resumo de psicanálise

Resumo de Psicanálise: sexualidade, transtornos e instâncias da mente

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Vamos trazer um  resumo de psicanálise e a visão de um formando em psicanálise a respeito da teoria criada por Sigmund Freud.

Um  resumo de psicanálise

Esta abordagem é relevante porque as percepções e sensações de mundo e isso engloba também, por óbvio, o conhecimento adquirido, são únicas e, portanto, a visão de um iniciante na psicanálise pode ser tão distinta da abordagem de um psicanalista veterano, como as próprias observações entre os próprios novatos podem ser diversas. Partimos do princípio que esta abordagem, embora possa ser um ponto de partida para diversas opiniões, deve ser produzida através das impressões do autor deste material e assim, seja possível a exposição das ideias e entendimentos a partir das observações do mesmo.

Buscaremos neste trabalho demonstrar a grande contribuição da psicanálise, enquanto constructo teórico e prático na vida de milhões de pessoas através dos anos e sua importância até os dias atuais na cura de pacientes, a partir de sua abordagem do inconsciente e dos aspectos sexuais dos anos iniciais das pessoas, passando também pela organização psíquica e suas afecções psicogênicas.  
Abordaremos o nosso entendimento a respeito das fases iniciais da psicanálise, as criações, teses e desafios de Freud e na segunda parte, a compreensão a respeito das abordagens psicanalíticas em si; a clínica e suas formas de atuação, numa visão mais prática da psicanálise, mais voltada para o que acontece no setting analítico, mas sem nunca deixar de fora a história da psicanálise em si.

Resumo de Psicanálise: Como essa história começou

Sigmund Freud, médico austríaco, é tido mundialmente como o pai da psicanálise. A psicanálise iniciou-se no fim do século XIX. A psicanálise é considerada um campo teórico, onde os fundamentos iniciais permeiam a investigação de fatores sociais de determinado indivíduo, de forma que esta investigação se dá através do buscar conteúdos ocultos na mente deste paciente.
Para Freud, o imergir neste submundo do paciente, se daria através de uma busca no inconsciente dele e no que ele recalcou, no intento de esquivar-se do sofrimento que aquela situação lhe trazia naquele momento. Segundo preconizou Freud, a psicanálise consiste em deixar que o paciente fale sobre seus sintomas, e isso mesmo o levará a sua cura. Afirma desta maneira que, além da consciência, todos possuem um aspecto mental fundamental chamado inconsciente, onde estão nossos maiores desejos ocultos e que não devem ser postos para a sociedade e que também, não podemos satisfazê-los.

“A voz do intelecto pode ser baixa, mas não descansa até ser ouvida” (FREUD,1927, p.297).

Assim, como uma possibilidade prático-teórica de abordagem e ajuda ao paciente, a psicanálise divide-se em sua ocupação quanto a investigação dos fatos e sintomas através da associação livre; em uma abordagem desta associação livre, rompendo com as resistências, transferências e desejos do paciente e também, os métodos de trabalho através da sistematização dos dados obtidos.

O termo ” Psicanálise”

“Sobre a escolha do termo psicanálise, nada melhor do que dar a palavra àquele que forjou o termo ao mesmo tempo que identificava a sua descoberta: “Chamamos psicanálise ao trabalho pelo qual levamos à consciência do doente o psíquico recalcado nele. Por que ‘análise’, que significa fracionamento, decomposição, e sugere uma analogia com o trabalho efetuado pelo químico com as substâncias que encontra na natureza e que leva para o laboratório?
Porque, num ponto importante, essa analogia é, efetivamente, bem fundada. Os sintomas e as manifestações patológicas do paciente são, como todas as suas atividades psíquicas, de natureza altamente compósita; os elementos dessa composição são em última análise motivos, moções pulsionais. Mas o doente nada sabe, ou sabe muito pouco, desses motivos elementares”. (LAPLANCHE e PONTALIS, 1991, p. 384-386).

O início da trajetória de Sigmund Freud

Freud, formado em medicina pela Universidade de Viena e com especialização em psiquiatria, enfrentou uma série de barreiras e desafios no desenvolvimento do que ele mesmo viria a chamar futuramente de psicanálise. Talvez o primeiro dos seus desafios tenha sido justamente a sua formação, pois sentia que o tratamento convencional através da medicina, geralmente medicamentoso, poderia ser muito limitado para tratar as afecções da mente.

