psicopatia infantil

O que é Psicopatia Infantil: manual completo

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Numa realidade tão conturbada quanto a que vivemos hoje, os psicopatas estão cada vez mais fazendo parte do noticiário. Neste trabalho, abordaremos o tema da psicopatia infantil, por entendermos que grande parte da sociedade não consegue visualizar uma criança com esse transtorno. Dada a conjuntura cada vez mais caótica em que vivemos hoje, tratar do assunto é muito relevante. 

O artigo que você lerá hoje é uma adaptação de uma monografia. A autoria é de José da Silva, que concluiu a nossa formação completa em Psicanálise Clínica 100% online. Neste trabalho, você terá acesso a uma reflexão muito completa sobre como a psicopatia se desenvolve na infância.

É importante, de início, reforçar que é preciso cuidado nas definições ou diagnósticos. Cada caso é único, e precisa ser analisado no contexto, por profissionais capacitados.

Introdução: sobre a psicopatia infantil

Segundo pesquisa da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, 4% da população mundial é composta de psicopatas, o que revela o grau elevado de violência que a sociedade enfrenta por conta de um transtorno mental. A indústria cinematográfica explora de forma intensa esse tema, trazendo história estarrecedoras que acontecem em toda parte do mundo, onde a psicopatia tem ganhado o seu destaque.

Contudo, há algo que não podemos esquecer: o adulto psicopata já foi criança e, infelizmente, o índice de transtornos de conduta na infância tem crescido assustadoramente. Tendo isso em vista, a partir do significado da psicopatia bem como suas características é que abordaremos também esse transtorno na infância.  Para isso, discutiremos os fatores promotores dessa disfunção, buscando também um possível diagnóstico.

Para embasar o assunto, usaremos como exemplos histórias que ocorreram com crianças que cometeram atrocidades. Ademais, exploraremos o que o nosso código penal diz sobre esse assunto e recomendaremos como assistir uma criança ou adolescente legalmente. Trata-se de algo que temos que estabelecer do ponto de vista legal, já que o tratamento envolve questões como a integridade física do indivíduo. Contudo, como realizar a intervenção?

O que é psicopatia?

Segundo definição do dicionário eletrônico, psicopatia é um Distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência”.

Sobre isso, David Zimerman escreveu que “…a psicopatia pode ser vista como um defeito moral, porquanto esse termo designa um transtorno psíquico que se manifesta no plano de uma conduta anti-social.” Ademais, a psicopatia foi reconhecida pelo pai da psiquiatria, Philippe Pinel, um médico francês, que identificou o transtorno ainda no século XIX.

Os estudiosos notaram que alguns pacientes tinham uma tendência na prática de atos impulsivos e de alto risco, sendo preservadas toda capacidade de raciocínio. Após aprofundamento de seus conhecimentos criou-se um padrão que possibilitou a classificação para diagnosticar de uma forma precisa desse transtorno. Não confundir psicopatia e psicose:

  • o psicopata é caracterizado pela falta de remorso e impetuosidade,
  • diferindo da pessoa psicótica, que é aquela que tem personalidade ou patologia relacionada à psicose, como no caso de paranoia e alucinação.

O psicopata tem falha de integração da emoção com os sentidos das palavras. Desenvolve, e muito bem, o que lhe convém pois é extremamente egoísta. O que ele não consegue ter é empatia por outras pessoas, pois busca situações que estimulem a produção de adrenalina.

Os exemplos mais comuns, segundo o psicanalista David Zimerman, os psicopatas são “…os de sujeitos que roubam e assaltam, mentem, enganam e são impostores, seduzem e corrompem, usam drogas e cometem delitos, transgridem as leis sociais e envolvem os outros.”

É possível detectar a psicopatia em crianças?

Detectar a psicopatia na infância é como buscar sinais sutis em um oceano misterioso. É muito precoce determinar alguém como psicopata ainda nos primeiros anos de vida. Há que se ter cuidado e prudência. Muitas vezes, a criança está em uma situação de carência e vulnerabilidade que a leva a dar sinais assim. Além disso, a mente infantil está em desenvolvimento contínuo. Aspectos da convivência social e da empatia são competências cognitivas que podem ser apreendidas.

