Inicio o tema com definições e conhecimento da técnica sobre a hipnose na psicanálise. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
A hipnose na psicanálise
A hipnose se refere a alguns procedimentos e técnicas para que o paciente consiga um profundo relaxamento muscular através da respiração profunda e simultaneamente seja capaz de acessar os próprios conteúdos internos escondidos ampliando a atenção e concentração e diminuindo a consciência de tal modo que o individuo possa ser sugestionado ou induzido pelo terapeuta. Antes de chegar a este estágio da hipnose ocorrem outros procedimentos preliminares necessários.
O cérebro durante a hipnose reduz a conexão entre as partes responsáveis por julgar certo e errado, verdadeiro ou falso. A hipnose pode modificar padrões conscientes do individuo e induzir sua atenção e concentração para seus pensamentos e assim, intensificar a atividade do cérebro para cura ou tratamento auxiliar de doenças físicas e mentais como insônia, fobias, ansiedade, estresse, perdas por morte, obesidade, comportamento e seus desvios, etc.
O tempo necessário para uma hipnose é indefinido, pois, não existe um tempo fixo ou pré-determinado para o inicio e fim da terapia. Verifica-se na pratica que a hipnose pode durar uma hora ou até cinco horas e deve ser realizada por um profissional capacitado: um especialista, psicólogo, hipnoterapeuta, psicanalista, psiquiatra. (Observação: para exercer a hipnose, o terapeuta deve realizar uma capacitação em média de cem horas aula, segundo pesquisas).
O desenvolvimento da hipnose na psicanálise
Há relatos que a hipnose cientifica surgiu entre 1795 a 1860, segundo James Braid,. James Braid que escolheu o termo hipnotismo (do grego hipnos = sono), para descrever o procedimento de indução ao estado hipnótico, James Braid foi um médico escocês que ao induzir o paciente a um estado de sono e transe optou por um nome ao procedimento e assim surgiu o termo hipnose para descrever o fenômeno.
Porém, a hipnose foi desenvolvida e resultou em aperfeiçoamento da técnica de modo que é aceita pelo Conselho Federal de Psicologia e vem sendo desmistificada cada vez mais, Atualmente, o profissional com a formação do hipnoterapeuta é exercida por aquele que se capacita, por psicólogos e psiquiatras, estes entenderam que há necessidade de se estabelecer uma comunicação com o interior do paciente usando assim a hipnose para este acesso.
Atualmente, há muita oferta de cursos para formação do hipnólogo e uma grande demanda para atuação na área do conhecimento. O hipnólogo, por meio de técnicas específicas, gravam comandos no subconsciente do paciente e esse método é diferente de outros tipos de hipnose existente.
O inconsciente e a hipnose na psicanálise
Sendo assim, temos que esclarecer ao leitor que hipnose não se trata de ficar fica inconsciente durante o processo e sim como qualquer outra terapia é um trabalho do paciente junto com o terapeuta. Como o tema é abrangente e poderá ser investigado e aprofundado pelo leitor. Na psicanalise, o método utilizado pela hipnose clinica segue o respeito pela individualidade, isto é, há respeito pelas características individuais dos pacientes.
O psicanalista que pratica a hipnose instrui e conduz o paciente a se concentrar profundamente até que o mesmo se coloque em contato consigo mesmo; o que se espera então como resultado é usar os recursos do subconsciente para tratar a causa da aflição. A experiência que Freud teve com a hipnose é muito interessante; o cientista usava a hipnose para o alivio dos sintomas buscando investigar as vivencias do analisado, convidava o paciente a falar.
Consta nas pesquisas que Freud sabia que tinha limitações na técnica e ajudou a popularizar a Hipnose por todo o mundo antes de criar a psicanálise. De fato Freud relatou que da hipnose, não era ela totalmente eficaz.
