tipos psicológicos

Os 2 tipos psicológicos

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Carl Jung ajudou a levantar um estudo valioso a respeito da construção personalizada da mente humana. De acordo com ele, um conjunto de processos básico se interliga para que assim se construa o caráter de uma pessoa. Hoje falaremos sobre os dois tipos psicológicos existentes e suas respectivas características.

Sobre os tipos psicológicos

No ano de 1921, Carl Jung entrega ao mundo a publicação Tipos psicológicos. Por meio dessa obra, tivemos em primeira mão um estudo sobre a identificação de processos psíquicos fundamentais. Não apenas conseguimos acessar a identificação deles, mas também a forma como eles se conectam e como isso impacta no caráter de alguém.

Assim, a obra deixou claro a distinção a respeito das ações básicas de um indivíduo e o alcance de suas dimensões. Nisso, surge a ideia de introversão e extroversão, porém, antes de chegarmos a essas definições, temos de compreender outros conceitos. A ideia de objetivo e subjetivo serve de ponte aqui para o entendimento final.

O conceito de objetivo nos remete a qualquer peça conectada com o mundo externo, o não-eu. Por sua vez, subjetivo indica tudo aquilo que caminha ao mundo interno. Ao entender isso, você pode observar que existe uma balança de equilíbrio na construção da personalidade humana.

Quais são os tipos psicológicos?

Os tipos psicológicos se dividem em dois, sendo eles a extroversão e a introversão. Ambos são resultados da construção psíquica do indivíduo ao longo de sua vida e do seu desenvolvimento.

Extroversão

Na extroversão, de acordo com Jung, a libido fica direcionada ao mundo exterior, fazendo o indivíduo ir na mesma direção. Com isso, os pensamentos, emoções e percepções direcionados às pessoas e animais ficam mais evidentes. O ambiente em que a pessoa está inserida também ajuda no direcionamento dessa força de forma tão perceptível.

Com isso, as pessoas extrovertidas se mostram mais comunicativas, abertas e à vontade no contato social. Dominam a situação em público porque também sentem prazer em fazer isso.

Introversão

A introversão segue o caminho oposto de extroversão, de modo que a energia sexual é enviada ao mundo interno da pessoa. Ou seja, todos os processos inteiramente conectados com o Eu são os beneficiários diretos de suas emissões. Consequentemente, fica difícil descrever com exatidão o que este guarda dentro de si.

Assim, os introvertidos se mostram mais reservados, cautelosos em público e até tímidos. Infelizmente, muitas pessoas interpretam esse comportamento como antipatia ou aversão ao público, o que não é verdade. Sua composição interna trabalha muito bem em direção a si mesma.

Objetivo x Subjetivo

Sobre os tipos psicológicos, abrimos uma discussão a respeito do material objetivo e subjetivo. Objetivo nos leva a um entendimento do que se conecta com o mundo externo, não-eu. Basicamente, se liga a tudo aquilo que é visual, palpável e facilmente encontrado.

Já o Subjetivo indica um processo voltado ao EU, à nossa parte interna e percepção pessoal. Com isso, fica mais sensível a cada processo psíquico que é conectado com a sua natureza pessoal. Desse modo, se a libido é enviada ao mundo exterior objetivo, vai englobar tudo aquilo que pertence a ele. Por outro lado, caso se volte ao mundo interno objetivo, cuidará de suas estruturas mentais e emocionais.

Máscaras

Algo bastante comum nos tipos psicológicos é a alternância deles dentro de um mesmo conjunto psicológico. Ou seja, uma pessoa extrovertida pode ser introvertida e vice-versa sem qualquer impedimento. Não existe uma linearidade inflexível que determine irremediavelmente a construção psicológica de alguém.

Entretanto, uma dessas atitudes sempre se mostrará dominante, já que é o traço que define sua personalidade. Podemos até arriscar e afirmar que não existe uma personalidade neutra na mentalidade humana. Ser introvertido ou extrovertido é o ponto de eixo ao qual seus processos mentais e sociais acontecem.

Contudo, de um modo geral, todos são extrovertidos e introvertidos até determinado ponto. Enquanto o consciente demonstra uma atitude, o seu inconsciente demonstra o oposto. Nisso, um introvertido consciente é um extrovertido inconsciente e vice-versa.

Funções psíquicas

No estudo dos tipos psicológicos, Jung estabeleceu algumas funções psíquicas. De acordo com ele, essas funções são recursos pelos quais a consciência se orienta rumo à experiência. São elas:

Pensamento

Pensamento se trata da função psicológica em interligar ideias para se alcançar uma conclusão. Após isso, uma solução para que um problema possa encontrar o seu fim. Faz parte da intelectualidade para que possa compreender as coisas por meio da objetividade, lógica e procura de resultados.

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    Sentimento

    A função sentimento trabalha como avaliadora, fazendo análise para a rejeição ou aceitação de ideias. Isso porque a mesma precisa definir uma ideia entre ela ser agradável ou não. Esse trabalho é realizado por meio da conciliação, afetividade, relações emotivas com os outros e cuidado com a subjetividade.

    Sensação

    Sensação é a percepção dos sentidos nas experiências conscientes que temos com eles, sendo a audição, visão, tato, paladar e olfato. Aqui se utiliza a percepção dos sentidos, realização e o senso da realidade.

    Intuição

    A intuição não faz um julgamento prévio porque nós não temos conhecimento de sua origem. Para muitos, também pode ser descrita como percepção extra-sensorial. Assim, se vale da imaginação, sexto sentido, criatividade, visão futurista e o encontro fácil de novas possibilidades.

    Ligamentos

    Nos tipos psicológicos, as quatro funções psicológicas acabam por se ligarem e se completarem de forma sequenciada. A sensação mostra que algo existe, o pensamento diz o que é isso, o sentimento diz se gosta ou não e a intuição mostra sua origem e destino.

    Embora todos tenhamos as quatro funções principais, uma delas toma naturalmente um posto maior que as demais. Assim, é possível observar uma função principal, que é aquela que te deixa mais confortável. Além destas, há ainda a auxiliar, terciária e a inferior. Essa parte inferior pede algo a mais da gente e consiste na interação da sombra.

    Equívocos

    Olhando os tipos psicológicos, notamos que o lado introvertido sofre mais com o julgamento precoce da sociedade. A orientação de indivíduos identificados nesse lado causa uma interpretação errônea nos que desejam uma postura contrária. Assim, ficam com uma imagem injusta de extrema reserva e antissocialismo.

    Considerações finais sobre tipos psicológicos

    Os tipos psicológicos definem as construções e emissões internas de nossas mentes. Por meio deles podemos estabelecer as diretrizes do nosso comportamento e como isso rege a nossa vida. Vale lembrar que esse processo não é feito de forma linear e permite inversões em algumas ocasiões. Quem é extrovertido pode ser introvertido e vice-versa, mas isso não anula o fato de serem predominantemente um dos dois.

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