homoerotismo

Homoerotismo: interpretação de um sonho pela psicanálise

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O presente artigo trabalha com o homoerotismo e com o relato de um sonho de um paciente em análise e sua interpretação com base na obra de Sigmund Freud. A interpretação foi feita com base em material recolhido em clínica e cedido pelo analisando.

O método empregado foi o estudo de caso neste texto sobre o homoerotismo. Os resultados analisados, deslocamentos e repressões de sentimentos, servem para esclarecer através da exemplificação as teses de Sigmund Freud acerca da natureza psíquica do onírico como uma chave para a compreensão do inconsciente.

A análise de Giovanni M.

No dia 25/07/2020 , o analisando Giovanni M.(nome fictício) trouxe para a análise um sonho que o perturbou profundamente. O paciente tinha dezoito anos a esse tempo e, pela primeira vez , vivenciava um “relacionamento saudável e estava feliz como jamais estivera até então” (relatos do analisando).

Deve-se considerar que tal paciente já estava em processo de constante análise e autoanálise há cerca de um mês e meio e muito se pudera observar de seu comportamento, conforme se segue escrito. O sonho em si, deve-se dizer, se apresentou à guisa da ponta de um iceberg .

Sobre o homoerotismo, nessa sorte, puderam-se analisar diversas construções inconscientes presentes na vida psíquica do jovem e que, com efeito, obstavam o progresso de sua saúde psíquica.

O conteúdo latente e o homoerotismo

O conteúdo do sonho se ligava intimamente com dois períodos importantes da vida do paciente: seu ensino médio na escola C e na escola F. Conste que o analisando estudou por oito anos na primeira instituição. Não obstante, seus vínculos a ela e a seus estudantes eram praticamente nulos, enquanto que na segunda, onde ele estudara apenas um ano eram longos e significativos. Além disso, durante seu período na escola C , ele descobriu sua homossexualidade, fato este que gerou um grande sofrimento devido à sua dificuldade de auto aceitação.

Nesse período, o jovem vivenciou diversas paixões platônicas e manteve-se absolutamente desvencilhado da realidade, mergulhando constantemente no mundo da fantasia . Tal processo , claramente, pode ser classificado como uma sublimação e o fato do rapaz haver desenvolvido depressão severa no mesmo momento de sua vida em que se dedicou fervorosamente à escrita e à poesia apenas coaduna para reforçar tal afirmação. Segundo Giovanni M. relatou, sua obra escrita até o presente momento era de cerca de 186 livros escritos de volume e temática variável, sendo que , destes , pelo menos, 17 remetiam à segunda metade do ano de 2015 .

Este ano, em específico, foi a data em que o paciente assumiu sua homossexualidade . O mesmo paciente definiu semelhante época de sua vida como : “O Ano Perdido”. O rapaz possuía cerca de um metro e setenta e cinco centímetros e quarenta e seis quilos. Ou seja, seu peso era sobremaneira abaixo do normal, malgrado ele não se queixasse há , pelo menos, um ano de falta de apetite.

O conteúdo manifesto e o homoerotismo

Infelizmente, devido à censura psíquica, o sonho foi inacessível em sua integralidade, de sorte que somente pudemos analisar alguns fragmentos. Estes seguem-se transcritos a seguir com leve modificação a título de conferir-lhes maior coesão : Eu (Giovanni) estava , a princípio no pátio da minha antiga escola e era fim de tarde. Eu queria sair, mas meus passos estavam pesados , então decidi que pegaria um uber para ir para a casa da minha avó, que ficava perto de lá.

De repente, então, eu me vi no ônibus junto com um rapaz chamado E.B., por quem fui apaixonado no meu terceiro ano do ensino médio, quando estudei em F. No entanto, jamais havia falado com ele. De volta ao sonho , uma vez no carro, nós nos beijamos e a impressão física do beijo foi extremamente realista. Aconteceu, então, que chegamos até a casa onde minha avó vivia e eu o chamei para ir à minha casa com objetivo de consumar a paixão.

