Você já se perguntou qual é a diferença entre a psicologia escolar e a psicologia educacional? Como essas duas áreas tem nomes muito parecidos, isso pode acabar confundindo quem não está tão familiarizado com as nomenclaturas.
Mas para quem deseja atuar em uma dessas duas esferas, é muito importante compreender as características e funções específicas de cada.
Portanto, se você tem curiosidade ou interesse em aprofundar seus conhecimentos nesse tema, continue lendo!
A seguir, vamos explorar as diferenças principais entre a psicologia escolar e a psicologia educacional e te explicar melhor a área de atuação de cada uma delas.
Qual é a diferença entre a psicologia escolar e a psicologia educacional?
A Psicologia Educacional é uma área teórica da Psicologia focada em compreender e aprimorar os processos mentais relacionados à aprendizagem. Esta subárea se dedica ao estudo e desenvolvimento de métodos que facilitam e melhoram a maneira como as pessoas aprendem.
Aqui, o foco está em analisar teoricamente o processo de aquisição de conhecimento, buscando estratégias que possam ser aplicadas para melhorar a educação.
- Área teórica
- Foca nos processos de aprendizagem
- Desenvolve métodos e estratégias de ensino
Por outro lado, a Psicologia Escolar é uma subárea aplicada da Psicologia que atua diretamente no ambiente escolar. O papel do psicólogo escolar envolve trabalhar de perto com alunos, pais, professores e demais membros da comunidade escolar.
Neste campo, o objetivo é aplicar na prática os conhecimentos teóricos da psicologia educacional para melhorar o aprendizado e o bem-estar dos estudantes no ambiente escolar.
- Área aplicada
- Foca na interação direta com alunos, pais e professores
- Aplica os conhecimentos teóricos no ambiente escolar
Embora distintas, as psicologias educacional e escolar estão intimamente conectadas. Para atuar como psicólogo escolar, é essencial ter uma base teórica sólida nos conceitos e métodos da psicologia educacional.
Esta base teórica permite ao profissional aplicar estratégias eficazes no ambiente escolar, considerando as necessidades individuais de cada aluno e a dinâmica da instituição de ensino.
Ambas as áreas são complementares e essenciais para melhorar a qualidade da educação. A Psicologia Educacional fornece o conhecimento teórico, enquanto a psicologia escolar traduz esses conhecimentos em ações práticas.
Juntas, elas contribuem para aprimorar a experiência educacional dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizagem mais eficaz e acolhedor.
Psicologia escolar de acordo com a lei
A importância da psicologia educacional ganhou maior destaque com a promulgação da Lei 13.935, em dezembro de 2019. Esta legislação estabeleceu a obrigatoriedade da presença de psicólogos e assistentes sociais nas instituições de ensino básico, tanto públicas quanto privadas.
Antes dessa lei, a discussão sobre a inclusão desses profissionais na educação básica não era tão ampla.
A Lei 13.935/19 especifica que:
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“Art. 1º As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais.”
O propósito principal desta lei é promover o desenvolvimento de ações que aprimorem tanto a qualidade do processo de ensino-aprendizagem quanto a convivência no ambiente escolar.
Isso inclui a identificação e o atendimento de necessidades específicas dos alunos, oferecendo suporte psicológico e social para um ambiente educacional mais inclusivo e eficiente.
Como a psicologia educacional atua?
1. Auxiliando os professores no manejo das dificuldades de aprendizagem
Frequentemente, os alunos enfrentam dificuldades que podem passar despercebidas pelo professor, já que não são de sua área de especialização. Então, aqui entra o papel crucial do psicólogo: ele auxilia os professores a compreender e lidar com os desafios psicológicos que os alunos enfrentam.
Isso é especialmente importante em casos de transtornos como o TDAH, onde o psicólogo pode orientar o professor sobre as melhores práticas para lidar com essas situações.
2. Fomentando um ambiente de aula saudável
Considerar o aluno de maneira integral envolve também pensar no ambiente de estudo. Portanto, um espaço de aula saudável, onde prevaleça a boa convivência, é essencial para estimular o aprendizado.
Além disso, o psicólogo tem um papel fundamental aqui, pois pode orientar o professor a criar um ambiente de sala de aula mais acolhedor e propício ao sucesso dos alunos.
3. Incentivando o interesse do professor no progresso do aluno
Para uma aprendizagem eficaz, é vital que o professor esteja genuinamente interessado no progresso do aluno. Então, isso inclui verificar se o estudante compreendeu o material e está acompanhando o conteúdo.
Além disso, o psicólogo pode ajudar o professor a perceber como seu interesse autêntico pelo aluno pode ser um diferencial no processo de aprendizagem.
4. Investigando soluções para desafios educacionais
O trabalho do psicólogo também envolve pesquisar soluções para problemas educacionais. Então, ao identificar questões no ambiente escolar, o profissional buscará estratégias para resolvê-las, considerando o que é melhor tanto para o aluno quanto para a instituição.
5. Desenvolvendo projetos em conjunto com os professores
O psicólogo escolar colabora estreitamente com os professores na elaboração de projetos educacionais. Atuando como uma ponte entre a escola, professores e alunos, este profissional cria projetos que consideram os aspectos psicológicos desses três elementos.
6. Acompanhando alunos com desafios de aprendizagem
É comum que alunos tenham dificuldades em aprender. Nesse contexto, a presença de um psicólogo capacitado é essencial para observar e intervir de maneira eficaz. Então, o psicólogo acompanha de perto esses alunos, oferecendo o suporte necessário.
7. Encaminhando alunos para outros atendimentos
Muitas vezes, problemas na escola têm origens externas. Por exemplo, um aluno com notas baixas pode estar enfrentando problemas de visão. Nesses casos, o psicólogo educacional identifica a questão e orienta a família a procurar o profissional adequado.
8. Propondo projetos de orientação profissional
Muitos estudantes sentem ansiedade ao decidir qual carreira seguir após o ensino médio. O psicólogo pode auxiliar nessa escolha, oferecendo orientação profissional e aplicando testes de interesses. Isso ajuda o aluno a ter uma visão mais clara de suas áreas de interesse, diminuindo a ansiedade e aumentando o foco nos estudos.
9. Orientando pais e responsáveis sobre o processo de aprendizagem
Por fim, aorientação aos pais e responsáveis sobre o desempenho escolar dos filhos é outra importante atuação do psicólogo escolar. Considerando que os alunos passam grande parte do tempo em casa, é fundamental que os pais estejam envolvidos no processo educacional. O psicólogo pode fornecer dicas sobre como incentivar o estudo em casa e manter um acompanhamento próximo do aluno.
Considerações finais sobre psicologia educacional e escolar
Enfim, a compreensão das diferenças entre a psicologia escolar e a psicologia educacional é essencial para quem deseja atuar nestas áreas.
Enquanto a Psicologia Educacional se concentra no estudo teórico dos processos de aprendizagem, desenvolvendo métodos e estratégias para aprimorar a educação, a Psicologia Escolar aplica esses conhecimentos teóricos no ambiente escolar, atuando diretamente com alunos, pais e professores.
Ambas as áreas são complementares e fundamentais para a melhoria da qualidade educacional, cada uma com sua especificidade e contribuição única.
Com a Lei 13.935/19, a relevância desses profissionais na educação básica foi reconhecida e fortalecida, estabelecendo a necessidade de serviços psicológicos e sociais nas escolas.
O psicólogo educacional, neste contexto, desempenha um papel vital, desde o auxílio aos professores até a orientação profissional dos alunos, passando pela colaboração no desenvolvimento de projetos educacionais e o apoio aos pais e responsáveis.
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