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Transtorno Dissociativo de Identidade: definição e sintomas

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transtorno dissociativo de identidade é uma grave doença mental, onde a pessoa age como se fosse duas ou mais pessoas distintas. Ou seja, pessoas com comportamentos, sentimentos, emoções, memórias, totalmente diferentes. Várias pessoas em um mesmo corpo, essa é uma simples definição de quem sofre deste distúrbio mental.

Quem sofre desta doença não tem domínio sobre si, comumente se sentido perdido em meio a realidade. Ocorre como uma forma de fragmentação da identidade pessoal, onde em meio às “alterações das pessoas”, não se lembra de nenhum dos fatos. Embora pareça irreal, o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) não existe somente em filmes. Esta rara doença, de difícil diagnóstico, existe e possui tratamentos adequados para seu controle, ainda que não tenha cura.

O que é transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade, antes chamado de personalidade múltipla, a pessoa sofre de um processo de fragmentação de identidade. Ou seja, em uma mesmo corpo são manifestos fragmentos de personalidades. Sendo que a pessoa acometida se esquece das variantes dessas identidades.

Dentre as características principais do doente, está as contantes alterações no padrão comportamental. Sendo que estes comportamentos são completamente diferentes.

Em suma, as identidades surgem como se fossem diversos personagens, como atores em diversos papéis. Mas no transtorno dissociativo de identidade, a pessoa assume as personalidades de forma inconsciente, que, em sua mente, cada uma é real.

Há uma dissociação mental em razão da ausência de conexão que o indivíduo traz com sua personalidade “real”. E essas identidades geralmente são totalmente diferentes, como em faixa etária, gêneros e outras particulares. Como, por exemplo, uma das identidades precisarem utilizar óculos de grau.

Formas do transtorno dissociativo

O transtorno dissociativo de idade se apresenta em várias graus, onde a pessoa possui 2 ou mais estados de personalidades que se alternam em seu corpo. Comumente essas identidades ficam mais perceptíveis quando a pessoa está sob extremo estresse.

Vê-se que esta fragmentação de identidade leva a pessoa à amnésia assimétrica, pois o que conhecido por uma identidade não o é pela outra. Em alguns casos, as personalidades conhecem e interagem com as outra, com um mundo fechado, interno.

Nesse sentido, estudos demonstram que o transtorno dissociativo de identidade se apresenta em duas formas:

Possessão

As personalidades manifestam-se como se um agente externo tivesse assumido o controle sobre o corpo, como algo sobrenatural. Assim, este agente a conduz a comportamentos estranhos ao seu eu verdadeiro. E esta mudança de personalidade é facilmente perceptíveis aos outros.

Esta identidade alternativa é indesejada pela pessoa, surge de forma involuntária, causando grande angústia a quem está ao redor. Tendo em vista que o comportamento é sobremaneira destoante de suas realidades sociais, culturais e religiosas.

Em síntese, na forma “possessão”, as múltiplas personalidades são facilmente perceptíveis, onde a pessoa assume uma forma diferente, como se outra pessoa estivesse assumindo o seu lugar. Como, por exemplo, alguém que já morreu ou, a quem acreditar, como se fosse um espírito sobrenatural que entrou em seu corpo.

Não Possessão

Por outro lado, o transtorno dissociativo de identidade, na forma de “não possessão”, é menos perceptível aos outros. Se nota uma alteração repentina no comportamento de sua própria identidade, observáveis por alterações de fala, emoções e atividades. Não advindo, então, de um agente externo.

Quem sobre TDI desta forma, demonstram como uma despersonalização, se sentem desconectados da realidade. Como se estivessem assistindo a um filme, com diversos personagens, dentro de sua cabeça, o qual não conseguem controlar.

Assim, acabam por ter impulsos e emoções que, notadamente, não pertence à pessoa, com pensamentos confusos ou com outras vozes. Como, por exemplo, se uma das identidades que for irritada, ao se manifestar, em um seu cotidiano, poderá surtar, inesperadamente, com seus amigos, sem nenhum motivo aparece, o que não seria de seu perfil.

Sintomas de transtorno dissociativo de identidade

O principal sintoma é a amnésia, há cercas lacunas em eventos pessoais. Como, por exemplo, a pessoa verifica escritas à mão as quais não reconhece como suas, ou é vista em locais que não se recorda de ter frequentado.

