Na vida podemos ser atingidos por ações de pessoas, cuja conduta as compararia em algum momento a um vampiro emocional. O tipo de ação dessas pessoas, acostumadas a drenar energia do seu entorno, pode causar muito sofrimento. Aqui vamos dar uma visão sobre o popularmente chamado de Vampiro emocional, como identificar algumas de suas ações e tentar se proteger delas.
O mito do Vampiro emocional
O mito do vampiro – o ser noturno que suga o sangue de outra pessoa para sobreviver – existe desde muito tempo e em diversas culturas. Entretanto, foi a obra “Drácula”, do autor Bram Stoker, que criou uma literatura voltada para o tema.
Nessa estória pitoresca do final do século XIX, um advogado vai trabalhar para um conde muito rico na Transilvânia. Em pouco o visitante descobre que seu cliente é um vampiro e se vê em perigo, necessitando sair dos seus domínios.
O vampiro usou o motivo de trabalho para obter vantagens do advogado, sem que ele soubesse para quem estava trabalhando. O vampiro continua afetando o seu alvo, até em outro país, sugando o sangue de mulheres do círculo de amizades do advogado, todas as vezes que percebe uma falha de segurança. O vampiro passa a ser uma preocupação central na vida dos afetados.
Estratégias do Vampiro emocional
Quando o vampiro persegue sua vítima na ficção de Bram Stoker, passa a acontecer a indução de “estados psíquicos” que tiram da vítima sua consciência e defesa. Com isso, o vampiro segue com ataques, obtendo da vítima o que ela não lhe daria se estivesse consciente: o próprio sangue.
O “vampiro emocional” da vida real pode usar estratégias de manipulação emocional para conseguir se aproximar do seu alvo e mantê-lo na posição de ser explorado. Ele mostra algum benefício que o alvo terá, se tiver contato com ele.
Ele ou a sua posição tem poder de convencimento, embora seus atos não combinem com as palavras. Um “vampiro” pode ter estratégias sutis, como estabelecer um “regime de dívida”, fazer uma pessoa se sentir culpada, insuficiente, induzindo até inconscientemente que o alvo faça mais atividades para ele.
Perfil do vampiro emocional
Um vampiro emocional pode ter uma personalidade sedutora, carismática, algum atrativo, que serve de cartão de visitas. Pode ser aquela pessoa que surge para dar movimentação à vida monótona, ou como elo para um futuro melhor.
Pode parecer justo e até inofensivo, mas na verdade deseja algo que será danoso para quem trava contato com ele. O vampiro emocional é invasivo, determina retirar o que há de valioso num alvo para existir, dentro de um perfil parasitário. Pode ser alguém com questões de vícios ou com transtorno de personalidade.
Um vampiro emocional pode estar nos contatos familiares, amorosos ou de trabalho, nas amizades, ou até no supervisor que exige cada vez mais atividades exorbitantes que o favoreçam, mas com a aparência de algo justo. O alvo será induzido a fazer planos que sempre incluam o vampiro emocional, havendo um impacto negativo em sua dinâmica de vida.
Ensinar e proteger como funções deficitárias
Pessoas na posição de vampiro exigem que se regule a vida em prol de suas necessidades. Pode-se perceber que não existe um perfil de reciprocidade real ou de “ensinar e proteger” no vampiro emocional, mesmo quando essas são suas funções.
Embora possa parecer que sim, com o vampiro até realizando tarefas para um alvo, um vampiro não se preocupa verdadeiramente com o bem-estar do alvo, que deve fazer o que ele quer, quando ele quer. A sua vantagem vem antes.
Comportamentos do vampiro emocional
O vampiro emocional desconsidera os direitos do outro. Ele pode tirar do alvo:
- O tempo que o alvo deve dedicar a si;
- Energia sexual, saúde, trabalho, recursos financeiros ou a imagem;
- Paz, atenção, energia pessoal e familiar, amizades;
- Futuro, ideias, sonhos e realizações, escolhas, a vida do alvo.
A pessoa que age como vampiro pode não ter suas ações identificadas, dependendo da posição que tem ou passa a ter na vida do alvo. Pode ser aquela que cita frequentemente realizações de outra com o intuito de receber elogios indiretos: “foi por meu esforço que conseguiu”, até quando isso não é verdade.
Pode ser a pessoa com discurso vitimista e rígido, exigindo atenção e causando mal-estar. Alguns vampiros emocionais podem não interferir somente sobre emoções, podem passar a “drenar coisas”: um acessório, um presente de Natal, a medalha ganha nos esportes, etc. Podem tirar algo de uma pessoa e dar a outra, ou acionar terceiros para tal, alimentando-se emocionalmente disso.
Sonhos indicativos
Para Freud, os sonhos podem ser vistos como “realizações de desejos”. Digamos que uma pessoa sonhe estar sempre tentando fechar janelas e portas à noite, por exemplo. Ela as fecha, mas, num novo sonho, uma janela torna a estar aberta.
