Acordar cedo, pegar transporte público, trabalhar oito horas ou mais por dia, fazer o caminho inverso para retornar para casa, mais tarefas diárias… Talvez você tenha se cansado só de ler, mas algumas pessoas sofrem da síndrome de Burnout e, para elas, o regular vira insuportável. Entenda como esse transtorno funciona.
O que é a Síndrome de Burnout?
A síndrome de Burnout é um transtorno psicológico caracterizado pela exaustão física, mental e emocional de um indivíduo. Isso é resultado de um acúmulo abusivo de obrigações no trabalho, onde são comuns a competitividade e a grande responsabilidade das mesmas.
Comumente, é vista em profissionais das áreas da Educação e Saúde, como professores e médicos, por exemplo.
A doença também é conhecida como “síndrome do esgotamento profissional”. Trabalhando constantemente sob pressão e com responsabilidades restritas, o profissional tende a entrar num quadro de decadência de saúde.
O ponto de ruptura é quando passa a assumir várias atividades tidas como urgentes. A carga emotiva gerada por cada atribuição eclode em determinado momento, gerando os sintomas da síndrome de Burnout.
Ao pé da letra, no inglês, “Burn” significa queima e “out” fora, exterior.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Pouco a pouco, o profissional portador da síndrome começa a apresentar sintomas característicos da doença. Por ser algo cotidiano e pela mesma apresentar vários indicativos, é facilmente ignorada.
Um erro comum, já que o acúmulo pode fatal à saúde do paciente. Confira abaixo uma lista com alguns sinais indicadores da síndrome:
- Cansaço: Exaustão física e mental constantes, dificultando até tarefas simples.
- Falta de concentração: Dificuldade em focar no trabalho, afetando a qualidade das atividades.
- Insônia: Apesar do cansaço, é comum não conseguir dormir devido ao estresse.
- Oscilações de humor: Irritabilidade e agressividade incomuns, afetando relações pessoais.
- Negatividade: Visão pessimista das situações, dificultando a recuperação.
- Perda de apetite: A fadiga causa apatia em relação à comida, afetando a saúde.
- Dores musculares: O corpo responde ao cansaço extremo com dores frequentes.
- Insegurança: Sensação de inadequação no trabalho, levando à baixa autoestima.
- Isolamento: Tendência a se afastar de colegas devido à irritabilidade e desânimo.
- Pressão alta: A sobrecarga emocional pode elevar a pressão arterial.
- Problemas cardíacos: Arritmias podem surgir devido ao estresse contínuo.
- Problemas intestinais: O estresse afeta o funcionamento do intestino, gerando desconfortos.
- Sentimento de derrota: A pessoa sente que não consegue superar suas frustrações.
- Tonturas: A falta de descanso e o estresse podem causar vertigens frequentes.
- Lapsos de memória: Dificuldade em lembrar detalhes ou concluir tarefas por falta de concentração.
Tratamento para a Síndrome de Burnout
Ainda que alcance uma magnitude negativa em nossa vida, é possível reverter o quadro da síndrome de Burnout de forma efetiva com terapia.
O terapeuta iniciará uma psicoterapia específica ao paciente, levando o tempo necessário até que o transtorno pare de interferir na vida dele. A terapia será auxiliada com o uso de ansiolíticos e antidepressivos.
Contudo, a principal mudança deve vir da alteração da rotina de trabalho. Sendo a principal fonte do problema, deve-se encontrar um caminho onde a saúde seja preservada.
Além disso, a inclusão de atividades físicas ou qualquer outra que provoque relaxamento contínuo são vitais para o sucesso do tratamento.
Diagnóstico
A maioria das pessoas relutam em buscar ajuda médica quando precisam. Contudo, é preciso burlar essa barreira e buscar a ajuda especializada.
O psicólogo, psicanalista ou psiquiatra estão aptos a estudar o histórico do paciente e indicar o melhor caminho para chegar a um bem-estar efetivo.
A família e amigos são de extrema importância para isso. Eles podem fornecer dados a respeito do histórico do paciente e ajudar o profissional a tratá-lo de maneira adequada.
A Rede de Atenção Psicossocial oferece tratamento gratuito a indivíduos que sofrem como este mal, incluindo a lista medicamentosa.
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Dicas e recomendações para quem sofre com a Síndrome de Burnout
Mesmo exposto a um ambiente de pressão constante, é possível tomar medidas para que você não ingresse em um quadro de síndrome de Burnout. Atitudes simples podem aumentar a sua resiliência contra o transtorno.
Entre elas estão:
- Exercitar-se;
- Quebrar a rotina com passeios ou outras atividades relaxantes;
- Afastar-se de pessoas muito negativas;
- Alterar a sua dinâmica de trabalho, de modo a priorizar o que realmente importa;
- Evitar o uso de drogas lícitas e ilícitas, como bebidas e tabaco;
- Priorizar o bem-estar e lazer, afastando-se de atividades comprometedoras.
Considerações finais sobre a Síndrome de Burnout
Embora sejamos necessários no ambiente de trabalho, devemos ter em mente que o modo desgastante tende a nos sobrecarregar. Desse modo, desenvolvemos facilmente problemas de saúde oriundos desse excesso de exposição ao estresse. Apesar de ser um círculo vicioso, ele facilmente nos leva a tingir a massa crítica, pondo em risco nossa vida.
Saiba separar o essencial do abuso. Não ceda a uma rotina desgastante apenas para cumprir metas ou passar pelo crivo de terceiros. Seu bem mais valioso é você mesmo e deve cuidar para que o bem-estar seja predominante na sua vida. Sua futura imagem agradecerá pelos cuidados quando você for mais velho.
Por fim, se você se viu em alguma situação acima, conta para gente como você lida com isso. De que maneira a Síndrome de Burnout impactou na sua vida e como você faz para trabalhá-la?
Então, para se tornar um psicanalista e tratar pessoas passando por este problema, não deixe de fazer a sua matrícula em nosso curso de Psicanálise Clínica 100% online. É bom, barato e efetivo. Confira!