Assim, Freud passa a, sutilmente, porém de maneira constante, a aprimorar sua ideia de que não bastariam, apenas, tratamentos relacionados à medicina da época, para tratar dos problemas mentais das pessoas. Freud, então, começa a estagiar com o neurologista Jean-Martin Charcot, entre os anos de 1885 e 1886, a fim de aprender mais sobre a técnica de hipnose implementada pelo médico francês e que aparentemente apresentava um relativo sucesso.

Desta forma, Freud ao retornar para Viena, implementa as técnicas de hipnose em seus pacientes de distúrbios nervosos. Após diversas observações de casos, em seus pacientes e aplicação da hipnose, Freud percebe que pode controlar o aparecimento e desaparecimento de sintomas. Entretanto, Freud estava em busca de algo muito maior de que ter algum controle sobre o que os seus pacientes apresentavam; ele estava muito mais interessado em como aqueles processos se davam dentro da mente dos pacientes, o que ele queria mesmo saber era como aquele paciente chegou àquele estado psicológico e nem tanto em relação aos sintomas apresentados posteriormente ao que foi construído na mente.

A vida de Freud em um resumo de psicanálise

A virada de chave na vida de Freud foi quando ele se juntou ao médico Josef Breuer. Acompanhar Breuer possibilitou a Freud, entender e posteriormente aperfeiçoar, o que viria a ser chamado por ele de associação livre. Pode se dizer que a semente da associação livre nasceu com Breuer, ainda sem essa nomenclatura, obviamente, que seria dada por Freud. Digamos que Breuer percebeu sim que o falar fazia com que seus pacientes se livrassem de fantasias e alucinações, porém o foco era ainda muito nos sintomas e Freud traria uma nova abordagem, que seria o entender como aquilo se dava e sem foco na hipnose.

Porém, antes da associação livre como conhecemos hoje, Freud passou por uma breve etapa junto a Breuer, onde num misto de hipnose e associação livre, ambos trabalhavam numa técnica chamada método catártico, que consistia em relembrar cenas passadas e assim possibilitar o desaparecimento dos sintomas. A associação livre não consiste em rememorar cenas e sim, acima de tudo, permitir que o paciente fale, sem interrupções vazias e também sem julgamentos, para que assim, o próprio encontre sua cura e seu bem estar. Enfim, Freud foca na conversa normal, dando protagonismo ao paciente em relação ao psicanalista.
“A linguagem também reconhece essa diferença nas consequências psíquicas e físicas e, de modo bastante característico, designa como “agravo” precisamente o sofrimento suportado em silêncio. — A reação do lesado ao trauma só tem efeito inteiramente “catártico” quando é adequada, como a vingança. Mas o ser humano encontra na linguagem um sucedâneo para a ação, com o auxílio do qual o afeto pode ser “ab-reagido” quase do mesmo modo. Em outros casos, a própria fala é o reflexo adequado, como queixa e como enunciação de um segredo que atormenta (confissão!). Quando não ocorre semelhante reação por atos, palavras e, em casos mais leves, pelo choro, a lembrança do episódio conserva, a princípio, o realce afetivo”. (FREUD e BREUER, 2016, p.20)

Segunda parte da obra de Freud

Pode-se dizer que o batismo da psicanálise se deu em 1896, quando Freud cunha o termo PSICANÁLISE. A tentativa era decompor a fala do paciente, de forma que na junção daqueles fragmentos pudesse ser extraído o conteúdo que realmente importava, o conteúdo que Freud tratava como conteúdo latente da psique daquele indivíduo que lhe falava. Freud acreditava que os conteúdos sexuais e os posteriores recalques malfeitos, eram a pedra fundamental das afecções psicológicas de seus pacientes e isso custaria caro a ele, inclusive a destruição de algumas amizades importantes e o consequentemente afastamento de outros pensadores.

O isolamento ou a tentativa dele por parte de outros nomes importantes da época, não fizeram com que Freud desistisse de suas convicções e abordagens. Além do fato de perder pessoas importantes, mas manter suas certezas intactas, Freud foi além e não somente enfrentou as resistências dos antigos companheiros, como principalmente foi muito contestado por toda a sociedade da época.

O próprio Freud não se absteve de afirmar, que ele estava abrindo a terceira ferida narcísica na humanidade; na sequência: “o homem não é o centro do universo” – COPÉRNICO; a teoria da evolução – DARWIN; e a afirmação de Freud, que o homem não tem controle racional sobre tudo e a instância do inconsciente é muito mais forte e mais profunda do que apenas a “pontinha do iceberg” que seria o consciente e suas tomadas de decisões.