Tabela 1: Sinais Comuns de Psicopatia Infantil

Sinal Observado Contextualização
Falta de Empatia Demonstração mínima de consideração pelos sentimentos alheios.
Manipulação Uso de comportamentos astutos para influenciar os outros.
Agressividade Comportamentos violentos ou hostis recorrentes.
Ausência de Remorso Falta de arrependimento após causar dano aos outros.
Mentira e Enganação Frequente fabricação ou distorção da verdade.
Charme Superficial Facilidade para encantar os outros superficialmente.
Problemas Disciplinares Dificuldades recorrentes com regras em ambientes como a escola.
Insensibilidade Falta de resposta emocional em diversas situações.
Impulsividade Ações realizadas sem consideração adequada das consequências.

Infelizmente, um psicopata tem a origem do transtorno ainda na infância. Por mais duro que seja e assustador que pareça, a psicopatia infantil é real. O chefe da Psiquiatra Infantil, Fábio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro, expressou: 

“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais e até MATAM! Isso mesmo. Elas podem matar”. (O aprendiz, Outubro 2012)

A ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria – fez uma pesquisa e detectou que cerca de 3,4% das crianças apresentam problemas de conduta. Para realizar o diagnóstico, observa-se por exemplo a crueldade com animais, a briga, o furto e o desrespeito. Quando há agressões também, o estado é ainda mais preocupante.

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    Diagnóstico: sinais e características da criança com psicopatia infantil

    O histórico de relacionamento, desde o nascimento, pode ser o começo para um diagnóstico. Nesse caso, é importante prestar atenção a comportamentos da criança. São sinais que podem parecer e depois desaparecer. Ora visíveis, ora latentes. Esses sinais podem manifestar-se por meio de:

    • Choro excessivo, com o objetivo de manipular os adultos;
    • Crises frequentes de birra quando contrariada;
    • Mentir e incitar ou participar de intrigas frequentemente;
    • Inventar histórias de forma caluniosa;
    • Amor por perigo e aventura, sem limites dos riscos envolvidos;
    • Crueldade com animais,
    • Falta de empatia,
    • Agressividade excessiva com coleguinhas ou os pais,
    • Traços chantagistas, muitas vezes ameaçando “fugir de casa”, destruir algo ou fazer mal contra si mesmo,
    • Outros tipos de comportamentos manipulativos,
    • Ausência de manifestação de arrependimento ou remorso,
    • Insensibilidade emocional para com fatos externos,
    • Dificuldade em estabelecer relações autênticas.

    Lembrando que alguns desses sinais isoladamente não podem ser sinais conclusivos. É a ocorrência da maioria desses sinais numa mesma criança o que acenderá o sinal de alerta. Muitas vezes, os pais ou familiares criam ambientes opressivos contra a criança, e ela se manifestar com alguns desses sinais é uma forma de defesa ou um grito por socorro.

    Como um narcisista incontestável, o egoísmo que uma criança pode apresentar como próprio de sua idade vai desaparecendo. Assim, existe uma fase em que todas as crianças parecem um pouco egoístas, mas nas crianças de desenvolvimento típico ela tende a sumir ou ir se ajustando às normas à medida que passa o tempo. É quando a criança aprende e amadurece. 

    No desenvolvimento da criança que manifesta a personalidade psicopata, há dentro dela um egocentrismo persistente. Assim, ela permanece inflexível perante os outros, surgindo muitas vezes como líder intimidante em seu grupo, pois o único objetivo é gratificar seus próprios interesses.

    Dado que esse pode ser tanto um transtorno quanto um problema de relacionamento, é muito delicado o diagnóstico de uma criança ou adolescente. Assim, é válido questionar como fazer o diagnóstico correto de psicopatia infantil e identificar quando uma criança pode ser considerada perigosa. Falaremos disso a seguir.

    Genética versus ambiente

    Cientificamente falando, não se provou que crianças nasçam e sejam psicopatas. No nascimento, toda composição genética é herdada de nossos pais e antepassados. Um bebê não nasce psicopata, mas pode ter tendências e predisposições genéticas ao distúrbio, devido os genes que regulam a quantidade de neurotransmissores responsáveis por variadas sensações que se expressam no cérebro.

