ser ou não ser

O ser ou não ser de cada um de nós

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O que significa ser ou não ser? Existem muitas perguntas sem respostas e, independentemente de crenças, talvez passemos todas as “nossas vidas” tentando respondê-las. De fato somos vários, e complexos e sempre sujeitos a “aparições” de nós mesmos.

Entendendo sobre ser ou não ser

Os “mesmos” de um passado que sempre volta a nos visitar, ou assombrar, ou a nos modificar, nos permitindo fazer contato a qualquer tempo com nós mesmos no passado, ou nos surpreendendo com reações “novas”, já esquecidas.

Com esse olhar, surge uma reflexão contínua e, a meu ver, válida sobre o grande desafio de descobrir “O ‘SER OU NÃO SER’ DE CADA UM DE NÓS.. Sim, somos diferentes. Entre si, e dentro de nós mesmos. Temos tantos “eus”.

São épocas diferentes de nossas vidas onde, trazemos bagagens de vivências e experiências da infância, de nossas fases psicossexuais, de quem somos (ou não) enquanto já adultos.

O ser ou não ser diante de nossas dificuldades e limitações

Todos nós temos dificuldades, uns mais que os outros, em áreas diferentes, em épocas diferentes. Sendo assim, vale analisar o quanto o salto para dentro de si vai trazer benefícios através das descobertas.

Através da Psicanálise, dentro de sua própria definição, podemos conseguir emergir sentimentos e expressá-los, através da associação livre e de uma boa conexão com o analista, a ponto de conseguirmos realmente chegar a uma ab-reação e conseguir, ao longo do tempo de cada um ,a tão almejada catarse. Temos grandes desafios ao longo de nossas vidas. Senão, lanço aqui apenas uma pergunta: Como conseguir todo o equilíbrio entre Ics, Pcs e Cs e ainda mantê-los em consonância com o ID, o EGO e SUPEREGO?

Trabalho hercúleo, diário, para nos mantermos mentalmente saudáveis. Diante de tantos “atores” e tempos diferentes, como conseguir diferenciar dentro de nós possíveis neuroses (essa que todos nós temos, vale ressaltar), psicoses, ou perversões.

A atuação de nossas instâncias psíquicas

São muitas formas de organizações psíquicas, com seus mecanismos de defesa, alguns bem primitivos.

Todo esse balanceamento desejável entre Ego e realidade, Ego e ideal do ego, o que reprimimos e o que soltamos, vazão de pulsões sexuais diferentes, dentre tantos outros, foi passível de muitos estudos ao longo de várias décadas e ainda permanece, pois realmente desejamos um tipo de equilíbrio em nossas vidas.

De uma forma ou de outra, temos questões a resolver e para isso é importante avaliarmos o nosso mundo interno (com toda a sua complexidade e repleta de verdades conscientes, ou não) e nossa posição com o olhar do mundo externo.

O ser ou não ser de nossa vida social

Existem convenções, julgamentos, preconceitos e uma mídia massacrante, que cria o mindset “pecador ou criminoso”, por medo, por falta de interesse real em conhecer, por simplesmente não respeitar, por não ter empatia, por não compreender principalmente, as nuances de cada mente, de cada trajetória.

A própria palavra “psicopata”, por exemplo carrega esse mindset errôneo, em sua totalidade, de forma pesada e discriminatória. Acha que parou nisso? E o que dizer das pessoas depressivas?

Igualmente elas se re(de)primem, sentindo vergonha de sua condição. Com a pandemia, veio uma grande onda de mentes e corações mais doentes, tristes,isolamento compulsório.

“Melhor” acolhimento

Tal onda, parece ter criado um senso “melhor” de acolhimento mundial, já que as perdas definitiva, através das milhares de mortes e em alguns casos, até extermínio de gerações, são “palpáveis” aos olhos do mundo.

Igualmente tocante (e preocupante) o endosso que o mundo médico dá, ao uso indiscriminado de medicamentos, como um único recurso e uso contínuo, e a não associação real, da busca pela cura da mente e do coração, através da externalização dos sentimentos.

Ser ou não ser em cada em nossa identidade

Quem somos ou queremos ser, ou conseguimos ser, é uma mentalidade de evolução. Nosso passado e nosso presente, nos compete e compromete de forma grandiosa e real. Podemos sim, olhar para trás, para dentro e com ajuda adequada, e no presente fazermos o melhor. Não é a toa, que se chama presente.