A arte de investigar

Ao passo que suas ideias avançam, Freud dedica cada vez mais tempo de sua existência a entender o funcionamento da mente humana e seus constructos. Freud era um homem muito à frente do seu tempo, ele não estava preso limitadamente aos sintomas em si; Freud era um curioso por natureza e conseguiu transmitir essa curiosidade de forma brilhante para sua obra.
A psicanálise nada mais é do que a arte de investigar, de querer saber, entender, como funciona a psique humana. A curiosidade é apenas, porém, a chama, o start, pois após este iniciar, este interesse em saber, existe uma obra gigantesca, fantástica e eternamente inacabada, simplesmente pelo fato de a mente humana não poder ser analisada de maneira universal, tampouco cabal.

Desta feita, tão fundamental quanto a abordagem dos fatores históricos da psicanálise e dos fatores que levaram a Freud criar sua própria linha de pensamento e atuação, é também entender como se dá a clínica psicanalítica em si e a sua abordagem nas até aqui conhecidas afecções psicológicas do ser humano. A psicanálise é um constructo em eterna formação, porém já conta com uma robusta e consolidada forma de atuação, preconizada por Freud e seguida por todos os profissionais, amantes da obra e da técnica de Freud, empenhados assim em mantê-la intacta e fazer com que ela seja seguida na sua maior completude possível.

Um resumo de psicanálise: aparelhos psíquico

Quando faz uma abordagem totalmente nova, sobre um novo tema para aquela época, o inconsciente, Freud revoluciona tudo o que sabia até então sobre a psicologia da humanidade. Sempre foi muito mais fácil para o homem entender, ou convencer-se de que ele tinha o controle sobre tudo e isso se dava obviamente através da consciência das coisas e dos fatos. A partir do momento em que Freud lança a sua “ferida narcísica” do inconsciente, ele cria uma ruptura não só na comunidade médica, mas em toda a humanidade, a tirando da zona de conforto conceitual de séculos, quiçá milênios.
Freud, não só afirma para o mundo que k, uma parte submersa e incontrolável, que não reconhece presente nem passado, tampouco se importava com as consequências de seus atos, como preconiza organizar a mente humana e esta organização não contempla apenas o consciente como se imaginava, mas também dois outros componentes: o pré-consciente e o inconsciente.

Assim, Freud divide a mente humana em (na sua primeira tópica):
  • Consciente: é o aqui, o agora, a consciência do mundo externo e interno do indivíduo.
  • Pré-consciente: composto tanto pelo consciente, como pelo inconsciente; não é o aqui e o agora, mas permite ser acessado pelo consciente.
  • Inconsciente: Conteúdos reprimidos, impulsivos e incontroláveis por si só e que não acessam diretamente o consciente e o pré-consciente.

O resumo de psicanálise e a estrutura psíquica

Freud, inquieto como de costume, propõe uma nova estrutura psíquica para além da sua primeira tópica. Surge, assim, a segunda tópica da psicanálise, segundo Freud; desta vez, a estrutura da mente humana não está mais dividida entre inconsciente, pré-consciente e consciente; a abordagem feita pelo psicanalista agora se dá, em:

  • ID: Instância mais profunda, a maior de todas e a que não se importa com a moral ou consequências, está sempre em busca de prazer.
  • EGO: É quem regula as necessidades de atender as demandas do ID e a rigidez do superego, o ego trabalha sempre a fim de evitar o sofrimento psíquico.
  • Superego: É o regulador moral da estruturação mental humana. Baseado em aprendizados e exigências culturais e sociais do meio.

Fases do desenvolvimento psicossexual

Freud defendia que as afecções psicogênicas eram advindas de conflitos psíquicos na história infantil sexual do sujeito. Desta forma, Freud preconiza que os conflitos na vida adulta eram decorrentes de experiências traumáticas, de cunho sexual na vida infantil e assim, geravam os sintomas atuais. Com a fundação do termo libido, para designar a energia dos desejos sexuais, Freud gera mais uma batalha com a sociedade da época, que via o sexo apenas como meio de reprodução.

Freud postula, assim, fases do desenvolvimento sexual desde o nascimento; são elas:
  • Fase oral: 0-2 anos, zona erotizada é a boca.
  • Fase anal: 2-4 anos, zona erotizada é o ânus.
  • Fase fálica: 4-6 anos, zona erotizada é o órgão genital.
  • Fase de latência: 6-11 anos, interesse em outras áreas (sociocultural).
  • Fase genital: > 11 anos, zona erotizada encontra-se externa ao corpo.