    Contudo, é necessário ter em mente que nenhum gene age no vácuo, pois precisa interagir com o ambiente de alguma forma. Com relação a isso, Howard Friedman e Miriam Schustack, autores do livro “Teorias da personalidade” dizem que “Qualquer gene precisa, para haver a chamada expressão adequada, de determinadas circunstâncias externas, sejam bioquímicas, sejam físicas, sejam fisiológicas”. 

    Então, se uma criança se encontrar num ambiente hostil, violento, com carências afetivas e de recursos, o desenvolvimento da psicopatia infantil é provável. Ambientes problemáticos são um campo fértil para o transtorno de conduta. 

    Fatores causadores da psicopatia infantil

    O ambiente

    A teoria ambiental sugere que o contexto no qual a criança está imersa é fundamental para o florescimento ou mitigação de traços egoístas. É como o solo no qual uma planta cresce, podendo ser fértil ou inóspito, influenciando diretamente sua saúde e desenvolvimento.

    Há quem argumente que a semente da psicopatia é plantada pela genética. No entanto, essa semente não necessariamente germinará e crescerá sem a presença de certos fatores ambientais. A genética fornece o potencial, mas o ambiente modela sua manifestação.

    Genética

    Psicopatia e sociopatia são como irmãos no espectro dos distúrbios de personalidade:

    • psicopatia é muitas vezes vista como inata (desde o nascimento),
    • enquanto a sociopatia é vista como resultado de fatores culturais e de rela(ambientais).

    O neurologista Jorge Moll, coordenador da Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental da Rede Labs-D´Or, no Rio de Janeiro, contesta a afirmação acima. Segundo ele, “diversos estudos com gêmeos idênticos crescidos em ambientes separados mostram que apresentaram os mesmos sintomas de psicopatia”.

    Contudo, também há estudos, com gêmeos idênticos, que foram criados na mesma família, mesmo local, mesma cultura, mesma casa, mas em que só um exibiu esse transtorno. O assunto é complexo no ponto de vista da ciência, mas sabemos que parece haver uma predisposição genética para o desenvolvimento  do transtorno.

    Hormônios

    Uma outra hipótese é a que faz alusão ao papel de hormônios no desenvolvimento da psicopatia infantil. É o caso da testosterona,  por exemplo. Ou ainda, o estudo das anomalias nas estruturas cerebrais.

    Traumas

    Por outro lado, se destaca a importância das consequências que uma infância repleta de maus tratos pode ter. Sem contar ainda com o fator social, que também é uma teoria em voga. De acordo com essa perspectiva, quando os princípios éticos e morais são relaxados, fomentam também a inclinação psicopática.

    Tendo tudo isso para considerar, é possível afirmar que os fatores biológicos e genéticos são os responsáveis pelas anomalias sofridas pelos psicopatas em relação a sua incapacidade de sentir empatia. Contudo, também devemos observar os fatores sociais, como o ambiente hostil, traumas e a atuação dos pais. Todos esses elementos influenciam o comportamento da criança.

    Algumas crianças que sofreram com psicopatia na história

    Beth Tomas

    O caso mais famoso e que acabou transformando em filme é o caso de Beth, uma menina de rosto angelical, porém que demonstrava traços extremos de uma personalidade fria e cruel. Ela foi adotada em 1984 por um casal que não podia ter filhos, junto com seu irmão. Devido a alta agressividade com que a menina maltratava animais, tentava matar também seu próprio irmão.

    Nesse contexto, foi descoberto que sua infância foi traumática, pois a mãe morreu no parto e ela e seu irmão foram cuidados pelo pai. Contudo, este cometeu diversos abusos contra as crianças. A menina também tentava matar os pais e dizia que queria que a família inteira morresse, pois não sentia nada por eles. Como um dia ela já havia sido machucada, teria entendido que deveria machucar as outras pessoas também.

    Com todo o estudo sobre o distúrbio, ficou evidente que o problema tinha uma ligação direta com o trauma sofrido nos primeiros anos de sua infância. Atualmente, pouco sabe-se de sua vida adulta, mas não há nenhum relato de que ela cometeu algum assassinato e, até onde se sabe, ela vive uma vida normal hoje em dia.

