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Poliamor: mais uma forma de se relacionar?

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Atualmente estamos observando uma discussão acerca do tema poliamor . O termo poliamor no dicionário tem a seguinte definição: “Tipo de relação ou atração afetiva em que cada pessoa tem a liberdade de manter vários relacionamentos simultaneamente, negando a monogamia como modelo de fidelidade, sem promover a promiscuidade. Caracteriza-se pelo amor a diversas pessoas, que vai além da simples relação sexual e pela anuência em relação à ausência de ciúme de todos os envolvidos nessa relação. O propósito do poliamor é amar e ser amado por várias pessoas ao mesmo tempo. ”

Algumas pessoas podem achar uma coisa boa poder ter várias relações ao mesmo tempo com a concordância de todos e outros podem achar um completo absurdo e um modelo de relação nada saudável. Vamos nos abster de julgamentos e colocar alguns pontos para que possamos refletir sobre esse tema, que por envolver uma quebra de paradigmas leva a múltiplas discussões:

Alterações em nossos relacionamentos promovidos pelos avanços tecnológicos e o Poliamor

Não temos dúvida de que os avanços tecnológicos cada vez mais rápidos estão promovendo mudanças na maneira como nos relacionamos como sociedade, e claro as relações amorosas também se modificam e novos padrões de relacionamento vão surgindo.

Hoje com os aplicativos de relacionamentos é possível conhecer um número imenso de pessoas com histórias, pensamentos, desejos e comportamentos dos mais variados.

Dessa forma vão surgindo também novas concepções de relacionamentos que podem fugir dos padrões tradicionais e socialmente aceitos.

Amor romântico e o Poliamor

De uma maneira geral estamos acostumados a ter uma visão muito romântica dos relacionamentos amorosos, modelos apresentados desde nossa infância com histórias como a da Cinderela que espera pelo príncipe encantado que a fará feliz pelo resto da vida. Muito de nós ainda tem a ilusão de achar que uma pessoa será a responsável por nos trazer toda a felicidade e será responsável por ela ao longo da nossa vida.

Independentemente do tipo de relação que vamos escolher é importante descontruir alguns conceitos que carregamos em nossa mente. Primeiro o de que uma pessoa será responsável pela nossa felicidade, devemos ter em mente que essa é uma responsabilidade nossa e de mais ninguém, claro que quando estamos apaixonados a presença dessa pessoa em nossa vida nos trará mais alegria, mas não podemos tornar essa pessoa responsável por ela.

Outra questão é relacionarmos amor com posse. Independentemente do tipo de relacionamento que estamos vivendo, precisamos ter muito claro que não somos donos de ninguém assim como o outro jamais deverá apropriar-se da nossa vida, obviamente que quando nos relacionamos estabelecemos limites e os parâmetros da relação que serão respeitados pelos envolvidos, mas isso não nos faz “donos” dos sentimentos e desejos do outro, ou seja, o outro assim como você tem o direito de ir quando quiser e isso deverá sempre ser respeitado.

A monogamia, Poliamor e a traição

A monogamia é a forma de relacionamento estabelecido com um só parceiro, seja no contexto sexual ou sentimental. Tradicionalmente é o tipo de relação mais bem aceita pela sociedade.

No entanto, não podemos deixar de observar a quantidade de relacionamentos monogâmicos em que um parceiro ou ambos têm outros parceiros fora do relacionamento, a única questão é que se esquecem de avisar o outro que alterou a dinâmica da relação e se esse estará disposto a continuar a relação dessa forma.

Percebemos que muitas pessoas que demonstram aversão as outras formas de se relacionar tem essa conduta com seu parceiro, desconsiderando os desejos do outro e não levando em consideração os parâmetros que foram estabelecidos junto ao seu parceiro. Dessa forma tem um relacionamento oficialmente monogâmico, mas com vários relacionamentos “extraoficiais”.

O que devemos observar ao escolhermos a relação que melhor nos atende

  • Primeiro se conheça. Saber quais são seus valores, desejos e necessidades, o que você espera de uma relação e o que você está disposto a oferecer, fará toda a diferença na hora de buscar um relacionamento, com essa clareza ficará mais fácil escolher o tipo de relação que melhor atenderá suas necessidades.
  • Verifique se você apresenta dificuldades em se relacionar e se o fato de não conseguir manter um único relacionamento não estaria relacionado a eventuais traumas ou crenças estabelecidas ao longo da vida. Muitas pessoas escolhem ter vários relacionamentos por medo ou receio de se relacionar em profundidade com outra pessoa, muitas vezes por medo de se expor ou mostrar sua vulnerabilidade, lembre-se que qualquer que seja a modalidade do relacionamento, cultivar relações mais profundas trará uma maior qualidade a relação.
  • A rotina existe em qualquer tipo de relacionamento, não tenha o pensamento simplista de que ao se relacionar com mais de um parceiro não haverá desafios e o relacionamento será composto apenas por emoções e sensações positivas a todo momento. Qualquer que seja o tipo de relação, em todas elas você precisará ter paciência, inteligência emocional, tolerância, empenho e disposição para construir uma relação positiva e saudável para todos os envolvidos.

Enfim, qual seria o modelo adequado?

Não existe essa reposta, cada ser humano é único e deverá avaliar o que melhor atende suas necessidades, seus valores e desejos.

O que precisamos ter em mente, é que independente do tipo de relação que vamos estabelecer em nossa vida, todas elas precisam ser pautadas pelo respeito a si mesmo e ao outro.

O importante é encontrarmos o modelo que nos trará maior felicidade e satisfação, nos tornando pessoas melhores a cada dia e contribuindo positivamente para o bem-estar e felicidade do outro também.

O presente artigo foi escrito por Vera Rocha([email protected]). Coach, atua na área de gestão de pessoas

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