Jacques Lacan: resumo de vida e de sua psicanálise

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Jacques Lacan (1901-1981) foi um grande psicanalista, sendo considerado um dos principais intérpretes de Sigmund Freud. Sua obra é considerada como complexa de se compreender. Ele fundou uma corrente psicanalítica própria: a Psicanálise Lacaniana. Em resumo, Lacan é considerado um pensador revolucionário da psicanálise. De modo que tem um lugar próprio na teoria psicanalítica: a psicanálise lacaniana ou linha francesa de psicanálise.

Traremos um resumo sobre Jacques Lacan. O que significa seu retorno a Freud, quais suas diferenças com Freud? Quais as ideias mais importantes em sua teoria psicanalítica e na sua prática clínica? E o que são Seminários, como está organizada sua obra escrita?

Dizia Lacan, sobre a influência que recebeu de Freud, mostrando a seus discípulos que ele se colocava na tradição freudiana:

“A vocês, cabe ser lacanianos. Da minha parte, sou freudiano”.

Vida de Lacan e seus Seminários

Nasceu em Paris, em 1901, em uma família de classe média-alta com forte inclinação aos estudos. Lacan destacou-se como médico, especializando-se em psiquiatria. Porém, foi na psicanálise que encontrou seu verdadeiro chamado.

A obra lacaniana é considerada um retorno a Freud. Isso se deve ao fato de retomar ideias de Freud, atribuindo-lhe novos sentidos e correlações.

Seu estilo de escrita é considerado opaco (no sentido de “denso”, “não transparente”) e desafiador. Isso faz com que alguns críticos descrevam Lacan como intencionalmente enigmático.

Lacan viveu a maior parte de sua vida em Paris, onde permaneceu até sua morte (em 1981).

Embora tenha palestrado em outros lugares, foi em Paris que exerceu a maior parte de seus estudos e trabalhos. Seus Seminários foram séries de cursos ou palestras realizados em Paris, de 1953 até a sua morte.

Os Seminários não foram livros escritos por Lacan, mas anotações feitas por seus discípulos mais próximos, que depois foram reunidos em livros.

A primeira escola em psicanálise inspirada em um modelo acadêmico de organização foi a École Freudienne de Paris, isto é, a Escola Freudiana de Paris (EFP), criada por Lacan. Isso ocorreu depois que ele foi expulso da Associação Psicanalítica Internacional (IPA), por suas abordagens não ortodoxas.

Psicanálise de Lacan: uma síntese

A Psicanálise de Jacques Lacan constitui um sistema de pensamento que inovou a teoria e a prática clínica propostas por Freud. Lacan propôs um retorno a Freud, ampliando e criando novos conceitos, além de ter criado uma técnica de análise e uma abordagem clínica próprias. As dimensões da linguagem, do simbólico, do desejo e o papel do Outro na constituição do sujeito são marcas de Lacan.

Lacan apresentou inovações na psicanálise, tanto do ponto de vista teórico, como no ponto de vista prático. Segundo Lacan, a psicanálise tem apenas uma interpretação possível, que é a interpretação linguística. Isso porque os significados atribuídos às coisas são fatores determinantes na vida psíquica de uma pessoa. E esses significados só podem ser construídos ou expressos pela linguagem.

Na psicanálise, o inconsciente é tido como fonte dos fenômenos patológicos. Sendo assim, conforme também defendido por outros psicanalistas, é uma tarefa descobrir as leis pelas quais se rege o inconsciente. Leis que são descobertas pelas manifestações do inconsciente, e assim, pode-se tratar essas patologias.

Jacques Lacan é considerado como o único dos grandes intérpretes de Freud que procurou retornar literalmente aos seus textos e à sua doutrina. Isto é, Lacan não apenas o estudou com o intuito de ultrapassar ou de conservar a sua doutrina.

Dessa forma, a sua teoria acabou se tornando uma espécie de revolução às avessas. Como se fosse uma substituição ortodoxa da doutrina preconizada por Freud. Um fator a ser relevado é que não se sabe se Lacan e Freud se conheceram pessoalmente.

