretar o caso, porém, a Psicanálise tem seu próprio arco de psicopatologia e nosologias: neurose, parafilias e psicose.

    Psicopatologia psicanalítica

    Sob o enfoque da Psicanalise usando o arco da Psicopatologia Psicanalítica não restam dúvidas de que a autora, em tese, era neurótica e portadora de psicose, em que pese, vale destacar, que a psicose tem vários graus, não necessariamente exista a obstrução da vivencia por ausência do teste de realidade, ou seja, a pessoa pode ser psicótica sem ter alucinações e delírios sem ficar alienada e pode conviver tentando ocultar a sua condição existencial.

    Portanto, não existe polêmica nessa pauta entre as ‘Ciências Psi’, porque a Psiquiatria e Psicologia operam o DSM-V-TR e CID-11. Vale salientar que o CID-10 está numa transição para CID-11.

    O Brasil utiliza os dois referenciais. A Psicanálise, a contrário senso, tem sua literatura peculiar e opera tão somente no nível do inconsciente. Encontram-se no inconsciente da autora as explicações na percepção da Psicanálise.

    Como ela faleceu por autolesão (ideação suicida) evidente que levou consigo os arquivos inconscientes que a motivaram a deflagar os delitos numa certa visão linear subjetiva dela em uma certa escala visando fechar (alcance) de sua demanda e interesses.

    Com relação ao Tanatus, não temos como parametrizar ainda, não existe um indicador. Sabe-se que a pessoa considerada muito má, na percepção de terceiros, na esfera do senso comum, tem em tese, na concepção psicanalítica e esfera técnica, um Thanatos muito proeminente.

    E isso vem de berço. Lá na barriga da mamãe existe uma batalha entre o Eros X Thanatos, duas forças psíquicas muito fortes, e que vão se fundir e formar o ‘Id’ da pessoa singular.

    De dentro do ‘Id’ vai se depreender uma parte, o Ego. O Superego irá aparecer depois, numa interação com a cultura singular onde a pessoa está inserida, seu contexto e circunstâncias. Mas, é uma parte do Ego que se desprende também, e introjeta a cultura vigente.

    Foi graças ao Sigmund Freud (1856-1939) quem desvelou isso e sistematizou tanto na primeira como segunda tópicas, e nos deu grandes respostas, que depois serão aprimoradas pelos sucessores do legado freudiano.

    Essa observação freudiana se encaixa bem no case em questão, eis que os familiares relatam que a autora do delito era considerada má, briguenta e muito instável e a autora se suicida ato contínuo de uma forma muito dolorosa, usando peça de uniforme, pratica contra si de forma corajosa autolesão mortal, porém, deixando escritos.

    Alguns deduziram ser pedido de perdão.

    O fato é que a autora teve um choque de realidade isolada, onde o inconsciente veio à tona, porque a cultura que lhe deu o errado e certo no Superego ficou travada, pois é crime grave, o Superego aflorou, ele estava acorrentado no psíquico.

    O princípio do prazer em matar foi destravado e o Id desalojou conteúdos e jogou no Ego, que é consciente. Diante desse choque dialético ela em tese, resolveu se suicidar. Porque aflorou no Ego.

    Porém, fez alguns escritos ainda desconexos visando limpar a honra subjetiva singular. Isso é o Superego destravado agindo. Existe nisso um processo de confusão mental, onde a alucinação se mistura com a ilusão e delírio.

    É o inexplicável que J. Lacan (1901-1981) chamou de Real, que se manifesta no Simbólico e no Imaginário sob o enfoque evidente da Psicanálise.

    A Psiquiatria e Psicologia vão incrementar mais com suas análises descritivas contando com o apoio inestimável dos manuais que usam. Entretanto, essa tem sido a dinâmica de muitos crimes, obstruir, travar, neutralizar o Superego no Id.

    Porque as culturas ocidentais ensinam que existe os dez mandamentos, que matar é pecado e grave, que tem a Polícia, o processo, a prisão. Isso precisa ser recalcado e aprisionado no Id, inconsciente, para deixar o ego se aliar ao princípio do prazer e praticar os atos sem remorso, culpa, autoestima, empatia, arrependimento, enfim.

    No momento que ocorre um choque de realidade, ou seja, o princípio da realidade se desprende a pessoa vai compreender a gravidade e os valores da cultura onde as reações serão diversas.

    Algumas não vão conseguir esse aprendizado e voltam a reincidir ou tentam suportar o insuportável, recorrendo a mecanismos como remédios, drogas, fuga.

    Conclusão: qual síntese tirar do bolo envenenado do RS?

    Diante e face ao todo acima exposto, no exame das questões-problemas pré-selecionadas, tópico a tópico, por etapas, de forma concatenada; e, com base e respaldo, em estudos de meta análise, lastreados na literatura das ‘ciências Psi’, em especial Psicanálise, tendo como indagação o questionamento.

    Afinal, por que a autora praticou o delito e qual era sua intensão ?” entendemos .que a autora em tese, tinha um Thanatos proeminente, o que levou a formação de uma estrutura psicótica, resultado de uma neurose forte, e que levou o inconsciente a reter no Id a maldade que vinha praticando, em série, sem culpa alguma, sem empatia, sem piedade, sem temores espiritual algum, que é o que caracteriza atos antissociais de psicose.

    E possivelmente, se ela tivesse cremado os corpos, continuaria os atos. A detenção e o isolamento e a repercussão no tecido social ajudaram muito em destravar o Superego.

    Todo criminoso que pratica delitos gravíssimos com execuções de vítima a queima roupa ou usando meios cruéis está com o Superego travado e contido.

    O Id fica livre para aflorar até o momento que exista um choque do princípio do prazer com o princípio da realidade e este prevaleça liberando dos freios o Superego o que faz o Ego entrar numa crise existencial.

    A Neuropsicanálise tenta junto com apoio das Neurociências fazer achados cerebrais, imagem do cérebro para tentar visualizar o ‘locus’ ou ‘sítio’ onde ocorre isso, porque a Psiquiatria e Psicologia apelaram para Imagem cerebral como prova cabal.

    Porém, os atos psicanalíticos são considerados condições existenciais. Freud provou a teoria do inconsciente por essa linha de raciocínio. Muitas situações estão alojadas no embate entre o Eros e Tanatus que se fundem e formam o Id.

    E o Id é o inconsciente da pessoa que estão a mercê de freios e travas pelo Superego e Ego. Por derradeiro, importante salientar e registrar que esses cases serão objetos de estudos futuros. Mas, por hora esse nosso entendimento da motivação desse delito e outros.

    Este artigo sobre o caso do bolo envenenado do Rio Grande do Sul foi escrito por Edson Fernando L Oliveira, formado em Psicanalise pelo IBPC; PG em  psicanálise pela UCAM-Prominas; PG em Filosofia Clinica. Possui curso de neuropsicanálise e concluindo PG em Psicopatologia.

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