significado de psicodélico

Psicodélico: significado em psiquiatria e artes

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Psicodélico é um termo aplicado em diversos contextos, ou seja, é um conceito versátil, aplicado tanto no campo da psicologia, quanto da arte e cultura.

Em termos psiquiátricos, o termo é aplicado na descrição de substâncias que alteram a consciência humana, como ácido lisérgico (LSD), psilocibina (mushrooms), entre outros.

Psicodélicos são substâncias que alteram a percepção, a cognição e a consciência. Eles atuam no cérebro, alterando a atividade de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.

Ao passo que, sobre cultura e arte, o termo psicodélico foi usado para descrever estilos artísticos, como o surrealismo, o expressionismo abstrato e o movimento hippie, que procuram explorar as experiências psicoativas através da arte.

Nesse sentido, com este artigo, vamos trazer o significado do termo psicodélico dentro desses dois campos, bem como seus usos e aplicações!

Significado de psicodélico no dicionário

No dicionário, psicodélico é um adjetivo que se refere aquilo que causa alucinações ou alterações na percepção das pessoas. Por extensão, ao campo da arte, se refere aquilo que, de alguma forma, imita o efeito criado por alucinógenos.

Ainda, pode se referir ao excesso de cores e ausência de padrões que são habituais. Ou seja, um local, decoração, roupa, maquiagens, etc. que traz cores vivas, diferentes do que se é utilizado comumente.

Contudo, a psicodelia é uma expressão da mente que produz efeitos profundos sobre a consciência. O termo “psicodelia” é derivado das palavras gregas psique (ψυχή – alma) e delein (δηλειν – manifestação).

Em suma, A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de elementos da mente nunca antes vistos, incomuns ou pela sua exuberância criativa.

O que é psicodélico?

Psicodélico resumido

Criou-se o termo psicodélico na década de 60, época em que as drogas alucinógenas, como LSD, começaram a surgir, causando alterações na percepção e efeitos alucinógenos.

Psicodélicos são substâncias que alteram a percepção, a cognição e a consciência. Eles atuam no cérebro, alterando a atividade de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.

Entretanto, o termo psicodélico também é usado para descrever todas as experiências, estilos de vida e cultura que exploram a mente e as possibilidades de consciência. Essas experiências incluem a exploração de novas formas de:

  • arte;
  • música;
  • pensamento;
  • filosofia;
  • espiritualidade;
  • terapia e outras áreas criativas.

O psiquiatra britânico Humphry Osmond foi o responsável por introduzir o termo “Psicodélico” em 1957, descrevendo-o como “o que revela a mente”.

Esta condição descreve um estado psíquico alterado, sob a influência de alucinógenos, onde o indivíduo tem acesso a percepções mentais desconhecidas anteriormente.

Psicodélico Humphry Osmond

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    Portanto, psicodélicos podem produzir sensações semelhantes ao sonho, psicose e êxtase religioso, alterando a consciência.

    Ainda, o termo também está intimamente ligado a festas, onde sua decoração envolve ambientes formados com objetos “psicodélicos”, que objetivam “atrair” a mente das pessoas, como, por exemplo, as chamadas “Rave”.

    Substâncias psicodélicas

    As drogas psicodélicas mudam a maneira como a pessoa sente, vê e pensa. É o caso do LSD (conhecido como ácido lisérgico), MDMA (ecstasy), psilocibina (substância contida nos cogumelos alucinógenos), ketamina, ayahuasca, entre outras. Sobretudo, estas substâncias podem desencadear alucinações, mudanças na percepção e consciência.

    Além dos efeitos imediatos, o uso de psicodélicos também pode ter efeitos a longo prazo. Alguns estudos sugerem que o uso de psicodélicos pode estar associado a um risco reduzido de depressão e ansiedade.

    Outros estudos sugerem que o uso de psicodélicos pode levar a mudanças positivas na personalidade, como um aumento da empatia e da criatividade.

    A maioria dessas drogas interfere no sistema serotoninérgico, influenciando a forma como o cérebro lida com a serotonina, um dos neurotransmissores mais significativos para o manejo de distúrbios mentais.

    No geral, as substâncias psicodélicas são consideradas ilegais porque existem muitos riscos associados ao seu uso. Tendo em vista que elas podem causar efeitos colaterais graves, como alucinações, confusão mental e comportamento imprevisível.