Nesse instante, porém, me lembrei de meu namorado e tive um impulso de abandonar a intensão. Subitamente, me vi na casa de minha avó e não me recordo do que houve depois; apenas que acordei sobressaltado e com a impressão de haver traído meu namorado. Além do revelado durante a fala do analisando, pode-se observar um firme senso de traição e um concomitante temor pela mesma ideia.

Uma ansiedade persecutória

O jovem permaneceu em semelhante estado por todo o dia , até que, no dia seguinte, seu desconforto principiou a dissipar-se. Pode-se aduzir disso uma dificuldade em separar o real do psíquico e o imaginário, algo tipicamente presente durante a primeira infância, como descrito por Melanie Klein em sua obra El Destete, na qual a autora aborda com maior profundidade a ansiedade persecutória manifesta nas figuras do Seio Bom e Seio Mau.

Percebeu-se, entanto, uma imaturidade psíquica , tal que sugeriu-se uma fixação na primeira infância. Sugere-se uma má resolução do Complexo de Édipo ,que gerou um princípio de psicose. Semelhante tema, no entanto, não pôde ser mais explorado em razão do curto período de análise do jovem . Assim sendo, limitam-se as especulações por ora.

Homoerotismo: a análise do sonho

Diante do cenário que se apresentou, indaguei ao analisando o que E.B. houvera significado para ele , ao que o jovem respondeu que apenas haviam conversado uma vez e nada além disso, de sorte que a relação era absolutamente platônica. Assim sendo, me aprofundei mais, perguntando-lhe em que E.B. o fazia pensar, deixando-o falar livremente . Também perguntei o que mais lhe atraía nele. A resposta foi : Faz-me pensar em juventude .

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Na verdade, nôs nos parecíamos fisicamente, mas ele era bem mais cuidadoso com a aparência. Isso tornava ele mais bonito. Ele estudava no 2° ano do ensino médio enquanto eu era do 3°. Tínhamos, porém, a mesma idade porque eu era um ano adiantado. Me lembro que tínhamos uma amiga em comum, mas isso nunca foi suficiente para que nos aproximássemos. Uma vez, para comemorar a chegada do ENEM todo o colégio , que era pequeno, mas de alto nível, levou todos nós para um clube com piscina.

Foi a primeira vez que fui a um lugar assim com minhas amigas, pois sempre fui muito tímido. Ele estava lá também e…me senti estranho por ter sentido uma grande atração por ele vendo-o sem camisa. Talvez seja algo puramente físico. Diante dessa fala, supôs-se que o paciente pudesse estar racionalizando a questão, o que dificultava a análise. Assim, pediu-se para que ele discorresse mais sobre esse tema, conduzindo-o suavemente com a seguinte questão: -Ele é, então, como uma versão mais atraente de você?- A resposta foi um hesitante “sim”.

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    Giovanni e o narcisismo

    Considera-se, destarte que Giovanni pode estar fixado em um narcisismo ligado ainda à auto erotização. O fato dele ser um autista leve ( antiga Síndrome de Asperger ) colabora para essa conclusão. Nesse sentido, seu impulso erótico se centra objetivamente em um desejo canibalístico (descrito especialmente no livro O Futuro de Uma Ilusão , de Sigmund Freud) de absorver a outrem e , assim , assimilar suas qualidades. Nesse caso, em específico, a questão sexual parexe pesar fortemente no sentido de haver um desejo de sentir-se desejado pelo outro.

    Além disso, a casa da avó teve sido uma figura muito presente nos sonhos do paciente, cenário este onde ele passou grande parte de sua infância. Tal cenário parece remeter a uma estrutura de afeto conhecida , o que remete ao padrão de rejeição de platonismo característicos de boa parte das paixões de Giovanni. Além disso , o início do sonho parece conotar um sentimento de incapacidade (para o amor?) expresso na dificuldade para andar. Ainda segundo esta perspectiva, o analista propôs ao paciente que discorresse sobre o sentido do amor romântico em sua vida.

    Sobre o homoerotismo, o objetivo de tal atividade foi trazer à tona os conceitos e experiências inconscientes relacionados ao afeto familiar , a visão do outro e a visão de si mesmo. A resposta de Giovanni foi : Penso que o amor é algo que se constrói , não algo súbito. Ninguém nasce predestinado a outrem, mas podemos construir uma relação sólida com base em respeito e compreensão mútua. Infelizmente, porém, eu nem sempre pensei assim.

