Os conceitos simplórios como os de Sexualidade Humana imperam no senso comum e entre o homem mediano, repleto de preconceitos, conceitos influenciados por cultura, religião, dogmas ou simples e mera ignorância.
Entendendo a Sexualidade Humana
E não importa sobre o quê sejam esses conceitos, pode ser desde o modo como uma ferramenta foi criada, uma história de família, mitos religiosos ou regionais, ou até mesmo aspectos da política, da vida de seus iguais ou divagações sobre o a vida, o mundo e, principalmente, sobre a sexualidade humana. Mas, poucos conceitos estão cheio de dogmas e conceitos pré-estabelecidos como o sexo, a sexualidade e tudo que aborda ou está acerca desses temas que, na grande maioria das civilizações, sociedades e culturas está sempre cheios de mitos, verdades absolutas, preconceitos e ignorância.
Falando sobre o tema, é impossível não destacar o quanto Freud foi audacioso, com um postura pragmática e, em alguns momentos, até voraz e admiravelmente firme e convicta, em enfrentar uma sociedade do século XIX com verdades absolutas sobre os temas que deveriam ser “ocultos”, “sigilosos”, com a influência latente e a própria insígnia da religião e extremismos, culturais ou com influências da religião em si, pairando sobre o assunto, não somente a sexualidade, e uma sociedade sempre resistente a enfrentar tais assuntos e temas definidos como “tabus”.
Ou “proibidos”, onde o simples citar poderia ofender ou, no mínimo, causar um desconforto em qualquer tipo de reunião, encontro, discussão ou até mesmo em grupos de estudo, como as universidades da época, clinicas ou, por incrível que pareça, encontro de intelectuais e estudiosos.
Sexualidade Humana e Freud
Freud, ao não só questionar, mas descrever e constatar que a sexualidade é um tema muito mais amplo e sua origem está em um período do desenvolvimento humano muito anterior ao que era pré-estabelecido pelo senso comum ( o qual que pregava que a sexualidade única e exclusivamente se desenvolvera durante a adolescência e puberdade), “certeza” que foi questionada e enfrentada por Freud ao afirmar que.
Na realidade, iniciava-se a partir do nascimento e, com o decorrer dos anos e envelhecimento, principalmente nos primeiros momentos da infância, era o período real do início do desenvolvimento da sexualidade do indivíduo, e que o influenciava diretamente em seu desenvolvimento, psíquico, social, de convívio, personalidade ou até mesmo no desenvolvimento de sua saúde física, não só mental, e que cada individuo poderia ter influências diferentes, seguindo padrões, características ou reflexos das experiências ou constatações vividas e entendidas nestes mais tenros momentos de seu nascimento e infância.
Sem contar na influência fundamental dos país, da convivência e da educação para esse desenvolvimento do sexo e da sexualidade, e de suas consequência para o amadurecimento, desenvolvimento psíquico, social, de características de personalidade ou interações, que acarretarão movimentos e reflexos em toda a vida do indivíduo.
As percepções de Sigmund Freud
Portanto, ao estudarmos e analisarmos os estudos e percepções de Sigmund Freud, notamos que, além de sua constatação referente ao início do sexo e da sexualidade em um indivíduo ser muito anterior ao que antes era tido como a realidade e verdade pelo senso comum, Freud também descreve como o conceito de sexualidade está muito além das definições simplórias e comum do sexo, abordando características, complexidades, influências e com um poder muito mais influente do que se imaginava.
O exemplo e o sucesso de Sigmund Freud em sua autoanálise demonstram a importância da compreensão da sua sexualidade e da influência profunda no homem, em sua necessidade, do homem em si, do indivíduo, de atingir compreensão sobre si, seus males e sua história e, ainda como o maior exemplo, da compreensão do mundo, da humanidade e das bases fundamentais a que todos estamos, as influências, seja do meio, dos nossos medos ou anseios, da nossa história ou dos nossos medos, acerca de toda a influência do sexo e das representações sexuais, mas, também, a busca pela compreensão das influências sociais, materna e paterna, das ausências e dos receios, como caminho para o conhecimento sobre si mesmo e a compreensão dessas experiências no comportamento atual.
Conclusão
O que se precisa ser melhor abordado e compreendido e como essas resolução irão auxiliar numa convivência mais resoluta e pacífica, acerca não somente de si mesmo, mas com seus iguais, companheiros sexuais, amigos, familiares, relações de trabalho ou até mesmo sobre as expectativas do indivíduo para o futuro e de suas interações, convivência, amores ou frustrações.
A compreensão sexualidade, esta não sendo mais interpretada como tema simplório e definitivo, não sendo mais observada como um tema resoluto, sexista e sob a influência dos preconceitos sociais e individuais, demonstra-se como um dos grandes pilares e principais caminhos para a real resolução, compreensão e aprofundamento de um caminho de autoconhecimento, das influências do seu ser, da própria história e, também, das influências que os demais e a sociedade, a história da humanidade, até mesmo suas estruturas, desde política e economia, até conceitos filosóficos e científicos, seguem influencias realmente profundas da sexualidade e que, esta em toda sua sutileza e despudor, está em todo lugar com sua onipresença e em todo o conhecimento, com sua onisciência.
O presente artigo foi escrito por Michael Sousa([email protected]). Tem MBA em Gestão Estratégica pela FEA-RP USP, é graduado em Ciência da Computação e especialista em Gestão por Processos e Six Sigma. Formado em Psicanálise. É também colunista do Terraço Econômico, onde escreve sobre geopolítica e economia.