como funciona inconsciente

Como funciona inconsciente na concepção de Freud

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Hoje entenderemos juntos como funciona inconsciente levando em consideração que Freud um dia disse que os poetas e os filósofos que vieram antes dele descobriram o inconsciente, ele apenas descobriu o método científico pelo qual ele pode ser estudado. E quando se trata de entendermos o que se passa na instância psíquica mais profunda do nosso ser, as concepções do pai da Psicanálise sobre o Inconsciente são indispensáveis.

Como funciona inconsciente e o árduo caminho até ele

O árduo caminho até o Inconsciente Apesar de ter um foco impressionante nos estudos da mente desde sempre, a caminhada até a descoberta da dinâmica de funcionamento do Inconsciente não foi uma jornada rápida para o jovem Freud, especialmente se considerarmos que suas perspectivas inovadoras, mesmo acompanhadas de importantes e diligentes pesquisas, não foram bem aceitas no meio científico de sua época, pelo menos não em seus momentos iniciais.

Para os estudiosos da medicina positivista daquele contexto histórico, parecia difícil concordar com a existência de uma instância do corpo humano cujos indícios de funcionamento não pudessem ser medidos de forma objetiva como era preconizado pela ciência positivista, devendo ser observada de forma indireta como proposto por Freud. O que os médicos da época não consideravam é que, apesar de os filósofos e poetas já falarem sobre esse ilustre desconhecido que habita a nossa mente, fazendo-o de modo a considerá-lo algo misterioso demais para ser positivo, as concepções desenvolvidas pela Psicanálise de Freud veriam na existência dessa potente energia que habita a nossa psiquê possibilidades positivas de autoconhecimento e de resolução de muitos conflitos humanos, vindo mais tarde a tornar-se a base de uma teoria de estudo da mente que permaneceria na história dos estudos da mente.

Isso foi possível porque o principal objetivo do pai da Psicanálise era tratar da forma mais eficaz possível o sintoma mais evidente da época – a Histeria. Para isso, Freud iniciou seus estudos ao observar que, mesmo sob efeito de hipnose (tratamento amplamente conceituado para o problema naquele contexto), as pacientes com quem matinha contato frequente durante as sessões também apresentavam criações imaginativas e diversos tipos de resistências, fato que o levou a pressupor a existência de uma instância independente da mente consciente, a qual só seria possível acessar através dos indícios revelados nos famosos atos falhos e da livre associação de palavras.

Os Atos falhos e sua importância para o inconsciente

Apesar de, ainda hoje, alguns estudiosos da própria Psicologia ainda considerarem o inconsciente como algo negativo sob o ponto de vista de sua investigação, em decorrência de o reputarem por uma instância que não se pode mensurar de forma objetiva, para Freud, pode-se facilmente encontrar indícios contundentes do funcionamento psíquico da instância inconsciente da nossa mente através da observação atenta dos atos falhos, dos chistes e dos próprios sonhos .

“Erros”, aparentemente aleatórios que envolvem a linguagem, a memória e o comportamento, especialmente aqueles relacionados a fatos do cotidiano do sujeito, ou seja, aqueles que o indivíduo está habituado a realizar, representam, para a teoria Psicanalítica, importantes e irrefutáveis dados sobre as formas de funcionamento do inconsciente.

Ao examiná-los de forma atenta, percebemos que, como proposto por Freud, tais atos revelam, na verdade, a realização de um desejo inconsciente, anteriormente recalcado, cuja execução só é possível através de uma espécie de “pacto silencioso” que ocorre entre este e os nossos sistemas intencionais de execuções motoras, configurando-se, dessa forma, em um ato “bem-sucedido” e bastante relevante para a compreensão das demandas inconscientes de cada indivíduo.

Como funciona inconsciente e como ele se revela através da associação livre

Como o inconsciente se revela através da associação livre Além dos atos falhos, a mudança de abordagem durante os tratamentos da histeria, que antes era realizados através da hipnose, passando, posteriormente, a pautarem-se na livre associação de palavras por parte do analisando foi igualmente um marco para a consolidação das contribuições dos estudos freudianos sobre a mente, assim como da teoria de abordagem da parte inconsciente da mente.

Associadas à essa importante mudança de abordagem terapêutica, vieram as descobertas da existência dos complexos – traumas desenvolvidos geralmente durante a infância e que tinham grande influência na formação da personalidade e nos distúrbios mentais e comportamentais dos sujeitos de modo geral, das formas de resistências, do recalcamento, entre outros elementos que compõem a dinâmica de funcionamento do inconsciente.

Além disso, Freud também constatou que, ao adotar a técnica da livre associação de palavras com suas pacientes, sem uso de sugestões, direcionamentos ou julgamentos permitia aos indivíduos que eles superassem até mesmo suas próprias autocensuras e isso revelou-se um ponto crucial para o êxito do tratamento e a superação das resistências e dos traumas incapacitantes envolvidos.

Considerações finais sobre como funciona inconsciente

Vale ressaltar ainda que a principal forma de revelação do inconsciente através da abordagem terapêutica psicanalítica se dá na medida em que, ao deixar o analisando livre para associar suas ideias sem nenhuma forma de ponto de partida ou de sugestões, o analista possibilita, ao mesmo tempo, a eliminação da seleção intencional de pensamentos e permite que os processos mais inconscientes venham à tona, revelando as reais necessidades de afeto por parte do sujeito analisado.

O presente artigo foi escrito por Samantha. Psicanalista em formação. Mestranda em Formação de professores. Especialista em Educação. Professora de Língua Portuguesa. Para contatos: [email protected]/@sbs.santos

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