A organização psíquica: resumo de psicanálise

Dentre tantas outras, uma das principais virtudes de Freud era defender suas teorias e isso pode ser observado no tocante a sua defesa de uma, até então suposta, organização psíquica da mente humana. Focado na subjetividade humana individual (tese vinda de sua vivência clínica e suas inesgotáveis pesquisas), Freud preconizava que havia uma maneira de funcionar na mente humana, não universal, mas estruturada e que proporcionava assim a cada indivíduo condutas pessoais e até mesmo formas de sofrimentos diferentes.

Assim, Freud dividia a organização psíquica humana em três tipos de mecanismos básicos diferentes: Neuroses: É a base de estudos e aprofundamento principal da psicanálise freudiana. É tão ligado à história inicial da psicanálise, pelo simples fato de ser a base formadora da mesma; as neuroses para Freud eram justamente o que ele imaginava e preconizava, o fato das mazelas e sintomas das afecções humanas atuais serem baseados na dicotomia desejo x defesa, na infância.

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    “Freud mostrava-se incrédulo e descontente com os métodos pretensamente científicos empregados pelos neuropsiquiatras contemporâneos e resolveu empregar o método do hipnotismo com as suas pacientes histéricas, partindo do princípio de que a neurose provinha de traumas sexuais que teriam realmente acontecido na infância por sedução de homens mais velhos, mais precisamente os próprios pais”. (ZIMERMAN, 1999, p.22).

    Freud destacava constantemente em sua obra, 3 tipos de neuroses:

    • Fobia: Reações de medo, muitas das vezes incompreensíveis, causadas por algumas situações como objetos, lugares. Nem sempre requer contato, pode apresentar-se após, apenas, lembranças de situações fóbicas (para quem sofre).
    • Obsessão-compulsão: Acreditasse que a repetição de atos e ritos possa ter algum controle sobre o mundo exterior. Algumas pessoas inclusive acreditam que algo ruim pode acontecer-lhes, se não agirem de determinada maneira e assim repetem aquela situação incessantemente.
    • Histeria: Podendo ser de conversão (sintomas convertidos no corpo) ou dissociativa (atitudes desconexas e sem sentido, que podem gerar efeitos como ataques epiléticos, por exemplo).
    Já nas Psicoses, o Ego fragmentado sob o domínio do ID gera grande angústia e comprometimento funcional e social.

    Os três tipos de psicoses, propriamente ditas, são:

    • Esquizofrenia: Realidade alternativa criada pelo ID, observam-se alucinações.
    • Paranoia: Distorções na interpretação da realidade.
    • Melancolia: Objeto externo é incorporado e a tristeza vem da perda ou da possibilidade de perda.

    O método psicanalítico da associação livre e o  resumo de psicanálise

    O método psicanalítico contemporâneo, desde que Freud decidiu adotá-lo, é a associação livre. Com este método, os conteúdos do inconsciente são trazidos à consciência e assim, são eliminados os sintomas e resistências nos dias atuais. A associação livre consiste em um deixar o paciente falar o que lhe vier à mente, com o mínimo possível de interrupções e livre de julgamentos ou conceitos e convenções que o analista julgue certas ou erradas.

    Como já vimos em organização psíquica, para Freud e por conseguinte para a Psicanálise, a afecção mental humana mais observada e porque não dizer, objeto da Psicanálise, é a neurose. Os choques em âmbito psíquico observados, entre consciente e inconsciente, no neurótico, sempre instigaram Freud e o levaram à busca e ao aprimoramento em relação a este tema. Algumas intercorrências, por assim dizer, são esperadas em meio às sessões de psicanálise e uma delas é a transferência.

    A transferência, podendo ser negativa ou positiva, primordialmente significa a maneira de o psicanalista adentrar nos constructos da mente do paciente e assim auxiliá-lo, muitas das vezes através de questionamentos e instigações, nem sempre agradáveis ao próprio paciente; porém, é um ponto focal da psicanálise, no sentido da obtenção do objetivo maior que é eliminar a doença inicial.

    Uma forma terapêutica sobre o resumo de psicanálise

    A Psicanálise é uma forma terapêutica de avaliar e tratar a relação causa – efeito dos problemas e sintomas relatados pelo paciente. A causa, neste sentido, é o material recalcado e as consequências (efeitos), são os sintomas na vida atual dele.
    Outro fator marcante no tratamento psicanalítico são as entrevistas, que permitem ao analista conhecer melhor o analisando e suas demandas, podendo, a partir de um momento a ser elaborado, definir se a sua situação se trata por exemplo, de neurose, psicose ou algum tipo de perversão. É através da entrevista também, que o paciente pode questionar seu sintoma ou o próprio discurso. 

