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Memórias da Infância: como afetam a vida adulta?

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Ao refletir acerca dos reflexos da imagem das memórias da infância de José Hildebar Vieira na vida adulta, nos remetemos à momentos raros do início da construção do nosso eu.

Entendendo sobre as memórias da infância de José Hildebar Vieira

Nossa imagem real ou irreal tem papel importante para estabelecer toda a relação que vivemos na infância, que moldaram todo um processo de desenvolvimento mental, onde nosso imaginário delineou todos os fragmentos identificáveis, que configuram nossa psique de uma forma equilibrada ou não, dentro do contexto social e cultural, onde as informações chegam, com muita frequência e por vários meios de comunicação, ao mesmo tempo que nos sentimos solitários, presos a um mundo surreal.

A construção da nossa imagem pretérita fundamenta-se na história individual de cada indivíduo e tem papel capital em nosso presente, pois as influências captadas, causam impactos, que nem damos conta de que advém de uma quimera infantil, influenciado pelo contato na relação com os outros. Por esse prisma, considero imprescindível compreender todo o processo pelo qual nossa imagem se formata, desde as relações iniciais até a fase presente, como: O papel da família na formação da imagem infantil; o papel da sociedade na formação da imagem do ser e os reflexos da imagem adquirida na infância.

O papel da família na formação da imagem infantil, ela é a matriz naformação da imagem infantil, é neste ambiente privado que a criança vai estruturando sua personalidade, tendo como modelo os hábitos e atitudes das pessoas circunvizinhas, que refletirá ao longo da sua trajetória social no contato e na interação com outras crianças da mesma faixa etária ou não. O meio ambiente onde ela está inserida é determinante para a construção de sua identidade, pois o desenvolvimento intelectual e moral são fatores relevantes, para definição de seu caráter, que perdurarão em todas as suas relações sociais.

A responsabilidade dos pais e as memórias da infância de José Hildebar Vieira

A responsabilidade dos pais em moldar os caracteres infantis, é de suma importância, pois a criança educada em um lar equilibrado, tem grandes possibilidades de saber lidar com as interferências negativas, dentro do processo de socialização fora do ambiente familiar. Não podemos ignorar que as influências positivas e negativas estão também dentro do contexto do seu cotidiano, através dos bons ou maus hábitos familiar, bem como dos meios de comunicação, da mídia e em vários setores de sua convivência.

Desta forma, fortalecer os valores morais é imprescindível para uma boa formação da imagem infantil, pois é nesta fase que a criança começa a lidar com a diversidade dentro e fora do núcleo familiar.

O papel da sociedade na formação da imagem do ser, exerce forte influência, tanto na formação inicial como na vida de uma pessoa, por sua própria característica de moldar comportamentos, a interação com outras pessoas bem como a função de atender suas necessidades tanto materiais, como culturais, fazem com que homem crie vínculos das mais variadas matizes ”a vida do homem decorre em convivência” daí a necessita das relações sociais para desenvolver os princípios basilares para uma convivência harmoniosa como integrante do próprio meio social.

As memórias da infância de José Hildebar Vieira e a vida em sociedade

A vida em sociedade é a garantia das relações sociais positivas ou negativas e a perpetuação da existência da espécie humana os reflexos da imagem adquirida na infância, estão presente em todas as fases de nossa vida, pois estamos em pleno aprendizado, isso começa na infância onde absorvemos os hábitos das pessoas próximas, tudo isso representará nossos “arquétipos” que moldarão nosso caráter para sempre. O ambiente familiar e social é determinante para adquirirmos uma personalidade equilibrada a fim de sabermos lidar com os obstáculos e conflitos do nosso cotidiano.

Pois, se crescemos em um ambiente agressivo, desequilibrado, onde vivencia-se uma cultura de agressividade física ou psicológica, onde os valores morais são negligenciados, a tendência da criança em contato com outras pessoas é reproduzir a imagem absorvida durante a estruturação da sua formação psicológica.

A consequência de todos estes eventos intrínsecos em seu psiquismo, vão se transformar em traumas que impactarão o ser na vida futura, onde os transtornos psíquicos e mental, vão se manifestar, no comportamento do indivíduo que terá dificuldade de estabelecer uma interação social estável, bem como uma retração de seus impulsos positivos ou podendo descambar para a violência.

Conclusão

Assim sendo, as experiências vividas no relacionamento familiar e social, durante a formação sociocultural de uma pessoa, são fatores cruciais que vão refletir no desempenho de uma vida adulta equilibrada, com menos traumas.

Portanto, a família, a fase escolar e as instituições sociais da qual a criança está inserida, são ambientes mais influentes na sua formação, pois as imagens absorvidas no período inicial da experiência infantil, poderão impactar todo o processo de socialização se não for moldado dentro de um ambiente seguro, motivador, que favoreça ao desenvolvimento de valores morais e sociais, proveniente dos estímulos positivos que refletirão na construção de sua personalidade, Más, quando as experiências transatas neste período advêm de um ambiente hostil, onde a criança é exposta a um cenário de violência física e psicológica, essas influências repercutirão em todas as esferas do seu relacionamento, tanto, na relação familiar, escolar e principalmente nas relações interpessoais no cotidiano da vida adulta.

Outro fator que não devemos postergar é a exposição da influência da mídia, que cada vez mais tem exercido forte interferência nos valores morais, pois “o modo como a criança é criada tem profundas consequências” na construção de sua identidade.

Referências

BATISTA, EDIGLEISSON: (2008), o homem na sociedade e a sociedade no homem. https://www.recantodasletras.com.br/artigos/134840. ELSEN, I. Cuidado familial: uma proposta inicial de sistematização conceitual. In: ELSEN, I; MARCON, S. S.; SANTOS, M. R. dos (Orgs.). O viver em família e a sua interface com a saúde e a doença. Maringá: Eduem, 2002. JUNG, C. G: (1991). Tipos psicológicos. Petropoles: Editora Vozes.

Este artigo sobre Memórias da Infância e impacto na vida adulta foi escrito por José Hildebar Vieira para o blog Psicanálise Clínica.

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    2 thoughts on “Memórias da Infância: como afetam a vida adulta?

    1. Para mim a memória fetal “pesa mais”, já que a interação é o feto e a mãe como seres “ciameses”! Quando nascemos a presença de outras pessoas nos faz começar a compreender o contraditório! Para mim, como a minha tia (materna) foi bem presente, ela deu esse “contraditório”, ainda que tivéssemos passado pelo falecimento do meu pai e avô (pai da minha mãe e tia) no intervalo de 14 meses!

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