Psicanálise na prática

Psicanálise na prática: saiba como funciona

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No presente texto trabalharemos alguns aspectos da Psicanálise na prática, buscando entender um pouco melhor a psicanalise na prática, possibilidades e impedimentos da atuação do psicanalista. Mesmo que seja um ramo autônomo da psicologia, muitos psicólogos decidem por adotar a técnica psicanalítica em suas clinicas.

Assim sendo, a psicanálise se apresenta como uma maneira de interpretar, estudar e entender o funcionamento da psique, desenvolvido inicialmente por Sigmund Freud e elaborada posteriormente por inúmeros outros teóricos da medicina, psiquiatria, psicologia e assim por diante.

Ao final da leitura, espera-se que seja possível compreender alguns aspectos gerais sobre esta psicoterapia, espera-se que algumas dúvidas que aparecem no senso comum sejam dissolvidas, a fim de esclarecer o que vem a ser a psicanálise e um pouco da atuação do psicanalista. Também se espera que seja possível aclarar um pouco a compreensão do como se dá a dinâmica psicanalítica desmistificando falsas informações acerca desta forma de interpretar, elaborar e lidar com o pensamento.

Psicanálise na prática: Quem pode ser um psicanalista?

Desde as origens da psicanálise nunca houve uma delimitação estrita e pacificada sobre quem poderia ou não ser um psicanalista, considerando que esta é uma profissão livre reconhecida pelos governos federais.

Contudo, escolas de psicanálise sérias, e associações psicanalíticas de respeito vêm aceitando que pessoas com uma visão de mundo mais trabalhada e ampla possam se tornar psicanalistas, ou seja, pessoas com, no mínimo, uma formação técnica, uma graduação em curso superior, que demonstre uma visão de mundo aberta à ciência e ao estudo das teorias Freudianas.

O Psicanalista pode prescrever medicações, plantas medicinais, terapias holísticas na Psicanálise na prática?

Não. Não é tarefa do psicanalista prescrever nenhuma medicação, isso fica a cargo do psiquiatra. Assim como também não pode emitir laudos psicológicos, o que fica a cargo dos médicos psiquiatras e psicólogos.

O psicanalista é uma pessoa que conhece e estuda a Teoria Psicanalítica Freudiana e seus demais teóricos que contribuem para a área, assim sendo, não pode atender com nenhuma outra técnica de análise.

Se o psicanalista não pode ministrar nem receitar nenhum medicamento, ele também não pode indicar tratamentos holísticos que não foram comprovados cientificamente, o máximo que o psicanalista poderá fazer, e discutir sobre isso com o analisando, caso este traga o assunto para a análise, vejamos.

Psicanálise na prática do analisando

Se o analisando chega na clinica falando sobre estes tais tratamentos alternativos, o máximo que o psicanalista fará será debater essa ideia trazida pelo analisando, para que este decida por si próprio o que fará, jamais poderá indicar medicamentos, tratamentos holísticos ou utilizar de outros métodos distintos do método psicanalítico (exceto, claro, se o psicanalista também for psicólogo ou psiquiatra).

O Psicanalista pode me considerar louco?

A clinica psicanalítica deve ser um espaço de acolhimento, de respeito e de cuidado. Não cabe ao psicanalista emitir nenhum tipo de laudo técnico sobre nenhum de seus analisandos.

Muitas pessoas tem uma ideia prévia de que a terapia é feita por aqueles que possuem distúrbios mentais, que a terapia é necessária apenas para pessoas “doentes”, ou pessoas chamadas de “loucas” pelo senso comum, o que não é verdade.

A psicanálise é, antes de tudo, um ato de amor, um momento de autoconhecimento, um investimento que a pessoa faz em si mesma.

A clinica psicanalítica e a Psicanálise na prática

A clinica psicanalítica é um espaço para o autoconhecimento, para que a mente encontre o equilíbrio consigo mesma, para promover uma vida mais funcional, para organizar os vários aspectos que tangem a vida em sociedade, e assim por diante.

Assim sendo, qualquer pessoa pode fazer a terapia psicanalítica. Mas fica a pergunta, se o psicanalista for meu tio, padrinho ou irmão, posso fazer a psicoterapia com ele?

A recomendação é de que o psicanalista recuse o atendimento a parentes e amigos, uma vez que a natureza da sessão analítica e dos processos subjetivos ativados no set analítico podem afetar a natureza da relação anterior, e caminhar para uma situação improdutiva trazendo prejuízos para ambos.

Considerações finais

A psicanalise também pode ser encarada como uma chave de leitura da sociedade, das relações entre as pessoas, que possibilita um maior entendimento dos processos de funcionamento do pensamento. Ela é uma chave de entendimento do funcionamento de nossa personalidade, possibilitando processos terapêuticos com intuito de diminuir o sofrimento psíquico, ansiedade, depressão, autoconhecimento e descobrimento de si mesmo, e assim por diante.

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    Aquele que decide se dedicar à terapia psicanalítica pode experimentar a possibilidade de encontrar a si mesmo durante a caminhada da vida, entender melhor suas características, elaborar as memórias dolorosas de modo a transformar as consequências destas vivências, ressignificando o entendimento anterior e colocando a si mesmo em uma posição de maior sabedoria própria de reflexão sobre si mesmo e de paz interior.

    Sendo uma chave que permite elaborar memorias recalcadas mas que continuam produzindo seus sintomas na vida atual do paciente, permitindo elaborar estes pensamentos disfuncionais, almejando melhorar a qualidade de vida.

    O presente artigo foi escrito por Túlio Rocha ([email protected]). Túlio possui Mestrando em Educação da UFLA, Pós-graduando em Teoria do Direito e Filosofia do Direito (PUC-MG), Bacharel em Direito (PUC-MG), é escritor, autor, discente do programa de formação em psicanalise do IBPC e artista plástico.

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