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Psicoterapeuta: o que é, o que faz?

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Atualmente o psicoterapeuta, seja de qual linha for, tornou-se uma grande aliado no controle, tratamento e prevenção de doenças não apenas da mente, mas também do corpo físico.

Há muito tempo sabe-se que o ser humano não é composto apenas de matéria, mas também de energia e que nossos sentimentos mais profundos e arraigados podem somatizar-se em nosso corpo transformando-se em doenças.

Dessa forma, a mágoa e o rancor podem somatizar-se em um câncer, a raiva em uma úlcera estomacal e os segredos mais bem recalcados podem querer “escapar” como alergias e erupções de pele.

O psicoterapeuta

Embora a medicina tradicional ainda não aceite completamente essa ideia, já existem muitos profissionais com a mente aberta que indicam outros tipos de terapias a seus pacientes como forma complementar ao tratamento convencional. Além disso a psicoterapia está indicada para resolução de conflitos pessoais, momentos de crise existencial, fases de transição como luto, adolescência, menopausa e autoconhecimento em geral.

O psicoterapeuta é a pessoa mais indicada para auxiliar nesse momento já que estudou técnicas terapêuticas já comprovadas. Além disso, ele possui a capacidade de ouvi-lo sem julgamentos e demonstrar pontos de vista diferentes dos que está acostumado. Porém, para que tudo isso seja possível e a psicoterapia tenha sucesso é primordial a elaboração de um bom vínculo entre paciente e terapeuta. Deve haver confiança e transmissão de segurança.

O psicoterapeuta deve compreender o modo como o cliente elabora seus vínculos assim como a forma em que está inserido na teia de relacionamentos. Em psicanálise, Freud trouxe o conceito de transferência, que é o ato do cliente atribuir inconscientemente características de outras pessoas ao seu analista que passará a representá-las ao cliente. Essa transferência pode ir modificando-se ao longo da terapia, podendo ser inicialmente a mãe, depois o pai, algum irmão, cônjuge, etc.

Freud e o psicoterapeuta

Segundo Freud, a transferência tinha como objetivo satisfazer as necessidades daquela pessoa confundindo a pessoa do psicanalista com alguém que fez falta no passado. Também seria uma forma de resistência como dissimulação para impedir que as verdadeiras questões pudessem emergir do inconsciente.

De qualquer maneira, o fenômeno da transferência não é exclusivo do atendimento psicanalítico, podendo ocorrer em todas as relações do cotidiano. Ou você nunca se sentiu acolhido por alguém como se fosse um filho ou teve aversão a alguém que lembrava seu padrasto?

Pois bem, a diferença é que no atendimento psicanalítico a transferência será utilizada pelo psicanalista como ferramenta de trabalho, permitindo que ele possa compreender como o cliente vivencia seus relacionamentos e onde estão os entraves e bloqueios dos quais se queixa.

Psicoterapeuta e a contra-transferência

Em contrapartida ocorre o fenômeno da contra-transferência que seria a resposta emocional do psicanalista às projeções realizadas pelo cliente. Ocorre de modo irracional e inconsciente e decorre dos conflitos psíquicos não resolvidos por este.

Caso o psicanalista não fique atento a esse fenômeno ou não consiga superá-lo, a análise deverá ser interrompida e o cliente encaminhado a outro profissional.

Por isso é imprescindível que o psicanalista esteja sempre com sua própria análise em dia, conheça seus medos e bloqueios para que possa lidar com eles da melhor forma possível e dessa forma consiga ajudar seu cliente.

A repressão

Outro fenômeno também trazido por Freud foi o da resistência que seria uma medida de repressão do conteúdo que ameaça ser descoberto pelo analista. O cliente, mesmo dizendo que deseja sua cura, ao chegar no cerne da questão, que ele próprio já sabe e não admite a si mesmo, tentará de todas as formas ocultá-la e enganar a si mesmo como vem fazendo ao longo da vida.

Continuará inventando desculpas para que, dessa forma, inconscientemente, possa manter a neurose com a qual já está acostumado. Caberá ao analista mostrar isso ao cliente, porém a opção para sair desse ciclo será somente da própria pessoa que busca ajuda.

Tem uma frase do filósofo Séneca que gosto bastante em que ele diz: “Faz parte da cura o desejo de ser curado”. Precisamos refletir sobre isso.

Considerações finais

Saber se realmente estamos dispostos a desapegar das crenças, comportamentos e situações que nos adoeceram. Na maior parte das vezes não queremos abandoná-las pois fazem parte da nossa zona de conforto. Mudar comportamentos e lançar um novo olhar para a vida é difícil, dá trabalho e dói bastante, porém a recompensa compensará os esforços.

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    Tiraremos um peso dos nossos ombros o que culminará em um melhor aproveitamento da vida. Vamos dar atenção e gastar energia com o que realmente importa, deixando as ninharias de lado. Já parou para pensar em quanto tempo gastamos com preocupações inúteis? Quantos pesos desnecessários carregamos?

    Quando finalmente atingirmos essa libertação conseguiremos até rir de coisas que acreditávamos ser um problema! Aceitaremos nossas imperfeições e não buscaremos mais a aprovação dos outros para nos sentir um pouco melhor. Deixaremos de implorar por migalhas de afeto para nos suprir com amor próprio. Chama-se amadurecimento. E um dia ele chega.

    O presente artigo foi escrito por Letícia Almeida([email protected]). Mãe, enfermeira, apaixonada pela psicanálise e pelos enigmas da vida e da mente humana.

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