Se você é um estudante de psicologia, provavelmente já deve ter ouvido falar sobre a caixa de Skinner. Muito frequentemente esse é um termo que encontramos em uma conversa sobre condicionamento operante e behaviorismo também. Caso você não conheça muito bem nenhum deles, não se preocupe. Esclareceremos o que cada uma dessas coisas significa. Você verá que o raciocínio por trás de cada uma é bastante simples!
Índice de Conteúdos
Para começo de conversa: quem é Skinner?
Burrhus Frederic Skinner foi um nome importantíssimo na área da psicologia. O reconhecimento atribuído a ele é tanto que suas obras são importantes para a área até hoje e fazem parte do currículo dos futuros psicólogos. Seu nascimento ocorreu no início do século XX, em 1904 na cidade de Susquehanna (Pensilvânia, EUA), e o psicólogo veio a falecer no começo da década de 90.
Em sua longa vida, Skinner estudou com afinco o comportamento humano. Contudo, esse interesse não se revelou já no começo de sua trajetória de estudos, isto é, antes do início da sua produção autoral. O psicólogo se formou na Universidade de Nova York, mas em língua inglesa e não em psicologia.
A carreira de Skinner foi direcionada para a psicologia apenas quando ele ingressou na universidade de Harvard. Lá foi o lugar em que o até então linguista iniciou seu primeiro contato com a teoria behaviorista. É aqui que o conceito de caixa de Skinner começará a fazer um pouco mais de sentido. Continue acompanhando a leitura nesta ordem para entender como todos os conceitos vão se harmonizando.
Por que o nome de Skinner é tão importante para o behaviorismo?
Behaviorismo: conceito
Antes de falarmos sobre como Skinner contribuiu para os estudos behavioristas, é importante introduzir aqui o que essa área estuda. Ademais, você verá que o psicólogo era adepto do behaviorismo radical. Assim, é bacana entender qual a distância do behaviorismo genérico para uma visão mais radical do assunto. Aqui no blog nós temos um artigo interessante sobre o tema, mas repetiremos os conceitos principais aqui para sua comodidade.
No inglês, a palavra behavior significa “comportamento”. Dessa forma, temos que uma teoria ou corrente filosófica chamada de behaviorismo deve explorar o tema em pelo menos alguma de suas nuances. Nesse contexto, a teoria teve início em 1913, com um manifesto criado por John B. Watson. Nele, o autor defende que a psicologia deve estudar o comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação.
Nesse período, estudava-se o comportamento levando muito em consideração o modelo de estímulo-resposta. Por sua vez, este modelo implica que o comportamento animal/humano é moldado por estímulos. Assim, qualquer modificação orgânica resultante de um estímulo pode provocar manifestações do comportamento. Em linhas gerais, nós somos seres que reagem de maneiras diferentes a estímulos diferentes.
A contribuição de Skinner para a área
Com o que nós já mencionamos até aqui, você verá que fica muito mais fácil entender o que é a tal da caixa de Skinner. Uma vez que a alteração do ambiente e dos estímulos tem resultados visíveis no comportamento de quem é estudado, Skinner ficou famoso por criar ambientes onde ficava mais fácil controlar estímulos.
Tendo tudo isso em vista, você já deve ter sacado que a caixa de Skinner nada mais é do que a experiência com animais em laboratório. Agora que isso está mais claro, vamos te contar o que é o condicionamento operante, termo intrinsecamente ligado à caixa de Skinner. Fazemos isso para dar a você ferramentas para estudar psicologia sem a necessidade de ficar procurando termos científicos a todo momento.
Condicionamento operante: o que é
Um fato que ainda não contamos para você é que a caixa de Skinner tem um nome técnico. Formalmente, o termo recebe o nome de câmara de condicionamento operante. Na verdade, até o psicólogo tinha um apelido para a ferramenta: lever box ou caixa-alavanca.
O estabelecimento do termo formal faz referência ao procedimento através do qual é modelada uma resposta através de estímulo, o que já não é mais uma novidade aqui no texto, não é? Durante o processo em que estimula-se uma resposta do animal estudado, cada resposta obtida gera uma consequência. Por sua vez, esta consequência afeta a probabilidade de o estímulo ocorrer novamente.
Caso a consequência seja reforçadora, a probabilidade de repetição do estímulo aumenta. Contudo, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais. É o comportamento que tem como consequência um estímulo que afete sua frequência que é chamado “operante”. Assim, é daí que surge a tal câmera do comportamento operante. É o local em que o processo descrito acima ocorre.
Finalmente, a caixa de Skinner
Agora que você já sabe de tudo isso, vamos descrever em linhas gerais quais são os elementos que compõem a caixa de Skinner. Embora o leitor já conheça seu propósito, não tem muita ideia do que há em seu interior ou de qual seja o seu formato. Na realidade, não é muito difícil de imaginar como que seja o protótipo, já que reportagens sobre isso são exibidas na televisão com certa frequência.
Contudo, caso você não tenha a oportunidade de visualizar, trazemos uma descrição. Trata-se de um aparelho fechado que contém uma barra ou chave. No entanto, não se trata de um dispositivo qualquer. A chave tem um tamanho que um animal tão pequeno quanto um rato pode pressionar ou manipular de modo a obter alimentos ou água. Veja que tanto um quanto o outro funcionam como reforços, isto é, estímulos positivos.
Ademais, a caixa é confeccionada com o objetivo de ser inteligente. Isso significa que nela há um dispositivo que grava cada resposta fornecida pelo animal. Uma vez que cada estímulo pode gerar uma resposta diferente, vale a pena registrar cada tentativa do animal a fim de verificar qual a quantidade de estímulo necessária para atingir comportamentos previstos ou esperados.
Considerações finais sobre a caixa de Skinner
Bom, diante de tudo o que você leu, deve estar pensando que a caixa de Skinner não é muito importante para o estudo dos seres humanos. No entanto, é aí que você se engana. Muitos ratos são testados em laboratório justamente para ver como medicamentos e terapias são recebidos antes de testes serem realizados com cobaias humanas. Tendo isso em vista, fica mais evidente o quanto esse trabalho foi importante para determinar o estudo do comportamento.
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