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    Ideias e teorias de Jacques Lacan

    O debate atual sobre visões de mundo, alteridade, empatia e a importância do desejo na definição do sujeito e sua felicidade são contribuições de Lacan. Suas teorias também tiveram importante papel no movimento de maio de 1968, na França.

    Vamos listar abaixo alguns conceitos de Jacques Lacan ou conceitos lacanianos considerados os principais. Esses temas foram aprofundados em outros artigos, por isso aqui a explicação será resumida.

    • Objeto “a”: Lacan disse que este foi seu único conceito original, porque todos os mais foram revisitas a Freud. Objeto “a” (com letra minúscula) é a representação da essência do desejo humano, a parte mais inexplicável desse desejo. É como se a psique humana “desejasse desejar”, sem ter um objeto claro. Pois, toda vez que consegue algo, já vai desejar outra coisa. Por ser indefinido o objeto do desejo, Lacan o chamou assim, “objeto a”.
    • O Grande Outro: é uma pessoa ou instituição que exerce um papel definidor da conduta e do desejo de uma pessoa. Por exemplo, pense num amigo (ou familiar ou professor etc.) que influenciou muito você, seus gostos, sua conduta, suas escolhas profissionais, seu “ideal de eu”. Ou então uma instituição, como uma religião ou uma ideologia. Quaisquer dessas coisas poderão agir para você como um Grande Outro. Às vezes, superamos um Grande Outro, quase sempre colocando “outro Grande Outro” no lugar. Por vezes, esse Grande Outro do paciente pode vir a ser seu psicanalista, como veremos no conceito seguinte.
    • Sujeito suposto saber: quando procura um tratamento psicanalítico, o paciente atribui ao seu analista uma espécie de autoridade. O paciente supõe que o sujeito “analista” tenha um saber capaz de curá-lo. É uma “suposição”, porque o paciente ainda não sabe se isso vai se comprovar. Essa atribuição é positiva para Lacan: tem a ver com o que Freud designou como vínculo de transferência entre analista e paciente.
    • Destituição subjetiva como forma de cura em psicanálise: ao final da terapia, o paciente vai retirar o analista deste lugar de suposto saber. Será o fim do tratamento, uma forma necessária de liberação e afirmação de um “ego fortalecido”. Não vamos entrar aqui no debate sobre o que é cura em psicanálise. Mas podemos dizer que terá havido uma significativa melhora do paciente se a terapia foi conduzida corretamente, até a destituição subjetiva que o paciente faz de seu analista. Assim, o psicanalista já terá cumprido seu papel, e a relação transferencial se desfaz.
    • Inconsciente como Linguagem: redefiniu o inconsciente não como um depósito de desejos reprimidos, mas estruturado “como uma linguagem”. Isso significa que uma parte do inconsciente se relaciona a outra na criação de sentidos. Mesmo sendo uma parte da mente de difícil acesso e mesmo não tendo uma linguagem racional, o inconsciente é estruturado como uma linguagem.
    • Real, imaginário e simbólico: esta divisão tripartite é tão importante na história da Psicanálise que é considerada a terceira tópica da psicanálise, depois da primeira e segunda tópicas de Freud. Nessa construção, Lacan depura a vida mental do sujeito como relacionada à linguagem. Haveria uma parte de uma percepção mais direta e orgânica (o real, relacionado ao “id” freudiano), outra mais para a ideia que o ego faz de si e das coisas (imaginário) e outra que representa a junção de visões conflituosas nos múltiplos sentidos do interdiscurso (o simbólico).
    • Estádio do Espelho: estádio aqui no sentido que damos à palavra “estágio” ou “fase”. Seria um momento na vida da criança em que ela se identifica pela imagem projetada no espelho. Isso permite um passo essencial na constituição do sujeito, por diferenciá-la entre o “eu” e o “mundo”.
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    A Complexidade da Obra de Lacan 

    Muitos estudiosos consideram a obra de Lacan complexa e difícil de compreender. Entretanto, pelo fato de sua obra ter partido da obra de Freud, isso acaba facilitando ou orientando sobre como estudá-la. Portanto, torna-se importante a compreensão da obra de Freud, para que então se possa compreender a obra de Lacan.

