1. Instinto
Na Psicanálise de Freud existe uma força involuntária e quase que primitiva envolvida na sobrevivência.
De acordo com Freud, o instinto é um movimento de fonte somática representando a excitação.
O mais comum é o medo que evita que nos arrisquemos demais e nos coloquemos em perigo.
2. Libido
A libido se trata de uma energia sexual, ainda que seja tratada de forma indeterminada e generalizada.
Ela acaba se ligando com outras funções e se manifestando desde a infância, sendo parte integrante de nosso desenvolvimento.
Aliás, a libido ajuda na construção das questões mentais envolvendo a repressão com a moralidade do meio externo.
3. Inconsciente
O esforço com o inconsciente é um dos mais trabalhados em toda a sua carreira e de qualquer psicanalista.
Freud apontava uma parte escurecida em nossa mente era o berço de grande parte de nossa vida psíquica.
Ainda que não possamos acessá-lo diretamente, ele pode se apresentar pelos impulsos, sonhos ou neurose.
4. Complexo de Édipo
No dicionário de Psicanálise de Freud o psicanalista mostrava a relação de amor-ódio da criança com os pais.
Isso seria parte natural de seu desenvolvimento, de modo que definisse a personalidade da criança, mais especificamente do menino.
O conceito se divide em duas etapas:
- Amor pela mãe: Durante essa fase, a criança desenvolve um forte apego à mãe impulsionado pelo desejo. Ela deseja estar perto da mãe e ter uma conexão especial com ela, ainda que de forma inconsciente. Geralmente, essa fase termina por volta dos 5 anos, quando a criança passa a ter sentimentos semelhantes de amor pelos dois pais.
- Rivalidade com o pai: Nesta fase, a criança começa a ver o pai como um concorrente pelo amor da mãe. Apesar desses sentimentos de rivalidade, a criança geralmente não consegue desafiar o pai devido à sua idade e falta de experiência. Esses sentimentos são resolvidos à medida que a criança cresce e assimila essas complexidades emocionais.
5. Transferência
Uma das freses de Freud Psicanálise se refere à conexão estabelecida entre paciente e analista.
Freud defendia que os pacientes acabam projetando sentimentos, sem bons ou não, no psicanalista.
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Isso acontece porque o terapeuta acaba refletindo sua figura materna ou paterna, sendo o centro de emissão emotiva do paciente.
6. Instâncias da mente
A Psicanálise de Freud conseguiu observar a estruturação em camadas da mente humana, como que em formato de cebola.
O trabalho identificou três instâncias primárias em nossa psique, definindo raízes, impulsos e identidade, começando por:
- Ego: O Ego é a ponte entre a mente e o mundo real, de modo que se molde de acordo com a realidade. Ele serve para lidar com os impulsos do Id e controlá-los.
- Superego: O Superego acaba agindo como um vigia constante, nos controlando e nos reprimindo de acordo com a moral social. Ele é um elemento nato a nós, mas se molda a partir dos princípios de repressão do ambiente externo.
- Id: Ao contrário do Superego, o ID representa o nosso lado mais selvagem. É o desejo puro, o instinto, burlando os demais para se fazer atendido independente do que aconteça.
7. Sublimação
O psicanalista encontrou resoluções que apontavam que a libido não era usada unicamente para o sexo como apontavam.
Ao invés disso, essa energia poderia ser direcionada a objetos que não tivessem cunho sexual a fim de desenvolvê-los.
A partir daí surgiria a música, arte e religião, por exemplo.
8. Sonhos
Os sonhos servem de ponte para que consigamos adentrar no inconsciente, mesmo que seja de forma um pouco complexa.
Com isso, a interpretação deles permite a revelação de desejos e as nossas percepções.
Sem contar que podem indicar os efeitos de alguma perturbação psíquica.
9. Desejo
Tanto o nosso lado consciente como o inconsciente tem desejos explícitos.
Todavia, acabamos por ignorar tudo o que nosso inconsciente tem a dizer.
Consequentemente, essa repressão acaba sendo vista em nossos sonhos e transbordando nas falhas, nos afetando profundamente.
10. Complexo
Esse conceito deriva de um misto dos fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan.
Freud já havia idealizado a estrutura disso, mas foi Lacan quem realmente criou o conceito de “complexo”.
Nada mais é do que mecanismos de associação onde se atribui perturbações mentais.
11. Cura pelas palavras
A Psicanálise foi vandalizada por causa da sua forma de abordar os problemas dos pacientes.
Freud passou a acreditar que era possível trabalhar transtornos mentais apenas conversando com os pacientes.
Apesar das críticas, conseguiu defender seu trabalho ao longo do tempo.
12. Compromisso
Existe uma percepção de que queremos duas coisas ao mesmo tempo, sendo estas opostas em algum nível.
Tudo acontece por conta da divisão psíquica do consciente e inconsciente.
Se ajuda, pense naquele passeio que se esqueceu de ir e se sentiu culpado.
Sua consciência enxerga como falha enquanto seu inconsciente não, interpretando como sucesso pois você não queria ir de verdade.
13. Pulsão
No trabalho de Freud, pulsão é vista como resultado de estímulos físicos atuando sobre a mente.
Mesmo que pareça instinto, não existe uma necessidade real para ser atendida ao contrário do outro.
Lembra mais como uma fome insaciável de ter ou fazer algo.
14. Estrutura psicológica
A formação do pequeno durante e após o Complexo de Édipo ajuda na construção de sua personalidade futura.
Com isso, não existiria um pureza mental, onde qualquer um pode ser visto como “normal”.
Assim, todos teriam algum grau de psicose, neurose ou perversão, sendo a normalidade não ter sintoma grave desses três.
15. Sexualidade infantil
Talvez este seja um dos pontos mais polêmicos da Psicanálise de Freud.
Isso porque o psicanalista afirmou que crianças pequenas já poderiam encontrar partes do corpo e estimulá-las, sentindo prazer.
Por exemplo, o prazer em estimular a boca, colocando objetos nela ou tocando o próprio ânus.
Considerações finais sobre a Psicanálise de Freud
A Psicanálise de Freud representa um divisor de águas no tratamento da psique humana.
Embora continue sendo desafiada, ela demonstra seu valor e necessidade em um mundo onde o cuidado psicológico é essencial.
Os resultados obtidos com os conceitos aplicados no texto acima são prova disso.
Cabe ressaltar que esses conceitos abordados não se tratam de verdades absolutas ou qualquer imposição, nada disso.
Encaixam-se como perspectivas de estudo para entendermos melhor nossa condição humana.
Para estudá-los de forma mais adequada, se inscreva em nosso curso de Psicanálise Clínica EAD.
Com ele poderá construir suas próprias ideias a respeito de si mesmo enquanto alcança o seu potencial.
A Psicanálise de Freud pode te ajudar a encontrar o melhor de si e aprimorar o mundo ao redor.
2 thoughts on “Psicanálise de Freud: 15 conceitos para entender”
O texto deveria vir com o autor para eventuais citações
cala te asterio