o que é desejo sexual

O que é desejo sexual para a psicanálise

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Quando se fala em sexualidade a maioria das pessoas acredita que o termo está relacionado exclusivamente ao sexo, todavia, a sexualidade humana abrange diversas áreas da vida do individuo, como: a afetividade, o prazer, o corpo, a comunicação, aspectos biológicos, culturais, religioso, sociais e sexuais. Você sabe o que é desejo sexual para a Psicanálise? Continue a leitura e entenda!

Entenda o que é Sexualidade

Podemos dizer então que a sexualidade de cada um se desenvolverá de acordo com as suas experiências pessoais e sociais. A Organização Mundial da Saúde (OMS), diz que: “A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida.

Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. (…) A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental”. O desejo sexual por sua vez, tem como objetivo relacionar-se com outra pessoa para obtenção de prazer corporal pelo ato sexual. Aqui entram as fantasias que podem ser saudáveis ou perversas.

Segundo Freud “Na vida sexual de cada um de nós, ora aqui, ora ali, todos transgredimos um pouquinho os estreitos limites do que se considera normal”. Ou seja, as práticas sexuais que fogem um pouco do que é considerado normal, não vai caracterizar-se como uma perversão patológica. Por outro lado as perversões que são consideradas patologias fogem do que é considerado “normal” para a sociedade, como: fetiche, sadismo e masoquismo.

O que é Sexualidade na Psicanálise e para Freud

Para Freud a sexualidade está presente em todas as fazes da vida humana (desde o nascimento do bebê até a vida adulta) e não somente faz parte da personalidade individual como é também a “causa de todas as neuroses”.

Em 1905 ele publica “Três ensaios sobre a sexualidade”, onde ele desenvolve sua tese do desenvolvimento psicossexual.

Até então a sexualidade estava ligada aos órgãos genitais dos adultos que fora despertos na puberdade e sua função era a procriação. Não se falava em sexualidade infantil.

Desejo sexual no desenvolvimento individual

Foi por Freud que essa visão começou a mudar, “Ao falarmos de sexualidade infantil, não pretendemos reconhecer apenas a existência de excitações ou de necessidades genitais precoces, mas também de atividades aparentadas com as atividades perversas do adulto, na medida em que põem em jogo zonas corporais (zonas erógenas) que não são apenas a zonas genitais, e na medida em que buscam um prazer (sucção do polegar, por exemplo)”.

Ou seja, a sexualidade deixa de ter um caráter puramente sexual e passa a ser considerada como parte do desenvolvimento individual e não estão restritas aos órgãos sexuais e nem somente a reprodução. É ainda na infância que a sexualidade aparece como fonte de prazer nas várias áreas do desenvolvimento.

O que é sexualidade e o que é desejo sexual?

Como vimos, à sexualidade é parte integrante do individuo e se manifesta de forma diferente para cada um. A sexualidade individual tem a ver com o corpo, o sentimento, o jeito de ser e se sentir, tem a ver com o meio cultural em que se vive a educação e a religião, tem a ver com os preconceitos e repressões.

Porém, é importante salientar que ela pode mudar no decorrer da vida. A relação com o corpo, os tabus, os preconceitos e visão de mundo mudam, assim a sexualidade também muda. O desejo sexual que parte da sexualidade está ligada ao ato sexual em si, e a sua intensidade varia de pessoa para pessoa.

Entre homens e mulheres a forma e a manifestação do desejo também são diferentes. Para a maioria dos homens o desejo é despertado pelas partes do corpo do (a) parceiro(a), enquanto para a maioria das mulheres o desejo pelo(a) parceiro(a) não tem nada ver com o aspecto físico.

Diferença entre o desejo sexual feminino e masculino

O homem é mais visual e a mulher mais sentimental. Vamos ver algumas diferenças:

Desejo sexual feminino

Os hormônios responsáveis pelo desejo sexual feminino é o estrogênio, sendo maior ou menor o interesse sexual em determinados períodos do mês, de forma geral a libido é mais elevada em seu período fértil. A mulher para sentir desejo, precisa se sentir desejada, ser acariciada, a emoção e a sinceridade são importantes.

Ou seja, a mulher para sentir a excitação e atingir o orgasmo é preciso passar pelas “preliminares” que envolvem toda afetividade e caricias já mencionada, pois, isso ajudará na lubrificação vaginal que é importante para atingir o orgasmo.

Para ela o desejo aparece com o inicio do ato sexual pelo toque, e não termina com o orgasmo. A qualidade é mais importante do que a quantidade. A falta de libido pode ocorrer pelo uso da pílula anticoncepcional, traumas emocionais, estresse, ansiedade ou depressão, menopausa, dor durante a relação sexual, problemas no relacionamento, dificuldade de lubrificação, dificuldade de atingir orgasmo, consumo excessivo de álcool e cigarros, drogas entre outros.

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    Desejo sexual masculino

    “A testosterona é o hormônio responsável pela libido masculina, e quanto maior a quantidade dessa substância no organismo, maior o desejo que o indivíduo tem. E isso começa logo cedo”. Ele centraliza sua sexualidade na ereção ocorrendo satisfação após a ejaculação, à quantidade vale mais do que a qualidade.

    Para ele o desejo inicia-se mesmo antes do ato sexual, para eles não é relevante à afetividade, tornando a relação sexual mais racional do que emocional.

    Falta de libido pode ocorrer pela impotência sexual, estresse, preocupações, falta de testosterona, problemas no relacionamento, desinteresse pela parceira (o), consumo excessivo de álcool e cigarros, drogas, etc.

    Sexualidade na terceira idade

    Diferente do que a maioria das pessoas pensam a sexualidade e a vida sexual não termina com a chegada da velhice. É fato que, com a idade avançada as atividades sexuais podem ser reduzidas, porém é a crença de que a vida sexual é praticamente zerada com o avanço da idade que predomina.

    Assim sendo, o medo de não ser capaz de ter relações sexuais e não dar prazer ao parceiro limita a capacidade sexual, causando ansiedade e insegurança.

    “Quando se fala de sexualidade, precisamos entender que ela não se restringe ao ato sexual em si, mas também compreende o tom de voz, beijo, toque, cheiro, entre outras coisas. É plenamente possível que a pessoa idosa, como qualquer outro ser humano, vivencie a sexualidade como uma importante dimensão da sua vida”, ressalta Helena Cerveira.

    Considerações Finais

    A sexualidade é, portanto, parte integrante do individuo, é a energia que nos impulsiona na busca do amor e do prazer, ela se expressão na forma como pensamos, sentimos e agimos abrangendo as diversas áreas da vida humana e de diversas formas.

    Porém é na relação interpessoal que a sexualidade tem maior expressão, porque envolve aspectos físicos, emocionais, sexuais e sentimentais. Embora a sexualidade seja individual é na partilha com outras pessoas que a vivenciamos.

    O presente artigo foi escrito pela autora Gleide Bezerra([email protected]). Gleide possui Graduação Lingua Portuguesa e Pos-Graduação Psicopedagogia.

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