Hamlet, na minha opinião é uma das peças mais famosas do mundo, se não for a mais famosa, esse monólogo nos traz a famosa frase eternizada que todos nós conhecemos: “Ser ou não ser, eis a questão”, foi escrita entre 1599 a 1601 por William Shakespeare na primeira cena do terceiro ato nesta importante peça eternizada na história.
Essa peça serviu de base para vários estudos freudianos e atualmente está inserida entre uma das obras mais analisadas e interpretadas de toda a história da literatura mundial. As belas palavras tão utilizadas em diversas obras culturais como romances, filmes, músicas, enfim, tão reconhecida, possuindo um fundo filosófico profundo, será nosso objeto de estudo nesse artigo.
Conhecendo Shakespeare William e a frase “Ser ou não ser, eis a questão”
Shakespeare nasceu na cidade de Stratford-upon-Avon, Inglaterra, em 23 de abril de 1564. Seu pai John Shakespeare foi um grande comerciante e sua mãe chamava-se Mary Arden, filha de um proprietário de terra bem sucedido. Shakespeare foi considerado um grande dramaturgo inglês ao qual produziu diversas obras ou tragédias que ficaram eternizadas como “Hamlet”, “Otelo”, “Macbeth” e “Romeu e Julieta”, e hoje é tido como um dos maiores já existentes, assim também como grande poeta. Suas obras geniais e toda sua arte são divididas em 3(três) fases que retratam um grande amadurecimento desse talentoso escritor.
A primeira fase (1590 a 1602), onde escreve peças como Hamlet e Romeu e Julieta consideradas obras ou comédias alegres. Já na segunda fase (1603-1610, escreveu comédias amargas como Otelo. Já na última fase sua obra como A tempestade (1611) foi considerada menos trágica. Shakespeare também nos presentou com algumas frases marcantes, mostrando de uma forma clara a beleza da sua dramaturgia e de sua respeitada poesia.
- “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
- “A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõem.”
- “Os homens de poucas palavras são os melhores.”
- “Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.”
- “Ter um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente!”
A peça “Hamlet” e “Ser ou não ser, eis a questão”
Hamlet e a peça “Hamlet” carregava todos os valores impostos no Renascimento europeu, e sendo um importante monólogo chamado por muitos de uma obra ostensivamente filosófica, nos mostra um personagem chamado de Hamlet como príncipe da Dinamarca, ao qual carregava uma gama de desespero e solidão, com um certo teor cheio de enigmas nessa tragédia descrita por Shakespeare.
A frase em questão “Ser ou não ser, eis a questão”, nos traz a ideia que Hamlet queria dormir e sonhar, mas indaga se o sonho da morte não será um sonho como os outros, mas de alguma maneira rebelou-se contra o seu destino, com um grande sentimento de piedade apresentado. Essa dramática história nos mostra um encontro do fantasma de seu pai que grita por vingança contra seu próprio assassinato, pelas mãos de seu irmão.
Skakespeare nos traz célebres reflexões na frase do príncipe, como seu drama de consciência e toda a angústia em que estava vivendo em consequência da sua grande dúvida: vingar ou não seu pai! Seria essa então a grande questão?
Uma possível análise sobre: “Ser ou não ser, eis a questão”
Vou citar aqui só um pequeno trecho do monólogo que nos traz alguns importantes elementos para tentarmos entender o que Shakespeare quis nos dizer: “Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre Em nosso espírito sofrer pedras e flechas Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, Ou insurgir-nos contra um mar de provocações ….” Quando eu leio “Não ser” é algo que penso ser impossível para muitos. Mas a pergunta intrigante é a seguinte: Não ser como? Não ser o que? Não ser de que maneira?
Se procurarmos analisar cuidadosamente, já podemos dizer que não é tão simples como imaginamos, pois o fato de eu “não ser” pode estar ligado a fatores que posso não concordar pelo fato de que muitos tem apenas uma ideia de algo como por exemplo: não é feliz, não é legal, não é realizado, enfim, mas se estou neste mundo e vivo lutando e vencendo em todo o tempo o aceitar essa expressão ao meu ver é inviável, visto que defendo a ideia que não serei somente o dia em que não fazer mais parte deste mundo e não ter condições de produzir nada.
Penso que essa questão levantada em Hamlet, onde ele próprio se questiona sobre o existir e como viver com integridade e honestidade nos traz com isso a importância de nos conhecermos e lutarmos pelos nossos direitos, pois “somos” formadores de opinião e temos responsabilidades a seguir.
Considerações finais
“Ser ou não ser”, representa uma pergunta importante, mas quando a lemos pode ser relacionada a vários aspectos da nossa vida, como por exemplo a busca da felicidade, do autoconhecimento, fato hoje tão complexo de se buscar em meio a tantas dificuldades que temos passado. Uma interpretação mais contemporânea nos diz que “ser ou não ser” está ligado pensar e agir diante dos acontecimentos para ser feliz, o que saber para ter uma vida plena.
Defendo a ideia de que tudo o que nos traz medo. É bem verdade que aquilo que nos encanta é ao mesmo tempo aquilo que nos repele, pois na maioria das vezes tudo nos traz para junto de nós mesmos. Eis aí a grande questão. Precisamos, portanto, estar cada dia mais atentos, pois somos movidos diariamente à novas experiências e expectativas, buscando sempre uma direção.
Assim, de uma forma tão simples, é notório afirmar que SER ou não SER, não é uma questão de opção, mas sim de uma brilhante decisão feita com muita responsabilidade.
Referências
https://www.culturagenial.com/ser-ou-nao-ser-eis-a-questao/ – https://jornaldebarretos.com.br/artigos/ser-ou-nao-ser-eis-a-questao/ – http://www.filosofiacienciaarte.org – https://www.itiman.eu – https://www.paulus.com.br
O presente artigo foi escrito por Cláudio Néris B. Ferndes([email protected]).Arte-educador, Arteterapeuta, estudante de Neuropsicopedagogia e Psicanálise Clínica.
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3 thoughts on “O mistério na frase: “Ser ou não ser, eis a questão””
Ser ou NÃO ser; eis a questão; tem sido a pergunta mais idiota que o mundo tem feito até hoje; para fazer a pergunta você tem que ser; se quer a perguta NÃO teria existido. Quando ele faz a pergunta ele apenas quer dizer eu existo? Ou NÃO existo?. Sem delongas sem acrescimo sem invencionice. ) baixinha (.
Acho que não entendeu o texto… Releia!
SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO.