o que é a ab-reação

O que é Ab-reação em Freud e na Psicologia?

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Antes de falarmos sobre o que é a ab-reação em Freud e na Psicologia, é preciso entender um pouco da história da hipnose. Esta história começa com a conclusão do curso de medicina, em 1881, por Sigmund Freud, na Universidade de Viena.

Freud tinha um interesse enorme no ramo de pesquisas cientificas, contudo, negando seus desejos, seguiu a carreira clínica atendendo pacientes no hospital geral da capital austríaca. Observando um campo quase totalmente livre de concorrências, Freud começou a estudar doenças nervosas e, em 1885, conseguiu uma bolsa de estudos em Paris. Continue a leitura e veja mais sobre o que é Ab-reação em Freud e na Psicologia?

O que é a Ab-reação em Freud e na Psicologia?

Freud conheceu Jean Martin Charcot, médico de renome por conta de seus avanços nos campos da neurologia e da psiquiatria.

Charcot havia resgatado a hipnose e a usava para combater uma variedade de sintomas em seus pacientes. Ele usava a técnica da sugestão hipnótica direta. Uma forma simples de colocar os pacientes em estado hipnótico e dar ordens diretas ao doente para que “ao acordar” não apresentasse mais determinado sintoma e, na maioria das vezes, o sintoma realmente desaparecia.

Com isso, Freud percebeu que, se a sugestão hipnótica direta era capaz de livrar os pacientes dos sintomas, a “histeria” não era uma doença fisiológica como ele pensava ser, originária do útero, mas sim um mal psicológico.

Ab-reação e hipnose

De volta a Viena, Freud pediu demissão do hospital em que trabalhava e abriu um consultório de psiquiatria. Até então, os casos de histeria eram tratados com massagens, banhos quentes, choques elétricos e medicamentos, mas Freud incluiu a hipnose como sua principal ferramenta para aliviar os sintomas dos pacientes até se deparar às ab-reações.

Cansado de tentar convencer os médicos dos benefícios da hipnose, Freud decidiu se afastar da academia e seguiu com a hipnose em seu consultório. Contudo, ao longo dos meses, percebeu os limites de sua atuação e desejava compreender as origens das perturbações dos pacientes.

O caso de Emmy Von N.

Em 1889, Freud recebeu uma paciente de pseudônimo Emmy Von N. em seu consultório buscando auxílio.

Emmy tinha 40 anos e vivia mal desde a morte do marido, 14 anos antes; ela alegava sofrer de depressão, insônia, dores, crises de pânico, tinha gagueira e tiques na fala. Além disso, Freud registrou também movimentos convulsivos e xingamentos pronunciados sem qualquer razão, que é estaria ligado à ab-reação.

Ab-reação de Emmy Von N.

Esses sintomas tratavam, para Freud, de um caso de “histeria”. Naquela época, o termo “histeria” podia ser entendido como todo tipo de desordem física com fundo emocional em mulheres. Para hipnotizar Emmy, Freud primeiro pedia que a paciente fixasse o olhar em um ponto, dava sugestões para relaxamento, para baixar as pálpebras e ficar com sono.

Rapidamente a paciente estava em transe, à mercê das orientações diretas para parar de gaguejar, estalar a boca, tremer ou xingar. Freud também aproveitava o estado hipnótico de Emmy para investigar a origem dos problemas. Pedia para ela se lembrar em quais circunstâncias cada um dos sintomas havia se manifestado pela primeira vez.

Ao falar sobre as lembranças, Emmy parecia melhorar. Após sete semanas de hipnose, Freud deu alta para a paciente e a hipnose se mostrou um valioso instrumento de investigação de sintomas. Mas o que afinal é a ab-reação?

A influência de Hyppolyte Bernheim

Em 1889, Freud viajou novamente para a França, para aprimorar sua técnica de hipnose com o neurologista Hyppolyte Bernheim. E foi ele que mostrou a Freud que as memórias traumáticas podiam ser resgatadas da mente de pacientes em transe.