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No sonho ela tenta avisar as pessoas dentro da sua casa sobre o perigo. Em vão, para elas está tudo bem deixar janelas abertas à noite. Essa pessoa poderia estar começando a perceber alguma “visita”, que entra por aquela janela. Seu desejo é fechar a janela, mas pode estar tendo que “aguentar a janela aberta”.
As janelas abertas do sonho poderiam representar que na casa se aceitava a presença de invasores emocionais. Talvez as pessoas ali também tivessem comportamentos invasivos ou fossem criadas sem saberem se defender. Em todo caso, para elas passa como normal a abertura perigosa.
Precauções contra um vampiro emocional
Observemos como “anda a vida de quem anda” com um suposto vampiro. Quantas dessas pessoas realmente se desenvolveram positivamente, com autonomia. Um vampiro emocional pode se tornar mais violentos quando sua máscara começa a cair, de forma que pode não ser uma boa ideia confrontá-los.
Além de saber evitar o contato físico com o perigo, precaver-se de um vampiro é saber fechar portas e janelas emocionais e ignorá-lo quando necessário. O vampiro usa uma falha de segurança, como uma janela emocional aberta, que não se consegue fechar, por algum motivo.
Vampiros atuam amplamente sobre pessoas sem experiência de vida, quando não se está alerta, ou se tem uma visão idealizada de alguém, não se aceitando que determinada pessoa tenha esse comportamento. Eles apostam no fato do alvo não conseguir dizer não. Por isso é importante observar a dependência emocional desde cedo, para não ser alvo deles.
Buscar a independência emocional
Um alvo pode se autossabotar e manter um vampiro emocional perto por ter questões relacionadas à autoestima e codependência. A codependência é um padrão de comportamento e sobrevivência aprendido na infância em lares disfuncionais, e gera um vício em agradar. Codependentes aprenderam a deixar a ação de outros interferir no seu equilíbrio emocional e não se defender.
Uma pessoa alvo de um vampiro pode sentir medo, pânico, ansiedade, sensação de perseguição, fragilidade emocional. Pode ter pensamentos autodestrutivos e reações físicas advindas do estresse: mal-estar, vertigens, suor frio, dores de cabeça, problemas gastrointestinais, crises asmáticas, entre outras questões.
Muitas vezes será preciso uma terapia para buscar a independência emocional, passar a cultivar hábitos mais saudáveis quanto à autoestima e impedir a atividade de um vampiro emocional. Esse também é um compromisso para que menos crianças recebam esses padrões através da criação.
O presente artigo foi escrito por Regina Ulrich([email protected]). É autora de livros, poesias, tem PhD em Neurociências, e gosta de contribuir em atividades de voluntariado.
4 thoughts on “O que é vampiro emocional? Tipos e características”
Neste texto, “o que é vampiro emocional” encontrei A resposta para por fim num vampiro que convive bem próximo do meu lar, e por mais que eu lhe trate com alguma indiferença ou com respostas ofensivas esse vampiro, vampiro a palavra exata definição perfeita por tudo que venho passando, esse pessoa inverter os indiretas faz de conta que as ofensas dirigida diretamente para ela não tem nenhum motivo, me deixa numa situação de vulnerabilidade total o tempo todo se vitimiza, mente, se mostra preocupada mais se quer para pra ouvir do que se trata o meu assunto, o assunto dela é sempre mais importante, ela sim sem necessidades, e o pior disso tudo que eu sempre acabo cedendo dando exatamente aquilo que ela quer, dinheiro mais dinheiro e mais um pouco de dinheiro e não é isso que ele me pede em frases, faz isso com lamentações ameaça a própria vida se diz a única pessoa do mundo que não tem nada, que o único jeito é doar a filha de 10 anos e dar fim em tudo, ler este texto foi como tomar um antidoto contra esse vampiro, estou sem palavras para expressar a gratidão por esse tempo aqui com vocês. Obrigada !
Sempre costumo dizer que a mente é antena parabólica! Tenho um irmão e uma irmã que são bem manipuladores e de criar Insegurança em mim! Minha tia sempre ficava alerta a questão se irritar do nada! Me chamou atenção, recentemente, de umas duas manhãs eu focar o balcão da pia para por a caneca que caiu na cuba. Tomando café aconteceu como se alguém batesse na minha mão e derrubasse a caneca. Sei que o propósito não foi de me irritar, mas deixar apreensivo de ter sido trombose ou AVC, como aconteceu com minha vó. Até computador do nada, como se eu tivesse desligado, do nada! Portanto, ter sempre objetivos na vida, para a nossa “parabólica” estar bem “sintonizada” em Pensamento Luz!
Acredito que cada um de nós temos um vampiro emocional. Esse artigo foi importantíssimo para o nosso aprendizado! Obrigado!
Excelente!