No princípio da humanidade, quando ainda tínhamos parentesco direto com os animais, a sobrevivência ocorria somente através do instinto humano. Porém, diante da evolução constante do homem, o conhecimento trouxe um equilíbrio entre ações e instintos. Sobretudo, para que a sociedade não viva de maneira animalesca.
Neste sentido, segundo Freud, quando o ser humano age primordialmente por seus instintos entra no campo do prazer. Então, quando se ultrapassa o limite do aceitável, ele é visto como um estado de pulsão – o impulso do inconsciente.
Quantas vezes você agiu unicamente por seus instintos e tudo acabou em dor e sofrimento? Em contrapartida, já se viu em situações que se não fossem seus instintos você não teria sobrevivido? Passamos por situações assim todo tempo e nem sequer conseguimos entender. A mente humana é mais profunda do que você pode imaginar.
Qual a definição de instinto?
Em síntese, a definição de instinto, no dicionário, é aquilo que se refere a um impulso interior que um animal, inconscientemente, comete atos para sua sobrevivência. Em outras palavras, é o impulso espontâneo, que independe da reflexão, ou seja, é uma aptidão inata do ser.
Porém, esta é uma definição ampla, sobretudo pela dinâmica dos tempos modernos. Podemos dizer, por exemplo, que estamos utilizando nossos instintos quando temos antipatia por alguém e, também, quando tomamos alguma decisão. Mas seus conceitos, tanto psicológicos quanto biológicos, se sobrepõe a essa simples conceituação.
O que é instinto humano?
Este conceito é constantemente discutido entre as disciplinas biológicas, etnológicas, psicológicas, etc. Porém, ambas estão no consenso de que, com a evolução do ser, o comportamento humano não é somente por meio dos instintos.
Atualmente, nos culpamos quando agimos de maneira agressiva e antissocial. Você já chegou a dizer: “Aquele não era eu! Agi por emoção”. Afinal, quem nunca fez isso que atire a primeira pedra. Embora seja difícil assumirmos, estes erros são importantes aprimorar nosso autoconhecimento e evolução pessoal.
Tipos de instintos humanos básicos
Basicamente, o instinto humano diferencia-se conforme a mente que nascemos ou a que formamos ao longo da vida, por meio da educação e cultura.
No entanto, de acordo com todos estudos sobre o tema, chegaram às seguintes tipificações para os instintos humanos:
- vitais: que englobam os instintos sexuais, de luta e fuga. Ou seja, àqueles que possuem relação com a sobrevivência;
- sociais: necessidades que todos possuem de ter uma companhia, alguém para compartilhar seus momentos e emoções;
- prazer: são os acréscimos aos elementos unicamente de sobrevivência. Como, por exemplo, não se como somente para viver, mas sim para sentir os diversos sabores dos mais variados alimentos;
- culturais: engloba a curiosidade do ser humano, via estudo, pesquisas, descobertas.
Instinto humano na psicologia
Quando falamos em instinto humano pensamos, em geral, pensamos sobre o impulso para sobrevivência, conceito este que advém da biologia. Mas, se assim o fosse, qual razão das pessoas se suicidarem ou fazerem greve de fome?
Desse modo, diferentemente dos seus remotos ancestrais, o ser humano não se deixa dominar, essencialmente, por emoções. Assim, age com inteligência ao agir por suas próprias escolhas, não somente por seus impulsos irracionais.
Teoria biológica e o instinto humano
Para biologia, os instintos nada mais são que comportamentos que passam de geração para geração. Em complemento, retratam o instinto como as ações involuntárias que o homem possui em situações de risco. Dividindo-os em categorias, existem os instintos de:
- sobrevivência: que são comportamentos mais básicos para preservação da vida, como, por exemplo, alimentação, higiene e segurança. Ainda mais, a biologia explica que este instinto tem ligação na mesma área do cérebro que se ativa em crises de epilepsia.
- religioso: este instinto é observado como uma necessidade inata dos homens, sendo que, através da fé, encontram sentido à vida. Muito embora não haja consenso entre profissionais da saúde,.
- reprodução: possui relação com a preservação da espécie através das relações sexuais para fins de reprodução.
