O que é Ansiedade? Entenda tudo sobre o transtorno

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Segundo o dicionário, o transtorno de ansiedade é “um estado psíquico de apreensão ou medo provocado pela antecipação de uma situação”. Mas há uma pequena diferença entre medo e ansiedade. Ficou curioso?Então continue a leitura do nosso artigo!

O que é a ansiedade?

A ansiedade é uma antecipação de acontecimentos futuros, o que pode ser bom ou ruim. É bom, quando, por exemplo, ela ajuda a pessoa a ser pontual nos compromissos. Porém, é ruim quando ela passa a ser excessiva, inviabilizando as atividades do cotidiano como, por exemplo, revisar o gás diversas vezes antes de sair de casa.

Enquanto na ansiedade há a expectativa de uma futura ameaça, no medo a ameaça é real ou percebida.

Além disso, a ansiedade excessiva pode se transformar num distúrbio de ansiedade, ou seja, numa doença. No transtorno de ansiedade, as pessoas não têm tempo para o agora: elas sofrem por antecipação a uma situação.

Trata-se de uma preocupação com o que pode vir a acontecer, que pode ser um perigo real ou imaginário, e que pode até levar a  pessoa ao descontrole.

Acredita-se que problemas na primeira infância, na vida adulta, ou estresse causado por doenças graves podem acarretar nessa doença. Da mesma forma que pessoas controladoras e/ou perfeccionistas também podem sofrer com a ansiedade.

Ademais, é importante alertar às pessoas que sofrem de ansiedade que procurem um psiquiatra para que ele pesquise se não há causas físicas. Isso é necessário porque tumores cerebrais e infecção por alguns tipos de bactérias também causam eventos semelhantes à ansiedade (tremores, taquicardia, cefaleia, falta de ar, etc).

Se a ansiedade não  for controlada pode se transformar em doenças psicossomáticas (doenças que afetam a saúde física e mental) tais como: úlceras, gastrite, colite, etc.

Todos nós possuímos ansiedade em menor ou maior grau, mas o transtorno de ansiedade se torna preocupante quando afeta os nossos relacionamentos. 

O transtorno de ansiedade para Freud

Para Freud, a ansiedade surge como resultado de um conflito mental. Para ele, a ansiedade tinha uma base biológica, ou seja, já nascemos propensos à ansiedade, que seria uma capacidade de reagir aos perigos que poriam em risco a nossa sobrevivência. São três os tipos de ansiedade definidas por Freud:

  1. REALISTA – medo de perigos reais do mundo exterior. Ela surge como uma reação muito específica contra um perigo iminente e real.  Ex: se sentimos cheiro de fumaça associamos que há fogo por perto.
  2. NEURÓTICA – é basicamente o medo de que os instintos escapem ao controle. Ex: é o caso de um empregado que odeia o chefe e teme que o chefe perceba seu ódio e acabe demitindo-o.
  3. MORALÍSTICA – advém da consciência moral. Ex: é o caso do filho que sente que decepcionou os pais por não ter optado pela profissão que os pais desejavam que ele seguisse.

Com o fim de falar desses três tipos de ansiedade temos que nos referir às instâncias psíquicas – id, ego e superego – que compõem nossos processos mentais, ou seja, estamos falando da Teoria Estrutural de Freud que divide a mente nestes três grupos de funções: O ID funciona como princípio do prazer. Além disso, O SUPEREGO representa as restrições morais e os impulsos para a perfeição. O EGO é a parte que se relaciona com a realidade.

Outrossim, há casos de ansiedade que podem se transformar em depressão e vice versa. Também há sintomas comuns entre a ansiedade e a depressão como, por exemplo, estresse, medo, insegurança, irritabilidade, etc. .

Distúrbios ou transtornos associados à ansiedade:

A ansiedade está relacionada, diretamente ou indiretamente, com diversos disturbios e transtornos. Como exemplo, estão elencados, abaixo, alguns dos mais frequentes:

•Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) – há uma sensação persistente de que a qualquer momento tudo vai dar errado e a vida vai tomar um  rumo ruim, fazendo com que a pessoa perca o controle.


•Síndrome do Pânico – sem nenhum motivo aparente, a pessoa acha que vai morrer. O coração dispara, o corpo estremece e podem surgir náuseas e vômitos, entre outros sintomas.


•Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – ideias obsessivas ou comportamentos compulsivos. Por exemplo, a pessoa que confere vária vezes se a porta está realmente fechada.

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    •Transtorno de estresse pós-traumático – faz com que a situação ruim não saia da cabeça, voltando sempre como flashback. Como exemplo, vítimas de atentado ou desastres naturais, vítimas de assaltos e também soldados que retornam da guerra.


    •Fobia Social – medo exagerado de participar de reuniões, festas e eventos com pessoas desconhecidas, falar em público, etc. .


    •Ansiedade noturna –  está relacionada à perda do sono. Por exemplo: pessoas que não conseguem dormir porque, ao deitarem, não conseguem se desligar dos problemas.

    Normalmente, pessoas com transtorno de ansiedade noturna ficam fazendo uma reflexão de como foi o dia e, ao invés de descansarem, começam a planejar e se preocupar com o dia seguinte, em qual atitude irão tomar,  o que vão fazer. Ou seja, a hora de deitar passa a ser vista como estressante e não relaxante. Pessoas que sofrem de ansiedade esquecem que “para cada dia basta o seu mal”.

    Como diminuir a ansiedade?

    O tratamento do transtorno de ansiedade deve ser feito e acompanhado por profissionais. Porém, algumas dicas podem ajudar a, pelo menos, diminuir os casos mais críticos.

    •Ao perceber que está sofrendo de ansiedade procure logo um profissional (quanto mais tempo demorar para procurar mais o problema pode se agravar);
    •Perdoe-se por qualquer erro que tenha cometido no passado (todo mundo erra);
    •Não seja tão rigoroso com seus defeitos e incapacidades. Concentre-se naquilo que você faz melhor. Explore seus pontos fortes;
    •Não fuja daquilo que lhe aflige: é melhor encarar o problema de frente e resolvê-lo de uma vez;
    •Não fique adiando por tempo indeterminado uma decisão;
    •Procure fazer meditação;
    •Pratique uma atividade física;
    •Invista numa alimentação de qualidade;
    •Tenha um bichinho de estimação, etc. .

    Enfim, a ansiedade faz parte da nossa vida e ela só se torna um problema quando sentida em excesso. Aliás, tudo em excesso pode ser ou se tornar prejudicial.

    Em conclusão, o equilíbrio (ou a busca dele) é a palavra-chave para se viver bem. Gostou do artigo? Deixe um comentário sobre a sua opinião relacionada ao transtorno de ansiedade.

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    Este artigo foi produzido por Rosirene Assis Barboza, Aluna do nosso curso de Psicanálise Clínica.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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