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    Além disso, são sintomas característicos de quem sobre de transtorno dissociativo de identidade:

    • dificuldade de identificação, como se olhar no espelho e ver outra pessoa;
    • não consegue estabelecer uma rotina ao seu dia;
    • episódios de alucinações, como ouvir vozes;
    • mudanças comportamentais frequentes;
    • angústia crônica;
    • pensamentos suicidas;
    • desmaios e pseudoconvulsão;
    • se sente como não pertencente ao mundo em que vive;
    • lapsos de memória;
    • sensação de estar “fora do corpo”.

    Causas do transtorno dissociativo de personalidade

    Especialistas relacionam o transtorno dissociativo de identidade, em sua maioria, a traumas sofridos na infância. Como, por exemplo, abusos sexuais, psicológico ou agressões físicas.

    Dessa forma, as crianças desenvolvem outras personalidades para que, assim, possam se destoar da realidade vivida, como uma autodefesa para conseguir suportar sua dor.

    Além disso, pode ser causa do TDI a ausência de ligação afetiva com um adulto, sem um laço de confiança emocional.

    Como é o tratamento do transtorno de identidade?

    Infelizmente não há cura para o TDI, mas há tratamentos eficazes para o controle da doença, para que as múltiplas personalidades possam ser transformadas em uma.

    Nesse ínterim, os tratamentos mais adequados são psicoterapias. Também, atendimento por médico psiquiatra, que prescreverá medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos, visando o alívio dos sintomas do TDI.

    De antemão, a prioridade ao paciente é estabilizá-lo, para que se sintam seguros ao tratamento, antes mesmo de se investigar as causas do transtorno dissociativo de identidade. Nos casos mais graves, é necessária a hospitalização do paciente, para poder ser monitora pelos psiquiatras e terapeutas.

    Em resumo, os tratamentos mais recomendados para quem sofre de transtorno dissociativo de identidade são:

    • sessões de terapias: como psicoterapia psicanalítica;
    • prescrição psiquiátrica de farmacológicos;
    • sessões de hipnose.

    Portanto, como vimos, mesmo não tendo cura, o transtorno dissociativo de identidade pode ser controlado com um tratamento adequado. Para que, assim, a pessoa possa retornar à sua realidade, transformando todas personalidades em uma só.

    Se você teve alguns desses sintomas ou tem alguém próximo, procure ajuda de um profissional da saúde mental. Ele conseguirá encontrar as causas e aplicará as técnicas necessárias para um tratamento correto.

    Por fim, gostaria de saber mais sobre como a mente humana funciona e como a psicanálise pode ajudar no tratamento das doenças mentais, conheça nosso curso de formação em psicanálise clínica. Com ele você conseguirá aprimorar o autoconhecimento. Além disso, melhorará os relacionamentos interpessoais, pois entenderá como funciona a mente e poderá proporcionar um melhor relacionamento com os membros da família e do trabalho.

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    3 thoughts on “Transtorno Dissociativo de Identidade: definição e sintomas

    1. Reinaldo Santos de Medeiros disse:

      Venho acompanhando todas as informações concernente ao tema saúde mental e tendo como conteúdo a ciência da psicanálise explicada através de alguns tópicos exibidos por essa instituição. Não desejo me diplomar, contudo desejo me certificar, pois, mesmo não tendo efetuados estudos na área atuo como se tivesse tido. Nesse sentido minha pergunta é a seguinte: Qual duração do curso? Quando é feita a prova final? Toda a abordagem se vincula aos transtornos mental que se relacionam com o inconsciente do acometido numa relação atemporal? Por favor, desejo obter respostas as indagações para saber se estou apto a fazer o curso. Muito obrigado por nos oferecer possibilidades de especialização na área abordada.

    2. Nádia Aparecida Binhame disse:

      Muito bom essa matéria sobre TDI bastante esclarecedor, eu nunca tinha ouvido falar dessa síndrome.

    3. Mizael Carvalho disse:

      Muito bom artigo! O somatório de conhecimentos que adquirimos através dos artigos acerca da psicanálise é maravilhoso. Parabéns!

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