Porém, estes são princípios básicos, que não explicam diversos fatores da vida. Sobremaneira, seguindo ao raciocínio que tratamos logo acima, podemos concluir que estes conceitos não explicam as questões da mente. Como, por exemplo, quando a pessoa se sente gorda e, na verdade, não é.
Teoria das pulsões, segundo Freud
Conforme Teoria das pulsões, de Sigmund Freud, instinto humano, de fato, não existe, mas sim as forças do homem, denominadas pulsões. Sendo estes atrelados à satisfação das próprias necessidades.
Em outras palavras, pulsões são os impulsos psíquicos, manifestados pelo estado de excitação e tensão física. Ou seja, a pulsão descarrega esse estado de tensão e procura algo que possa lhe satisfazer.
Porém, para Freud, nem todos impulsos são para o bem. Com essa ideia, divide os impulsos básicos em Eros e Thanatos, que, em suma, governam a vida e a morte. Estabelecendo, assim, o equilíbrio entre e mente e corpo, resultando no desenvolvimento mental e emocional.
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- Eros (de vida): é a necessidade de criar para que viva com alegria e prazer. Sendo a libido sua principal representação, em razão da liberação de energia. Em síntese, relaciona-se com impulsos de autopreservação e sexualidade.
- Thanatos (de morte): em contrapartida, este instinto precisa destruir, como, por exemplo, a morte. Desta maneira, tem necessidade de destruir, matar e experimentar, constantemente, dor e tristeza. Em suma, a pulsão de morte são os impulsos violentos, que voltam ao estado inanimado do indivíduo.
Afinal, agimos por razão ou emoção?
O que é razão? É, em suma, é a habilidade de aprender, ponderar, julgar. Enfim, raciocinar conforme os acontecimentos da vida. Em resultado, o indivíduo consegue refletir antes de tomar qualquer ação.
Porém, razão e emoção diversas vezes se confundem, se sobrepondo uma da outra. Mas, como encontrar o equilíbrio? Precisamos admitir a animalidade que existe em nosso interior e que, situações inusitadas, podem desencadear carga de tensão. Então, caso não nos contivermos, as consequências poderão ser catastróficas.
Contudo, instinto humano, sob o seu aspecto psicológico, vai além do simples modo agir por sobrevivência. Deve haver o equilíbrio entre a razão e a emoção. Que são linhas tênues em que precisamos saber identificar, para ter uma vida plena e sem conflitos.
Você já por situações em que foi impossível controlar seus impulsos naturais e logo se arrependeu? Se isso passou a fazer parte do seu cotidiano, chegou a hora de trabalhar o seu desenvolvimento pessoal! Deixe seu comentário abaixo [teremos uma seção de comentário abaixo de todos os artigos], conte para a gente o que você acha, conte o que você vivenciou, o que mais você quer saber sobre o assunto?
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3 thoughts on “O que é instinto humano para a psicologia?”
Sou psicóloga e estou trabalhando com um grupo sobre emoções, e surgiu a dúvida sobre instinto se o ser humano age ou não pelo instinto, se o instinto é só dos animais irracionais ou o ser humano ( racional) também possuí ou age pelo instinto.
Somos animais!!! Racionalidade depende do desenvolvimento cognitivo.
Uma estrada longa até a auto realização. O verdadeiro encontro interior, uma transcendência movida por uma transmutação .
Papo longo
Abs
instinto faz parte de toda e qualquer natureza de algo que tenha vida. O mais óbvio de todos é a parte instintiva que é responsável pela sobrevivência, esta parte (sobrevivência) é a parte que justifica a existência do instinto que, sem o qual não haveria vida, pois qualquer organismo seria desprovido de defesas e de meios para se desenvolver. ocorre que o instinto também se desenvolve, este desenvolvimento vem do seu grande poder de provocar adaptações de comportamento e até mesmo de alterações no corpo que do qual faz parte e, também de transmitir essas mudanças através da genética, fato este comprovado pelo comportamento de várias espécies de animais que tem comportamentos voltados apenas para sobrevivência, mas temos exemplos também, de animais que tem comportamentos aparentemente desenvolvidos para satisfação de prazer. Mas é no instinto humano que encontramos a maior complexidade. A jornada é longa.