O “Caso Ana”
Essa conclusão surgiu; especialmente no “Caso Ana”, quando Freud pode perceber claramente que a sugestão oferecida pela hipnose não se mantinha por muito tempo. Os sintomas e angustias voltavam. E mediante a sua grande insatisfação com a hipnose era que ele via que através da hipnose ele não entendia qual era a raiz do problema de seus pacientes. Foi assim que decidiu se aprofundar em outras técnicas como a associação livre.
Em resumo na psicanalise, a hipnose segue os seguintes preceitos: o psicanalista conduz o analisado até um estágio de consciência que aceite sugestões sem resistência, com calmaria e quietude tranquilidade; ao mesmo tempo o terapeuta se usa a associação livre. Na psicanalise não se pretende alterar o estágio da consciência e sim dar incentivos ao paciente a falar o que quiser. em posição de conforto , relaxamento muscular , ambiente calmo e silencioso.
Geralmente se pede ao paciente que feche os olhos, Os psicanalistas podem ou não adotar a hipnose como um método; há profissionais que o fazem por dominar a técnica e outros que seguem por outros métodos oferecidos.
Relatos sobre a hipnose na psicanálise
Através de pesquisas sobre o tema, especialmente em áreas de conhecimento da hipnose podemos relatar:
- a hipnose não é meditação por terem objetivos diferentes
- transe e sono profundo são condições diferentes pois em transe a pessoa não dorme
- A hipnose não é um estado de inconsciência e sim uma consciência alterada com foco na atenção
- o hipnoterapeuta é um facilitador e não interfere na vontade do paciente e nas mudanças que deseja fazer em sua existência
- A hipnose não controla a mente do paciente e sim ajuda a pessoa a dar um novo significado a uma experiência vivid
- Na hipnose não se apaga a memoria do paciente e sim auxilia a pessoa a recordar de momentos esquecidos que causam sofrimento .
Outras curiosidades sobre hipnose: A hipnose nos EUA é regulamentada há mais de 30 anos desde o feito pelo psiquiatra Milton Erickson que criou um método personalizado para aplicar a técnica; historiadores relatam que a hipnose é utilizada na África, Austrália há centenas de anos; há registros de que o cirurgião James Esdaile, que viveu entre os anos 1808 e 1868, substituiu o uso da anestesia pela hipnose em mais de três mil cirurgias.
Bibliografia e fontes
https://sociedadeinteramericanadehipnose.com/blog/hipnose-na-pratica-um-guia-com-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ Neurociência da Hipnose, por Pedro Ivo; Hipnose Clínica. Teoria, Pesquisa e Prática por Mário P. Simões (Autor), José M. Marto (Autor); Hipnose e psicologia clínica: retomando a história não contadahttps://doi.org/10.1590/S0102-79722006000300002, Freud e a Hipnose: https://super.abril.com.br/especiais/a-hipnose-contra-a-histeria/ O que é ser um hipnoterapeuta? https://omnihypnosis.com.br/formacao-completa-em-hipnoterapia/?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=omni-cauda-longa-hipnoterapia&utm_content=548600871578&utm_term=curso%20hipnoterapeuta&utm_source=&utm_campaign=&utm_adgroug=&utm_ad=&utm_keyword=curso%20hipnoterapeuta&utm_matchtype=b&utm_device=c&gclid=CjwKCAjw_L6LBhBbEiwA4c46ui8LH5MabrGQF1T4eyCT6qseqLhZEV8i5OOaVO2WXOpxEjW4GMHaeBoCr8sQAvD_BwE O desenvolvimento da regra fundamental na obra de Freud: da hipnose à associação livre* Isolan L. O desenvolvimento da regra fundamental na obra de Freud: da hipnose à associação livre. Rev. bras. psicoter. 2015; 17(3): 47-62
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O presente artigo foi escrito por Gladis Matteo ([email protected]), nascida em Campinas década de 60. Se dedicou a arte de instrumento musical , teatro e dança . Cursou Engenharia e se dedicou ao ensino técnico por 12 anos. Autodidata desde 1985 , no estudo da mente, religiões, crenças, psicologia . Atualmente aluna do curso de psicanalise clinica .