sobre a esquizofrenia

Sobre a esquizofrenia

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Entenda hoje sobre a esquizofrenia. Sempre que estivermos diante de alguém que apresente ideias sem nexos, muito discordantes do meio em que vive, como se estivesse em um estado o qual se aproxima daquilo que se conhece na psicanálise como delírio, e que esse comportamento acontece com certa frequência, acenda um alerta, pois isso pode ser um sinal de que esta pessoa esteja com esquizofrenia.

Entendendo sobre a esquizofrenia

Pode ser que em algum momento de nossas vidas tenhamos encontrado pessoas assim, já que a esquizofrenia se trata de uma psicopatologia mais comum de ser encontrada do que nós pensamos. Justamente por não ser uma doença rara, ela é considerada importante nos quadros de saúde pública.

Pode-se dizer que a esquizofrenia apresenta um grande número de sintomas, no entanto podemos destacar alguns mais importantes nesse primeiro momento: alucinação, delírios, perda de vontade, desordem na linguagem bem como no comportamento e baixo desenvolvimento cognitivo. Ao falarmos de alucinações, devemos nos concentrar nas alterações correspondentes aos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar.

Em geral, os relatos característicos, nesses casos, por parte das pessoas acometidas pela esquizofrenia, giram em torno de avistamento de pessoas e coisas acompanhadas de sons onde não se tem nada; ter sensações de cheiros diversos ou até mesmo de toques, como se alguém tivesse encostado na pessoa esquizofrênica, quando na verdade nada disso aconteceu.

Sobre a esquizofrenia e delírios

É muito comum, também, as pessoas acometidas por esse mal, dizerem ver vultos e ouvirem vozes de forma frequente. Agora falando de um outro sintoma, mais especificamente dos delírios, pode-se dizer que eles se apresentam quando uma determinada pessoa com esquizofrenia relata fatos ou situações que não existe comprovação.

Exemplo: pessoas assim acreditam ter dentro do seu corpo algum tipo de rastreador responsável por enviar sua localização para algum tipo de espião. Quando a pessoa se encontra em estado de delírio, ela acredita tanto nessas idéias que, mesmo se outros conseguirem comprovar que não há, de fato, um rastreamento, o esquizofrênico não se dará por vencido e refutará todas as evidências contrárias às suas ideias.

Vale destacar dentre os delírios, um outro também muito comum que são as famosas manias de perseguição onde a pessoa acometida acredita que seus familiares ou até mesmo ela, está sendo perseguida ou que exista um grande complô contra ela. A perda da vontade ou um certo desânimo diante das situações da vida também é um importante sintoma apresentado pelas pessoas esquizofrênicas.

Sobre os relacionamentos interpessoais

Essas pessoas costumam, em muitos casos, não esboçar reações, mantendo um olhar fixo para o nada como se estivesse completamente desconectada daquilo que está em volta. Há também uma perda do cuidado consigo, deixando de lado a higiene pessoal, a alimentação e como consequência os relacionamentos interpessoais.

Outras características importantes podem ser citadas com relação à linguagem e comportamento como manter uma aparência peculiar, rir e murmurar sozinho, assim como ficar sem se movimentar ou falar por um longo período de tempo, aparentando estar catatonico. Em outros casos apresentam estereotipias que consistem em fazer movimentos e posturas estranhas e, até mesmo, caretas.

No que diz respeito aos problemas cognitivos que uma pessoa esquizofrênica apresenta, podemos citar dificuldades em resolver problemas e um grande déficit de memória que podem ser consequências de um grau importante de dificuldade de atenção.

A frequência da esquizofrenia

Vale destacar também, outros aspectos importantes que merecem a atenção daqueles que convivem com pessoas acometidas por essa psicopatologia, sejam amigos, familiares e profissionais que lidam com a saúde mental: a esquizofrenia, na grande maioria dos casos, começa a se manifestar no jovem adulto em torno dos vinte a trinta anos, podendo ter algumas aparições em adolescentes.

A frequência varia entre períodos onde se manifesta de forma mais branda e outros onde os sintomas aparecem de forma mais forte e enquanto mais crises acontecem, maior é a evolução do problema. Isso implica em uma série de problemas que acabam influenciando na perda das habilidades de realizar pensamentos complexos e nas atividades laborais.

Infelizmente ainda não existe uma certeza de como a esquizofrenia surge na vida de uma pessoa. Os estudiosos atribuem uma série de fatores que vão desde a predisposição genética atreladas a outras questões referentes à conjuntura social em que o indivíduo está presente.

Fatores de risco

É importante ficar atento à alguns fatores de risco, os quais podem acabar contribuindo para que a esquizofrenia se manifeste em uma pessoas, como por exemplo complicações na gravidez e no nascimento, como:

– quadros de desnutrição e viroses;

– uso de drogas e

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    – presença de parentes com essa mesma doença, o que confirma a questão hereditária.

    Apesar desta doença aparecer, em alguns casos, de forma abrupta, o mais comum é ela vir de forma lenta e gradual, sem aparentar todos os sintomas os quais já foram citados anteriormente neste texto.

    Conclusão sobre a esquizofrenia

    Pessoas com esquizofrenia possuem um risco elevado de morrerem mais jovens do que as outras, pois estão mais propensas a desenvolverem problemas de ordem metabólicas e cardiovasculares, sem falar do risco de cometerem suicídio.

    É muito comum, por conta do distanciamento social que o esquizofrênico apresenta como sintoma, os familiares mais próximos acabarem não entendendo o motivo desse comportamento e se sentirem culpados.

    Quando esse tipo de atitude acontece, o mais importante é dar toda atenção e carinho e, também, procurar um profissional para que possa ser iniciado um tratamento.

    Este artigo sobre a esquizofrenia foi escrito por Humberto Santos de Andrade (e-mail: [email protected]; Instagram: @psicanalistah); sou psicanalista clínico pelo IBPC (Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica), especialista em Grafologia e Neuro Escrita.

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