    Uma das razões que dificulta na compreensão da obra de Lacan é o seu próprio modo de escrever. Ele escreve de uma forma que não leva a uma posição claramente definida. Seu estilo de escrita usualmente empregado, assim, acaba se diferenciado a sua obra da obra de Freud.

    Dentro disso, as contradições acabam sendo frequentes na obra de Lacan. Ele afirmava que sua obra propunha um retorno à obra de Freud, como num movimento de retomada. Não obstante, por exemplo, ele se opunha claramente à ciência naturalista por Freud proposta.

    Para Lacan, a psicanálise tinha uma única interpretação possível, que era a interpretação linguística. Dentro dessa concepção, ele dizia que o inconsciente tinha a estrutura de uma língua. Expressão essa que ficou muito conhecida em sua obra.

    Jacques Lacan foi, além de psicanalista, crítico literário, estruturalista, filósofo, linguista, semiótico e também analista. Todas essas áreas acabavam se convergindo e se refletindo em sua obra. Assim como na sua forma de interpretação e no modo como ele descrevia as suas teorias psicanalíticas. Isso tudo contribui para a complexidade da compreensão de seu trabalho.

    Características da obra psicanalítica de Lacan

    Alguns fatores ou características importantes devem ser considerados para compreendermos a obra de Jacques Lacan. Primeiramente, devemos considerar que Lacan acreditava no inconsciente. Outro fator é que ele tinha um enorme interesse pela linguagem. Além disso, sua obra pode parecer simples e clara e, aos mesmo tempo, ela pode ser complexa e obscura.

    Freud criou uma estrutura para se compreender a mente baseada em três elementos: o id, o ego e o superego. Lacan estabeleceu a sua trilogia, usando como elementos o imaginário, o simbólico e, às vezes, o real.

    Ao afirmar que o mundo infantil é o alicerce à formação da identidade adulta, Lacan concorda com a teoria freudiana. Para Lacan, entretanto, as fantasias e a agressão presentes na consciência infantil misturam-se para formar o indivíduo, através da linguagem.

    De acordo com a teoria de Lacan, não vivemos em um mundo de realidades. Nosso mundo é composto de símbolos e de significantes. O significante é algo que representa outra coisa.

    Lacan não apenas afirma que o inconsciente é como uma língua. Ele também propõe que, antes da língua, não existe o inconsciente para o indivíduo. É apenas quando a criança adquire uma língua é que ela se torna um sujeito humano, isto é, quando ela passa a fazer parte do mundo social.

    Diferenças entre as obras de Freud e Lacan

    O pensamento de Lacan introduziu a fenomenologia à teoria de Freud. Isso com base em filósofos alemães, dentre eles Hegel, Husserl e Heidegger. Lacan, assim, acaba introduzindo a psicanálise ao campo da filosofia.

    Outra característica exposta na obra de Lacan, e que o diferencia de Freud e de seus seguidores primários é algo por ele denominado de “A Fase do Espelho”. Nesta teoria, num primeiro momento, o bebê se encontra em uma fase desordenada. Sem saber onde ficam os seus limites físicos e emocionais. De repente, descobre uma imagem de si mesmo como um ser completo, um ser coerente e maravilhoso. Dessa forma, ele chega à ideia de si mesmo como uma identidade. Quando ele se vê no espelho, reconhecendo-se ou imaginando-se como um ser coeso.

    Com relação aos sonhos, assunto muito abordado na obra de Freud. Freud alegava que os sonhos, de certa forma, representam a realização de um desejo. Já Lacan, considerava que o desejo de um sonho seria uma espécie de representação do “outro” de um sonhador, e não uma forma de desculpar o sonhador. Sendo assim, para ele o desejo seria o desejo desse “outro”. E a realidade é somente aos que não podem suportar o sonho.

    Na análise, Jacques Lacan preferia que não houvesse interferência o discurso do paciente. Isto é, ele deixava que esse discurso fluísse, a fim de que a própria pessoa em análise descobrisse as suas questões. Já que, ao interferir no discurso, o analista poderia contaminá-lo com os seus significantes, com as suas interpretações.

    Dessa forma, vemos que, apesar de ter declarado que a sua primeira intenção era retomar as teorias de Freud, ou seja, um retorno a Freud. Lacan acaba indo além da obra de seu predecessor. E, assim, a sua obra, em muitos momentos, acaba se diferenciando e progredindo em relação aos estudos freudianos. A contribuição de Lacan à psicanálise deve-se sobretudo à compreensão sobre o desejo, a linguagem, a formação do sujeito, o lugar do Outro e a prática clínica.

    Obras de Lacan e Referências Bibliográficas

    Para finalizar, vamos listar as obras de Jacques Lacan que foram lançadas em livros. Os Seminários, foram resultados de anotações de seus discípulos mais próprios, revisados por Lacan antes da publicação. Tais Seminários trazem ideias variadas, embora cada um tenha um título que pode ser entendido como “tema-mestre” de cada Seminário.

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    Alguns Seminários não foram traduzidos ainda para o português, ou não tiveram suas traduções amplamente difundidas; neste caso, mantivemos o título no original francês, adicionando uma tradução livre à frente do título.

    Vejamos a lista dessas obras, bem como os anos de realização:

    Os Seminários de Lacan

    • Seminários, livro 1: Os escritos técnicos de Freud (1953-54)
    • Seminários, livro 2: O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise (1954-55)
    • Seminários, livro 3: As psicoses (1955-56)
    • Seminários, livro 4: A relação de objeto (1956-57)
    • Seminários, livro 5: As formações do inconsciente (1957-58)
    • Seminários, livro 6: O desejo e sua interpretação (1958-59)
    • Seminários, livro 7: A ética da psicanálise (1959-60)
    • Seminários, livro 8: A transferência (1960-61)
    • Seminários, livro 9: A identificação (1961-62)
    • Seminários, livro 10: A angústia (1962-63)
    • Seminários, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1964)
    • Seminários, livro 12: Problemas cruciais para a psicanálise (1964-65)
    • Seminários, livro 13: O objeto da psicanálise (1965-66)
    • Seminários, livro 14: A lógica do fantasma (1966-67)
    • Seminários, livro 15: O ato psicanalítico (1967-68)
    • Seminários, livro 16: De um Outro ao outro (1968-69)
    • Seminários, livro 17: O avesso da psicanálise (1969-70)
    • Seminários, livro 18: Sobre um discurso que não seria do semblante (1971)
    • Seminários, livro 19: … ou pior (1971-72)
    • Seminários, livro 20: Mais, ainda (1972-73)
    • Seminários, livro 21: Les non-dupes errent (“os não enganados erram”) (1973-74)
    • Seminários, livro 22: RSI – real, simbólico e imaginário (1974-1975)
    • Seminários, livro 23: O sinthoma (1975-76)
    • Seminários, livro 24: L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre (“o desconhecido de um lugar de fora se lança à morte”) (1976-77)
    • Seminários, livro 25: Le moment de conclure (“o momento de concluir”) (1977-78)
    • Seminários, livro 26: La topologie et le temps (“a topologia e o tempo”) (1978-79)
    • Seminários, livro 27: Dissolução (1980)

    Outra Publicação importante de Lacan

    • Escritos (Écrits, 1966): Uma compilação de alguns dos principais artigos de Lacan.

    Como texto escrito por si mesmo, destaca-se a obra “Écrits” (“Escritos”). Já os Seminários, como vimos, surgem como cursos, depois sistematizados em livros a partir de anotações de alguns de seus mais destacados orientandos.

    Em resumo, vimos que Jacques Lacan partia de ideias de Freud. Nesse retorno a Freud, Lacan ampliava as ideias, nomeando-as também de outras formas. O aspecto da linguagem, do simbólico e do desejo eram chaves para Lacan.

     

    15 thoughts on “Jacques Lacan: resumo de vida e de sua psicanálise

    1. Eu comecei a fazer um curso de pós graduação em psicanálise de crianças e adolescentes teoria e prática, embora eu tenha formação acadêmica em pedagogia. Esse resumo está sendo muito útil pra mim.