    Mary Bell

    Vinda de um lar totalmente desfigurado, a mãe de Mary era uma prostituta que tentou por várias vezes assassinar a filha indesejada. Por esse motivo, despertou na filha o ódio e com ela a frieza. Em 1968, com 10 anos de idade, a menina assassinou duas crianças de 3 e 4 anos de idade. As duas foram encontradas estranguladas e Mary não demonstrou nenhum tipo de remorso . Nesse contexto, o mais curioso é que ela tinha a exata noção de suas atitudes.

    Sua infância conturbada tornou Mary Bell uma criança violenta, fria e sem emoções. Ela torturava animais constantemente e quando aprendeu a ler e a escrever, pichava muros e incendiava objetos. Mary Bell ficou em uma instituição psiquiátrica por 11 anos. Hoje em dia ela leva uma vida normal, tem sua identidade protegida, mas sabe-se que ela também é mãe e avó.

    Sakakibara Seito

    Em 1997, no Japão, crianças estavam sendo encontradas mortas com características brutais em seus assassinatos.

    Após o desaparecimento de um estudante de 11 anos em frente ao portão do colégio em que estudava, sua cabeça foi encontrada três dias depois com um bilhete escrito dentro de sua boca que dizia: “Isso é o começo do jogo…Policiais detenham-me se puderem… Desejo desesperadamente ver pessoas morrendo. É uma excitação para mim, assassinar’’.

    Um mês depois, o assassino enviou uma carta ao jornal local que dizia: ‘’Estou pondo minha vida em risco por esse jogo. Se for pego, provavelmente serei enforcado. A polícia deveria ser mais tenaz e mais furiosa em minha busca. Só quando mato que sou liberado do ódio constante que sofro e posso alcançar a paz.’’ Em 28 de junho de 1997, a polícia conseguiu prender o suspeito em sua casa.

    Ele tinha apenas 14 anos e ficou conhecido como Garoto A. Passou 6 anos em um hospital psiquiátrico e foi liberado.

    Assistência à criança: como lidar e dar apoio?

    Lidar com crianças que apresentam traços de psicopatia requer paciência, compreensão e estratégias específicas. Assim, será possível guiar o comportamento da criança em uma direção construtiva e harmoniosa, permitindo que sua música interior flua de maneira positiva.

    De acordo com o Código Penal, artigo 27, em caso de crimes cometidos por uma criança, para efeitos legais trata-se de algo imputável. No entanto, como proceder em casos onde crianças cometem crimes bárbaros, hediondos, sem nenhum sentimento ou remorso? Em entrevista informal com o M.M. Juiz de Direito Thiago Baldani Gomes de Filippo, este responde que não existe no Brasil formas de punição à criança criminosa.

    Entretanto, há formas de proteção e assistência que se encontram elencadas no art. 112 do ECA. Tratando-se de psicopatia infantil, o objetivo do Estado não é punir a criança, mas sim protegê-la e tratá-la. 

    Prevenir a psicopatia infantil é também possível. Isso porque marcar uma criança como “psicopata” é contraproducente. O ideal é identificar um quadro de potenciais sinais e favorecer o ambiente dentro e fora de casa, para um melhor desenvolvimento da criança.

    Aprendizado

    Esta teoria enfatiza a maleabilidade do cérebro infantil. Como argila nas mãos de um escultor, o cérebro pode ser moldado por experiências. A criança não deve crescer só dentro de casa, isolada do mundo.

    A maneira como as crianças são educadas, os valores que lhes são transmitidos, e as expectativas que lhes são impostas, todas essas pinceladas contribuem para o quadro final da personalidade.

    O ambiente de convívio com vizinhos, escola e outros círculos sociais potencializa a empatia. Além disso, psicopedagogia, psicoterapia ou psicanálise infantil podem ajudar a criança a amenizar o lado mais sombrio deste perfil comportamental.

    Tratamento

    Tendo em vista tudo que já discutimos, você pode se perguntar se existe tratamento para psicopatia infantil. A resposta é sim, existe. No entanto, por se tratar de um transtorno de personalidade, ficam limitadas as possibilidades de tratamento.

    Cada caso deve ser visto de uma maneira única, pois, uns são mais graves, outros leves e no geral, não tem como ter expectativas de uma cura total ou uma mudança radical na vida de uma criança.

    Assim, podemos trabalhar para que ela seja controlada moderadamente. Segundo Garrido Genovés (2005), quanto mais cedo se detecta o problema, seja com 8 ou 9 anos, as expectativas de sucesso aumentam. Ao participar de um tratamento intensivo, a criança alcançará uma convivência razoável na sociedade.

