psicologia da memória

Memória: como funciona segundo a psicologia

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A memória acontece a partir da formação de conexões pelos nossos neurônios ou pelas células nervosas do nosso cérebro. Essas conexões são ligadas por pontos que chamamos de sinapses. É na memória onde guardamos tudo o que aprendemos e vivenciamos para usar mais tarde.

Quando você vê ou ouve algo, essa informação é entregue ao seu córtex visual. De lá, ela faz uma viagem rápida até o córtex frontal, onde são organizadas informações de uso imediato.

Mas para informações que você quer guardar para o futuro, temos um outro destino: o hipocampo. E o legal é que ele tem uma parceria com suas emoções para determinar o que é importante o suficiente para ser armazenado. As emoções são geridas pela amídala, outra parte do cérebro, que cria uma espécie de etiqueta de prioridade para certas memórias.

Quanto a habilidades como andar de bicicleta ou dirigir, essas são arquivadas em lugares como o cerebelo e os gânglios basais. São as gavetas onde você guarda coisas que faz no modo automático, sem precisar pensar muito.

Porém, se você quer entender melhor como funciona a memória segundo a psicologia, continue lendo, pois vamos te mostrar todos os detalhes a seguir, inclusive como treinar sua memória. Confira!

memoria mapa mental

Como a memória se forma?

A ciência já identificou alguns mecanismos chave, embora ainda não conheça os locais exatos de armazenamento de memórias. Como citamos anteriormente, o hipocampo é uma estrutura neural essencial para a administração das memórias.

No entanto, é importante notar que as memórias não são armazenadas exclusivamente no hipocampo. Elas estão distribuídas em diversas áreas do cérebro, incluindo o córtex e regiões mais profundas, conhecidas como subcórtex. Então, o tipo de memória determina onde armazená-la.

A função do hipocampo é mais de um gerenciador ou um organizador. Pois ele seleciona as informações que são importantes o suficiente para serem memorizadas e determina onde elas serão armazenadas dentro das diversas regiões cerebrais.

Além de seu papel no armazenamento, o hipocampo é fundamental para a recuperação de memórias. Quando você se lembra de algo, isso indica que o hipocampo acessou e recuperou a informação armazenada em alguma parte do cérebro.

Segundo a neurocientista e professora Viviane Louro, da UFPE, o hipocampo tem um papel central na gestão das memórias, tanto no armazenamento quanto na recuperação.

Fatores externos que influenciam a memória

O funcionamento do cérebro e, consequentemente, da memória, não depende apenas da estrutura neural em si. Os neurônios também são peças fundamentais na organização cerebral.

A localização desses neurônios, como eles estão organizados e com quais outros neurônios se conectam determinam a capacidade de armazenar informações. Além disso, fatores genéticos também têm um papel na individualização da memória de cada pessoa.

O cérebro começa seu desenvolvimento ainda no útero e continua a evoluir durante a infância e adolescência, chegando à maturação biológica em torno dos 22 anos. Mas não é só a biologia que conta aqui. Fatores externos também têm um grande impacto.

Os aspectos a seguir também contribuem para o desenvolvimento da memória:

  • nível de escolaridade
  • interações sociais
  • exposição a estímulos (como música, esportes e linguagem)

Em outras palavras, um conjunto de experiências influencia o cérebro e a memória ao longo do tempo, criando um perfil de memória único para cada indivíduo.

Quais são os tipos de memória que existem?

1. Memórias de curto prazo

As memórias de curto prazi têm uma vida útil curta, variando de três a seis horas. Então, elas se dividem em:

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    • Imediatas: Retêm informações por um breve período. Por exemplo, um número de telefone que você acabou de ouvir ou o nome de uma pessoa que acabou de conhecer.
    • De trabalho: Mantêm dados de forma temporária para ajudar em tarefas cognitivas como ler, entender o que outra pessoa está dizendo, aprender algo novo ou raciocinar.

    2. Memórias de longa duração

    Já as memórias de longa duração podem perdurar por dias, anos ou até mesmo uma vida inteira. Além disso, elas podem ser categorizadas em:

    • Episódicas: Relacionadas a experiências pessoais, como o dia em que você conheceu seu cônjuge, o sabor de uma comida memorável ou os detalhes de um evento especial, como uma formatura.
    • Semânticas: Referem-se ao conhecimento geral que adquirimos ao longo da vida. Isso inclui, por exemplo, saber que um sinal vermelho significa parar ou que a capital do Japão é Tóquio.
    • Não declarativas: Este tipo de memória não pode ser expresso em palavras, mas é fundamental para ações como andar ou falar. Muitas vezes, essas memórias duram ao longo da vida.

    É possível treinar a memória?

    Memórias de curto prazo, como o número de telefone que você acabou de ouvir ou a placa de um carro que você precisa anotar, estão associadas a uma ativação elétrica temporária no hipocampo. Se esses dados são esquecidos, é porque não foram transferidos para regiões mais estáveis do cérebro. Para torná-los permanentes é preciso um treinamento constante.

    É uma questão de uso prolongado dessas informações. Se você começar a tocar uma nova canção no piano e fizer uma pausa, provavelmente esquecerá quando voltar. Repetindo várias vezes, o hipocampo começa a entender que aquela informação é relevante e decide memorizá-la, poupando o trabalho de aprender tudo de novo. Essa repetição constante é o que provoca alterações na nossa rede neural.

    O resultado dessa repetição contínua é o que os pesquisadores chamam de plasticidade cerebral. A informação deixa de ser uma ativação momentânea, típica das memórias de curto prazo, e passa por uma reorganização no sistema nervoso. É assim que o cérebro, cientificamente falando, armazena informações com base em nossas experiências e ações.

    O hipocampo ativa esse armazenamento em várias partes do cérebro e também tem a capacidade de gerar novos neurônios. Isso é comum em crianças, mas também acontece em adultos, e é conhecido como neurogênese. Isso nos mostra que nosso cérebro tem a habilidade de continuar se adaptando e evoluindo com novas experiências.

    Dicas para melhorar a memória

    1. Foque no que está fazendo no momento

    Primeiramente, dar total atenção ao que estamos vivenciando melhora nossa capacidade de memorização. Além disso, abraçar novos assuntos ou atividades também é um impulso saudável para a cognição.

    2. Durma bem

    O sono é essencial para um sistema nervoso saudável. Durante o sono, o cérebro realiza uma espécie de limpeza, eliminando toxinas e se preparando para novas tarefas e interações. Além disso, um sono adequado é crucial para solidificar novas memórias.

    3. Se alimente corretamente

    Para renovar periodicamente as células do cérebro, precisamos de nutrientes. Portanto, a dieta também afeta a manutenção dessas células. Por exemplo, o excesso de gordura saturada está ligado ao declínio cognitivo e demência vascular.

    4. Pratique exercícios físicos

    A prática de exercícios tem um impacto significativo na saúde cognitiva. Além disso, treinos intensos aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro, favorecendo a renovação celular e a plasticidade cerebral.

    5. Controle o estresse

    Saber gerir o estresse e a ansiedade, que o cérebro identifica como ameaças, é benéfico para a memória. Pois o excesso de adrenalina gerado nessas situações pode afetar negativamente várias áreas do cérebro, tanto a curto como a longo prazo.

    6. Cuide do seu bem-estar emocional

    Manter uma vida social ativa, investir em relações afetivas e adotar práticas como meditação e psicoterapia contribuem para o equilíbrio emocional. Isso resulta em menor atividade nas áreas cerebrais ligadas ao estresse e eleva o nível de emoções positivas, fatores que auxiliam na preservação da memória.

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