      1. STEFANIA ALVISE MARCELO disse:

        Onde vc está fazendo? Gostaria de fazer. Esse tema me fascinou.

    2. ANTONIO BARTOLOMEU MONTORIL disse:

      Sou engenheiro, li esse artigo porque minha nora estuda psicologia e queria participar de conversas relativas a temas como esse mas acho esse povo muito doido, esse tal de Kacan inventou uma teoria só pra encher o saco do Freud, sua teoria é mais difícil que o curso de engenharia elétrica, credo, ô povo doido!!!

      1. VITAL DE OLIVEIRA disse:

        Boa noite meu caro Jovem. Por acaso encontrei um cara que talvez estudamos juntos em Carpina no Colegio Salesiano.

      2. já têm assunto para debater sim, discorância de temas.Também faz parte da mente humana.
        e ACREDITO QUE NENHUM, PSICANALISTA, NÃO SEI OS PSICÓLOGOS, SE OFENDERÃO AO SEREM CHAMADOS DE DOIDOS .

      3. kkk. Mas a mente humana é mesmo uma doideira. Só não há doidos de verdade nesse meio.

      4. Sandra Zarpelon disse:

        Não… Lacan é um freudiano que foi além do mestre. E sua teoria sobre o imaginário, o simbólico e o real são bem compreensíveis… pelo menos mais ou menos compreensíveis. E seus estudos são ótimos porque conseguimos entender o homem como ser social, coletivo e não somente individual

      5. Kkkk… rapaz estou estudando letras e vendo tudo isso e pensando, Senhor?
        Cadê a gramática que ja era difícil o suficiente.

    3. Márcia de Melo Lucindo disse:

      Tenho mestrado em Psicanálise. Me ajudou muito comigo mesma.

    4. Tupan Brites disse:

      Cada vez me convenço mais que os discursos não se contradizem, se complementam. Mesmo no que pode parecer antagônico há uma construção. Estes dias estava falando com um amigo sobre dialética (tese, antítese,síntese) e chegamos ao PDCA do planejamento. De uma forma ou de outra parece haver uma tendência à complementaridade

    5. Nelson vieira dos santos filho disse:

      , conteúdo bem apresentado contudo acho muito pouco e superficial, podendo aprofundar um pouco mais para melhor sedimentação do mesmo.

    6. Humberto Pozzato Filho disse:

      Todas às discussões sobre o imaginário, fertilizam a seara das fantasias. O elemento humano necessita de um norte para buscar prerrogativas___ainda que meramente imaginárias___, que satisfaçam um mínimo de realidade as fundamentaçoes do subconsciente. Transita em todas as esferas possíveis para encontrar algum conforto ao Espírito. Dessa forma, consegue dar alento as suas necessidades materiais. Após fustigar a alma em todas às dimensões possível, se convence de aceitar as premissas lógicas. Já pensadores e filósofos de todas as naturezas, preferem estabelecer suas teorias em complexos paralelos, ou seja; usam o teorema de Euclides. As paralelas infinitas EUCLIDIANAS. Assim, conseguem “esconder” [por não conseguir provar a verdade] nem encontrar um substituto para suas afirmações, das lógicas absolutas e reais da imaginação ( há menos que um dia as paralelas EUCLIDIANAS consigam se encontrar no infinito. Se isso ocorrer, o infinito deixou de existir, e as farsas escondidas deixarão de ser teoremas para serem possíveis verdades) até lá, veremos nascer defensores pseudo-categóricos de todas às imaginações possíveis do intelecto humano. É o esconderijo !!!

    7. na verdade, o sonho nada mais é do que um desejo reprimido ou ainda,a realização de algo que esta por vir, ou a realização de um sonho realizado.

    8. Gilberto Gualberto disse:

      O tema requer estudo para que as opiniões sejam bem fundamentadas e não simples dizeres do senso comum.

    9. Elizabete Carvalho disse:

      Muito bom esse artigo! Está me ajudando a entender ! Obrigada professor.

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