novo humano

Novo Humano pelo olhar da Psicanálise

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Atualmente, durante todo processo que a sociedade está vivendo, observamos a grande necessidade do auto conhecimento por parte do novo humano.

Nestes novos tempos, Muitas ferramentas tem sido disponibilizadas para que o indivíduo comece realizando seus processos, porém o que pode-se entender é que ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo sujeito.

O novo humano

O cenário em que nos encontramos é aparentemente inóspito para o início desses processos, porém existe algo a ser observado também: As ferramentas disponíveis estão acessíveis a todos ? Sabemos que não. Outra questão a ser observada é: Há entendimento, consciência da necessidade da utilização destas ferramentas pelos indivíduos que compõem nossa sociedade?

Sabemos também que esse entendimento é tido por poucos. Aí caímos numa temática bastante abordada: o grande abismo social que se instalou e continua a crescer diariamente.

Ferramentas para auto conhecimento, técnicas avançadas para realização de terapias em grupo, e todas as outras práticas clínicas disponíveis no SUS, ainda são pouco acessadas. Realizando uma observação desse abismo social e cultural, já estruturado e enraizado desde as micro sociedades até a macro sociedade , podemos entender a grandiosa necessidade de promovermos ações que possibilitem o ser humano compreender que ele não é apenas fruto de seu meio como pode modificar esse meio a partir de si mesmo.

As ferramentas em favor do novo humano

Trazendo aqui a fala de Winnicott, quando diz que o meio exerce extrema influência no desenvolvimento da criança, essa mesma fala traduz o que aponto acima, no tocante a realizar ações de divulgação das ferramentas existentes, para que esse indivíduo possa trabalhar a si e com isso auxiliar no desenvolvimento do meio a que pertence.

Ainda segundo Winnicott, para o crescimento adequado, o indivíduo precisa que o meio externo lhe seja seguro, que o sustente e inclusive que o possibilite a lidar com sua agressividade inata, de forma que o conceito de “Mae suficientemente boa”, deve ser aquela que além de promover esse meio adequado também não seja excessiva em suas ações.

Surgem então mais questões : Será que essa mãe/pai recebeu dessa sociedade ( meio) as condições apontadas para que os mesmos tivessem as melhores condições para crescer? Será que há por parte desse conjunto mãe / pai o entendimento da necessidade de promover esse meio adequado?

O novo humano é a resposta

Podemos observar então que a cada momento em que tentamos trazer os códigos e análises mais simples para a realidade, vamos nos deparando com mais e mais questões, todas a serem levantadas e respondidas antes mesmo da aplicação das ferramentas citadas no início desta contextualização.

Neste sentido parece que o mundo e suas sociedades distintas retrocedem. Os estudos realizados atualmente nas academias, precisam “sair” dos muros do meio científico e alcançar o ser comum, aquele que vive em qualquer meio, nas pequenas e grandes cidades.

Trazer a tona os questionamentos e também sinalizar a forma de iniciar as resoluções, deve fazer parte do cotidiano de quem já tem a consciência de que o todo só chegará a entender a necessidade de realizar essas observações, quando os que estiverem nas “linhas de frente” destas ferramentas, proporcionarem acesso às mesmas.

Os estudos: soluções sociais

Os estudos servem como fio condutor dos processos e devem servir também como embasamento para que as soluções sejam geradas, postas em prática e aí sim vermos um salto social diante de tudo que o mundo acadêmico- científico promove. Há de se observar também o que tange ao querer do indivíduo.

Existem pessoas que mesmo não tendo nenhum conhecimento de práticas ou ferramentas que lhes proporcionem um “ajustamento” diante da vida, quando obtém o acesso , automaticamente se empoderam do que conheceram e iniciam seu caminho, realizando com o auxílio profissional , o entendimento para condução de sua atitude diante de si, do outro e do meio, em contrapartida há quem mesmo tendo acesso, negue totalmente sua necessidade de caminhar gerando mais problemas para si , para o outro e para o meio.