    O resgate do sofrimento no homoerotismo

    Por muito tempo, esperei que alguém viesse me resgatar do meu sofrimento e acho que por isso mesmo eu tive muitos problemas com paixões platônicas e relações sem futuro. Me lembro que , no meu segundo ano do ensino médio, havia um menino chamado D. e que me despertou o sentimento mais forte que eu havia provado até então. O que aconteceu, porém, foi, na verdade, muito triste.

    Eu nem sei como, mas me apaixonei por ele por um relato de sua prima. Ela me havia contado sobre uma violência terrível que ele teria sofrido na infância e eu decidi escrever uma carta para ele , convidando-o para almoçar. Ele recebeu, leu , veio até a porta da minha sala e foi embora sem falar comigo. Algo parecido aconteceu dois anos depois, com um jovem chamado A.

    Nós estudávamos na mesma sala na faculdade e , depois de um único beijo, toda minha vida se transformou em um ciclo de autodestruição apaixonada. Esse novo relato realçou uma hipótese até então incógnita em relação à relação de Giovanni com outrem. O jovem parece apresentar um desejo de ser visto e desejado com alguém quase messiânico no âmbito amoroso .

    O Complexo de Édipo

    Ele mesmo chegou a descrever mais dois casos em que se portou como “psicólogo” de algumas pessoas com quem estivera em encontros. A relação do jovem com suas amizades também se mostrou repetitiva nesse mesmo sentido : no qual ele sempre ajudava a outrem e recebia pouco ou nenhum auxílio de diversas amizades. Desse modo, pode-se supor que o jovem possa, na realidade, estar repetindo um padrão com o objetivo de desvencilhar-se uma culpa relacionada a seu Complexo de Édipo; quiçá advinda da mesma dualidade (Seio Bom versus Seio Mau).

    Somado a isso e o homoerotismo, o analisando mostrava-se fortemente ligado a figuras femininas de proteção , como sua avó (materna) e sua mãe. Além disso, Giovanni relatou durante a Associação Livre que sentia uma grande culpa advinda de um acontecimento de sua infância. O fato se dera quando ele contava com oito anos e seus pais haviam declarado que se haviam separado. A mãe, então, chamou-o para ir embora de sua casa e ir para a de sua avó e o jovem optou por ficar naquele dia com seu pai em sua casa.

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    No homoerotismo, o pai, cite-se , havia traído a mãe e o menino sabia disso. Com efeito, esse fato produziu significativo peso no inconsciente do jovem alimentando uma fantasia ainda mais antiga de que ele abandonara sua mãe . Semelhante fantasia gera uma grande dor e parecia seguir sendo alimentada pela constante reafirmação pela mãe e pela avó de que ele, um dia, as trocaria e abandonaria por um cônjuge. Pode ser que este seja um dos princípios da fantasia angustiante gerada no inconsciente de Giovanni e que obsta seu relacionamento com outrem até o presente. Tudo isso, mostra uma fragilidade emocional e ausência de uma autoestima elevada, algo que necessita de maior cuidado em terapia.

    Considerações finais sobre o homoerotismo

    Com base , destarte, em todo o conteúdo apresentado , enumeram-se, a seguir algumas conclusões acerca do presente caso. A priori, pude observar uma presente fixação do jovem em um desejo de autocontrole por suas próprias emoções. Além disso, o jovem demonstrou um forte apego à figura materna.

    No entanto, tal relação se mostra intensamente marcada por uma ambiguidade de medo e amor, como se o jovem necessitasse ser um filho exemplar e atender a todos os desejos de sua genitora e , caso não o fizesse, seria abandonado por esta. Tal caso é um exemplo insigne da teoria kleiniana , onde a ansiedade persecutória se manifesta diante da dualidade da figura materna.