O médico francês dizia que, em condições normais, os doentes mantinham uma vigília que os impedia de rememorar certos episódios e o transe hipnótico derrubava esta barreira.

Essa hipótese ajudou Freud a pressupor que a mente estaria dividida em níveis, com algumas lembranças mais escondidas que outras. Eis o prenúncio do conceito inconsciente! Atualmente, quando feita em consultório sob o olhar terapêutico, a técnica de hipnose pode ser útil no tratamento de doenças físicas ou emocionais.

A técnica da hipnose

A técnica é absolutamente inofensiva e pode ser usada como ferramenta na reprogramação da mente para o enfrentamento de vários males como, por exemplo, obesidade, compulsão alimentar, gagueira, fobias, vícios, controle da dor, ansiedade, depressão, síndrome do pânico e demais traumas, uma vez que nosso inconsciente quando sugestionado não questiona, apenas aceita a sugestão e age de acordo.

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    A hipnose é reconhecida como recurso terapêutico por psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, médicos, psicanalistas, terapeutas holísticos, dentre outros, podem utilizar essa ferramenta como recurso em seus atendimentos.

    A responsabilidade do hipnoterapeuta

    O profissional que atua com a hipnose clínica ou terapêutica se chama hipnoterapeuta. Durante as sessões de hipnose, as mente inconsciente e consciente não são relevantes.

    A mente inconsciente é responsável por nosso sistema imunológico e controla as funções vitais de nosso corpo, como os batimentos cardíacos, peristaltismo e a respiração e a mente consciente é responsável pelo nosso fator racional e analítico. Ela é quem toma conta das nossas decisões diárias e nos dá explicações de como as coisas funcionam.

    O consciente também controla a força de vontade e a memória de curto prazo. Já a mente subconsciente é responsável pela memória de longo prazo, seus hábitos, suas emoções, sua autopreservação, a ociosidade, e auto sabotagem.

    O subconsciente

    Para entender um pouco melhor o funcionamento do subconsciente temos, por exemplo, a sensação de rejeição de alguma comida que você não gosta, que é feita quando a mente consciente pergunta para o subconsciente se você gosta daquela comida e ele responderá com as emoções da lembrança e do gosto.

    Esse processo é semelhante ao estado entre o sono e a vigília sem perder a consciência. Isso significa que você é capaz de ouvir e sentir as coisas ao seu redor mas, normalmente, seus olhos estão fechados, você não está se movendo, apenas descansando confortavelmente e relaxado.

    A hipnose trabalha dentro do subconsciente buscando os fatores de trauma que limitam sua plenitude e te liberta sem apagar nenhuma memória e, por isso, pode ser usada como ferramenta no tratamento de obesidade, compulsão alimentar, gagueira, fobias, vícios, controle da dor, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, traumas e na reprogramação da mente para qualquer finalidade.

    Considerações finais

    Durante a hipnose, temos uma maior capacidade de não julgar ou analisar como verdadeiro ou falso, aquilo que imaginamos para nós mesmos e o processo de liberação dos traumas acontece. Então surge o é a ab-reação.

    Ab-reações são manifestações inconscientes espontâneas de emoções reprimidas que podem vir a ocorrer durante o estado de transe hipnótico. As ab-reações mais comuns são: Chorar, gritar, tremer, entre outras…

    É importante ressaltar que quando isso ocorre não significa que o paciente está em perigo, é apenas uma reação da mente inconsciente devido às fortes emoções vividas. Com a abordagem profissional correta e habilidosa, o profissional conduz o seu paciente calmamente à situação de conforto de modo a continuar o atendimento necessário. Portanto, sempre, procure um profissional de sua confiança!

    Este artigo sobre Ab-reações foi escrito pela autora Renata Barros([email protected]). Renata é Terapeuta Holística do Mundo Gaia – Espaço Terapêutico em Belo Horizonte, Bióloga e Psicanalista em formação do Curso de Psicanálise Clínica.

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