    Além disso, as substâncias psicodélicas podem ser altamente viciantes e podem levar à necessidade de aumentar a dose para obter os mesmos efeitos. No entanto, algumas substâncias psicodélicas estão sendo estudadas para fins medicinais.

    Sobremaneira, acredita-se que as substâncias psicodélicas também podem contribuir para o tratamento de distúrbios mentais, mas é necessário realizar estudos aprofundados para verificar a eficácia e segurança delas.

    Psicodélicos na psiquiatria

    Desde o final do século passado, retomou-se o uso de psicodélicos como forma de tratamento na psiquiatria, um campo de estudo.

    Assim, traremos aqui informações sobre a ciência psicodélica, conforme artigo publicado pela fundação Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), fundação pública federal vinculada ao Ministério da Economia.

    As várias pesquisas realizadas demonstram que o uso de psicodélicos para tratar distúrbios psiquiátricos como a depressão e traumas pode ser mais eficaz do que os tratamentos e medicamentos usuais.

    Nesse sentido, estudos apontam que os psicodélicos também apresentam vantagens adicionais, como alívio mais rápido dos sintomas, necessidade de menos doses de drogas e tratamentos de curta duração.

    Dimensionando os riscos de forma mais realista, a pesquisa tem apresentado resultados promissores sobre o uso dessas substâncias para tratamento de doenças comuns e com alto impacto, como depressão, ansiedade, transtornos de trauma, alcoolismo, tabagismo, dependência química e comportamento compulsivo.

    Porém, as respostas farmacológicas e terapêuticas atuais se mostram, na maioria dos casos, insuficientes ou inadequadas para lidar com esses problemas.

    Cultura e arte psicodélica atualmente

    A cultura psicodélica, apesar de fragilizada, ainda existe. No entanto, fatores políticos e sociais, assim como mudanças culturais como a decadência do rock, influenciaram-na.

    Paralelamente, tem-se a liminaridade, também conhecida como “espaços liminares”, que surgiu como uma alternativa à cultura psicodélica, cada vez mais presente na internet. Esta tendência tem ganhado força ao longo dos anos, possibilitando o surgimento de novas formas de expressão.

    Em suma, Liminaridade se refere ao processo de mudança entre estados, ao passar de um plano para o próximo, como, por exemplo, de um estado de realidade para outro. Este processo de mudança é, na verdade, uma passagem entre mundos, como um corredor que liga dois estados distintos.

    O conceito de liminaridade foi introduzido pela primeira vez numa creepypasta da internet chamada backrooms, que se tornou extremamente popular. Esta popularidade gerou uma subcultura da psicodelia, que foi chamada de “liminal spaces“, que se concentra no estudo da transição entre planos e entre mundos.

    Psicodélico e a Arte surrealista

    A partir do início do século XX, a arte surrealista surgiu como um movimento revolucionário. Os surrealistas da época acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão, indo além da realidade cotidiana e expressando o mundo do inconsciente e dos sonhos.

    Nesse sentido, é uma de arte psicodélica considerada um dos movimentos mais importantes da história da arte moderna. Basicamente, o surrealismo pode ser visto como a versão visual da psicodelia.

    Assim, a variedade de cores, os traços e emoções presentes em obras surrealistas e seus próprios ideais são semelhantes ao que mais tarde seria conhecido como psicodelia.

    Considerações finais

    Portanto, o termo psicodélico tem raízes tanto na psiquiatria quanto nas artes. Na psiquiatria, usa-se o termo para descrever o estado de consciência alterada, ou transe, que substâncias químicas ou naturais causam para fins terapêuticos.

    Na arte, usa-se o termo para descrever obras que estimulam a imaginação, criatividade e intuição através de efeitos psicodélicos.

    Em ambos os casos, a ideia por trás do termo é a de criar um estado de consciência alterado que permite que as pessoas explorem novas maneiras de ver a realidade e que permita que elas tenham novas experiências.

    O uso consciente, responsável e dentre da legalidade, de substâncias psicodélicas, pode ajudar as pessoas a se conectarem com o seu eu interior e a alcançar um estado de consciência mais profundo e significativo.

    Por outro lado, a arte psicodélica pode ajudar as pessoas a expandirem sua consciência e a ampliarem sua percepção de mundo.

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