neurose ou psicose

Neurose ou Psicose: diferenças entre transtornos psíquicos

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Hoje você entenderá mais sobre a neurose ou psicose. A psicopatologia e transtornos psíquicos fazem parte da grade curricular da psiquiatria, área essa complexa que envolve o delineamento, o entendimento e a nomeação de doenças mentais.

Neurose ou psicose

Dentro da psiquiatria, variados tipos de transtornos mentais mantêm convivência. É como se as ciências humanas e as ciências naturais tivessem que estar vinculadas para que obtivéssemos entendimento sobre as psicopatologias e seus transtornos psíquicos. A psicopatologia envolve diversas áreas que estudam a neurociência, como a psicanálise, psicologia, sociologia, psiquiatria etc. Freud afirmava que a Neurose (doença psíquica) não possui causa neurológica.

Tais estados neuróticos podem incluir fobias, amnésia, compulsões (alimentares, sexuais etc.) obsessão, depressão. Ele as classifica diferenciando-as entre Neurastenias (neuroses atuais) e psiconeuroses (neuroses histéricas e obsessivas). Podemos destacar que estão incluídas nas neuroses as causas mais diversas, entre elas:

  • Conflito entre os impulsos do ID e medos em geral do SUPEREGO;
  • A latência de impulsos sexuais; Incapacidade do ego em resolver um conflito;
  • Expressão da ansiedade

A sintomatologia da Neurose e da Neurastenia são distintas, uma vez que a Neurastenia tem como principais sintomas e fadiga extrema, aumento da pressão intracraniana, obstipação e dispepsia (desconforto digestivo); e a Neurose de Angústia apresenta a somatização de sintomas ligados ao sentimento de angústia, como taquicardia, tremor, hipersudorese, hiperventilação, parestesia (Formigamento nas mãos, braços e pés), reconhecidos como “sintomas nuclear da neurose”, ou como é conhecida hoje em dia, Ansiedade Crônica.

Neurose ou psicose: sentimentos ligados à infância

Alfred Adler defendeu que as neuroses tinham um fundo de sentimentos de inferioridades ligados a infância, sexualidade. Porém atualmente a neurose de angústia, ou Ansiedade Crônica, podem estar ligados ao excesso de trabalho e ao excesso de informação, exaustão emocional e psíquica. Podemos diferenciar uma da outra diferenciando exemplos: -Neurastenia – Falta de excitação por algo. -Neurose de Angústia – acúmulo de excitação por algo, sobrecarga.

Portanto, na Ansiedade Crônica, a excitação lasciva não encontra descarga no meio psíquico e, a partir daí impedem que a energia seja vinculada, resultando na insuficiência psíquica diante ao excesso de somatização da excitação; por isso, na neurose de angústia é muito comum haver a diminuição do desejo psíquico. São encontrados no CID-9, do DSMV, como “Distúrbios Neuróticos”.

É Neurose ou Psicose?

Diferentemente da neurose, a psicose além de ser mais intensa, também é inabilitante, reconhecida atualmente como um transtorno mental grave, uma vez que acarreta a perda do controle dos impulsos, sensações, emoções e pensamentos. Nos estágios de crises, podem ocorrer:

  • Delírios;
  • Alucinações;
  • Letargia;
  • Agressividade;
  • Agitação;
  • Depressão;
  • Insônia grave;
  • Paranoia;
  • Descontrole psicomotor;
  • Dificuldade social;
  • Discurso desorganizado;
  • Mudança repentina de humor;
  • Angústia exacerbada.

Encontram-se atualmente no CID-10 nas siglas: F20 à F29; F30, F31, F32.2 e F32.3. Não existem muitas pesquisas atuais, embora seja estimado um valor de 2,5 milhões de brasileiros que possuam esquizofrenia e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de 79% dessas pessoas que possuem transtornos mentais e são de baixa renda não recebem auxílio e tratamentos adequados.

Os surtos podem gerar crises de agressividade, o que torna o sujeito um perigo para a sociedade e para si, sendo necessário a intervenção médica nesses casos. “(…) como acontece com muitos distúrbios complexos (por exemplo, hipertensão, epilepsia e diabetes), parece haver muitos caminhos etiológicos que levam à mistura final de sinais e sintomas comportamentais que rotulamos de ‘esquizofrenia’.” (CUTHBERT, INSEL)

Tipos de Psicose

Esquizofrenia: Perturbação do inconsciente, perda da participação do mundo social; confusão intelectual, prejuízos comportamentais e cognitivos, não sabe o que é real e não é.

  • Psicose ou depressão pós-parto: Podendo originar tanto de ordem psíquica quanto hormonal, ou ambas. Caracteriza-se me instabilidade grande emocional e psíquica.
  • Paranoia ou transtorno delirante: O sujeito acredita em situações sem nexo e fantasiosas ou com situações como morte, entre outras. É comum haver prejuízo na linguagem.
  • Induzida: Aquela que é induzido por intervenção medicamentosa ou por drogas ilícitas.
  • Transtorno Bipolar: Onde o humor do sujeito é instável e passa da euforia ao mau humor e tristeza, sem motivo nenhum aparente.

Possíveis tratamentos após um diagnóstico fechado, são a utilização de barbitúricos ou estabilizadores como risperidona, lorazepam, Diazepam, haloperidol, carbamazepina etc. Indo contra às neuroses atuais, onde não é possível encontrar uma causa anímica ( Capacidade da mente humana em dar “alma” a coisas inanimadas), a psiconeurose mostra que seu fundo é na área psíquica da sexualidade.

Conclusão

No quesito Neurose Histérica, Freud defendia o uso de defesa da conversão através da dissociação entre a representação do afeto e o afeto propriamente dito, mostrando que além do recalque psíquico da memória intrínseco ao afeto, existe uma excitação somática, ligado a um trauma ou experiência traumática.

Na Neurose histérica a sintomatologia acontece sob interação somática, onde o afeto, até então separado da memória correspondente, ainda está na área psíquica, causando assim, ideias obsessivas. Freud acreditava que o que desencadeava a neurose, tinha seu início na frustração externa, segundamente um obstáculo interno e findando por uma exacerbação patológica interna, havendo assim uma fixação do desenvolvimento psíquico, tendo seu início na infância, passando pela adolescência, permanecendo na vida do sujeito em forma de angústia, desencadeando diante de certas situações ansiedades ainda maiores.

A partir de então, Freud diferencia a ansiedade real da neurótica, uma vez que na primeira o risco é conhecido e na segunda completamente desconhecido, pois está internalizado.

O presente artigo foi escrito por Patty Tena Theophilo, Neuropsicopedagoga, Psicomotricista, Pedagoga, Mestranda em Ciências da Educação, Especializada em terapia ABA e Estudante de Psicanálise. Contato [email protected]

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    3 thoughts on “Neurose ou Psicose: diferenças entre transtornos psíquicos

    1. Mizael Carvalho disse:

      Parabéns pelo trabalho! Infelizmente há muitas pessoas com essas doenças e por muitas vezes hajarem normais tais comportamentos, não aceitam procurar ajuda!

    2. Obrigada Mizael! Procurar ajuda é sempre fundamental!
      Abs Patty

    3. Reginaura Soares da Silva Vicente disse:

      Obrigada por essa grande colaboração.

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