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    NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ




    Se for pedido a você: “Descreva-se”. O que você falaria? Pare e realmente ESCREVA. Importante: TODOS vão ler. Quando terminar de escrever, continue a leitura…

    Provavelmente todos respondemos descrevendo adjetivos ligados aos nossos princípios e valores, e alguns que tem uma ligação concreta com nossas últimas e conscientes experiências.

    Autoconhecimento e autoanálise

    Agora vamos fazer diferente: VOCÊ mesmo pede: “Descreva-se”. Pare e realmente ESCREVA. Importante: dessa vez SÓ VOCÊ vai ter acesso a isso. Quando terminar de escrever, continue a leitura…

    Você escreveu as mesmas coisas? Sua visão do mundo interior e exterior, foi a mesma? Muitas vezes precisamos de perguntas diretas, quando do momento de autoconhecimento e autoanálise, para conseguirmos externar nossos medos, nossos “desvios”, nossos traumas e/ou fobias.

    Com tanta bagagem, nem deveríamos ousar pensar que somos tão “retilíneos e uniformes”, como se vivêssemos numa eterna entrevista de empregos. Agora, imagine que você está em uma sessão com seu analista: qual resposta você entregaria a ele? A que todos vão ler, ou só a sua versão privada? O quanto você iria se entregar, ao momento?

    Nossa felicidade diante do “ser ou não ser”

    Mas afinal: ser ou não ser, o que? Ser ou não ser bom, digno, socialmente aceitável, enaltecido, subjugado, ansioso, recluso, aberto, amigável, reconhecido…

    Eu chegaria a apostar que a primeira palavra ou pensamento vindo a nossas mentes, foi: FELIZ. Palavra pequena mas é muito, muito complexa.

    A felicidade é sempre de acordo com o nosso momento, nossas relações, nosso reconhecimento de quem somos e aceitação. Arrisco dizer que a segunda palavra seria ACEITAÇÃO (importante não confundi-la com conformação!).

    Aceitação é a “chave que liga” nosso motor interior

    Falar de aceitação significa que nós, em algum momento, reconhecemos que precisamos de ajuda, que nos pusemos à prova, que fomos corajosos e que procuramos integrar e harmonizar os nossos “eus”. Daí seguimos em nossa navegação, em nosso caudaloso, mas nem sempre calmo, rio de autoconhecimento e sentimentos.

    Quando pensarmos que acabou, que agora sim, estou “resolvida” e já sei tudo sobre mim, vem a vida e nos dá sempre mais chances reais de nos conhecermos, reinventarmos, vivenciarmos o divino e aprendermos mais sobre nós e nossas capacidades e habilidades que, provavelmente, nem sabíamos porque elas nunca haviam sido colocadas à prova.

    Daí, surge a terceira palavra: RENOVAÇÃO

    E se, de uma maneira pretensiosamente resumida, pudéssemos assumir que nosso “SER OU NÃO SER”, fossem essas 3 palavras: FELIZ, ACEITAÇÃO E RENOVAÇÃO, ou FELIZ, ACEITO E RENOVADO.

    Já que quero ser feliz, é importante eu me conhecer e aceitar quem eu sou, garantindo e me comprometendo comigo, que quero viver em um eterno processo de renovação, para que meu espírito e mente possam sempre fazer germinar a felicidade em minha vida. Sempre.

    Este artigo sobre “ser ou não ser” foi escrito por Poliana B. Falcão([email protected]), mulher feliz, assumindo que sempre quis: conhecer e evoluir sempre, para ser o melhor possível para o outro; estudante de Psicanálise (com muito amor e honra).

    2 thoughts on “O ser ou não ser de cada um de nós

    1. Mizael Carvalho disse:

      Muito bom artigo! Todos nós queremos sermos felizes! O que é a felicidade? Para alguns é ter riqueza e para outros se tiverem o suficiente para sobreviver, já é a felicidade! Penso que à primeira palavra que deveria vir a nossa mente, seria ACEITAÇÃO! Pois muitos de nós queremos viver a vida do outro e não a nossa.

      1. Poliana+Falcão disse:

        Grande verdade, Mizael! Mesmo o “aceita, que dói menos”, não seja exatamente uma verdade em sua totalidade. Grande e fraterno abraço. #bewell

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