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Entendendo Psicanálise: autores e conceitos

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O termo Psicanálise foi empregado pela primeira vez em 1896 por seu criador Sigmund Schlomo Freud (1856 a 1939). Continue a leitura entendendo psicanálise .

Quem foi Sigmund Freud?

Sigmund nasceu em Freiberg, no Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856 e aos quatro anos de idade passa a morar em Viena. Aos dezessete anos Sigmund Freud entrou na faculdade de medicina e desde então os seus estudos foram direcionados para a o sistema nervoso pois já era de grande interesse saber sobre as enfermidades que acometiam a mente e quais os métodos de tratamento utilizados.

Em 1881 ele se forma e se torna especialista em Neurologia. Concluiu seu mestrado em Neuropatologia em 1885 e ganhou uma bolsa para uma especialização em Paris com o neurologista francês J. M. Charcot.

Através da hipnose para o tratamento de pacientes com distúrbios nervosos, Charcot induzia uma alteração no estado de consciência do paciente para desenvolver uma atenção focada e a consciência periférica com menor atividade e isso resulta em uma maior capacidade de resposta à sugestões dadas pelo profissional a fim de que o paciente revelasse qualquer fato relacionado ao sintoma apresentado.

Entendendo a Psicanálise e a influência de Charcot

Charcot usava a técnica de hipnose para facilitar que o paciente trouxesse do fundo da memória fatos que poderiam estar relacionados com o evento neurológico pois acreditava que, quando o paciente falava sobre eventos que tinham ligação com o trauma, ele por si só melhorava.

Quando Freud volta de Paris ele começa a tratar os pacientes com a técnica que nomeou de sugestão hipnótica e ainda não convencido de que a hipnose seria a única forma de acessar o conteúdo oculto que provavelmente houvesse ocasionado o trauma.

Entendendo a Psicanálise e a influência de Josef Breuer

Ele começa uma linha de trabalho com Josef Breuer (1842 – 1925) que estava conseguindo resultados positivos com a uso da fala do paciente.

Eles começam a trabalhar juntos e assim surge a catarse, método pelo qual o paciente fala sobre sentimentos e emoções de forma livre, mais tarde classificado como associação livre.

Psicanálise e a Catarse

A Catarse, como descrita no Dicionário de Psicanálise de Roudinesco (1998), é uma palavra grega utilizada por Aristóteles para designar o processo de purgação ou eliminação das paixões que se produz no espectador quando, no teatro, ele assiste à representação de uma tragédia e quando Freud e Breuer relataram os casos de histeria trouxeram o termo para representar o processo: método catártico o procedimento terapêutico pelo qual um sujeito consegue eliminar seus afetos patogênicos e então ab-reagi-los, revivendo os acontecimentos traumáticos a que eles estão ligados.

Já a associação livre era o meio pelo qual o paciente revelava, embora sem que ele tivesse consciência do fato, os afetos, as lembranças e as representações.

Mas para isso, Freud acreditava que o paciente deveria se comprometer em se deixar levar pelos pensamentos e ideias que fluem sem fazer julgamento moral e ético deles.

Freud e o tratamento pela fala

Todos esses movimentos foram precursores da Psicanálise que é o termo criado por Sigmund Freud, em 1896, para nomear um método particular de psicoterapia (ou tratamento pela fala) proveniente do processo catártico (catarse) de Josef Breuer e pautado na exploração do inconsciente.

Com a ajuda da associação livre, por parte do paciente, e da interpretação, por parte do psicanalista como descrito no Dicionário de Psicanálise de Roudinesco (1998). À partir de então, Freud e Breuer seguem trabalhando juntos e escrevem um livro intitulado: Estudos sobre a histeria (1893-1895).

Muitos atribuem esse escrito como sendo a obra que fundou a Psicanálise. Nele são relatados os casos de cinco pacientes, incluindo o famoso caso de Anna O., onde os dois médicos discutem que as neuroses, chamada na época de histeria, que segundo eles, a histeria se manifestava em decorrência de angústias, somatizações e alucinações que foram em algum momento reprimidas e sufocadas no interior da mente.

Fundamentando e entendendo a Psicanálise

No mesmo ano, em 1895, ao aprofundar cada vez mais os estudos sobre os transtornos psíquicos da histeria, Freud e Breuer começam à divergir. Para Freud, os elementos psíquicos sexuais influenciavam nos processos neuróticos mas Breuer defendia que a explicação estaria na abordagem filosófica e não sexual.

A hipnose também foi outro ponto de discordância entre os dois pois Freud começou a questionar e acreditou que o método hipnótico nem sempre tinha sucesso e muitas vezes gerava resistência, ocasionando até mesmo o retorno de alguns sintomas.

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    À partir de então, Freud começou a trabalhar apenas com a cura pela fala, intensificando os estudos e fundamentando a Psicanálise.

    Considerações finais

    No ano de 1900 surge pelas mãos de Freud o livro A interpretação dos sonhos como sendo o grande livro de fundação da psicanálise.

    Nessa obra, Freud traz uma nova teoria à respeito da natureza humana com temas relacionados ao desejo inconsciente, à sexualidade infantil, o conceito do complexo de Édipo e o trabalho com os Sonhos sendo o que chamou de “alicerce mais seguro da Psicanálise” pois, metaforicamente, diz-se que os sonhos são uma janela para o conteúdo inconsciente.

    O presente artigo foi escrito pela autora Alana Carvalho [[email protected]], estudante de Psicanálise Clínica. Trabalha como terapeuta Reikiana e o curso de Psicanálise está expandindo seus horizontes e ajudando com o processo de autoconhecimento acima de tudo.

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