Em total paradoxo a toda essa investigação de entendimento sobre como podemos ampliar o acesso as diversas formas e caminhos que um indivíduo possa seguir , destacamos que neste mesmo momento social aumentou muito à procura aos canais de atendimento às necessidades humanas , em busca de auto conhecimento e entendimento de si.

O novo humano em busca de novas conexões

Há um número de atendimentos recorde no tocante ao ano de 2018/2019. As pessoas tem buscado se conectar com alguma ferramenta terapêutica, seja ela dentro das convencionais ou alternativas, integrativas, energéticas… etc!

Isso nos dá ânimo para que possamos continuar desenvolvendo estudos e levando as práticas para aqueles que buscam e principalmente para quem ainda não despertou para tal necessidade. Acreditar que o cenário irá mudar já é um excelente caminho para seguirmos, visto que enquanto o ser humano se expressa ele se cura.

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    Temos visto que mesmo em terra inóspita estão acontecendo os movimentos de expressão. Seja pela fala ou por qualquer forma de arte. Música, dança , teatro…

    Os estudos de Freud

    Quando Freud, através de seus estudos, sugere que “as ações do homem são fortemente influenciadas por uma instância que foge ao controle do entendimento racional” , ele realmente traz para sua época uma grande ruptura de paradigmas. Colocando o homem não como o centro do universo mas como apenas mais uma parte dele, e nisso, se trouxermos essa “sugestão” para os dias atuais, teremos exatamente a comprovação do que Freud trazia.

    Os eventos trazidos no tocante as ações humanas, deixam cada dia mais evidentes a sua simples co- existência dentro de um universo ou melhor, dentro de um multiverso, onde outros seres, outras camadas começam a serem expostas trazendo ainda mais a certeza de que o que há no inconsciente humano vai além do que o próprio pai da psicanálise pensou existir.

    Diante de tudo isso podemos começar a concluir que todas as questões aqui levantadas possuem sim suas respostas mas possuem também mais questões dentro de si, como roda dentro de roda, círculo dentro de círculo, porém, havendo não um girar através de um eixo mais sim uma espiral que se desenrola , forçando um crescimento natural no meio em que vivemos.

    Novos conhecimentos e novos entendimentos

    Todos os processos necessários a serem observados já estão sendo, quando olhamos por um prisma espiralado do Centro para cima. Então pensamos que devemos comunicar para o grande todo humano, a grande mente humana que tudo tem uma forma , um meio, um caminho, onde a expressão deve ser realmente analisada como um grandioso crescimento e os novos paradigmas impostos por novos cenários de mundo , nos forçam a buscarmos novas realidades para nós enquanto seres em processos , que guardam em suas mentes acontecimentos não expressos, ou expressos de forma que nem nós mesmos podemos perceber que estão tão evidentes.

    Acredito que a partir de agora novos tempos, novos conhecimentos, novos entendimentos, farão parte de toda nossa trajetória enquanto sujeito , nos tornando capazes de observar o que se move , como se move e em que momento se move diante desse novo mundo.

    Considerações finais

    O ser humano já não é mais a muito tempo o centro do universo e agora ele se torna também , em paradoxo , o protagonista da sua nova realidade, tendo que ajustar seu olhar, comportamento e observação perante um formato diferente de mundo, que atualmente se inicia e que terá que fazer parte da leitura e do entendimento de sua psique.

    Cabendo assim aos profissionais que atuam neste ambiente de estudos e práticas clínicas, possuírem também um olhar diferenciado para o novo humano ou a nova mente humana, não permitindo que antigos conceitos engessados permaneçam, fazendo com que a base científica seja preservada mas realmente se utilizando de novos olhares e perspectivas , de novos estudos e pesquisas para que as ferramentas possam estar adequadas a atual realidade de todos.

    O presente artigo foi escrito por Sanderly Strieder ([email protected]). Sanderly é Mestra em Teoria Literária pela UCL, Bacharel em Ciência da Informação pela UFPE e Terapeuta Multidimensional. Realiza atendimentos em diversas Terapias Integrativas, Estudante de Psicanálise por esta instituição.

     

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