    Ademais, a resolução do sonho parece estabelecer-se em um desejo de ser algo supostamente melhor e superior ao que se é e, ao mesmo tempo, como se tal metamorfose representasse uma ruptura com sua fraqueza , malgrado , igualmente, seja uma perda e um luto a ser vivenciada do amor de uma antiga estrutura familiar e afetiva. Em suma, evidentemente, ainda há muito a ser analisado no âmbito da análise particular do presente paciente, Giovanni M. e da própria psicanálise como ciência. Contudo , diante dos dados até então coletados, a presente pesquisa se finda aqui.

    Referências bibliográficas

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    O presente artigo foi escrito por Ariel Von Ocker: escritora, psicanalista, poliglota e acadêmica de Letras e História. Também já trabalhou no teatro como dramaturga e atriz. Autora com seis livros publicados, atua desenvolvendo esquisas na área da psicanálise, literatura sob perspectivas historiográficas e estudos de gênero. Atualmente é editora-chefe na Revista Ikebana, redatora no Jornal Tribuna e colunista no Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, além de participar da iniciativa Projeto Simbiose, juntamente com Michelle Diehl e Cristina Soares. Além disso, participa do Coletivo Escreviventes. Contato: @ariel_von_ocker

    3 thoughts on “Homoerotismo: interpretação de um sonho pela psicanálise

    1. Geralmente há homossexuais que passam essa imagem de ” bom filho”: sempre presente na vida da mãe, em especial, ajudando em atividades domésticas! E buscam homens ao invés de seguir o ciclo da atração: deixando que o homem demonstre interesse nele! Mesmo que tenham desempenho “passivo”, mas o homem que penetra, deseja ser “buscado”, mas paquerado do que paquerar!

    2. A fase edipiana em sua fase da femilidade desenvolve e pode desenvolver nāo uma atraçāo de estar com a māe porém de substituir a māe. A homosexualidade desenvolve multiplas vertentes e paixões platônicas podem se caracterizar a busca de uma figura muito próxima do analisando, figura esta que pode ser de um pai ou algum responsável bem próximo. O auto erotismo por sua vertente na autoerotizaçāo e a busca por este objeto masturbatorio pode desencadear uma personalidade narcisista que sempre irá buscar em sua repetiçāo por alguém ou algo que contemple esta personalidade.
      […] Na realidade o recém-nascido já vem ao mundo com sua sexualidade, sendo seu desenvolvimento na lactância e na primeira infância acompanhado de sensações sexuais; só muito poucas crianças alcançam a puberdade sem ter tido sensações e atividades sexuais […] (FREUD, 1989b,)
      A relaçāo familiar social nāo mostra uma personalidade próxima a māe nos primeiros anos que se aceita a condiçāo homoerotica, os que vivem nesta condiçāo nāo sabem a quem recorrer ou como aceitar e se esta condiçāo é apenas uma fase ou nāo. Todo o suporte é necessário para o desenvolvimento para que a pessoa na sua via adulta tenha uma vida mais feliz e com menos sofrimento.

      1. Eu percebo em textos psicanalíticos ou psicológicos, em suas entrelinhas, o viés heteronormativo: a ligação mais próxima do filho com a mãe em alusão a mulher que ela é; por analogia a filha e a ligação com o pai em alusão ao homem que ele é! Ai quando “paira” o “desabrochar” da homossexualidade, fica aquela questão: o filho está sentindo atração pelo pai ou “buscando” o homem que nele há. Percebi um filho nos seus 6/7 anos no colo do pai, até numa missa e o pai buscava faze-lo dormir, mas o filho afagava os cabelos do pai, colocando o rosto junto, perto, ao que o pai entendeu a conotação que estava havendo e pos o filho sentado no banco. Já uma vizinha, quando a filha com grau de retardo mental, chegou a adolescência, num banho, chegou a “buscar” a área genital da mãe e ela disse que não era lésbica e que tomariam banhos sozinhas, doravante! Assim como depois situou a filha na “heteronormatividade” se mostrando preocupada com as saídas da filha com “amigos”! Me parece que haveria necessidade de tratar essa questão, muitas vezes, precoce do despertar homossexual em que pai ou mãe, ao invés do antigo “idolo”, possam representar a atração sexual ou busca de filhos ou filhas, como referências de homens e mulheres, respectivamente!

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