    Por parte do analista, ocorrendo uma excelente entrevista, por parte do paciente a permissão, através da transferência, para que haja uma parceria neste caminhar psicanalítico, estabelece-se o vínculo, o contrato analítico e assim, juntos, e vencendo as resistências vindouras, a análise transcorre para o fortalecimento do ego, para que ele controle e sobreviva saudavelmente aos impulsos e desejos imediatos e inconsequentes do ID e as sanções e rigores do superego.

    Conclusão: um resumo de psicanálise

    Por óbvio, este texto e tampouco este autor, objetivavam através do presente trabalho acadêmico, compreender ou dominar toda a Psicanálise; seria enorme presunção. As vivências, através das oportunidades apresentadas e captadas, são certamente a melhor forma de expressar aquilo que se deseja.

    Este autor viu, inicialmente, na Psicanálise, uma oportunidade de adquirir mais conhecimento pessoal e também, porque não, saber mais sobre a vida de alguém que revolucionou a vida humana, não só no século passado, mas dentro desta humilde opinião, revolucionou a humanidade pelo tempo que ainda estivermos por aqui. Porém, o que me estava reservado era muito maior do que isso, era muito maior do que conhecer a biografia de alguém notável.
    A Psicanálise foi para mim, e é, uma imersão, uma entrada por um caminho, na verdade, somente de ida, porque não se sabe como se volta e voltando, é impossível que se volte da mesma forma que se entrou por este caminho. Verdadeiramente, a Psicanálise, respeitando todas as outras correntes, ciências e teorias, é maior, é mais profunda, é pedir que alguém compreenda o incompreensível e aí está a magia, mas também está o desafio. O que é o inconsciente? Alguém teria esta resposta tão provocativa e tão complexa? Quando recalcamos? Quando internalizamos nossos medos e dores? Em que momento estivemos sozinhos e guardamos no nosso mais profundo interior, nossas mazelas; apesar de possivelmente estivéssemos, naquele momento de recalcar, cercados por pessoas que nos amavam?

    Outros questionamentos sobre o resumo de psicanálise

    Sim, a Psicanálise pode nos trazer infindáveis questionamentos e tudo bem. Não precisamos aqui, nesta abordagem maravilhosa e porque não, misteriosa, questionarmos e principalmente, nos questionarmos. A presunção, o suposto saber não cabe aqui, o que cabe é a busca incessante por conhecimento, por sede de saber e de ajudar, de ser um suporte e um arrimo para quem nos procura.

    Fundamental sabermos sobre o resumo de psicanálise que o presente trabalho nos traz, sobre as afecções mentais, sobre os sintomas, sobre a forma de trabalhar na clínica, sobre transferência, recalque, setting analítico, conhecer as obras fantásticas e atemporais não só de Freud, mas como de Jung, Lacan e tantos outros. Procurarmos formas de aprimorar os conhecimentos, sempre nos aplicando e buscando esses conhecimentos, através de formações e leitura, muita leitura. Mas, principalmente, para além de todo conteúdo teórico, precisamos ter a convicção de que a psicanálise se faz com o coração.

    Assim, em virtude dos fatos e teorias mencionados acima, a conclusão que se chega, é de que não basta todo o conhecimento teórico, se não houver este verdadeiro mergulho na própria questão humana do psicanalista, para que ele se sinta apto e seguro para mergulhar nas necessidades do paciente. Por fim, este autor deixa-lhes uma pergunta: O que é a psicanálise, senão um mergulho no completo desconhecido, chamado Inconsciente?

    Referências bibliográficas

    FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. Leipzig, Viena e Zurique: Editora L & PM, 1927.
    FREUD, Sigmund e BREUER, Josef. Estudos sobre a histeria. São Paulo. Companhia das letras, 2016.
    LAPLANCHE, Jean e PONTALIS, Jean-Bertrand. Vocabulário de Psicanálise. São Paulo. Editora Livraria Martins Fontes, 1991.
    ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos. Porto Alegre. Artmed Editora. 1999.

    Este artigo de resumo de psicanálise foi escrito por MÁRIO SÉRGIO S. TORREIRO, concluinte do Curso de Formação em Psicanálise Clínica.

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