    Medidas legais

    Em casos de homicídio ou outros crimes cometidos, aplica-se o disposto no artigo 101 no que diz respeito ao acompanhamento psicológico da criança. Já nos casos de infratores com mais de 12 anos, já se é possível aplicar as medidas socioeducativas previstas em lei, tais como a internação na Fundação Casa.

    O M.M Juiz também explica que em países com leis mais rigorosas, como em alguns estados dos EUA, os casos de psicopatia infantil podem ser punidos inclusive com a pena de morte. Ademais, o menor pode ser julgado como um adulto dependendo da gravidade do crime cometido.

    Tabela 2: Estratégias de Intervenção (como lidar)

    Estratégia possível Contextualização
    Psicoterapia ou psicanálise infantil Foco na modificação de comportamentos problemáticos.
    Estratégias Parentais (dos pais) Orientação sobre manejo e estabelecimento de limites.
    Intervenção Escolar Suporte e adaptações no ambiente educacional.
    Terapia de Família Foco na dinâmica familiar e comunicação.
    Avaliação Psiquiátrica Análise detalhada da saúde mental da criança.
    Medicamentos (se necessário) Uso criterioso para manejar sintomas específicos, receitado por psiquiatra.
    Grupos de Suporte ou Apoio Espaços para compartilhamento, convívio e aconselhamento entre pais.
    Técnicas de Relaxamento Ferramentas para ajudar na autorregulação emocional.
    Educação Sócio-Emocional Desenvolvimento de habilidades sócio-cognitivas / emocionais.

    Revisão do que vimos sobre psicopatia infantil

    Podemos observar neste trabalho que crianças podem ser sim psicopatas. Na realidade, esse problema de psicopatia infantil deriva de um transtorno de personalidade. Para estudar essa questão tão delicada, diversas linhas de estudos surgiram. Vimos que uns apontam para o fator genético, mostrando que uma criança quando nasce já vem predisposto geneticamente, bastando o meio onde vive para que seja ativado os neurônios.

    Contudo, outros estudos defendem que a grande causa é o fator social, o meio em que se vive, os traumas de infância, construindo assim uma criança distorcida em sua personalidade. Assim sendo, o assunto está longe de ter uma conclusão, pois o problema da psicopatia infantil pode derivar de uma causa ou da outra, ou das duas.

    Esperamos ter deixado evidente que quando há em uma criança manifestações e sinais do transtorno de personalidade, esta deve ser acompanhada constantemente por psiquiatras para tratar o transtorno. Só assim será possível atenuar seu desenvolvimento. 

    Considerações finais

    Com o relato de algumas crianças na história recente, envolvidas diretamente com mortes hediondas e satisfação dos mesmos, vemos com muito temor o crescimento, devido à forte violência que vivemos hoje, de crianças que matam, ferem e cometem todo tipo de crimes. Não podemos esquecer que o psicopata é um narcisista que só se preocupa consigo mesmo.

    O código Penal, com o Estatuto da Criança e Adolescente, coloca a criança como imputável, cabendo algumas medidas protetivas em casos que envolvam crianças assassinas, proporcionando caminhas para que elas sejam assistidas de maneira coerente e profissional. O tratamento é muito difícil para alguém já em estágio avançado, mas não impossível quando se detecta precocemente.

    Em casos extremos, a internação e remédios são utilizados, além da terapia levando o paciente a um mínimo de convivência com a sociedade.  Consideramos então que a psicopatia infantil (transtorno de personalidade) é uma questão real e que, quanto mais cedo detectamos esse transtorno, mais fácil fica em tratar e acompanhar a criança. Isso é fundamental para que os adultos não cometam tantos crimes bárbaros que a mídia nos relata todos os dias.

    Esperamos que tenha gostado desse artigo sobre a psicopatia infantil de acordo com uma abordagem psicanalítica. Para aprender a abordar temas espinhosos da teoria psicanalítica assim como nosso aluno José da Silva, matricule-se em nosso curso. A formação em Psicanálise Clínica EAD fará a diferença não só em termos de aprendizado, mas também de evolução profissional.

    O trabalho original foi escrito pelo concluinte José da Silva, e os direitos do mesmo ficam reservados ao autor.

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